2 lua nova stephenie meyer

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Mas eu sentí os lábios dele se pressionando silenciosamente na minha testa, e eu não me importei com qual era a motivação. Pelo menos eu podia estar com ele de novo antes de morrer. Isso era melhor que uma vida longa. Eu queria poder perguntá-lo exatamente o que ia acontecer agora. Eu queria desesperadamente saber como nós íamos morrer - como se isso fizesse diferença, como se saber fosse uma vantagem. Mas eu não podia falar, nem um cochicho, cercados do jeito que estávamos. Os outros podiam ouvir tudo - cada respiração que eu dava, as batidas do meu coração. O caminho embaixo dos nossos pés continuou a ir pra baixo, nos levando pra mais fundo no chão, e me deixando claustrofóbica. Só a mão de Edward, alisando meu rosto, estava me impedindo de gritar bem alto. Eu não sabia dizer de onde a luz estava vindo, mas de repente tudo ficou cinza escuro ao invés de preto. Nós estávamos num túnel baixo, arqueado. Longos rastros de uma umidade cor de ébano desciam pelas paredes cinza, como se elas estivessem sangrando tinta. Eu estava tremendo, e pensei que fosse de medo. Não foi até meus dentes começarem a bater que eu percebí que estava com frio. Minhas roupas ainda estavam molhadas, e a temperatura embaixo da cidade era invernal. Assim como a pele de Edward. Ele percebeu isso ao mesmo tempo que eu, e se soltou de mim, segurando apenas minha mão. - N-n-não - eu tremí, jogando meus braços ao redor dele. Eu não me importava se eu congelasse. Quem sabia quanto tempo ainda teríamos? As mãos geladas dele esfregaram o meu braço, tentando me manter aquecida com a fricção. Nós nos apressamos pelo túnel, ou pareceu que nós estávamos apressados só pra mim. Meu progresso lento irritou alguém - eu acho que Felix - e eu ouvia ele suspirar profundamente de vez em quando. No fim do túnel havia uma grade - as barras de ferro eram enferrujadas, mas tão grossas quanto os meus braços. Uma pequena porta feita de barras mais finas, entrelaçadas, estava aberta. Edward se abaixou pra passar e se apressou numa sala de pedra maior, mais iluminada. As grades se fecharam com um cling, seguido pelo barulho da maçaneta sendo trancada. Eu estava com medo demais pra olhar atrás de mim. Do outro lado da sala havia uma porta pesada, de madeira. Ela era muito grossa - eu podia dizer porque, ela também, estava aberta. Nós passamos pela porta, e eu olhei ao redor pela minha surpresa, relaxando automaticamente. Ao meu lado, Edward ficou tenso, a mandíbula dele se apertou.


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