Arracadas

Page 1


Índice de contido ARTE ANIMAL.....................................................................................................................................................3 OS OSOS...................................................................................................................................................................3 OS TIBURÓNS.......................................................................................................................................................6 OS ELEFANTES...........................................………………..............................................................................9 OS LEÓNS.............................................................................................................................................................12 A XIRAFA..............................................................................................................................................................15 ULISES, O PIRATA DAS ESTRELAS.........................................................................................................16 RELATOS.............................................................................................................................................................27 ANIMAIS...............................................................................................................................................................27 EL PERRO..............................................................................................................................................................27 EL GUEPARDO...................................................................................................................................................28 EL LEÓN................................................................................................................................................................29 EL DELFÍN...........................................................................................................................................................30 O CABALO............................................................................................................................................................31 O BÚHO............................................................................................................................................................32 O LEÓN..................................................................................................................................................................33 O ESQUÍO.............................................................................................................................................................34 A PAZ......................................................................................................................................................................35 CHEGA A PAZ.....................................................................................................................................................35 LA AMISTAD Y LA PAZ...................................................................................................................................36 LA HISTORIA DE GANDHI...........................................................................................................................37 EL DÍA DE LA PAZ............................................................................................................................................38 LOS DOS NIÑOS QUE SE QUERÍAN..........................................................................................................39 LA LUCHA POR LA ENFERMEDAD...........................................................................................................40 LENDAS GALEGAS..........................................................................................................................................41 O IRIXO..................................................................................................................................................................41 O CASTRO DE SOUTELIÑO..........................................................................................................................42 OS MOUROS.........................................................................................................................................................43 A LENDA DOS TRONOS E SANTA BÁRBARA........................................................................................44 A LENDA DO PUZO DO LAGO....................................................................................................................45 A LENDA DO NACEMENTO DOS RÍOS MIÑO E SIL.........................................................................47 O CARBALLIÑO..................................................................................................................................................48 UN AZUL PARA MARTE...............................................................................................................................49 2


O noso centro colabora no Plan Proxecta Protexe os Animais, xa que consideramos imprescindible a difusión de actitudes de respeto e coidado cara os animais. Para iso é necesario coñecelos en profundidade, polo que algunhas das actividades que comezamos a facer dende infantil foi coñecer as diferenzas entre domésticos e salvaxes e traballar con manualidades relacionadas.

3


4


5


6


7


8


9


10


11


12


13


14


15


ULISES, O PIRATA DAS ESTRELAS

(Rebeca RÍos, Valeria, Hugo, Alicia, Moisés, Isaac, Adam, Zoe e Rebeca Baranda).

Esta é a aventura de ulises, un pirata que que vivía nun enorme barco co que percorría os mares.

16


17


Serea, ti que nadas nas profundidades, saberías cómo podería chegar ao ceo? 18


Adam viu así á serea.

19


ti , que es a mĂĄis grande sabia e percorres tĂłdolos mares, como poderĂ­a chegar ata o ceo? 20


Colleu o bol e a culler de pau en busca da illa mรกis pequena,

21


a gran balea dĂ­xolle o xeito de chegar ao ceo

Ulises papou tĂłdalas estrelas. 22


A lúa dixo:Porque me deixaches soa aquí arriba?

23


Ulises volveu fabricar estrelas coa receta que atopou na illa.

24


Todo volveu ser como antes.

25


26


27


28


29


30


31


32


33


34


35


36


37


38


39


40


O Irixo O Irixo é un municipio da provincia de Ourense, pertencente á comarca de O Carballiño. O municipio de cento vinte km² de superficie abarca doce parroquias e atópase ao noroeste da provincia de Ourense. Limita ao norte cos municipios de Lalín e Dozón, ao sur cos de Boborás e O Carballiño, ao leste cos de Piñor e ao oeste cos de Forcarei, Beariz e Boborás. Está situado ao pé da serra do Testeiro. A casa do concello tivo a súa sede primeiro nos lugares de Ponte Irixo e As Campinas, os dous na parroquia de O Campo.

