Jornal Moliceiro Nº2 2018_2019

Page 1


sumário 6

À Descoberta dos Materiais e Objetos

10

Aceitar as diferenças

7

Museu de História Natural

13

4

A Horta

A princesa e a ervilha

5 O 4ºA e os Descobrimentos

12 Notícias da João Afonso

26 Mega Sprinter

8 5ºD: “A Nossa Orquestra” Biodanza

14 O Dia do Pi

27 Roteiro

15 Notícias da Homem Cristo

28-30 Laboratório de Línguas

20-21 Bibliotecas Escolares

31 O Cavaleiro da Dinamarca: lutar até ao fim!

9 Clube de Dança 10-11 Educação Inclusiva

22-23 Recensão Crítica

2


O PERFUME DAS FLORES! “Todos querem o perfume das flores, mas poucos sujam as suas mãos para as cultivar”. Augusto Cury Esta é a triste realidade de muitos seres humanos: desejar alcançar algo sem esforço! E o pior é que durante muito tempo esta pseudoverdade foi mesmo veiculada como base de uma teoria educativa! E fez estragos, até virem novas teorias sobrepor-se e demonstrarem as fragilidades e perigosidades no comportamento humano. Toda a vida, desde o início ao fim, é um complexo de esforços, lutas, sonhos, desilusões e sobretudo muito trabalho. Porém, muitos consideram que estas premissas apenas se aplicam ao «trabalho». Ou seja, consideram que a escola é um mundo à parte, logo não será o mundo do trabalho. Ora isto não é verdade. A escola, tal como qualquer trabalho, exige muita dedicação, empenho e esforço. Isto significa que temos de ser assíduos, pontuais, dar o nosso melhor no sentido de aperfeiçoarmos as nossas competências teóricas, práticas, sociais, académicas, profissionais.

24-25 De volta à Escola

16-17 Dia do Patrono João Afonso

18-19 HC celebra 27 de janeiro

Claro que nem sempre é fácil levantar, nem sempre apetece vir para a escola/trabalho, nem sempre simpatizamos com todos os colegas, nem sempre os locais são os ideais, nem sempre os locais são confortáveis. Mas estas situações e outras semelhantes ocorrerão sempre e em qualquer tipo de trabalho/escola. Nunca nada na vida corresponderá ao que cada um desejaria! Caso contrário teria de haver um planeta para cada indivíduo! Assim, resta-nos compreender que viver em sociedade exige um trabalho pessoal de constante adaptação, aperfeiçoamento e superação. Temos de «sujar as mãos» para cultivar uma vida pessoal e social mais florida e melhor. Só assim conseguiremos prosperar e alcançar uma vida pessoal e social melhor. Só assim melhoramos e desenvolvemos as nossas comunidades e contribuímos para um país e um mundo melhor. Estamos quase na Primavera, o tempo em que os jardins florescem e as flores encantam os olhos e a alma e o ambiente se enche de vários perfumes. Porém, durante o Inverno, os jardineiros e todos os que gostam de flores, sujaram as mãos na preparação da terra e na conservação e tratamento das plantas. Sem este trabalho, a Primavera seria muito mais árida, triste, cinzenta e inodora. Profª Helena Rodrigues

3

Foto: Jornal Moliceiro


ESCOLA DA VERA CRUZ

A princesa e a ervilha

Trabalho de Afonso Tavares, 4ยบA, EB da Vera Cruz

4


O 4ºA e os Descobrimentos

A alimentação a bordo era constituída principalmente por biscoitos muito cozidos para se conservarem. Os marinheiros molhavam-nos na água do mar para os poderem comer. No dia 31 de janeiro de 2019, nós, alunos do 4º ano da Escola da Vera Cruz realizámos uma visita de estudo ao “World of Discoveries” no Porto com a finalidade de vivenciar o que já tínhamos aprendido na sala de aula sobre os Descobrimentos. Fomos recebidos pelo Infante D. Henrique (vídeo), o que nos causou alguma surpresa. Filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre foi o responsável pela Expansão Marítima que teve o seu início em 1415. Fundou a Escola Náutica em Sagres para preparar os marinheiros e aperfeiçoar as técnicas de navegação. Faleceu em 1470. Na segunda sala, observámos a evolução das embarcações que os Portugueses utilizaram: Barca, Barinel, Caravela, Nau, Caravela de Armada e Galeão. Vimos também vários instrumentos de navegação: Quadrante, Astrolábio, Balestilha e Bússola. De seguida, entrámos numa sala que representava o interior de uma embarcação daquela época; lá cheirámos especiarias trazidas das terras descobertas: canela, pimenta, cravinho, malagueta, noz moscada… Explicaram-nos que em cada beliche dormiam quatro marinheiros, em média quatro horas por noite.

5

Quando já não havia alimentos, eles comiam mapas e solas de sapato que eram feitos de pele de animais, assim como ratos e musgo. Como a alimentação era desequilibrada, as condições de higiene eram más: faziam as necessidades para o mar, limpavam-se a uma corda – pincel (havia um para o capitão e outro para a tripulação), surgindo assim muitas doenças como o escorbuto. A última sala que visitámos representava uma carpintaria onde eram construídos e arranjados os barcos. Por fim, fizemos uma pequena viagem de barco onde vimos, por ordem, as várias terras descobertas pelos portugueses, incluindo o Cabo das Tormentas e a figura mítica do Adamastor. Esta visita de estudo foi fantástica, inesquecível, divertida e educativa. Adorámos!! 4ºA Escola da Vera Cruz Fotos: Francisco Cunha


CENTRO ESCOLAR DE SANTIAGO

À Descoberta dos Materiais e Objetos No âmbito da Área Curricular de Estudo do Meio, as duas turmas do 3º ano desta escola desenvolveram o Projeto “Aprende recolhendo e praticando”, na unidade “À Descoberta dos Materiais e Objetos”, com Experiências de Mecânica simples. Recolheram junto dos pais e avós brinquedos antigos com rodas dentadas e construíram, com a ajuda dos respetivos familiares, alguns carrinhos movidos a elásticos. Este projeto teve como finalidade incrementar a ligação escola/família, proporcionando aos alunos o conhecimento do funcionamento de brinquedos antigos com os quais os pais e avós se divertiam, bem como a aplicação da teoria à prática, construindo os referidos carrinhos movidos a elásticos. Finalmente, serviu também para que os alunos desenvolvessem teorias sobre esta matéria, incrementando o espírito crítico entre eles com a confrontação de opiniões diversas sobre este assunto. Deixamos o registo fotográfico de alguns brinquedos antigos que alguns de nós trouxeram para a escola, bem como de alguns modelos construídos. Encontram-se em exposição na nossa Biblioteca Escolar, os quais poderão ver quando nos visitarem. Bonita experiência esta que queremos repetir com outros temas. Os alunos do 3º ano A e B da Escola Básica de Santiago

6


JARDIM DE INFÂNCIA DE SANTIAGO

Museu de História Natural No Jardim de Infância de Santiago “estamos a viver no Mar”! Este projeto nasce dos interesses das crianças e está a ser desenvolvido em várias vertentes. O grande objetivo deste projeto está no conhecimento, sensibilização, preservação e respeito pelos oceanos. O “Museu de História Natural” é um espaço lúdico e interativo sugerido pelas crianças para expor os “tesouros” do mar. Neste espaço, todos os sentidos são despertos, quer na caixa de areia com conchas, nas experiências com água, nos espelhos, sons do mar... Partindo do conhecimento dos oceanos que os portugueses adquiriram com os descobrimentos, a criatividade, a imaginação e o empenho das crianças traduziram-se na construção de caravelas e embarcações. Surge ainda a “Oceânia” retratada em diferentes atividades como teatro, canções, registos, histórias e também em cartazes e marcadores de sensibilização ambiental. O desenvolvimento deste projeto tem contado com a participação de convidados que vêm enriquecer com diferentes saberes do mar – Movimento “Não Lixes” – que, voluntariamente, veio alertar para a poluição dos oceanos; a participação da família com experiências na água, o equipamento de mergulhador, peixes em origami e tantos outros que querem colaborar, movidos pela curiosidade dos relatos feitos pelas crianças. Recebemos visitas do 1.º ciclo, da Unidade de Multideficiência da Escola João Afonso, de pais, avós e outras pessoas que nos visitam, movidas pela curiosidade (e pelo “passa a palavra”). O espólio do museu tem aumentado muito com a colaboração dos pais que emprestam peças. Já se realizaram saídas de campo na comunidade (mercado de Santiago, aquários do Subenshi, exposição “Rios em Movimento, nem tudo o que vem à rede é peixe”). Estão agendadas visitas de estudo ao Sealife, ao Museu Marítimo de Ílhavo e à Estação Litoral da Aguda. As Educadoras Fátima Vasconcelos, Fátima Vieira, Marília Caroço e Teresa Sousa

7


5ºD: “A Nossa Orquestra” foi uma experiência impressionante!

