Ricardo Ramos

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Ìndice 1.Biografia 2.Obras 3.Traduções 4.Puplicações sobre Graciliano Ramos 5.Premios


6.Referências 7.Ligações externas

Biografia

Graciliano Ramos nasceu em Quebrangulo, em 27 de outubro de 1892. Primeiro de dezesseis irmãos de uma família de classe média do sertão nordestino, ele viveu os primeiros anos em diversas cidades do Nordeste brasileiro, como Buíque (PE), Viçosa e Maceió (AL). Terminando o segundo grau em Maceió, seguiu para o Rio de Janeiro, onde passou um tempo trabalhando como jornalista.


Em setembro de 1915, motivado pela morte dos irmãos Otacília, Leonor e Clodoaldo e do sobrinho Heleno, vitimados pela epidemia de peste bubônica, volta para o Nordeste, fixando-se junto ao pai, que era comerciante em Palmeira dos Índios, Alagoas. Neste mesmo ano casou-se com Maria Augusta de Barros, que morreu em 1920, deixando-lhe quatro filhos.

Foi eleito prefeito de Palmeira dos Índios em 1927, tomando posse no ano seguinte. Ficou no cargo por dois anos, renunciando a 10 de abril de 1930.3 Segundo uma das auto-descrições, "(...) Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas."4 Os relatórios da prefeitura que escreveu nesse período chamaram a atenção de Augusto Frederico Schmidt, editor carioca que o animou a publicar Caetés (1933).

Entre 1930 e 1936 viveu em Maceió, trabalhando como diretor da Imprensa Oficial, professor e diretor da Instrução Pública do estado. Em 1934 havia publicado São Bernardo,3 e quando se preparava para publicar o próximo livro, foi preso em decorrência do pânico insuflado por Getúlio Vargas após a Intentona Comunista de 1935. Com ajuda de amigos, entre os quais José Lins do Rego, consegue publicar Angústia (1936), considerada por muitos críticos como sua melhor obra.

Em 1938 publicou Vidas Secas. Em seguida estabeleceu-se no Rio de Janeiro, como inspetor federal de ensino.

Em 1945 ingressou no antigo Partido Comunista do Brasil - PCB (que nos anos sessenta dividiu-se em Partido Comunista Brasileiro - PCB - e Partido Comunista do Brasil - PCdoB),7 de orientação soviética e sob o comando de


Luís Carlos Prestes;1 nos anos seguintes, realizaria algumas viagens a países europeus com a segunda esposa, Heloísa Medeiros Ramos, retratadas no livro Viagem (1954).2 Ainda em 1945, publicou Infância, relato autobiográfico.

Adoeceu gravemente em 1952. No começo de 1953 foi internado, mas acabou falecendo em 20 de março de 1953, aos 60 anos, vítima de câncer do pulmão.

As obras de Graciliano Ramos:

Caetés - romance - Editora Schmidt, 1933; (ganhador do Prêmio Brasil de


Literatura); São Bernardo - romance - Editora Arial, 1934; Angústia - romance - Editora José Olympio, 1936; Vidas Secas - romance, - Editora José Olympio, 1938; A Terra dos Meninos Pelados - contos infanto-juvenis - Editora Globo, 1939; Brandão Entre o Mar e o Amor - romance - Editora Martins, 1942 - Escrito com Jorge Amado, José Lins do Rego, Aníbal Machado e Rachel de Queiroz; Histórias de Alexandre - contos infanto-juvenis - Editora Leitura, 1944; Dois dedos - coletânea de contos - R.A. Editora, 1945; Infância - memórias - Editora José Olympio, 1945; Histórias Incompletas - coletânea de contos - Editora Globo, 1946; Insônia - contos - Editora José Olympio, 1947; Memórias do Cárcere - memórias - Editora José Olympio, 1953; (obra póstuma) Viagem - crônicas - Editora José Olympio, 1954; (obra póstuma) Linhas Tortas - crônicas - Editora Martins, 1962; (obra póstuma) Viventes das Alagoas - crônicas - Editora Martins, 1962; (obra póstuma) Alexandre e Outros Heróis - contos infanto-juvenis - Editora Martins, 1962); (obra póstuma) Cartas - correspondência - Editora Record, 1980; (obra póstuma) O Estribo de Prata - literatura infantil - Editora Record, 1984; (obra póstuma) Cartas de amor à Heloísa - correspondência - Editora Record, 1992; (obra


