Análise Advocacia 500 - 2011

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A DVO C AC I A Melhores práticas dos escritórios

SEIS PRATICAS PARA CONDUZIR ESCRITORIOS

COMO EMPRESAS Pesquisa indica tendência de mudança no mercado de advocacia do Brasil, e grandes bancas mostram como a gestão pode contribuir para fortalecer seus negócios GABRIEL ATTUY, com reportagem de Vivian Stychnicki

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m 2006, quando a Análise Editorial lançou a primeira edição deste anuário, o maior escritório da lista dos “Mais Admirados” contava com 392 advogados. A relação de escritórios com mais de 100 advogados tinha 18 nomes. Nesta edição, a sexta de ANÁLISE ADVOCACIA 500, o escritório com a maior equipe tem 641 advogados, e são 40 as firmas com mais de 100 advogados. A mudança é significativa e indica que o mercado da advocacia está ganhando novos contornos no Brasil. Não há evidências de que o movimento se deva a um processo de consolidação do mercado, como o observado em outros países. Trata-se mais de uma reorganização do mercado a partir de mudanças estratégicas das firmas. Fusões, incorporações e cisões têm sido cada vez mais frequentes na advocacia e são vistas por especialistas como ajustes naturais do mercado. Um bom indício são as mudanças registradas nos rankings desta edição. A equipe de ANÁLISE ADVOCACIA 500 foi a campo com o objetivo de entender as demandas e os desafios que os escritórios enfrentam. E também para identificar

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quais as práticas de gestão podem fazer a diferença para as bancas brasileiras neste momento. Foram ouvidos mais de 30 especialistas, entre consultores, professores e sócios de escritórios brasileiros e estrangeiros. E, paralelamente, a equipe da Análise Editorial procurou 200 bancas que integraram o ranking das “Mais Admiradas” em ao menos uma das cinco últimas edições deste anuário. Chegamos a uma lista de seis práticas, que, além de recomendadas, foram adotadas por firmas brasileiras. Os sinais identificados por nossas análises somam-se ao entendimento dos especialistas consultados, profundos conhecedores do mundo da advocacia aqui e lá fora. O resultado é uma forte percepção de que os escritórios brasileiros, especialmente aqueles com mais de 50 advogados, têm muito a ganhar se tratarem suas firmas como empresas. Nos Estados Unidos e no Reino Unido, a primeira onda de crescimento dos escritórios ocorreu nos anos 1950, a partir da Segunda Guerra Mundial, com a internacionalização das companhias americanas. A segunda reforçou a atuação transnacional das firmas, com forte viés de consolidação de mercado e aumento substancial de equipes. Começou nos anos 1980 e vem até hoje. www.analise.com


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