Biodanza conquista alunos da João Afonso

No dia 18 de janeiro de 2019, a turma D do 5º ano participou na atividade “A Nossa Orquestra”, no âmbito da comemoração do Dia do Patrono da Escola João Afonso de Aveiro. Mas o que é uma Orquestra? A palavra orquestra surgiu no século V a. C. e provém da palavra grega “Orkhéstra”, que significava “lugar para dançar”. Nessa época, os teatros gregos dispunham de um espaço situado entre o cenário e os espectadores que se chamava “Orkhéstra”, espaço destinado não só aos bailarinos, mas também, aos músicos. A partir do século XVII, o termo “orquestra” passou a designar um conjunto instrumental composto por vários músicos. Ora, no dia 18 de janeiro, sentimo-nos uns verdadeiros “músicos”, interpretando peças musicais com diversos instrumentos (reco-reco, triângulo, tamborim, guizeira, soalha de mão, shaker oval, etc.). Foi uma experiência… Interessante! Divertida! Impressionante! Peculiar! …que gostaríamos de repetir. A turma do 5ºD Foto: Jornal Moliceiro

Vários alunos da Escola João Afonso deixaram-se conquistar pela Biodanza. As suas emoções estiveram ao rubro no dia do Patrono da Escola (18 de janeiro). As turmas do 5ºE, 9ºA e 9ºB realizaram uma atividade denominada Biodanza. É uma disciplina de efeitos variados: reeducação afetiva e reabilitação existencial, baseada em vivências induzidas pela música, pela dança e pelo grupo. Os movimentos são livres e criativos, realizados de forma lúdica e espontânea. Estes, proporcionam aos jovens possibilidades infinitas de expressarem o que lhes vai na mente, criando a sua história e os seus desejos de acordo com a sociedade que os rodeia. É o início do vínculo com os adultos que habitualmente impõem e o momento de afeto entre gerações, que ensinam e aprendem. Tem como objetivo aprender a dança da vida, no sentido mais amplo que o termo pode expressar e o desenvolvimento da alegria de viver.

8


CLUBE DE DANÇA

“Isto não é um clube, mas sim uma equipa em que todos podem dar a sua opinião” Entrevista com a professora Manuela Capão

Também a Biodanza traz benefícios para o aumento da capacidade de concentração. Este é atualmente o nosso maior desafio no trabalho com as pessoas em geral, devido aos exagerados estímulos à sua volta. O contacto com a Biodanza no dia 18 foi repleto de emoções: alegria, tristeza, euforia... No fim, tudo acabou bem com mais paz. Porque não experimentar coisas novas e manter a mente sempre aberta? Parabéns às turmas participantes, pelo que conseguiram alcançar, no final da atividade. Texto: Prof. Carla Barreira Fotos: Jornal Moliceiro

9

O Clube de Dança é uma atividade onde os alunos se podem divertir, expressar os seus sentimentos e aprender a dançar. As alunas do Clube de Dança da Escola João Afonso de Aveiro participaram numa concentração na Gafanha da Encarnação no dia 27 de janeiro, onde obtiveram o 3º lugar. Aproveitámos esta oportunidade para conversar com a Professora responsável do clube de Dança, Manuela Capão. Como foi levar esta equipa à concentração? Eu gostei bastante, apesar de todo o trabalho, de ver as alunas a dançar uma coreografia que custou muito a aprender. Foi maravilhoso! Foi um trabalho de equipa! Sim, porque isto não é um clube, mas sim uma

equipa em que todos podem dar a sua opinião. Como se sentiu? Senti-me bem, orgulhosa por elas terem conseguido aprender e executar. Gostou deste concurso? Sim, principalmente porque conseguiram ficar em 3º lugar e, sobretudo, por se terem divertido. Foi muito bom, pois todas elas me ajudaram na criação da coreografia. Porque é que quis ser Professora de Dança? Eu sou professora de dança, porque tenho formação e porque gosto desta modalidade. Porque gosta tanto de dança? Porque gosto de música e porque gosto de atividades desportivas. Qual é a idade ideal para dançar? A partir dos três anos, mas uma dança mais exigente, requer mais idade. Acha importante que haja muitas pessoas a praticar dança? Sim, pois praticar desporto é bastante importante para a saúde. A dança, em especial, permite também a diversão. Entrevista de: Ana Leonor Pais e Rosalina Braga, 5ºI, Clube de Jornalismo Foto: Prof. Manuela Capão


EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Crianças com deficiência muitas vezes não são respeitadas! Declaração Universal dos Direitos Humanos - Artigo 2º: “Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação.”

Aceitar as diferenças A Declaração Universal dos Direitos Humanos começa pelo seguinte artigo: “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”. Nascermos iguais em dignidade e em direitos não significa sermos iguais. Alguns de nós nascem com olhos castanhos, outros com olhos verdes ou azuis; alguns têm a pela branca, enquanto outros terão amarela ou negra; alguns nascem sem problemas de saúde, ao passo que outros nascem com alguma doença ou deficiência. À medida que vamos crescendo, vamos também ganhando ou perdendo outras características: uns ganham peso, outros vão vendo a sua capacidade de audição e/ou visão reduzidas. O mesmo se passa com os nossos interesses e preferências. Os desenhos animados que gostávamos de ver em crianças vão sendo substituídos pelos jogos de computador e pelas playstations, e as músicas infantis pelos rappers e pelas cantoras de projeção internacional. Tudo isto faz parte da nossa história e do que somos. Se cada um de nós vai mudando ao longo da vida em conhecimento, capacidades, habilidades, estatura, gostos e preferências, por que não havemos de aceitar que o mesmo se passará com os outros?

nos crie dúvidas e nos suscite medo. No entanto, não deveremos aceitar como normal que essa diferença se traduza na discriminação de alguns de nós, levando ao seu isolamento. A solidão é que não é algo natural ou normal, pois fomos feitos para criar laços de amizade. O Artigo 1.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos diz ainda que devemos “agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”. Sendo a escola um ponto de encontro de muitos rapazes e raparigas diferentes, é também um espaço privilegiado para aprendermos a viver e a respeitar a diferença. Aceitas o desafio? Às vezes, só custa dar o primeiro passo… Texto: Ana Joel Marques Ilustração: Sónia Machado (Encarregadas de Educação da Escola João Afonso)

Muitas vezes, as crianças com deficiência têm muita dificuldade em se incluírem na sociedade e também na escola; por vezes são rejeitadas pela sua aparência. E o que é que estas crianças sentem? Com certeza sentem injustiça, raiva… e isso pode levar a que não tenham vontade de ir à escola e se sintam tristes com a vida. Há crianças muito deprimidas em Portugal e no mundo. Crianças com deficiência motora, mental ou outra fazem parte do nosso dia a dia, elas estão nas escolas. Geralmente são apoiadas por docentes de educação especial e têm atividades fora da turma. Na escola João Afonso, alguns destes alunos beneficiam do Centro de Apoio à Aprendizagem, numa valência mais específica de atendimento a alunos com multideficiência, onde realizam atividades de acordo com as suas capacidades. Texto: Clara Martinho e Luísa Cruz, 5ºE, Clube de Jornalismo

É natural que tudo o que é diferente

10


“Temos de ser uma escola livre de preconceitos que reconhece as diferenças e lhes dá o seu devido valor” Entrevista com a Professora Rosário Marques Para sabermos mais sobre quem são e o que fazem estes alunos na nossa escola, resolvemos entrevistar a professora Rosário Marques (docente de Educação Especial). Que dificuldades de inclusão têm estas crianças? Se olharmos para a legislação que está em vigor, no nosso país, estes alunos não deveriam ter qualquer tipo de problema ao nível da inclusão durante o seu percurso escolar. Mas efetivamente isso ainda deixa um pouco a desejar. Se falamos numa escola para todos, temos de pensar que a escola tem de ter resposta para os diferentes alunos que a frequentam e isso passa, essencialmente, pela mudança de mentalidades, da preparação e sensibilidade que cada um de nós, que construímos a escola, tem em relação à diferença e isto da diferença não pode ser um obstáculo. Tal como escrevi na anterior edição deste jornal, “não somos nós todos diferentes?” Não são estes alunos que têm dificuldades de inclusão. É todo o meio que os envolve, que a maior parte das vezes não está preparado para que a inclusão aconteça.