Sebastián Caíña Montiel

41


O castro de Souteliño No castro de Souteliño sacan as mouras a asollar o millo e mentres terman del peitéanse cos seus peites. Cadrou dunha vez que pasara por alí un porco que foi meter o fociño no soalleiro, entón unha moura para tornalo guindoulle un peite que se prendeu nas serdas. Fuxiu o porco para a corte e cando alá chegaron e viron as donas que o peite que traía engarrado era de ouro.

Ariane Luís Nogueira

42


Os Mouros No Irixo habitaron os Mouros que eran donos de moitas riquezas. Para manifestarse aparecían nas fontes unhas fermosas damas chamadas Donas. Un día unha muller que gardaba o gando atopouse cunha Dona nun alpendre cheo de ouro e preguntoulle como quería levar o ouro, a presas ou a cribazos. A muller díxolle a cribazos e a Dona mandouna á casa a buscar a criba, pero cando regresou todo desaparecera. Noelia Nogueira Álvarez

43


A lenda dos tronos e Santa Bárbara Contan as persoas do meu pobo que nos días e noites dos longos invernos cando tronaba as persoas tiñan medo de que un lóstrego os danase a eles ou as súas colleitas. Entón, encomendábanse a Santa Bárbara con un conxuro contra as tormentas cunha folla de loureiro na man. Santa Bárbara bendita que no ceo estás escrita dáme pan e dáme viño e coida da xente que vai polo camiño. Cando pasaba o duro inverno e chegaba o verán, os veciños queimaban o loureiro na fogueira de San Xoán e collían novas follas do arbusto para protexerse o vindeiro inverno.

Alejandro Portela Fidalgo

44


A lenda do Puzo do Lago Dise que hai moitos, moitos anos, no seu camiño a Belén a Virxe pasou por unha pequena aldea de Maside, chamada O Lago. Levaba dous días de camiño e descansando aos poucos sen un anaco de comida que levar a boca, cando chegou de madrugada a unha pequena aldea. Con moito esforzo, a pobre muller petou na porta da primeira casa do pobo. Cando o dono saíu, a pobre da Virxe pediu a aquel home un pouco de pan ou algo que levar a boca, e un pouco de colleito, por caridade, pero este díxolle que non lle daba nada e que fora preguntar a outro veciño. Foi de casa en casa preguntando pero ninguén quixo axudala. Saíndo do pobo topou un forno no que traballaban tres mulleres, e decidiu entrar a ver se elas a axudaban. As panadeiras consternadas co que a pobre Virxe lle contara sobre o que sucedera no pobo decidiron prepararlle unha bóla para que puidera comer algo. Ao meter a primeira, esta medrou moitísimo como se fose un milagre de Deus. Entón, as tres mulleres decidiron facer máis probas e todas saían enormes. Ao final optaron por ser avaras e non darlle ningunha á pobre Virxe. Cando esta deixaba o pobo xa sen forzas, apareceu unha nena, a cal vendo a pobre Virxe tan desvalida decidiu darlle un pouco de comida que tiña. A Virxe 45


preguntoulle a neniña quen era e a nena contoulle que era orfa e que se adicaba a coidar o gando da xente do pobo para sobrevivir. Ante a avaricia mostrada polo pobo, preguntoulle á nena o nome daquel lugar. A nena respondeulle que se chamaba O Lago. Entón, a Virxe díxolle: “Se eres Lago te asolajo con el de arriba para abajo.” E como por arte de maxia aquel pobo comezou a inundarse ata quedar completamente inundado ata hoxe. Dise que nas noites de San Xoán, se un se acerca ao lago pode ouvir as campás da igrexa daquela parroquia.

