Agora - 24 de outubro de 2012

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6 POLÍCIA

MANAUS, QUARTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2012

Suspeito de executar 21 pessoas A

Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) apresentou, na tarde de ontem (23), o presidiário Claudecir Fonseca da Costa, 26, conhecido como “Toddynho”, 26, acusado de cometer ao menos 21 homicídios na capital amazonense. “Toddynho” pode estar envolvido em outras seis mortes relacionadas ao tráfico de entorpecentes, ocorridas em Manaus nos últimos tempos. Claudecir é apontado pela polícia por ser o comandante do tráfico de drogas nos bairros Tancredo Neves, São José e Coroado, todos situados na Zona Leste. Ele foi preso no último sábado (20), na “Operação Rede Marginal”, realizada por policiais

civis da Seccional Norte. Na operação, foi preso o casal Márcio José Lopes Carneiro, conhecido como “Doido”; Taynara Lopes Barros, que é acusado de participar do “Bonde do Toddynho”, grupo de extermínio de traficantes que invadiam bairros da Zona Leste para disputar com os rivais o domínio de pontos de vendas de entorpecentes. Segundo o titular da DEHS, delegado Divanilson Cavalcanti, Toddynho é acusado de praticar homicídios desde ano de 2007. O homicida começou a chefiar o tráfico de drogas depois da morte de seu comandante, o traficante Alecssandro Queiroz Rodrigues, o “X-Salada”, morto no dia 10 de abril de 2011, em

uma emboscada na rua Marginal, São José 1, Zona Leste. O casal preso com Toddynho também é apontado pela polícia como autores de várias execuções. O delegado explicou que Taynara pilotava motocicletas na hora dos assassinatos. Fazem parte do grupo de extermínio os suspeitos identificados apenas como Bob, Neném, Mico, Doido, além de Taynara e Toddynho. Além de executar seus rivais, Toddynho assassinou seu braço direito por conta de seu nome estar em evidencia nos jornais da cidade. “O Toddynho matou o Juvenal porque ele, além de matar os traficantes rivais, executava quem estava com com a vítima”, ressaltou o delegado.

DIVULGAÇÃO

O presidiário Claudecir Fonseca da Costa, o “Toddynho”, é apontado pela polícia como o responsável por matar 21 traficantes rivais na capital amazonense

Na delegacia, Toddynho negou que praticou os 21 homicídios contra rivais na capital ANDRÉ MOREIRA

DESCUIDO

Garoto morre afogado na Ponta Negra

Mais um caso de morte por afogamento na praia da Ponta Negra, Zona Oeste, foi registrado, na tarde de ontem. O estudante Maurício Nóbrega Ribeiro, 11, morreu após cair em um buraco no rio Negro. Ele foi encontrado depois de dez minutos em uma profundidade de aproximadamente 5 metros. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ainda tentou reanimar a vítima, mas ele já estava morto.

Segundo a vendedora ambulante, Maria Cruz, 53, o menino estava brincando com outras crianças e quando a mãe percebeu o sumiço do menor, pediu ajuda aos salvavidas, mas os homens de resgate não tinham equipamento adequado para salvamento. “Eles tiveram que esperar os médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que custou cerca de 30 minutos para chegar”, relatou.

O major do Corpo de Bombeiros, Frank Borges, disse que ao menos 13 bombeiros ficam diariamente no local orientando a população sobre os riscos da praia e que o menino morreu por conta de um descuido de sua mãe, identificada como Andrea Nóbrega. “Ele e sua mãe estavam tomando banho em uma parte que é permitida na praia. De repente, ela se descuidou, não o viu mais e foi acionar nossos salva-vidas”.

PRECONCEITO

Mãe acusa gestora e estudante de racismo em escola

Enfermeiros do Samu tentaram reanimar o garoto, mas ele morreu no local

Uma dona de casa e mãe de uma adolescente de 15 anos acusa um estudante de 16 anos e a gestora da Escola Estadual Marechal Hermes, localizada na Vale do Pó, Nova Esperança, Zona Oeste, de racismo e preconceito. O caso foi registrado no 8º Distrito Integrado de Polícia e também na Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai). De acordo com a dona de casa, ao chegar à escola para pedir que o estudante fosse punido por chamar sua filha de “macaca’, foi recebida com desdenho pela gestora. “Ela distorceu a situação. Ela trata minha filha com racismo”, ressaltou. A gestora Aline Grécia negou qualquer acusação e disse que a dona de casa abandonou a adolescente que passa o dia inteiro na escola e dorme na casa de suas colegas.


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