Acha que, nesta escola, os colegas as tratam bem? Nem quero pensar que seja de outro modo! De um modo geral, acho que o balanço é positivo. Muitas vezes, as situações que, por vezes, podem parecer formas de discriminação ou de preconceito têm a ver com a dificuldade que cada um de nós tem de lidar com a diferença. Não sabemos como fazer, como reagir, como lidar. Quando esta parte é desmistificada, a relação que se estabelece é muito positiva; estes

11

colegas são por norma muito cativantes, sabem conquistar. A escola tem condições para lidar com alunos que apresentam deficiências? Não temos a escola ideal! Nós queremos sempre mais, sempre melhores respostas, sempre melhores condições. Mas temos uma boa escola que, dentro de todas as condicionantes em termos de recursos humanos, materiais e arquitetónicos, tem uma resposta muito específica para estes alunos com um grau de deficiência mais elevada. Proporcionamos-lhes “atividades em meio aquático”, vamos este mês iniciar um projeto de “vela adaptada”, temos respostas ao nível da terapia da fala, da psicomotricidade e da psicologia. Há ainda um grupo de alunos que frequenta um clube de desporto escolar na modalidade de Boccia. Temos espaços para trabalhar a sua autonomia, como é o caso de uma cozinha devidamente equipada, onde podem vivenciar situações reais, como a confeção de refeições. Estes alunos já nasceram com esses problemas ou sofreram algum acidente? Os problemas dos alunos que temos neste momento são todos congénitos, isto é, surgiram no seu nascimento ou mesmo antes, durante a gestação e vão acompanhá-los ao longo de toda a sua vida. Mas já tivemos alunos com deficiências adquiridas, como uma aluna que teve meningite com um ano e meio de idade e ficou com sequelas ao nível cognitivo e motor. Nunca nos podemos esquecer que, ao “virar da esquina”, todos nós estamos sujeitos a perder algumas das nossas capacidades. É difícil ensiná-las? Como ultrapassam as dificuldades? Não é difícil ensiná-las! É necessário, tal como para todos os alunos, encontrar as estratégias adequadas para que aprendam. Ser persistente, não achar nunca que não são capazes de aprender. Desculpem-me a expressão, mas não devemos ter o discurso do “coitadinho”! Ultrapassam as dificuldades tal como todos nós, sendo persistentes, aprendendo com os outros, com os colegas,

observando, experienciando. A única diferença é que podem levar mais tempo e necessitarem de mais orientação, de mais ajuda física, de um olhar mais cuidadoso. Quem trabalha com estes alunos? Os docentes das diferentes disciplinas que eles frequentam, os docentes assessores que os acompanham nessas aulas, os docentes de educação especial, as assistentes operacionais, os terapeutas e os outros alunos, que os ajudam nas aulas. Que disciplinas frequentam estes alunos com as suas turmas? As disciplinas de cariz mais prático: Educação Física, Educação Visual, Educação Musical, TIC, Programação Robótica. O que gostaria de dizer aos nossos leitores para tornar a escola mais inclusiva para estes alunos? Todos temos de estar conscientes que uma escola, para ser inclusiva, tem de entender o processo educativo como um processo social em que todos os alunos, com deficiência ou não, têm direito à escolarização. As famílias e a sociedade têm de se envolver e serem parceiros neste processo. Temos de ser uma escola livre de preconceitos que reconhece as diferenças e lhes dá o seu devido valor. Quando “planeamos a escola”, temos de a projetar para cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação. Entrevista de: Clara Martinho e Luísa Cruz, 5ºE, Clube de Jornalismo Fotos: Professora Rosário Marques


NOTÍCIAS DA JOÃO AFONSO

Festa de Carnaval na Escola João Afonso de Aveiro No dia 1 de março, à noite, decorreu na Escola João Afonso de Aveiro uma festa de Carnaval, com vista a angariar fundos para a Visita de Estudo a Lisboa dos alunos do 9ºano, que decorrerá nos dias 31 de março, 1 e 2 de abril. Na festa, além do tradicional caldo verde, bifanas, sobremesas e bebidas, realizou-se também um desfile de máscaras que contou com vinte participantes: alunos do 9ºA, 9ºC, 5ºC, 5ºG, 5ºH, 5ºK e 6ºE, dos seus irmãos e primos mais novos. A animação musical ficou a cargo do grupo Málachik, que proporcionou bons momentos de dança aos presentes. Estiveram presentes muitos alunos, familiares, amigos e professores. Texto e fotos: Professoras Carla Barreira, Ermelinda Alves e Helena Silva

Projeto PAprICA No âmbito do Domínio de Autonomia Curricular, os alunos das turmas do 7º ano da Escola Básica João Afonso de Aveiro estão a participar num projeto de investigação chamado PAprICA (Potenciar Aprendizagens com a Internet das Coisas), que está a ser desenvolvido no âmbito de um projeto de doutoramento em Multimédia em Educação da Universidade de Aveiro e em parceria com a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. As sessões de trabalho decorrerão na Escola Básica João Afonso de Aveiro e na Fábrica Centro de Ciência Viva. Cada grupo de alunos é responsável por uma das seguintes tarefas: construção de estufas; construção de dispositivos; construção de caixas (corpo) dos dispositivos; dashboards; design e comunicação; recolha e utilização de dados; conteúdos de informação. Enquanto cada um dos grupos realiza a sua tarefa específica, os restantes alunos participam em workshops dinamizados pela Fábrica Centro de Ciência Viva. Todos os alunos participaram na sessão “Impressão 3D”. As estufas desenvolvidas em acrílico e PVC terão no seu interior dispositivos de Internet das Coisas que através de sensores irão monitorizar e enviar para a internet os dados da simulação de três ambientes para a produção de cebolo. Um ambiente será o ótimo, outro estará sob efeito de poluição (nomeadamente chuvas ácidas) e o último sob efeito de alterações climáticas. Está ainda prevista a realização de palestras relacionadas com a temática “A Internet das Coisas”. O projeto PAprICA tem sido do agrado dos alunos que se mostram entusiasmados e até orgulhosos por fazerem parte de uma iniciativa tão inovadora e educativa. Diana Pereira, Martim Dias, Rodrigo Almeida (7ºA) Texto e foto: turma do 7ºA

12


FLEXIBILIDADE CURRICULAR

A Horta Nós, os alunos do 7ºD, estamos a fazer uma hortinha com vedação. Este projeto começou quando a nossa professora de Inglês e Diretora de Turma, Paula Morgado, nos sugeriu esta ideia. Nós concordámos e pusemos mãos à obra. No início, escolhemos um sítio com muito sol e pouco vento e começámos a tirar as ervas daninhas e a relva com uma enxada que uma colega nossa trouxe, para deixarmos o local perfeito. Antes disso, a professora já nos tinha pedido para trazermos pneus para cultivarmos as plantas; depois disso, fizemos um compostor com a ajuda do nosso professor de Educação Física e fomos lá pondo restos de comida e folhas, para fazer adubo para as nossas plantinhas. Quando começámos a construir a horta, reparámos que havia um grande amontoado de materiais velhos, mas que ainda podiam ser utilizados; então, decidimos usá-los para a horta. Entre esses materiais, estavam umas redes sujas que, depois de lavadas, usámos para vedar a horta e também lá estava um grande armário que utilizámos, mas que infelizmente foi partido por alguns meninos, que também destruíram por diversas vezes a horta. Porém, não desistimos e continuámos o nosso projeto que se veio a tornar difícil, pois raramente os professores iam à horta connosco. Foi, por isso, com alguma dificuldade que continuámos a construção da nossa aventura agrícola! A cerca da nossa horta é constituída por estacas de madeira e ferro, que espetámos na terra e onde atámos a rede com uma fita que também encontrámos naquele amontoado. Finalmente, para ser uma horta de verdade, tinha de ter plantas; por isso, nós semeámos e plantámos algumas frutas e legumes, tais como: morangos, alfaces, rabanetes, alhos franceses, cenouras... Para distinguirmos as plantas, fizemos então umas plaquinhas onde pusemos os nomes em três línguas diferentes: Português, Inglês e Francês. Claro que tudo isto não seria possível sem a ajuda e colaboração dos nossos Professores! Portanto, agradecemos desde já a todos os que se interessaram pelo projeto e ajudaram a torná-lo possível! João Pedro, 7ºD e Diretora de Turma, prof.ª Paula Morgado

13


MATEMÁTICA

O Dia do Pi Sabias que ... •

Se comemora o Dia do Pi (π) no dia 14/03 – 03/14 na notação norte-americana – por 3,14 ser o valor aproximado mais conhecida de π.

Larry Shaw foi o fundador desta data comemorativa.

A primeira celebração foi em 1988, em São Francisco.

Neste dia, nasceu Albert Einstein (1879) e morreu Stephen Hawking (2018).