Gabriel Campo Porral

46


A lenda do nacemento do río Miño e Sil Esta lenda está vencellada á mitoloxía. Segundo a mesma, o deus Xúpiter desexando facer unha viaxe, seguiu coa vista aos movementos da Terra co gallo de escoller un lugar onde pasar unha tempada, pois a vida no Olimpo, a forza de ser repetitiva, chega a cansar. Unha vez que o deus fixo a súa elección, e como a viaxe non ía ser de contado, fíxolle unha marca de arriba a abaixo na terra para non esquecerse, tal marca resultou ser o río Miño. Entón a Xuno, muller de Xúpiter, entráronlle celos por non contar con ela para tal viaxe, ademais de sospeitar que podería tratarse dunha aventura amorosa, das que tanto lle gustaban ao deus. Daquela, a muller de Xúpiter fixo unha fenda aínda máis fonda que a do seu home, formando así o canón do río Sil. Xúpiter, moi anoxado polo comportamento da súa muller, obrigouna a vivir no fondo do canón. Pasado un tempo, o deus compadeceuse de Xuno e retiroulle o castigo e, como símbolo do seu amor, permitiu que o río Sil e o Miño se xuntasen.

María González Caramés

47


O Carballiño En 2013 o alcalde de O Carballiño inaugurou unha rotonda cun carballo. En 1943 Antonio Palacios Ramilo construíu o templo da Veracruz, o 26 de xuño de 1943 colocouse a primeira pedra. En xullo do mesmo ano empezaron as obras. A finais desa década iniciase a construción do arco parabólico cos Doce Apóstolos, construído na súa totalidade con materiais da comarca. O Carballiño conta cun dos mellores e máis grandes parques naturais de Galicia aos marxes do río Arenteiro. Ten dous dos balnearios máis antigos de Galicia: o Gran Balneario e o de Caldas de Partovia. Óliver Montes Des

48


José Saramago, un escritor portugués que ganó el Premio Nobel de Literatura en 1998, escribió en 2002 la primera parte de un relato titulado Un azul para Marte para disculparse por no poder asistir a un congreso al que había sido invitado. Posteriormente, invitó a finalizar este cuento inacabado a todo aquel que quisiera hacerlo. Transcribimos a continuación la primera parte del cuento de Saramago y los siete finales alternativos escritos por el alumnado de 5.º y 6.º de primaria.

Un azul para Marte José Saramago Anoche hice un viaje a Marte. Pasé allí diez años (si la noche dura en los polos seis meses, no sé por qué no han de caber diez años en una noche marciana) y tomé muchas notas sobre la vida que allí llevan. Me comprometí a no divulgar los secretos de los marcianos, pero voy a faltar a mi palabra. Soy hombre y deseo contribuir, en la medida de mis escasas fuerzas, al progreso de la humanidad a la que enorgullece pertenecer. Este punto es muy, muy importante. Y espero, si algún día los marcianos me vienen a pedir cuentas de mis actos, es decir, del perjuicio cometido, que los no sé cuantos billones de hombres y mujeres que hay en la tierra se apresten, todos, a mi defensa. En Marte, por ejemplo, cada marciano es responsable de todos los marcianos. No estoy seguro de haber entendido bien qué quiere decir esto, pero mientras estuve allí (y fueron diez años, repito), nunca vi que un marciano se encogiera de hombros. (He de aclarar que los marcianos no tienen hombros, pero seguro que el lector me entiende.) Otra cosa que me gustó en Marte es que no hay guerras. Nunca las hubo. No sé como se las arreglan y tampoco ellos supieron explicármelo; quizá porque yo no fui capaz de aclararles qué es una guerra, según los patrones de la tierra. Hasta cuando les mostré dos animales salvajes

