Manual para Facilitadores na Educação Global

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número equilibrado de perguntas para cada parte do debriefing (reflexão, generalização, transferência) - tendo 10 perguntas para reflexão e uma para cada uma das outras seções é uma situação para onde não deve ir, elas não devem ser iguais em número, mas equilibradas. Um outro benefício é notar o tipo de perguntas que você está a utilizar e assim pode reformular e modificá-las para que elas soem melhor e mais adequadas (veja mais sobre perguntas abaixo). •

Prepare perguntas alternativas para o seu debriefing. Pode acontecer que algumas das perguntas em que você pensou no primeiro lugar não funcionarão, digamos que não vão tirar muito do grupo. Para não se sentir perdido, improvisar algo inadequado ou apressar-se até o final da discussão, é melhor pensar em mais perguntas como alternativas, para cada seção do debriefing. Escreva-os também. Além disso, se o seu debriefing conta com o uso de exemplos da vida real, que você deseja retirar do grupo, e não vai muito bem, prepare algumas ideias de antemão para tais situações. Reavalie o tempo do seu debriefing com base no seu conjunto de perguntas. Faça umas contas muito simples para ajudá-lo: tem X número de participantes e Y número de perguntas. Para algumas perguntas, você talvez queira uma resposta de todos (por exemplo: como você se sente em uma palavra/ frase? Ou como está pronto para fazer uma mudança na sua vida de 1 a 10?, etc.) e para outras que você faz não, mas ainda assim você pode estimar talvez uma média de pessoas a responder por pergunta e também um tempo médio por resposta. Isso deve dar uma ideia do tempo que você precisa para a sua discussão e você deve ver se isso corresponde mais ou menos ao que você realmente planejou. Por exemplo, a atividade Etiquetas do primeiro manual (página 57) com 11 perguntas (perguntas fechadas e abertas) leva cerca de 30 minutos com um grupo de 20-25 pessoas, mas houve ocasiões em que demorou 40-45 minutos, quando os participantes trouxeram muitos exemplos ou associações na discussão.

Se você fez uma atividade antes, você pode ter uns indícios sobre o que pode enfrentar (em relação a essa atividade específica), mas se não fez isso, volte para a matemática simples e faça uma estimativa para que possa estar mais perto da realidade.

Durante a experiência em si (a atividade que os participantes estão fazendo) •

Observe a dinâmica do grupo; tome notas mentais (ou anota-as) do que fazem, como elas se comportam, se houver algum indivíduo que se comporte de forma atípica (não se envolve, deixa a tarefa, etc.) e como é que o grupo toma conhecimento delas, qualquer observação relevante que possa ser usada na parte de debriefing.

Abstenha-se de influenciar a maneira como eles se comportam numa experiência; esclareça o contexto, repita as instruções, se necessário, mas não comente os seus comportamentos ou ações na tarefa, o que pode influenciar as suas decisões e ações na própria atividade, deve ser sua experiência completa e a sua intervenção subjetiva deve ser mínima. Você pode interferir se houver um propósito direto para fazer isso, por exemplo, comenta sobre como eles se comportam uns com os outros e, em seguida, no debriefing pode discutir o que aconteceu antes e depois da sua intervenção.

Reveja o plano de debriefing; com base na sua dinâmica e problemas que surjam na experiência, pode decidir mudar os elementos que deseja discutir mais no debriefing; pode mudar algumas perguntas para abordar os aspetos específicos que observou e para convidar as pessoas a refletir sobre elas mais.

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