Em inglês, a pronúncia da constante Pi é idêntica à da palavra pie (“torta”, em português). Por isso, surgiu a tradição de comer tortas nesse dia, servidas em pratos redondos por analogia com o círculo.

Quer no alfabeto grego quer no inglês, Pi é a décima sexta letra.

O número Pi (π) é um número irracional cujo valor é 3,14159265358979323846…, ou seja, é uma dízima infinita não periódica.

Há mais de 4000 anos, os egípcios já tinham a noção do Pi, o que é demonstrado no Papiro de Rhind.

A letra grega π (“pi”) foi utilizada, pela primeira vez, em 1707, pelo matemático galês William Jones.

A sua aceitação pela comunidade científica ocorreu em 1737, depois de Leonhard Euler a utilizar.

No episódio de Star Trek, “Wolf in the Fold”, Spock consegue paralisar uma entidade malévola instalada no seu computador mandando-o calcular Pi até ao último dígito. Extratos dos trabalhos realizados pelos alunos Henrique Gala, Marta Pereira, Natércia Almeida, Rita Filipe e Sofia Ferreira do 6ºF, Disciplina de Matemática Fontes do texto: https://bit.ly/2qSgQEK ; https://bit.ly/2Xd12LY ; https://bit.ly/2Tczkjq; https://bit.ly/2GU9mdC Fonte da imagem: https://bit.ly/2NiCOLB

14


NOTÍCIAS DA HOMEM CRISTO

“Could the Lights go off across Europe?”

Educação para o Empreendedorismo na HC Com o objetivo de fomentar uma cultura empreendedora junto da Comunidade Educativa, o Município de Aveiro promove, anualmente, o concurso “A tua ideia conta”, desafiando os alunos do ensino secundário a trabalhar em equipa e a desenvolver ideias e projetos empreendedores, inovadores e exequíveis na região de Aveiro. À semelhança do que aconteceu nos anos anteriores, lançámos o repto aos alunos da nossa escola secundária Homem Cristo e constituíram-se três grupos do 10.ºF e do 12.ºC que têm estado a desenvolver os seus projetos. Estes serão divulgados à comunidade no próximo mês de maio, na final municipal do concurso de ideias, onde doze grupos finalistas das várias escolas do concelho apresentarão as suas ideias criativas. Profª Zulmira Carvalho Imagem logo: http://www.dge.mec.pt/educacao-para-o-empreendedorismo

15

Cooperation to shape an all HC recebe parceiros renewable vision for da Alemanha, Europe by 2050. Roménia e Croácia Conforme o previsto no projeto suO Agrupamento de Escolas de Aveiro, mais concretamente a Escola Secundária Homem Cristo, vai receber os parceiros do Projeto Erasmus + KA209 “Young Europe Debates” em dois momentos diferentes. No primeiro momento, de 2 a 6 de abril de 2019, terá lugar a reunião transnacional, que servirá de preparação para a Atividade de Ensino/ Aprendizagem / Formação. Esta irá decorrer de 28 de abril a 4 de maio de 2019, com professores e alunos vindos da Alemanha, Roménia e Croácia. Os alunos irão debater Assuntos Internacionais, nomeadamente a Globalização e o seu impacto na identidade nacional de cada país assim como o funcionamento da política externa da União Europeia. A coordenadora do projeto, Profª Maria José Dias fevereiro, 2019

pracitado, dois professores e cinco alunos, vão, de 31 de março a 6 de abril, representar a Escola Secundária Homem Cristo no III encontro das escolas parceiras do projeto. Os alunos das quatro instituições de ensino: Burghardt Gymnasium, Alemanha; Churston Ferrers Grammar School, Brixham, Reino Unido; Brunla Ungdomsskole, Noruega e Agrupamento de Escolas de Aveiro, Portugal, vão debater, temas relacionados com as energias renováveis, alterações climáticas e sustentabilidade. Para além dos debates vão trocar experiências e participar em visitas temáticas orientadas pelos colegas da escola anfitriã da cidade de Brixhan, Reino Unido. O coordenador do projeto, Prof. António José Abrantes


Dia do Patrono Atividades No dia 18 de janeiro, comemorou-se o Dia do Patrono na Escola João Afonso de Aveiro. Ao longo da manhã, realizaram-se cerca de 30 atividades. Cada turma participou em três workshops e em muitas outras atividades nos intervalos. Ao fim da tarde, realizaram-se duas cerimónias: a inauguração da obra de requalificação da Escola João Afonso, com a presença da Secretária de Estado Adjunta e da Educação, do Presidente da Câmara de Aveiro e do Diretor do Agrupamento de Escolas de Aveiro e a entrega dos Certificados de Mérito e Excelência e de Valor relativos ao ano letivo de 2017/2018. Amor e Valores A Nossa Orquestra Biodanza Bullying Canta Comigo, “Conto” Contigo Com a Cor das Especiarias Concurso de Imagens Visualmente Construção de Origamis Crepes com brincadeiras Drogas Lícitas Emoções, do Velho Fazer Novo Gabinete Médico Jogos com História Jogos de Tabuleiro Jogos Lúdicos Jogos Tradicionais KaRaoke Marnoto Cientista Minigolfe Orimate 2019 Peddy Paper Perigos da Internet Sabedoria Popular e Conhecimento Científico Segurança Na Internet Show da Físico-Química Vamos Construir um Fractal com Balões Workshop de Dança Workshop Doçário - Ovos Moles Workshop do Clube de Jornalismo Workshop “Faça Você Mesmo” Favour Ofoegbu, 5ºG, Clube de Jornalismo

16


Escola JoĂŁo Afonso de Aveiro

17


HC celebra 27 de janeiro Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto Foi a 27 de janeiro de 1945 que teve lugar a libertação, pelas tropas soviéticas, do campo de concentração e extermínio de Auschwitz. A nossa escola homenageou os milhões de vítimas do genocídio da Alemanha nazi, sobre judeus, ciganos, homossexuais, deficientes físicos e mentais, opositores do regime nazi entre muitos outros, ocorrido no período da II Guerra Mundial (1939-1945). Pretendeu-se sensibilizar os alunos para a violação dos Direitos Humanos subjacente a todos os períodos de guerra que pressupõe, forçosamente, a violência sobre o outro e dar a conhecer um pouco mais sobre esta realidade histórica que tanto tem chocado o mundo. A iniciativa partiu da professora Castália Almeida, do Departamento de Ciências Sociais e Humanas, que em conjunto com a equipa da Biblioteca, os docentes e alunos de Artes Visuais e a Direção do Agrupamento, concretizaram um conjunto de atividades entre 24 de janeiro e 1 de fevereiro. Essas atividades consistiram numa mostra e empréstimo de livros sobre a II Guerra Mundial (na Biblioteca e na vitrina das escadas), exibição de filmes e uma exposição, na entrada da escola e corredor principal dos alunos, alusiva aos campos de concentração com imagens da época nazi e textos informativos e poéticos de diversos autores, nomeadamente, de crianças judias dos campos de concentração e decoração das escadas centrais; durante os intervalos tentou-se recriar o ambiente vivido

à entrada dos campos de concentração, não só através da decoração, mas também através de um “túnel sensorial”, com fumo, toque de sirene, escuridão e um foco de luz de vigilância, símbolos também do terror vivido por milhões de pessoas que passaram por estes campos de concentração.

A sirene e o fumo recriavam o ambiente dos milhões de vítimas à entrada dos campos de concentração, mais especificamente as câmaras de gás, e deu-nos a perceção do sofrimento e medo por que estas pessoas passaram.” Francisco Pinho, 12ºE Pela equipa da Biblioteca, Profª Sílvia Ramalheira

Deixamos-te ainda um depoimento: “-Foi uma atividade interessante que deu a conhecer um pouco mais sobre o holocausto, sobretudo, aos alunos que não são de Humanidades e que não têm a disciplina de História. Talvez estes alunos não tenham tanta noção da gravidade e da dimensão dos acontecimentos da II Guerra Mundial.