49


luchando (también los hay en Marte), con grandes rugidos y dentelladas siguieron sin entenderlo. A todas mis tentativas de explicación por analogía, respondían que los animales son animales y los marcianos son marcianos. Y desistí. Fue la única vez que casi dudé de la inteligencia de aquella gente. Con todo, lo que más me desorientó en Marte fue el no saber qué era campo y qué era ciudad. Para un terrestre eso es una experiencia muy desagradable, os lo aseguro. Acaba uno por habituarse, pero se tarda. Al fin, ya no me causaba extrañeza alguna ver un gran hospital o un gran museo o una gran universidad (los marcianos tienen esto, como nosotros) en lugares para mí inesperados. Al principio, cuando yo pedía explicaciones, la respuesta era siempre la misma: el hospital, la universidad, el museo estaban allí porque eran precisos. Tantas veces me dieron esta respuesta que pensé que mejor sería aceptar con naturalidad, por ejemplo, la existencia de una escuela, con diez profesores marcianos, en un sitio donde solo había un niño, también marciano, claro. No pude callar, desde luego, que me parecía un desperdicio que hubiera diez profesores para un alumno, pero ni así los convencí. Me respondieron que cada profesor enseñaba una asignatura diferente, y que la cosa era lógica. En Marte les impresionó saber que en la tierra hay siete colores fundamentales de los que se pueden sacar millones de tonos. Allí sólo hay dos: blanco y negro (con todas las gradaciones intermedias), y ellos sospecharon siempre que habría más. Me aseguraron que era lo único que les faltaba para ser completamente felices. Y aunque me hicieron jurar que no hablaría de lo que por allá vi, estoy seguro de que cambiarían todos los secretos de Marte por el proceso de obtener un azul. Cuando salí de Marte, nadie vino a acompañarme a la puerta. Creo que, en el fondo, no nos hacen caso. Ven de lejos nuestro planeta, pero están muy ocupados con sus propios asuntos. Me dijeron que no pensarán en viajes espaciales hasta que no conozcan todos los colores. Es extraño, ¿no? Por mi parte, ahora tengo dudas. Podría llevarles un pedazo de azul (un jirón de cielo o un pedazo de mar), pero ¿y después? Seguro que se nos vienen aquí, y tengo la impresión de que esto no les va a gustar.

50


Continuación de Mara López Álvarez Pero, pensándolo bien, por qué no ayudarlos. Enseñarles que en la Tierra, todo está decorado con infinidad de colores que brillan con el Sol, y hacen que nuestra vida sea más alegre. No quiero ni imaginarme el arcoíris saliendo de entre las nubes y luciendo en blanco y negro. Sería un horror. En verano, correr con mis primos por una playa llena de arena negra, y bañarnos en aguas grises. Vaya guarrada. En fin, que estaba claro que necesitaban mi ayuda. Un mundo en blanco y negro era aburridísimo aunque ellos pensaran lo contrario. No tenían ni idea. Lo primero, fue volver de regreso a la Tierra. Durante días, pensé en como podría llevar a Marte una muestra de nuestros colores básicos. Así, ellos pintarian con colores su planeta. Lo que no tenía claro era cómo llevar en una nave, con sitio para un tripulante, siete botes de pintura. Siete eran los colores básicos. Pero estaba claro que necesitaba botes de tamaño enorme para poder darle pinceladas de color a todo. Necesitaba construir un remolque para la nave. Ese remolque tendría que estar bien cerrado, o de lo contrario los botes de pintura saldrían volando en diferentes direcciones por toda la galaxia. Eso sería un desastre, porque ¿quién querría ver la Luna pintada de color rosa?, ¿ o el Sol de color verde, con lunares rojos? De este modo, durante el día, el Sol alumbraría como una bola de discoteca. No estaría mal, pero no creo que a la gente le gustase. Mejor dejar la imaginación y ponerse manos a la obra. Después de ver unos cuantos tutoriales en Internet, conseguí darle forma a mi remolque espacial. Plasmé mis ideas en un folio y se las llevé a mi abuelo. Le expliqué todo con detalle, ya que sabía que en él podía confiar. Tras un par de horas de explicaciones e intercambio de ideas, nos pusimos a trabajar en el proyecto. Empezamos reuniendo los materiales que necesitábamos: veinte chapas de acero inoxidable, quinientos tornillos, quinientas tuercas, veinte metros de cuerda para agarrar bien la mercancía y tres ruedas para el tren de aterrizaje. Una vez reunidos todos los materiales, comenzamos nuestra obra maestra. Esta obra ayudaría a cambiar todo un planeta. 51