póstuma) Vidas Secas - edição especial 70 anos - romance - Editora Record, 2008; (obra póstuma) Angústia - edição especial 75 anos - romance - Editora Record, 2011; (obra póstuma) Garranchos - textos inéditos - Editora Record, 2012. (obra póstuma)

Traduções

Graciliano Ramos também dominava o inglês e o francês. Realizou algumas traduções:

Memórias de um Negro, de Booker T. Washington, Companhia Editora Nacional, 1940; A Peste, de Albert Camus, Editora José Olympio, 1950.


Publicações sobre Graciliano Ramos.

Graciliano Ramos: cidadão e artista - Carlos Alberto dos Santos Abel, UNB, 1999. Graciliano Ramos e o Partido Comunista Brasileiro: as memórias do cárcere, Ângelo Caio Mendes Corrêa Junior, 2000. (Dissertação de Mestrado em Letras, Universidade de São Paulo | orientador: Alcides Celso de Oliveira Vilaça. Graciliano Ramos: infância pelas mãos do escritor - Taisa Viliese de Lemos, Musa Editora, 2002. Graciliano Ramos - Wander Melo Miranda, Coleção Folha Explica, Publifolha, 2004. A infância de Graciliano Ramos - Audálio Dantas, Callis, 2005. (Menção Altamente Recomendável, em 2006, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, na categoria Informativo.) Graciliano Ramos - Myriam Fraga, Moderna, 2007. Cartas inéditas de Graciliano Ramos a seus tradutores argentinos Benjamin de Garay e Raúl Navarro - Pedro Moacyr Maia, EDUFBA, 2008.


Graciliano Ramos: um escritor personagem - Maria Izabel Brunacci, Autêntica, 2008. Graciliano Ramos e o mundo interior: o desvão imenso do espírito Leonardo Almeida Filho, UNB, 2008. Graciliano Ramos e o desgosto de ser criatura - Jorge de Souza Araujo, EDUFAL, 2008. A imagem da linguagem na obra de Graciliano Ramos - Maria Celina Novaes Marinho, Humanitas FFLCH, 2.ed., 2010. Graciliano Ramos e a novidade: o astrônomo do inferno e os meninos impossíveis - Ieda Lebensztayn, Hedra, 2010. Graciliano: Retrato fragmentado - Ricardo Ramos, Globo, 2011. O velho Graça - Denis de Moraes, Boitempo, 2012.

Prêmios.


Os prêmios concedidos a Graciliano Ramos:

1936 - Prêmio Lima Barreto (Revista Acadêmica) - Angústia 1939 - Prêmio Literatura infantojuvenil (Ministério da Educação) - A Terra dos Meninos Pelados 1942 - Prêmio Felipe de Oliveira - Conjunto da Obra 1962 - Prêmio da Fundação William Faulkner (Estados Unidos) - Vidas Secas, como livro representativo da Literatura Brasileira Contemporânea. 1964 - Prêmios Catholique International du Cinema e Ciudad de Valladolid (Espanha), concedidoS a Nelson Pereira dos Santos, pela adaptação para o cinema do livro Vidas Secas. 2000 - Personalidade Alagoana do Século XX 10 2003 - Prêmio Nossa Gente, Nossas Letras / Prêmio Recordista 11 2003 - Medalha Chico Mendes de Resistência 12 2013 - Escolhido pelo Governo Federal para o PNBE - Programa Nacional Biblioteca da Escola - Memórias do Cárcere.