Representação da linha férrea que conduzia a Auschwitz-Birkenau

18


Entrada da Escola Homem Cristo

Anne Frank (adolescente alemã de origem judaica que passou por Auschwitz e Bergen-Belsen onde morreu)

19

ESCOLARES BIBLIOTECAS

Exposição na Biblioteca de livros relacionados com o Holocausto


BIBLIOTECAS ESCOLARES

Leituras doces/Laços de Leitura As Bibliotecas do nosso Agrupamento partilharam leituras e escrita criativa, dos nossos alunos, com os Aveirenses. A Biblioteca articulou com o Clube de Artes na elaboração de um suporte para as leituras destinadas aos clientes das pastelarias locais, aquando da aquisição de bolo-rei ou outros doces, na quadra Natalícia. Foi-nos transmitido, com agrado, pelos proprietários das mesmas, que alguns clientes, próximo desta quadra já procuram as referidas leituras. Também na tradicional festa de São Gonçalinho, são atiradas cavacas com escrita criativa e ilustrações da autoria dos nossos alunos, alusivas a esta tradição. As Bibliotecas continuaram a estreitar laços com a comunidade. Registámos o entusiasmo de quem desfrutou desses momentos. As professoras bibliotecárias do AEA

Dia de S. Valentim na Escola da Glória

Apresentação do conto: as palavras cor de rosa e as palavras cinzentas

Atividade “Laços de Leitura” – Escola João Afonso

Entrega dos prémios relativos ao desafio “Cria um logótipo para a tua Biblioteca”

20


Doces leituras com cavacas

Doces Leituras com bolo-rei

A Fada Oriana Este ano celebra-se o centenário do nascimento de Sophia de Mello Breyner Andresen, conhecida como uma das mais importantes poetisas do séc. xx. Nós, o 4ºA da escola da Vera Cruz, decidimos ler “A Fada Oriana” desta autora. Esta obra transmite várias mensagens: não devemos ser demasiadamente vaidosos; é nosso dever cumprir o que prometemos; os amigos não podem ser egoístas; temos de ser leais com quem gosta de nós. Os

verdadeiros

amigos

nunca

Vão à biblioteca la requisitar este livro.

da Vale

nos

abandonam!

vossa escoa pena ler...

4ºA, Escola da Vera Cruz Imagem: https://bitli.li/KVoBA

21

Jornal Moliceiro on-line http://jornalmoliceiro.blogspot.pt Subscreve-o, para o receberes na tua caixa de correio.


RECENSÃO CRÍTICA

da máfia não acharem as mulheres importantes, subestimando-as, elas eram a base da ‘Ndrangheta e, se testemunhassem contra a mesma, esta seria abalada como nunca tinha sido. Lea, a sua filha Denise, Giuseppina e Concetta, quatro mulheres que testemunharam contra a sua família, tornaram-se um paradigma de coragem. No entanto, ao traírem a máfia, tornaram-se alvos da mesma, perdendo a sua liberdade.

As boas mães, de Alex Perry As boas mães é um livro que retrata algumas operações de combate à máfia calabresa ou ‘Ndrangheta através das mulheres que tiveram a coragem de sair dessa organização e testemunhar contra a mesma. Alex Perry, autor deste livro, é também argumentista e especializou-se na investigação de conflitos, corrupção e crime organizado.

Apesar de não ser uma leitura muito fácil, devido ao seu caráter jornalístico, chama a atenção para o papel da máfia no crime mundial e para a opressão exercida sobre as mulheres que se encontram no seio deste tipo de organizações. Este livro consegue transmitir a força e a coragem de mulheres que foram oprimidas e subestimadas, contrariando e combatendo assim todos os princípios da ‘Ndrangheta. Íris Vilela Moreira, 10ºC Fonte da imagem: https://bit.ly/2H4fNv5

A máfia calabresa é caracterizada por um sexismo e uma hierarquia familiar extremos. Neste meio, o papel principal das mulheres é obedecer aos maridos, pais e irmãos e fortalecer alianças através do casamento. Na ‘Ndrangheta, se uma mulher trair o marido, mesmo que este já esteja morto, ela deve ser morta pelo pai, irmão ou até mesmo filho para devolver a honra à família. Esta situação comprova o ambiente machista e extremista presente neste tipo de organizações criminosas. Alessandra, uma das procuradoras responsáveis pelas operações de combate à máfia relatadas, previu que, apesar de os homens

22


Sebastianismo e Quinto Império em Mensagem, de Fernando Pessoa No 12.º ano, os alunos da disciplina de Português estudam muita literatura portuguesa do século XX e são desafiados a refletir sobre o significado das obras analisadas.

Fernando Pessoa, em Mensagem, a sua única obra publicada em vida, constrói, de forma magistral, um cenário de otimismo e esperança, que os alunos do 12.º B tiveram de explicitar no teste de avaliação.

Eis alguns dos textos produzidos.

Fernando Pessoa escreveu Mensagem quando Portugal passava por um período de decadência, sendo necessário algo que restabelecesse as energias ao país. Com efeito, aquela é uma obra de exaltação patriótica, na qual o poeta se auxilia dos mitos sebastianista e do Quinto Império para elevar as forças aos portugueses. O regresso de D. Sebastião é percecionado como uma vinda espiritual e não física (“É o que eu me sonhei [...] que regressarei”), voltando sob a forma de um ideal que conduzirá os portugueses à glória e à fundação do Quinto Império (“Que sua Luz ao mundo dividido / Revele o Santo Graal!”), o qual corresponderia à concretização da pátria e à recompensa de todos os esforços (“Os beijos merecidos da Verdade”). Em suma, o sujeito poético, face à estagnação e decadência da nação, sugere uma forma de restaurar as forças à mesma, apoiando-se numa versão espiritual do regresso de D. Sebastião, que conduzirá a pátria à fundação do Quinto Império, instaurando uma nova fase gloriosa de Portugal. Carlos Bruno, 12.ºB

Com a sua obra Mensagem, Fernando Pessoa tem um propósito claro: fazer crer aos portugueses que têm uma missão divina a cumprir. Essa missão, segundo Pessoa, consiste na construção de um Império civilizacional (espiritual e cultural), que permita a união dos povos, para “que a terra [seja] toda uma” – o Quinto Império. Assim, para transmitir esta ideia ao nosso povo, o Poeta apresenta heróis conhecidos da História de Portugal, mitificando-os e usando-os como símbolos de determinadas virtudes portuguesas. Deste modo, Pessoa recorre ao mito sebastianista, considerando D. Sebastião como símbolo da capacidade de sonhar um objetivo grandioso e de agir para o concretizar, que os portugueses devem tomar como exemplo. Quando isso ocorrer, aquele vai regressar como uma força que impelirá o povo luso a cumprir o seu desígnio divino. Em suma, Portugal, que “hoje [é] nevoeiro”, ultrapassará a decadência em que se encontra, inspirado pelo mito sebastianista encarnado por cada português, podendo, assim, liderar a fundação do Quinto Império. Inês Lourenço, 12.ºB

23

Profª Zulmira Carvalho Imagem: https://www.luso-livros.net/wp-content/uploads/2013/02/Mensagem.pdf


DE VOLTA À ESCOLA

DEBATE NA HOMEM CRISTO

Testemunhos reais na promoção do sucesso escolar Convidámos ex-alunos de Humanidades a regressar à escola, no dia 31 de janeiro, no sentido de conversarem com os seus colegas do 12º ano que frequentam hoje as nossas turmas, também de Humanidades. Foram bastantes os que manifestaram interesse em colaborar nesta atividade, mas muitos, pelos seus afazeres profissionais e/ou académicos, lamentaram não o poder fazer. Assim, pretendia-se que os ex-alunos partilhassem com os colegas as suas experiências no ensino secundário, no ensino superior ou no local de trabalho e deixassem conselhos úteis e esclarecedores relativamente à importância de realizar um ensino secundário exigente, empregando métodos de trabalho eficazes e munindo-se das ferramentas necessárias para o ensino superior ou para o mercado de trabalho. Foram aulas de Português diferentes, realizadas na biblioteca escolar, que visaram a partilha de ideias e o reconhecimento da importância dos saberes escolares na formação pessoal e profissional. Eis algumas reflexões dos nossos alunos: Os antigos alunos da Homem Cristo com quem falámos elucidaram-nos claramente e mostraram-nos as suas histórias e experiências durante e após a estadia nesta fábrica de alunos de excelência. A HC é o ponto de partida para uma longa caminhada de sucesso e aprendizagem que se prolongará até ao ensino superior. A nossa escola é, metaforicamente, uma fábrica de sapatilhas que muitos corredores, repletos de sabedoria, usarão para percorrer a longa e atribulada estrada que se chama vida. Afonso Barradas, 12ºD Aprendi que o esforço é essencial para se ter sucesso no secundário e que não devemos desistir à primeira dificuldade. Devemos ter sempre um objetivo a cumprir em todos os momentos da nossa vida. Bárbara Carvalho, 12ºD (…)principalmente, motivou-nos a não desistir dos nossos objetivos, pois também os colegas tiveram que superar desafios e, ainda assim, estão no curso que idealizaram. Maria Miguel Simões, 12ºD (…) permitiu-me refletir sobre o meu percurso no secundário, mas também relativamente à etapa que se segue. Concordo com os antigos colegas quando dizem que a escola nos prepara para o futuro, pois é aqui que encontramos o conhecimento e as bases

