Cartilha de Projeto do Capital para a Educação - Volume II

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impactando as IES federais. O segundo conjunto de prioridades – três medidas de apoio e indução – atinge a política intersetorial para a primeira infância, a alfabetização de todos até os oito anos de idade e a reestruturação do Ensino Médio. Essas frentes são atravessadas por seis princípios orientadores: 1) aprendizagem para o desenvolvimento integral; 2) qualidade ligada ao conceito de equidade e inclusão; 3) trabalho educativo com base em evidências, conhecimento acumulado, experiências exitosas, pesquisas de opinião com professores e alunos; 4) professor como protagonista da educação de qualidade, central para uma “mudança estruturante”; 5) intersetorialidade; e 6) agenda básica como resposta às demandas contemporâneas (TPE, 2018, p. 7). A “estratégia sistêmica nacional” pode ser sintetizada na máxima, tão fantasiosa quanto palatável ao senso comum, que é: melhorar a qualidade da educação levaria à solução da crise econômica. Isso suporia outros consensos relativos à crença de que a escolarização tem impactos diretos sobre o crescimento econômico, conduzindo à redução da pobreza e do desemprego – diretrizes também presentes nos documentos do Banco Mundial e da Frente Parlamentar Evangélica analisados nesta Cartilha. O sentido aparente desse projeto se assenta na defesa da sociedade inclusiva e justa, na qual a diversidade é considerada um “ativo” a ser explorado. A falácia humanitária se desfaz diante das contrarreformas que se sucedem.

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