Graciliano Ramos Livros Romances Caetés (1933) • S. Bernardo (1934) • Angústia (1936) • Vidas Secas (1938) • Brandão Entre o Mar e o Amor (1942, em colaboração com Jorge Amado, José Lins do Rego, Aníbal Machado e Rachel de Queiroz) Contos

A Terra dos Meninos Pelados (1939) • Histórias de Alexandre


(1944) • Dois dedos (1945) • Histórias Incompletas(1946) • Insônia(1947) • Alexandre e Outros Heróis (1962) Memórias

Infância (1945) • Memórias do Cárcere (1953)

Crônicas (1962)

Viagem (1954) • Linhas Tortas (1962) • Viventes das Alagoas

Correspondências Cartas (1980) • Cartas de amor a Heloísa (1992) Traduções Memórias de um Negro, de Booker T. Washington (1940) • A Peste, de Albert Camus (1950) Adaptações Vidas secas • São Bernardo • Memórias do Cárcere • Terra dos Meninos Pelados Miscelânea Palmeira dos Índios • Instituto Penal Cândido Mendes • Partido Comunista Brasileiro • Pantaleão Pereira Peixoto.





Biografia Graciliano Ramos nasceu em Quebrangulo, em 27 de outubro de 1892. Primeiro de dezesseis irmãos de uma família de classe média do sertão nordestino, ele viveu os primeiros anos em diversas cidades do Nordeste brasileiro, como Buíque (PE), Viçosa e Maceió (AL). Terminando o segundo grau em Maceió, seguiu para o Rio de Janeiro, onde passou um tempo trabalhando como jornalista.

Em setembro de 1915, motivado pela morte dos irmãos Otacília, Leonor e Clodoaldo e do sobrinho Heleno, vitimados pela epidemia de peste bubônica, volta para o Nordeste, fixando-se junto ao pai, que era comerciante em Palmeira dos Índios, Alagoas. Neste mesmo ano casou-se com Maria Augusta de Barros, que morreu em 1920, deixando-lhe quatro filhos.

Foi eleito prefeito de Palmeira dos Índios em 1927, tomando posse no ano seguinte. Ficou no cargo por dois anos, renunciando a 10 de abril de 1930.3 Segundo uma das auto-descrições, "(...) Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas."4 Os relatórios da prefeitura que escreveu nesse período chamaram a atenção de Augusto Frederico Schmidt, editor carioca que o animou a publicar Caetés (1933).

Entre 1930 e 1936 viveu em Maceió, trabalhando como diretor da Imprensa Oficial, professor e diretor da Instrução Pública do estado. Em 1934 havia publicado São Bernardo,3 e quando se preparava para publicar o próximo livro, foi preso em decorrência do pânico insuflado por Getúlio Vargas após a Intentona Comunista de 1935. Com ajuda de amigos, entre os quais José Lins do Rego, consegue publicar Angústia (1936), considerada por muitos críticos como sua melhor obra.

Em 1938 publicou Vidas Secas. Em seguida estabeleceu-se no Rio de Janeiro, como inspetor federal de ensino.

Em 1945 ingressou no antigo Partido Comunista do Brasil - PCB (que nos anos sessenta dividiuse em Partido Comunista Brasileiro - PCB - e Partido Comunista do Brasil - PCdoB),7 de orientação soviética e sob o comando de Luís Carlos Prestes;1 nos anos seguintes, realizaria algumas viagens a países europeus com a segunda esposa, Heloísa Medeiros Ramos, retratadas no livro Viagem (1954).2 Ainda em 1945, publicou Infância, relato autobiográfico.


Adoeceu gravemente em 1952. No começo de 1953 foi internado, mas acabou falecendo em 20 de março de 1953, aos 60 anos, vítima de câncer do pulmão.

Obras uma das obras:

outras obras:

As obras de Graciliano Ramos:

Caetés - romance - Editora Schmidt, 1933; (ganhador do Prêmio Brasil de Literatura); É o primeiro romance do escritor brasileiro,publicado em 1933 pela livraria schmidt editora. A historia desenvolve-se em Palmeira dos Indios,cidade em que viveu .


