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CADEIA PRODUTIVA Empreendedores

Antecipação da operação de novos parques eleva capacidade instalada e muda ranking de investidores

Os 40 parques instalados nos primeiros seis meses de 2021, com total de 1.356,92 MW (inclui empreendimentos em teste), elevaram a potência em operação no país para mais de 19 GW, alterando o ranking dos 10 maiores investidores.

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Com os 48 novos parques, a Engie subiu para o terceiro lugar, na frente da Echoenergia, a partir da entrada em operação de sete parques com total de 256,2 MW. A Voltalia, que não estava entre os 10 maiores, agora está em sexto lugar, na frente da Atlantic, depois de inaugurar seis parques, com total de 275,27 MW. E a EDP Renováveis e Rio Energy também entraram no ranking: a EDP em oitavo lugar, a partir dos cinco novos parques com potência total de 142,8 MW, e a Rio Energy em nono, com a operação de seis parques com capacidade de 153 MW.

Além da continuidade de projetos também instalados em 2020, como o Lagoa dos Ventos, da Enel, e o Campo Largo, da Engie, e ainda o projeto Serra do Mel, da Voltalia, há outros iniciados em 2021. Um exemplo é o Serra da Babilônia, da Rio Energy, que já teve quatro parques instalados, de 102 MW, nas cidades de Várzea Nova e Morro do Chapéu, na Bahia, em operação teste.

Um projeto importante em andamento é o Rio do Vento, da Casa dos Ventos, com 63 MW já em fase teste nos municípios de Riachuelo e Ruy Barbosa, no Rio Grande do Norte.

Considerado o maior projeto da América Latina, com 1.038 MW, a primeira fase do Rio do Vento, de 504 MW, está prometida para o segundo semestre de 2022. Com investimento de R$ 2,4 bilhões, Rio do Vento é formado por oito sociedades de propósito específico, sendo três para atender ao consumo da mineradora Anglo American e as demais para outros PPAs (Tivit e a Vulcabras) e para comercialização no mercado livre. A primeira fase, que também inclui parques em Caiçara do Rio do Vento, terá 120 aerogeradores de 4,2 MW da Vestas.

Para a Abeeólica, a previsão é até o fim do ano a potência total instalada do setor passar para algo em torno de 20 GW.

O ANO DE 2020

Apesar de hiatos durante o ano de 2020 nas instalações, por conta das restrições de circulação e obras impostas pela pandemia em municípios no Nordeste, onde se concentram os novos investimentos, a movimentação foi muito grande, representando recordes para muitos agentes do setor

Em 2020 foram instalados 66 parques no país, espalhados por 16 complexos eólicos de 13 empreendedores, que totalizaram 2.266 MW de nova potência instalada, a maior parte já em operação.

Os dez maiores investidores de energia eólica por MW instalado

A empreendedora com a maior potência instalada em 2020 foi a Enel Green Power, que implantou no Piauí 15 parques, com 518 MW no total, nas cidades de Queimada Nova e Lagoa do Barro do Piauí, batizados de Ventos de Santa Ângela, e que integram o complexo Lagoa dos Ventos.

Ranking dos empreendedores (10 maiores por parques em operação)

Nos primeiros meses de 2021, a empresa implantou mais seis parques do mesmo complexo, agregando 198,7 MW ao empreendimento e atingindo a capacidade planejada de 716 MW. O complexo Lagoa dos Ventos conta com 230 aerogeradores modelo AW125/30003150 da Nordex, de 3,1 MW. A previsão é a de que o complexo gere mais de 3,3 TWh ao ano.

Em segundo lugar em nova potência instalada, a francesa EDF implantou em Campo Formoso (BA) o complexo eólico Folha Larga Norte, por meio de nove parques Ventos de São Januário, com 344,4 MW no total. Para a energia desse complexo, com investimento de R$ 1,5 bilhão, foi negociado um PPA de 20 anos com a petroquímica Braskem e um mix de contratos para o mercado livre. Foram instalados 82 aerogeradores de 4,2 MW da Vestas no empreendimento, que teve ga- rantia mínima contratada nos leilões do mercado regulado A-4 e A-6 em 2018.

Na mesma Campo Formoso, e também com projetos de parques Ventos de São Januário, a Casa dos Ventos implantou em 2020 o complexo Folha Larga Sul, de 151,2 MW. Com obras concluídas em agosto, o complexo conta com 36 aerogeradores Vestas de 4,2 MW de potência cada, com previsão de geração de 770 GWh por ano, a serem utilizados pela mineradora Vale, em um PPA de 23 anos, que por sinal entrou como sócia do empreendimento no regime de autoprodução.

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