para nos relacionarmos com os outros. Bruna Merendeiro, 12ºD (…) uma atividade dinâmica, inovadora e que se deve repetir. Apercebi-me de que devo dar mais valor aos aspetos positivos da nossa escola, pois é aqui que se preparam as fases decisivas da vida. Contudo, gostava de ter ouvido testemunhos mais diversificados relativamente à passagem pelo secundário. Maria Ferreira, 12ºD (…) a nossa escola disponibiliza bastantes condições e materiais para que possamos melhorar as nossas competências académicas e pessoais. (…) Relativamente ao ensino superior, verifiquei que não é “um bicho de sete cabeças” como muita gente diz, que há tempo para tudo, mas sobretudo que devemos saber geri-lo. Maria Antunes, 12ºD Neste encontro, honestamente não aprendi nada de novo. Agradeço aos colegas que connosco estiveram, mas continuo a achar que ir para a Universidade continua a ser uma questão de sorte e que se não conseguirmos ir, o emprego é o que nos espera. Matilde Pinho, 12ºD (…) permitiu-nos contactar com a realidade de forma mais objetiva. (…) atividade esclarecedora e, de certa forma, (…) alertou-me para alguns cuidados a ter quando estiver a escolher o curso que pretendo, nomeadamente a consultar os respetivos planos curriculares. Também concluí que devo ter um cuidado especial com a preparação para o exame (…) para não descer as notas e a escolher casa atempadamente quando souber a universidade que me espera. Ana Celestina, 12ºD (…) consciencializou-me da importância da escola. Sem a ajuda dos professores e sem a minha vontade, os meus objetivos estão comprometidos, daí a necessidade do meu envolvimento em todo o processo. Agradeço aos colegas e à professora de Português por me permitirem aceder a um leque de informações que me serão úteis no futuro. Maria Tenreiro, 12ºD Apercebi-me que estes três anos passam muito rápido, mas que são determinantes para o nosso futuro, quer prossigamos estudos quer ingressemos no mercado de trabalho. Todas as aprendizagens nos serão úteis no futuro. Ana Pedro Fonseca, 12ºD (…) interessante, sobretudo pela troca de experiências. Contudo, tenho uma ideia relativamente ao secundário que

não é partilhada por todos: estes anos foram os melhores da minha vida em todos os aspetos quer seja relativamente a notas, amigos ou mesmo viagens. Margarida Parracho, 12ºD (…) seria também interessante ouvir ex-alunos que já tivessem saído desta escola há mais anos, estando ou não na universidade. Esta atividade devia ser repetida mais vezes. Margarida Ribeiro, 12ºD (…) ajudou-me a perceber que rumo devo tomar e que há aspetos na faculdade que não me devem assustar, nomeadamente a praxe académica. Consciencializei-me, também, de que os professores nesta escola estão efetivamente disponíveis para nos ajudar. Inês Correia, 12ºD (…) extremamente interessante, pois deu-nos a conhecer novas realidades fora do nosso percurso. Desde alguém que não conseguiu entrar na universidade, provando que não é o fim do mundo quando não entramos no que queremos, a alguém que entrou no curso de sonho. Esta atividade abriu fronteiras àqueles que têm dúvidas sobre o que querem, tirou o medo àqueles que estão pouco confiantes e, no meu caso, reforçou a minha intenção. Francisco Pinho, 12ºE (…) serviu de aprendizagem para nos mostrar como a escola é importante para que possamos seguir o nosso futuro. Jéssica Ribau, 12ºE (…) elucidativa relativamente ao percurso até então e à proximidade de uma nova etapa. Serviu, também, para nos incentivar a seguir os nossos sonhos, passem eles ou não pelos bancos da faculdade. Rita Ribeiro, 12ºE Esta sessão com os colegas mais velhos, fez-me refletir sobre o meu trabalho diário e aquilo que devo fazer se quero ingressar na universidade. Francisca Ribeiro, 12ºE (…) permitiu-me compreender que se o plano A não funcionar, devemos ter um plano B. Jaqueline Rodrigues, 12ºE (…) compreendi que o caminho que percorremos no secundário é fundamental para a nossa vida. Além disso, percebi a diferença entre o ensino numa universidade e o dos politécnicos. Daniela Hernandez, 12ºE (…) motivou-me a ter mais vontade de prosseguir os estudos no ensino superior e

24


É NOTÍCIA !

a esforçar-me ainda mais neste ano letivo. Carolina Pinheiro, 12ºE (…) já devia “ter aberto os olhos” há mais tempo, o que me facilitaria agora a entrada na faculdade. Contudo, vou dar o meu máximo no sentido de conseguir alcançar os meus objetivos. Beatriz Velhinho, 12ºE Consciencializei-me de que a escola não é um espaço maçador, mas um meio para prepararmos o futuro. Os diferentes métodos de estudo e de trabalho dos colegas motivaram-me. Gonçalo Gafanha, 12ºE (…) deu-nos resposta a algumas questões. As histórias partilhadas pelos mais velhos foram engraçadas, mas também realistas face aos obstáculos de cada um e revelaram uma perspetiva positiva e entusiasmante quanto ao que o futuro nos reserva. Diana Ferreira, 12ºE Discurso entusiasmante e informativo por parte dos colegas que me motivou a tornar-me num aluno melhor. Ajudou-nos a decidir percursos. André Pires, 12ºE (…) útil no que diz respeito a métodos de trabalho e estudo. Pude, também, identificar-me com uma ex-aluna no que diz respeito à personalidade e objetivo de vida; também eu ambiciono ir para Londres estudar para uma escola/universidade de artes. Hugo Cunha, 12ºE Conheci melhor a vida universitária e novos cursos que me despertaram alguma curiosidade. Diogo Pereira, 12ºE Atividade interessante e inspiradora. Isménio Camará, 12ºE E as dos nossos ex-alunos: Admito que nem tudo foi fácil no meu percurso e que houve momentos em que me apeteceu desistir visto que a pressão vinda de mim própria era muita, pois queria alcançar os meus objetivos. O secundário não é fácil, especialmente o 11º ano, uma vez que a carga horária é demasiado pesada e as disciplinas são muitas. Mas se nos organizarmos, conseguimos tanto alcançar as nossas metas escolares como também estar com os nossos amigos, pois nessa idade a vida social é bastante importante. Contudo, este percurso fez com que hoje me sinta orgulhosa do que consegui alcançar e faz-me pensar que se queremos muito algo, devemos trabalhar para o conseguir alcançar. Poder partilhar as minhas vivências

25

com os colegas e poder incentivá-los foi um privilégio para mim e acredito que um estímulo positivo para todos eles. Inês Silva, Curso de Turismo na Escola Superior de Educação de Coimbra Fui recebida, de braços abertos, por professores, auxiliares e alunos neste regresso. Achei importante partilhar o meu testemunho com os alunos e, se consegui ajudar ou inspirar alguém, fico muito contente. Foi também muito bom ouvir as partilhas dos meus colegas que, tal como eu, estão agora numa fase diferente. Gostei muito de poder partilhar a minha experiência enquanto ex-aluna do ensino secundário e atual aluna do ensino superior, etapa da qual estou a gostar muito. Tenho de reconhecer que o secundário trouxe muitas coisas boas à minha vida, nomeadamente o sentido de responsabilidade, o saber estar e outras coisas que fazem parte de mim hoje. Agradeço à professora Dulce Novo por me ter dado esta oportunidade de ser ouvida. É fundamental darmos voz e transmitir aquilo que é, de certa forma, a nossa conduta. Catarina Sobral, Curso de Novas Tecnologias da Comunicação da Universidade de Aveiro Na hora de tomar decisões, é sempre uma mais valia o testemunho que outros possam dar. Foi precisamente nesse sentido que decidi voltar à escola secundária que marcou a minha vida de uma forma incrível. Voltar àquela que um dia já foi a “minha escola” fez-me perceber o quão rápido o tempo passa. Três anos ali, voaram! Projetos como este deveriam estar mais presentes nas escolas, visto que as dúvidas pairam bastante em fases como esta e estas iniciativas ajudam os alunos a tomar decisões mais fundamentadas. Ouvir as “dicas” dos pais e professores é útil, mas torna-se repetitivo e cansativo; ouvir experiências dos que passaram pelo mesmo há bem pouco tempo ajuda bastante, acredito. E a nós, que um dia já estivemos no lugar deles, faz-nos perceber a importância de dar o nosso melhor a cada dia que passa, porque o tempo voa! Diana Barbosa, Curso de Português da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra Adorei a oportunidade que tive de ir à minha escola falar um pouco sobre o meu percurso escolar. Deviam implementar mais atividades deste tipo para darem a conhecer aos estudantes várias informações e tentar ajudá-los em situações onde eles possam eventualmente