São Bernardo - romance - Editora Arial, 1934; É um romance ,publicado em 1934 ,publicado pela editora Ariel . Situado na segunda etapa do moderniso brasileiro.

Angústia - romance - Editora José Olympio, 1936; Angústia é um romance publicado ,em 1936. À época Graciliano estava preso pelo governo de Vargas e contou com ajuda de amigos, entre os quais José Lins do Rego, para a publicação. A obra apresenta um narrador em primeira pessoa, Luís da Silva, funcionário público de 35 anos, solitário, desgostoso da vida e que acaba se envolvendo com sua vizinha, Marina. Com traços existencialistas, Luís mistura fatos do passado e do presente, narra num ritmo frenético como um grande monólogo interior. O leitor de Angústia certamente lembrará de Crime e Castigo, de Dostoiévski, pois em ambos há as angústias de um crime, o medo de ser pego, a febre; em Angústia o crime é o clímax, enquanto em Crime e Castigo é o ponto de partida para a história, e a personagem consegue a redenção. Outra influência marcante é a dos naturalistas brasileiros, especialmente à Aluízio Azevedo, o determinismo e a animalização do homem. O narrador não quer ser um rato, luta contra isso; compara-se o tempo todo os homens aos bichos, porcos, formigas, ratos, e usa-se verbos de animais para as reações humanas.

Vidas Secas - romance, - Editora José A obra é inspirada em muitas histórias que Graciliano acompanhou na infância sobre a vida de retirantes, na história, o pai de família Fabiano acompanhado pela cachorra Baleia, estes são considerados os personagens mais famosos da literatura brasileira. Escrito em terceira pessoa, Graciliano não focaliza os efeitos do flagelo da seca através da crítica mas em narrar a fuga da família, a desonestidade do patrão e arbitrariedade da classe dominante, impossibilitada de adquirir o mínimo de sobrevivência.3Olympio, 1938;


A Terra dos Meninos Pelados - contos infanto-juvenis - Editora Globo, 1939;

Brandão Entre o Mar e o Amor - romance - Editora Martins, 1942 - Escrito com Jorge Amado, José Lins do Rego, Aníbal Machado e Rachel de Queiroz; randão entre o Mar e o Amor é um romance único escrito pelos cinco mais renomeados autores brasileiros Jorge Amado, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Aníbal Machado e Rachel de Queiroz. A obra literária foi publicada em 1981. Sinopse Atendendo a uma "vocação irremediável", Brandão abandona a casa paterna e, após breve itinerância circense, lança-se a uma vida de aventuras no mar, um sonho de infância, onde vem a conhecer aquela que viria ser a grande paixão de sua vida. Lúcia é um mistério oriental, que Brandão recebe como um presente e com ela retorna à sua terra para assumir uma fazenda, que lhe coubera como herança de família. A beleza exótica de Lúcia atrairia também Mário, amigo de Brandão dos tempos de faculdade, que se deixa consumir na luta por um amor impossível, quase uma autoflagelação imposta por uma vida de fracassos. A teia amorosa se completa - ou se complica - quando Glória, mulher autoritária, frívola e irrealizada aparece na história usando de todos os meios ao seu alcance para conquistar o homem por quem se apaixonara... O livro conta a história de Brandão, que se lança a uma vida de aventuras no mar, onde vem conhecer Lúcia, sua grande paixão.

Histórias de Alexandre - contos infanto-juvenis - Editora Leitura, 1944; é um livro de contos de Graciliano Ramos, publicado em 1944. Compendiando histórias coletadas do folclore alagoano, Graciliano reúne neste livro contos e fanfarronices de um típico mentiroso do sertão. A obra foi reeditada em 1962 com o título de Alexandre e Outros Heróis, reunindo, além dos contos de Alexandre, a história de A terra dos meninos pelados e Pequena história da República


Dois dedos - coletânea de contos - R.A. Editora, 1945; é um livro de contos de Graciliano Ramos que foi publicado em 1945, pela R.A. Editora, ilustrado com xilogravuras de Axel de Leskoschek e reunindo 10 contos: Insônia Um ladrão O relógio do hospital Paulo Minsk A prisão de J. Carmo Gomes Dois dedos Ciúmes Um pobre-diabo Silveira Pereira