Después de tres semanas de trabajo, el remolque estaba listo. Ahora faltaba lo más importante: la pintura. Mi abuelo y yo nos subimos a su vieja furgoneta, y recorrimos toda la ciudad, buscando botes de los colores más bonitos y brillantes que encontramos. Había que dar color y brillo a Marte, un planeta lleno de colores tristes y apagados. Para el cielo escogimos un azul celeste, brillante e intenso. Los marcianos alucinarían. Toda su vida viendo un cielo lleno de colores de tormenta hasta, de repente, encontrarse con un cielo lleno de un azul tan bonito que sería capz de alegrar hasta el alma más triste. Estaba claro que el color azul era el más importante. Les cambiaría la vida. Todo estaba listo, solo quedaba encender motores y emprender vuelo rumbo a Marte cruzando la galaxia. Tres, dos, uno... ¡ Despegue! Y en ese momento, comenzó mi aventura de color. Tardé dos horas y media en llegar a mi destino. En la estación espacial central marciana me recibieron con gran entusiasmo. Me preguntaron a qué se debía mi regreso a su planeta. Les expliqué el motivo de mi viaje de vuelta y les resultó muy interesante. Ellos no tenían muy claro cómo sería todo después del cambio, ya que solo conocían aquellos colores. Aunque no estaban muy seguros del resultado final, me ayudaron apresuradamente a sacar los botes de pintura del remolque espacial. Les enseñé una pequeña muestra que me habían regalado en la tienda de pinturas, y los marcianos, llenos de asombro, no eran capaces de cerrar la boca. Estaban felices y encantados. Rápidamente, convocaron una reunión con toda la población marciana. Unos me ayudarían a pintar y otros fabricarían los pinceles necesarios para dar color a los pequeños detalles. A cada pincelada de color los marcianos sonreían más felices. Su mundo estaba cambiando por completo, y el cambio les encantaba. Cuando ya creían que todo estaba listo, saqué de una caja que tenía escondida un bote de pintura azul. Me preguntaron qué era aquello, y les expliqué que se trataba del último color. El color que cambiaría sus días grises por días llenos de luz y alegría. A medida que iba coloreando el cielo el planeta se llenaba de luz, y los marcianos no paraban de apludir y saltar. Cuando terminé mi obra maestra, después de celebrar con los marcianos su nuevo planeta de color, me volví de regreso a la Tierra. Tenía que contárselo todo al abuelo.

52


Continuación de Sela Cerdeira Varela Estuve semanas y semanas pensando qué hacer, pero no sabía si llevarles un pedazo de cielo, agua de mar… Pero me decidí por llevarles un pedazo de cielo. ¡Tenía algún problema! Uno de ellos era cómo arrancar un pedazo de cielo. Estuve investigando cómo podía hacerlo, pero no entendía cómo podríamos llegar al cielo si estaba tan alto. Al cabo de unos días pensé, si cojo una escalera quizás llegue al cielo. Lo intenté, pero no llegaba a él, cada vez me acercaba más, pero aún así no lo alcanzaba. Entonces, se me ocurrió ir colocando escaleras hasta que lo tocara. Así estuve como una o dos semanas... se me acabaron las escaleras y yo aún no había alcanzado el cielo. Se me ocurrió construir un robot con unas pinzas para mandarlo al cielo y que arrancara un pedazo. Entonces, me puse manos a la obra, tardé unos meses en construirlo, pero mereció la pena porque quedó perfecto. No me resistí a esperar un poco más para lanzarlo al cielo y ver si funcionaba; entonces lo lancé, y cuando habían pasado dos días de haberlo lanzado miré la pantalla donde podía ver donde estaba. Se veía todo negro y el robot hacía un sonido bastante desagradable, la verdad. Estuve bastante tiempo pensando cómo podía hacer para conseguir el pedazo de cielo; ya estaba un poco deprimido, porque lo había intentado dos veces y no lo había conseguido. Pasaron unos días y se me ocurrió coger un vuelo. Sí, sí, un vuelo en globo, así cuando estuviera tan arriba como el cielo arrancaría un pedazo para llevárselo a mis a mis amigos de Marte. Al día siguiente fui al sitio donde estaban los globos y me monté en uno de ellos. Estuvimos unas horas volando, pero esperaba llegar más arriba de lo que llegamos. Cuando aterrizamos me sentía un poco mal por no haber llegado tan arriba como esperaba. Al aterrizar pensé, ¡y si hubiese otro globo que volase más alto! ¡Podría montar en uno! Tuve que esperar unas horas para montarme en otro globo, ¡pero todo fuera por mis amigos, los marcianos de Marte! Al cabo de unas horas, al fin me pude subir al globo. ¡Era impresionante, gigantesco, mucho más grande que el otro! ¡El fuego subía muchísimo, a una velocidad impresionante! 53