ter dúvidas, como por exemplo mostrar aos alunos do 10º ano a importância de organização do tempo de estudo e a necessidade de adotar desde cedo bons hábitos de trabalho. Foi bom envolver alunos recém-saídos da HC, pois estes sabem bem as dificuldades atuais dos colegas e daí estarem disponíveis para dar opiniões e/ou conselhos. Concluo por dizer que foi uma experiência muito especial e que devo um obrigado a todos os alunos e à professora Dulce por nos terem recebido tão bem! Nuno Santos, Curso de Desporto Condição Física e Saúde da Escola de Desporto de Rio Maior Quando estava no secundário, principalmente no 10º ano, não tinha noção do impacto que as notas tinham para o nosso futuro. Só a partir do 11º ano é que me apercebi que se eu queria seguir para a faculdade teria de me esforçar para alcançar bons resultados. O meu conselho para quem está no secundário é que mantenha sempre o foco e nunca desista de si mesmo. A atividade feita na minha antiga escola foi, do meu ponto de vista, muito bem organizada e bastante importante para os alunos que estão a terminar o 12º ano, pois é nesta altura que as dúvidas começam a surgir. Se no ano passado tivesse havido uma oportunidade como esta de ouvir antigos alunos que já estão com alguma experiência, quer no mercado de trabalho, quer na faculdade, eu teria aproveitado ao máximo, porque, nunca é demais ouvir as experiências e conselhos de pessoas que já passaram por aquilo que nós vamos passar. Jéssica Coutinho, Curso de Comunicação Social na Escola Superior de Educação de Viseu Foi com satisfação que aceitei o convite de uma das melhores professoras que já tive e voltar à escola que me ajudou a crescer. Ao partilhar a minha experiência com estes alunos, espero ter ajudado a esclarecer algumas dúvidas, aclarar ideias e tranquilizar, de certa forma, as inseguranças ou questões que tinham em relação ao percurso a tomar depois do secundário. Queria acima de tudo que os alunos saíssem da atividade mais felizes e motivados depois de ouvirem não só o meu percurso como o dos meus colegas. Em conclusão, acredito que esta atividade tenha sido uma mais valia para os alunos e que estes possam escolher o que realmente querem para o seu futuro. Patrícia Ayres, Curso de Psicologia na Universidade do Algarve Profª. Dulce Novo Fotos de Dulce Novo


REPORTAGEM DESPORTO ESCOLAR

Mega Sprinter As provas do Mega Sprinter do Agrupamento de Escolas de Aveiro realizaram-se na pista da Universidade de Aveiro no dia 13 de fevereiro às 14:30 e contaram com a participação de 210 alunos das escolas João Afonso de Aveiro e Homem Cristo. Para sabermos mais sobre este grande evento do Desporto Escolar, fomos conversar com a Sra. Professora Carmo Silva, professora de Educação Física da Escola João Afonso de Aveiro. Somos alunas do Clube do jornalismo e gostávamos que nos respondesse a algumas perguntas. Quais são as diferentes categorias da atividade? Existem três categorias: a prova de velocidade de 40 metros, a que chamamos Mega Sprint, o salto em comprimento – o Mega Salto – e a corrida de 1000 metros – o Mega Quilómetro. E a nível de idades, como são divididos os alunos? No escalão Infantil A, são alunos nascidos em 2008; no Infantil B, os que nasceram em 2007 e 2006; os nascidos em 2005 são classificados como Iniciados e em 2004, os Juvenis. Mas as raparigas não competem na mesma prova com os rapazes. Qual foi o princípio da ideia de competir nestas modalidades? A ideia foi promover a prática de atletismo escolar.

Existe algum prémio para os vencedores? Sim. Esta quarta-feira, dia 13 de fevereiro, houve a fase escolar; quem passou, vai à fase distrital e os melhores irão à fase nacional, que irá decorrer em Faro, no Algarve. Algum dos seus alunos já ganhou? Sim, uma aluna chegou a ser campeã nacional no Mega Sprint, no escalão infantil A há três anos.

“O meu sonho é ser uma atleta profissional” Antes das provas, fizemos algumas perguntas a algumas alunas do 5ºK: a Patrícia Augusto, que participou no Mega Sprint, a Margarida Sousa, que participou no Mega quilómetro, a Marta Carvalho e a Irene Ruas, que foi selecionada para o Mega Sprint.

Na sua prova, Irene Ruas superouse e, das alunas acima entrevistadas, foi a única que chegou à fase distrital. No fim da prova, entrevistámos a campeã. Irene, como te sentiste quando ficaste apurada para a fase distrital? Orgulhosa de contente, feliz…

mim

mesma,

Achas que vais conseguir uma boa pontuação na próxima corrida? Sinceramente, não, porque há muitas atletas melhores, mas vou esforçar-me bastante! Se ganhasses, como é que te sentirias? Mesmo muito feliz, porque o meu sonho é ser uma atleta profissional. Reportagem: Joana Laranjeira e Sofia Rodrigues, 5ºK, Clube de Jornalismo Fotos: Professores de Educação Física

26


PASSATEMPOS

Passeio pelo norte da Ria de Aveiro

roteiro

Para iniciarmos o percurso, podemos optar por duas situações: ou vamos de comboio até Estarreja ou pelos passadiços de Esgueira.

27

No final do canal de São Roque, em Aveiro, existe uma passagem por baixo da A25 e um estradão que permitem chegar rapidamente aos passadiços de Esgueira. No final dos passadiços, ao chegar ao rio, viramos à direita por um estradão na margem sul do rio. Ao chegarmos a uma ponte, atravessamos o rio e continuamos por uma estrada onde encontramos umas placas com a informação sobre o percurso. Embora alguma sinalética tenha sido roubada, existe, de 500 em 500 metros, a informação da distância até Estarreja e umas fitas azuis que nos indicam o percurso até à BioRia. Pelo caminho, há muitas áreas de descanso com informação sobre a fauna e a flora da ria. Se optarmos pelo comboio, saímos na estação de Estarreja e atravessamos a linha de comboio pela ponte em direção ao Centro de Interpretação Ambiental da BioRia. Já na BioRia, podemos optar pelos percursos que o centro de interpretação ambiental nos oferece. Se quisermos continuar o nosso percurso, devemos percorrer a BioRia pela direita e virar à direita ao chegar ao primeiro caminho. Para ser mais fácil seguir o percurso, visto que há muitas caminhos que podem levar a enganos, disponibilizo um percurso que pode ser enviado para o Google Maps ou para qualquer dispositivo Gps que aceite colocar percursos. Está disponível em https://www.gpsies.com/map.do?fileId=pofmzznqxpjppvyc. Chegando à ponte da Torreira, podemos ir até São Jacinto e apanhar o ferryboat para atravessar a ria em direção ao porto de Aveiro. Este é, sem dúvida, um dos percursos mais bonitos da nossa região. Vamos poder passar por muitos esteiros e portos, ter uma visão mais alargada da ria, que é imensa. Para quem goste de fotografia, é importante levar a máquina, pois vai encontrar paisagens magníficas. É importante respeitar a natureza e não colocar lixo no caminho e, para melhorar a segurança, deve levar capacete, luvas e óculos. Texto e fotos: Prof. Tiago Carvalho


LABORATÓRIO DE LÍNGUAS

Atrações fora de Paris Quem vai a França opta sempre por ir a Paris; no entanto existem outras atrações fora desta cidade igualmente, ou até mais, interessantes e dinâmicas. Assim, se quiserem conhecer algo diferente em França, aqui vão as nossas sugestões: •

Futuroscope

Art urbain dans le rue Nantes

O Futuroscope localiza-se a 10 km de Poitiers (cidade localizada no centro-oeste de França). Porque é que devemos visitar este parque? •

Tem um tamanho perfeito, o que leva a que este parque não esteja sempre cheio de pessoas; logo as filas são bastante rápidas;

Este parque não é só para crianças, sendo um ótimo destino familiar, porque apresenta uma vertente educativa que aproxima a família e tem uma vertente tecnologia com simuladores que agradam bastante a adultos e a jovens;

Porque é que devemos visitar a “Art Urbain” nas ruas da cidade de Nantes ? De seu nome original “Les Machines d’île” este museu, localizado em Nantes, é uma paragem crucial na visita a França, devido à diversidade das suas obras. Algumas das mais interessantes são: “Carrousel des mondes marins”, um carrossel que simula um aquário numa experiência em 360 graus e o “Grand éléphant”, outra atração bastante interativa, em que se “embarca” neste elefante mecânico para ouvir as suas histórias. Tal como o “Futuroscope”, “Les Machines de l’île” é uma visita a ser feita em família, porque enquanto as crianças se divertem com os carrosséis e com as atrações mais divertidas, os adultos poderão apreciar as magníficas estruturas e os aspetos mais técnicos. Então aqui ficam estas duas dicas de visita se forem a França, porque há muito mais para ver além do Louvre e da Torre Eiffel! Texto realizado pelos alunos do 9ºB: Beatriz Abrantes, Guilherme Santos, Marta Baptista e Tiago Oliveira

O Futuroscope é muito divertido devido às suas magníficas atrações que deixam qualquer pessoa satisfeita com a experiência e com vontade de lá voltar.