Infância - memórias - Editora José Olympio, 1945; é um livro de Graciliano Ramos. Foi publicado em 1945. O livro percorre um período que vai dos dois anos do narrador até a puberdade. Sua construção acompanha os passos do autor, redescobridor de seu mundo de menino nordestino, repleto de lembranças dolorosas: "Medo. Foi o medo que me orientou nos meus primeiros anos, pavor". Num misto de imaginação e memória, o retrato de sua meninice revela o desprezo pela criança como sujeito social, na passagem do século XIX para o XX, onde o autor deixa perceber claramente a severidade como instrumento mais eficaz para o modelo de educação aí vigente: "Aquele que ama o seu filho, castiga-o com freqüência (...)".


Graciliano esboça um quadro de nossa história dos costumes, em que uma ética pedagógica grosseira surge identificada com práticas punitivas contra crianças: cascudos, bolos de palmatória, puxões de orelhas e castigos de toda sorte.

Histórias Incompletas - coletânea de contos - Editora Globo, 1946; um livro de contos de Graciliano Ramos, publicado em 1946. É composto pelos contos: Um ladrão Luciana Minsk Cadeia Festa Baleia Um incêndio Chico Brabo Um intervalo Venta-romba

Insônia - contos - Editora José Olympio, 1947; é um livro de contos de Graciliano Ramos que foi publicado em 1947, pela Editora José Olympio, reunindo 13 contos:1 2

Insônia Um ladrão O relógio do hospital Paulo; Luciana


Minsk A prisão de J. Carmo Gomes Dois dedos A testemunha Ciúmes Um pobre-diabo Uma visita Silveira Pereira

Memórias do Cárcere - memórias - Editora José Olympio, 1953; (obra póstuma) é um livro de memórias de Graciliano Ramos, publicado postumamente (1953) em dois volumes. O autor não chegou a concluir a obra, faltando o capítulo final. Graciliano havia sido preso em 1936 por conta de seu envolvimento político, exagerado por parte das autoridades após o pânico insuflado com a chamada Intentona Comunista, de 1935. A acusação formal nunca chegou a ser feita

Viagem - crônicas - Editora José Olympio, 1954; (obra póstuma) é o um livro de crônicas de Graciliano Ramos. Publicado postumamente em 1954 narra a viagem que Graciliano fez em 1952 à Tchecoslováquia e à URSS. Apesar de ser filiado ao Partido Comunista, a convite de Luís Carlos Prestes, sua narrativa se pretende neutra. Apesar do tom neutro, o livro não é isento de críticas ao pensamento político brasileiro; ao falar do culto soviético à imagem de Stalin, Graciliano provoca: "Realmente não compreendemos, homens do Ocidente, o apoio incondicional ao dirigente político; seria ridículo tributarmos veneração a um presidente da república na América do Sul" .


Viventes das Alagoas - crônicas - Editora Martins, 1962; (obra póstuma) é um livro reunindo crônicas, ensaios e outros textos de Graciliano Ramos, publicado em 1962. A maior parte dos textos foi escrita por Graciliano para diversos jornais e revistas a partir de 1937, logo depois de sua experiência como preso político do Estado Novo. Já morando no Rio de Janeiro, colaborou com O Cruzeiro, Cultura Política (na seção Quadros e costumes do Nordeste, da qual foi retirado o maior volume de crônicas de Viventes), Diário de Notícias e A Tarde. Completam o livro relatórios que Graciliano Ramos redigiu quando era prefeito de Palmeira dos Índios, substituindo a linguagem burocrática por uma observação irônica da administração pública. Alexandre e Outros Heróis - contos infanto-juvenis - Editora Martins, 1962); (obra póstuma) é o nome de um livro que foi dado à reunião de três obras do escritor brasileiro Graciliano Ramos: Histórias de Alexandre (contos do folclore infanto-juvenil), Pequena História da República (sátira à história do Brasil, inédita até então) e A Terra dos Meninos Pelados (infantil). O livro Alexandre e Outros Heróis foi reeditada postumamente, em 1962.