Cuando estábamos arriba vi que no era tan fácil coger un pedazo de cielo. Lo intenté coger con las manos, pero no di; entonces se me ocurrió cogerlo con el bote que llevaba para guardar el pedazo, le saqué la tapa y lo moví por el aire para que entrara un pedazo de cielo, pero no me había enterado de que el cielo no era más que gas. Aterrizó el globo y me fui a casa muy, muy deprimido por lo que había pasado. Lo que hice para superar mi enfado fue pensar qué otra cosa le podía regalar a mis amigos, los marcianos de Marte. Me decidí por llevarles bastante agua; con bastante me refiero a un bidón lleno más o menos. El día de la verdad llegó, tocaba llevarles a los marcianos todo el agua que había cogido en el río. Me monté en una nave espacial con el bidón para ir a Marte, y eso fue lo que hicimos: despegar rumbo a Marte. Cuando llegué saqué el bidón de la nave y les dije a todos mis amigos, los marcianos: —Tomad, repartidla por donde queráis. Yo os recomendaría intentar hacer tierra y

plantar unas plantas que os he traído para intentar fabricar una atmósfera como la de la Tierra. Así puede que consigáis que haya otra vida diferente a la vuestra en Marte: ¡sería asombroso! Confío en vosotros.

54


Continuación de Virginia García Teixeira Pero después recordé lo que me decía mi abuela: Lo único imposible es aquello que no intentas, y pensé que si los marcianos del planeta Marte no descubrían esos magníficos colores aquel planeta iba estar tan apagado como una mora negra; así que tenía que hacer lo imposible para intentar que su planeta fuera una sala de juegos, tan alegre como un unicornio. Así que cogí muestras de todos los colores que podían existir: un trozo de mar (azul), una fresa (rojo y verde), un folio (blanco), un bombón (marrón), un estuche negro, una moneda dorada, unas tijeras moradas..., y mil cosas más, pero ahora tenía que pensar cómo llevarlo todo. Me puse el pijama rápidamente y después me fui a la cama, pero no daba dormido. Al final, me dormí, pero con odio por no poder haber dormido antes. Cuando me desperté me di cuenta de que no estaba donde tenía que estar; estaba en un sitio oscuro, escalofriante. Sentía frío, sentía miedo, sentía rabia... Vio a un señor que pasaba por allí. Me acerqué a él y le pregunté: —¿Señor, dónde estamos?

Él me respondió: —¡Que dónde! Estamos en Plutón, en la estrella negra.

Yo pensé, ¿Plutón? Plutón ya no es un planeta (bueno, ahora es un planeta enano), era totalmente imposible que estuviera en Plutón. El señor seguía allí conmigo, parecía que era capaz de leeeme la mente, sobre todo cuando me dijo: —Plutón fue desapareciendo, pero la estrella negra de Plutón nunca desapareció.

Eres el primero, enhorabuena, o debería decir, enhorafracaso... Yo pensé, estrella de Plutón, pero eso, eso no existe. Luego, confuso, volví a pensar, ¿o si existe? El señor me dijo: —Sigue ese camino, todo recto hasta ese castillo descolorido.