Fonte da imagem: http://bit.do/eJX9Y

Fonte da imagem: http://bit.do/eJX96

Fonte da imagem: https://bit.ly/2NyOEl9

Fonte da imagem: http://bit.do/eJYaf

28


Morar em Portugal e em França: descobre as diferenças França e Portugal, embora ambos sejam países da União Europeia, apresentam alguns hábitos e situações sociais muito diferentes, a nível escolar, económico e da saúde. As escolas estão organizadas por ciclos, mas de forma um pouco diferente, pois não existe 2º ciclo. Os alunos frequentam a “École Maternelle” (Jardim de Infância) dos 3 aos 6 anos, a “École Élémentaire” (Escola do 1º ciclo) durante cinco anos, dos 6 aos 11 anos, o “Collège” (Escola Básica) durante 4 anos e o “Lycée” durante 3 anos. A escolaridade obrigatória é apenas até aos 16 anos. Os anos escolares contam-se de forma inversa, a partir do sexto ano, a contagem é decrescente, acabando o ensino escolar no primeiro ano, que corresponde ao nosso 11º ano. Em seguida os alunos passam para o “Terminale”, equivalente ao 12º ano e fazem exames de acesso à universidade. A organização das escolas também é diferente: por exemplo, os jovens portugueses estão habituados à existência de um bar onde podem comprar lanches, enquanto na maior parte das escolas francesas este serviço não existe e os alunos não têm onde comprar comida durante os intervalos. As escolas também possuem regimes diferentes de autorização de saídas: o regime 1 apenas dá permissão para os alunos deixarem o estabelecimento de ensino à hora que o mesmo fecha; o regime 2, deixa os alunos saírem apenas para almoçar e quando as suas aulas acabam, já o regime 3, permite que estes saiam à hora que quiserem. A nível económico, o salário mínimo francês bruto é mais elevado, tendo o valor aproximado de 1520€, enquanto em Portugal, este é de apenas 600€. E embora os preços sejam em geral mais elevados em França, nem tudo custa o dobro. Quanto à saúde, não há centros de saúde, a não ser para emergências, mas todos possuem um cartão de saúde, chamado “Carte Vitale”, que dá acesso a consultas com o médico no seu consultório privado. Normalmente o preço das consultas é idêntico e comparticipado na totalidade. Trabalho realizado por alunos do 9ºB: Clara Caloy, Leonor Pereira e Pedro Cunha

¡Diviértete en el RINCÓN HISPÁNICO! Busca la canción en youtube, escúchala y diviértete completando el estribillo. Carlos Vives (con Sebastian Yatra) Robarte un Son muchos años que pasaron sin decir te quiero Y en verdad te quiero Pero encuentro formas de engañar mi corazón Son muchos años que pasaron sin probarte un beso Solo quiero un beso Y por esa boca no me importa ser ladrón No puede ser que no he encontrado todavía las palabras Y en esa noche no dije nada No puede ser que en un segundo me perdí en tu mirada Aunque por dentro yo te gritaba Déjame robarte un _______ que me llegue hasta el alma Como un vallenato de esos _______ que nos gustaban Sé que sientes ________, yo también sentí sus alas Déjame robarte un beso que te enamore y tú no te vayas (x2) Déjame robarte el corazón Déjame escribirte una canción Déjame que con un beso nos perdamos los dos Déjame robarte el corazón Déjame subirle a esta canción Para que bailemos juntos como nadie bailó Déjame robarte un beso que me llegue hasta el alma Como un vallenato de esos viejos que nos gustaban Sé que sientes mariposas, yo también sentí sus alas Déjame robarte un beso que te enamore y tú no te vayas Yo sé que a ti te gusta que yo te cante así Que tú te pones seria pero te hago reír Que sé que tu me quieres... por qué tú eres así Y cuando estamos juntos ya no se que decir Yo sé que a ti te gusta yo te cante así Que tú te pones seria pero te hago reír Que se que tú me quieres... porque tú eres así Y cuando estamos juntos ya no se que decir Déjame robarte un _______ que me llegue hasta el alma Como un vallenato de esos _______que nos gustaban Sé que sientes ________, yo también sentí sus alas Déjame robarte un beso que te enamore y tú no te vayas (x2) Déjame robarte un beso que me llegue hasta el alma Como un vallenato de esos viejos que nos gustaban Se que sientes mariposas, yo también sentí sus alas Déjame robarte un beso que te enamore Y tú no te vayas

29


LABORATÓRIO DE LÍNGUAS

¡Diviértete en el RINCÓN HISPÁNICO! Busca la canción en youtube, escúchala y diviértete completando el estribillo. Carlos Vives (con Sebastian Yatra) Robarte un Son muchos años que pasaron sin decir te quiero Y en verdad te quiero Pero encuentro formas de engañar mi corazón Son muchos años que pasaron sin probarte un beso Solo quiero un beso Y por esa boca no me importa ser ladrón

CDéjame robarte un beso que me llegue hasta el alma Como un vallenato de esos viejos que nos gustaban Sé que sientes mariposas, yo también sentí sus alas Déjame robarte un beso que te enamore y tú no te vayas

No puede ser que en un segundo me perdí en tu mirada Aunque por dentro yo te gritaba

Yo sé que a ti te gusta que yo te cante así Que tú te pones seria pero te hago reír Que sé que tu me quieres... por qué tú eres así Y cuando estamos juntos ya no se que decir Yo sé que a ti te gusta yo te cante así Que tú te pones seria pero te hago reír Que se que tú me quieres... porque tú eres así Y cuando estamos juntos ya no se que decir

Déjame robarte un _______ que me llegue hasta el alma Como un vallenato de esos _______ que nos gustaban Sé que sientes ________, yo también sentí sus alas Déjame robarte un beso que te enamore y tú no te vayas (x2)

Déjame robarte un _______ que me llegue hasta el alma Como un vallenato de esos _______que nos gustaban Sé que sientes ________, yo también sentí sus alas Déjame robarte un beso que te enamore y tú no te vayas (x2)

Déjame robarte el corazón Déjame escribirte una canción Déjame que con un beso nos perdamos los dos

Déjame robarte un beso que me llegue hasta el alma Como un vallenato de esos viejos que nos gustaban Se que sientes mariposas, yo también sentí sus alas

Déjame robarte el corazón Déjame subirle a esta canción Para que bailemos juntos como nadie bailó

Déjame robarte un beso que te enamore Y tú no te vayas

No puede ser que no he encontrado todavía las palabras Y en esa noche no dije nada

Las Profes de Español: Noelia Juárez e Samantha Pinto Fuente de la imagen: https://inlinguabarcelona.com

30


Sophia de Mello Breyner Andresen: 1919 - 2019

O Cavaleiro da Dinamarca: lutar até ao fim! Esta obra conta a história de um homem que vivia com a sua família numa floresta da Dinamarca.

países do Norte da Europa e é por isso que na noite de Natal se iluminam os pinheiros.

Numa noite de Natal, comunicou à família que iria partir em peregrinação à Terra Santa, para rezar. Prometeu que, dali a dois anos, estariam juntos de novo.

Na minha opinião, este livro é muito interessante, porque dentro de uma história existem muitas histórias bonitas e muito mistério em volta delas.

Na Palestina, visitou todos os locais relacionados com a vida de Jesus. De regresso à Dinamarca, uma tempestade quase destruiu o barco em que viajava e ele teve que ficar em Itália. Aí conheceu várias cidades e fez vários amigos, como o mercador de Veneza, o banqueiro Averardo e o negociante flamengo, que lhe contaram histórias. Após muitas aventuras, conseguiu chegar à floresta onde vivia. Quando uma tempestade quase o matava, ele ficou doente, mas graças à sua fé, os anjos acenderam pequenas estrelas num pinheiro e guiaram-no até à sua casa. Esta história, levada de boca em boca, correu os

31

Este conto faz-nos pensar e repensar na vida, pois ao lê-lo, compreendi que, quando queremos muito uma coisa, temos de lutar por ela até ao fim e nunca desistir. Aconselho todos a lerem esta obra, pois ela transmite muitos valores como a amizade e o amor. Na minha opinião, esta história é um belo conto de Natal, porque tem um final cheio de esperança, paz e muito mistério…

Mariana Almeida, 7ºD Imagem: https://bitli.li/E0CK3



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.