Vidas Secas - edição especial 70 anos - romance - Editora Record, 2008; (obra póstuma) é o quarto romance do escritor brasileiro Graciliano Ramos, escrito entre 1937 e 1938, publicado originalmente em 1938 pela editora José Olympio. As ilustrações na primeira edição foram feitas pelo artista plástico Aldemir Martins.

Angústia - edição especial 75 anos - romance - Editora Record, 2011; (obra póstuma) é um romance publicado por Graciliano Ramos em 1936. À época Graciliano estava preso pelo governo de Vargas e contou com ajuda de amigos, entre os quais José Lins do Rego, para a publicação. A obra apresenta um narrador em primeira pessoa, Luís da Silva, funcionário público de 35 anos, solitário, desgostoso da vida e que acaba se envolvendo com sua vizinha, Marina. Com traços existencialistas, Luís mistura fatos do passado e do presente, narra num ritmo frenético como


um grande monólogo interior. O leitor de Angústia certamente lembrará de Crime e Castigo, de Dostoiévski, pois em ambos há as angústias de um crime, o medo de ser pego, a febre; em Angústia o crime é o clímax, enquanto em Crime e Castigo é o ponto de partida para a história, e a personagem consegue a redenção. Outra influência marcante é a dos naturalistas brasileiros, especialmente à Aluízio Azevedo, o determinismo e a animalização do homem. O narrador não quer ser um rato, luta contra isso; compara-se o tempo todo os homens aos bichos, porcos, formigas, ratos, e usa-se verbos de animais para as reações humanas.

Traduções Graciliano Ramos também dominava o inglês e o francês. Realizou algumas traduções: Memórias de um Negro, de Booker T. Washington, Companhia Editora Nacional, 1940; A Peste, de Albert Camus, Editora José Olympio, 1950. Publicações sobre Graciliano Ramos Graciliano Ramos: cidadão e artista - Carlos Alberto dos Santos Abel, UNB, 1999. Graciliano Ramos e o Partido Comunista Brasileiro: as memórias do cárcere, Ângelo Caio Mendes Corrêa Junior, 2000. (Dissertação de Mestrado em Letras, Universidade de São Paulo | orientador: Alcides Celso de Oliveira Vilaça. Graciliano Ramos: infância pelas mãos do escritor - Taisa Viliese de Lemos, Musa Editora, 2002. Graciliano Ramos - Wander Melo Miranda, Coleção Folha Explica, Publifolha, 2004. A infância de Graciliano Ramos - Audálio Dantas, Callis, 2005. (Menção Altamente Recomendável, em 2006, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, na categoria Informativo.) Graciliano Ramos - Myriam Fraga, Moderna, 2007. Cartas inéditas de Graciliano Ramos a seus tradutores argentinos Benjamin de Garay e Raúl Navarro - Pedro Moacyr Maia, EDUFBA, 2008. Graciliano Ramos: um escritor personagem - Maria Izabel Brunacci, Autêntica, 2008. Graciliano Ramos e o mundo interior: o desvão imenso do espírito - Leonardo Almeida Filho, UNB, 2008.


Graciliano Ramos e o desgosto de ser criatura - Jorge de Souza Araujo, EDUFAL, 2008. A imagem da linguagem na obra de Graciliano Ramos - Maria Celina Novaes Marinho, Humanitas FFLCH, 2.ed., 2010. Graciliano Ramos e a novidade: o astrônomo do inferno e os meninos impossíveis - Ieda Lebensztayn, Hedra, 2010. Graciliano: Retrato fragmentado - Ricardo Ramos, Globo, 2011. O velho Graça - Denis de Moraes, Boitempo, 2012.

