Revista DMA – RESPEITO E MISERICÓRDIA (Março - Abril 2014)

Page 23

Exatamente no meio do caminho entre o árido debruçar-se sobre si e a exposição incondicional do que nos alcança de fora, coloca-se o significado autêntico da exploração, disposição para entrar em novas regiões transportando consigo a bagagem daquilo que se tornou. Nesta ótica adquire valor o que caracteriza o explorador como tal: cultivar um olhar atento, maravilhado e benévolo sobre a realidade que vai descobrindo – pessoas, situações, eventos que pedem para serem reconhecidos na sua tipicidade – e ancorar no essencial que caracteriza a sua original e irrenunciável experiência de vida.

“Vamos para qualquer outro lugar...” Não existe locução evangélica como esta que exprima com tanta eficácia a ideia de que um missionário, um homem que como o Mestre realiza a sua tarefa de anunciar a Palavra, é sempre, por natureza, um explorador; ir para qualquer outro lugar indica a necessidade urgente de colocar-se a caminho na direção de países ainda não alcançados pela

mensagem de Jesus, para povos e pessoas que ainda não encontraram Deus. A dimensão ‘exploradora’ da comunidade cristã é reclamada na Evangelii Gaudium, que indica em uma Igreja ‘em saída’ o ideal a ser encarnado: «fiel ao modelo do Mestre, é vital que hoje a Igreja saia para anunciar o Evangelho a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora, sem repulsas e sem medo» (EG 23). É claro que para fazer isto ocorre aliviar a própria bagagem, ancorar naquilo que é essencial para conseguir a flexibilidade, o dinamismo e a capacidade de adaptação típicos de quem se move, respeitoso e atento, em terrenos não usuais: «Quando se assume um objetivo pastoral e um estilo missionário, que realmente chega a todos sem exceções nem exclusões, o anúncio se concentra sobre o essencial, sobre aquilo que é mais belo, maior, mais atraente e ao mesmo tempo mais necessário» (EG 35). Explorar é então a resposta do cristão de hoje ao apelo do Papa: «Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo» (EG 49).

Cloud, a ilha que não existe nas nuvens da web... É o sonho de muitos: uma Rede completamente livre, não mais ancorada – para salvar os conteúdos mesmo pessoais – no computador (e nos dispositivos) que se utilizam. Por trás disso, informação acessível em qualquer lugar e de qualquer forma e troca sem fronteiras de dados (textos, vídeos, áudios) protegidos pela copyright. Já é uma realidade: plataformas como o Google Drive, Dropbox, OnLive, Kindle Fire,

Aruba Cloud, Bitcloud... permitem elaborar programas, arquivos, recuperar programas e dados por meio da web e uma simples internet browser (Mozilla Firefox, Chrome, Opera, Safari, Internet Explorer). Uma rede sem nós, sem censura e sem controles. Certo? Os trabalhos estão em andamento para garantir a segurança dos dados e dos conteúdos, salvaguardar a privacidade, contrastar o alastrarse da pedo-pornografia e a

prática do sexting... Um dado é certo: estamos apenas no início. Novos serviços online já estão no horizonte: Wetube para partilhar vídeos e áudios, como alternativa YouTube, Spotify, Sound-cloud e outros...para dar forma a uma Rede toda “tão grande quanto o mundo”, a ser explorada. suorpa@gmail.com

dma damihianimas REVISTA DAS FILHAS DE MARIA AUXILIADORA

ANO LXI ● MARÇO – ABRIL DE 2014

23


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.