Prêmios


Os prêmios concedidos a Graciliano Ramos: 1936 - Prêmio Lima Barreto (Revista Acadêmica) - Angústia 1939 - Prêmio Literatura infantojuvenil (Ministério da Educação) - A Terra dos Meninos Pelados. 1942 - Prêmio Felipe de Oliveira - Conjunto da Obra 1962 - Prêmio da Fundação William Faulkner (Estados Unidos) - Vidas Secas, como livro representativo da Literatura Brasileira Contemporânea. 1964 - Prêmios Catholique International du Cinema e Ciudad de Valladolid (Espanha), concedidoS a Nelson Pereira dos Santos, pela adaptação para o cinema do livro Vidas Secas. 2000 - Personalidade Alagoana do Século XX 10. 2003 - Prêmio Nossa Gente, Nossas Letras / Prêmio Recordista 11. 2003 - Medalha Chico Mendes de Resistência 12. 2013 - Escolhido pelo Governo Federal para o PNBE - Programa Nacional Biblioteca da Escola Memórias do Cárcere. Referências ↑ Ir para: a b Linha do Tempo. Página visitada em 16/01/2011. ↑ Ir para: a b c Escritor brasileiro - Graciliano Ramos. Página visitada em 17 de janeiro de 2011. ↑ Ir para: a b c d Releituras - Graciliano Ramos. Página visitada em 16/01/2011. Ir para cima ↑ Auto-Retrato. Página visitada em 16/01/2011. Ir para cima ↑ Graciliano Ramos. Página visitada em 17/01/2011. Ir para cima ↑ Oswaldo Goeldi - Graciliano Ramos. Página visitada em 16/01/2011. Ir para cima ↑ Graciliano Ramos - Graciliano Ramos e outros artistas da época denunciaram criticamente as mazelas sociais brasileiras, sobretudo a seca nordestina. Página visitada em 17/01/2011. Ir para cima ↑ Obras. Página visitada em 16/01/2011. Ir para cima ↑ Outras Obras. Página visitada em 16/01/2011. Ir para cima ↑ Site oficial de Graciliano Ramos. Ir para cima ↑ Site oficial de Graciliano Ramos.


Ir para cima ↑ Site oficial de Graciliano Ramos.

Ligações externas Wikiquote O Wikiquote possui citações de ou sobre: Graciliano Ramos. Página oficial, feita pela família de Graciliano Ramos. Revista Cult 120 anos de Graciliano Ramos. Programa Metrópolis, TV Cultura, 120 anos de Graciliano Ramos. Garranchos e O Velho Graça iluminam o percurso do alagoano Graciliano Ramos - O Estado de S.Paulo 19/10/2012. A alma agreste de Graciliano Ramos Jornal do Comércio - publicado em 27/10/2012.

Livros Romances Caetés (1933) • S. Bernardo (1934) • Angústia (1936) • Vidas Secas (1938) • Brandão Entre o Mar e o Amor (1942, em colaboração com Jorge Amado, José Lins do Rego, Aníbal Machado e Rachel de Queiroz). Contos A Terra dos Meninos Pelados (1939) • Histórias de Alexandre (1944) • Dois dedos (1945) • Histórias Incompletas(1946) • Insônia(1947) • Alexandre e Outros Heróis (1962). Memória Infância (1945) • Memórias do Cárcere (1953). Crônicas Viagem (1954) • Linhas Tortas (1962) • Viventes das Alagoas (1962). Correspondências Cartas (1980) • Cartas de amor a Heloísa (1992). Traduções Memórias de um Negro, de Booker T. Washington (1940) • A Peste, de Albert Camus (1950). Adaptações Vidas secas • São Bernardo • Memórias do Cárcere • Terra dos Meninos Pelados. Miscelânea Palmeira dos Índios • Instituto Penal Cândido Mendes • Partido Comunista Brasileiro • Pantaleão Pereira Peixoto. Categorias: Nascidos em 1892 Mortos em 1953 Romancistas do Brasil Escritores modernistas do


Brasil Memorialistas do Brasil Prefeitos de Palmeira dos �ndios Naturais de Quebrangulo Comunistas do Brasil Ciclo das Secas Mortes por câncer de pulmão



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