Por supuesto que le hice caso, la verdad es que solo me acuerdo de las palabras del señor; después no sé si le hice caso o si pase de él, pero bueno, yo creo que le hice caso, pero no puedo estar del todo seguro ya que no me acuerdo absolutamente de nada. Cuando el camino empezaba a desaparecer miré hacia arriba, hacia el castillo. No

55


era un castillo normal, tenía una enorme terraza en la que había un trono que estaba hecho a mano, sus retoques eran muy bonitos, menos el color, que era todo blanco y negro. Cuando di un paso más se puso enfrente de mí una persona calva que tenía la piel blanca y un vestido negro, en el que aparecía escrito I steal the colour of your life and of your house (consigue descifrarlo). Yo, como no entendía nada de inglés, no le hice caso. Aquella dama era un poco fea, que conste, pero me dijo: —Vaya, vaya, tenemos visita, un joven visitante. ¿Qué quieres, qué quieres?

Cuéntanoslo. Yo le tenía un poco de miedo, pero bueno, respondí : —Quiero que me lleves a casa.e

Ella se enfadó y me dijo: -¿Qué me darás a cambio? Yo le contesté: —Mis colores. Te daré el color del mar, el color de la fresa...

Ella dijo: —¿Sabes quién soy yo?

Moví la cabeza para un lado y para otro, con temor, y ella sonrió con tanta maldad y travesura, que yo, con miedo, recordé la frase de mi abuela y respiré profundamente con pavor…

56


Continuación de Erich Álvarez Fuentes Despois de volver á Terra pensei no que debería facer e ocurréuseme unha idea, volver ao planeta cuns cubos de pintura de todas as cores, e iso foi o que fixen despois dun ano. E eles viñeron en naves espaciais á Terra. A eles encantoulles a Terra, non pensaran que sería tan bonita, e déronme ás grazas por mostrarlles un mundo cheo de cor. Estaban encantados con estas terras, estas cores… Nunca viran algo igual e decidiron quedarse aquí para sempre. Para a xente do planeta Terra fíxose raro telos alí, pero ao cabo dun tempo acostumáronse. Todo ía normal por alí, todos se levaban ben cos extraterrestres, e nese momento foi cando me preguntei: Queda algún extraterrestre en Marte? A NASA deixoume ir a Marte unha vez máis para ver se aínda quedaba algún extraterrestre. A viaxe foi moi longa e mentres estaba na nave espacial pregunteime pola xente que estaba na Terra e que estarían a facer. Despois da longa viaxe que fixen cheguei a Marte. Saín da nave e fun á busca da cidade dos extraterrestres, e encontreime unha parte da cidade con cor e outra sen cor. Quen pintara toda esa parte de cor? Fun á busca de máis extraterrestres e encontrei só un. Pregunteille se había outros coma el e díxome que non. Sorprendeume que só un extraterrestre pintase todo iso. Logo contoume por que ela estaba alí: deixárana castigada no colexio, e cando se deu conta de que todos se foran, quedou soa, e como estaba moi triste decidiu darlle un pouco de cor á vida pintando a cidade despoboada. Era unha historia moi triste. Díxenlle que podía volver á Terra comigo, e ela respondeume cun simple non. Díxome que ata que terminase de pintar esa cidade non iría á Terra, entón decidín axudala. Despois duns días terminamos xuntos de pintar a cidade e volvemos á Terra. Cando chegamos os extraterrestres e os humanos estaban en guerra, non sabía moi ben por que, e ademais de fixarme niso, decateime de que a cor da Terra se estaba índo e pouco a pouco a Terra ía quedando sen cor. Cando non había cor estaban todos tristes e enfadados, pero cando había cor todos estaban felices. Xa sabía o que tiña que facer, tiña que enviar aos extraterrestres a Marte, porque todo estaba cheo de colorido e así todos eles serían felices. E en canto aos humanos, tíñamos que poñer cor na Terra, pero o primeiro era o 57


primeiro, levar a Marte aos extraterrestres para que non houbese guerra e estivesen felices. Utilicei unha das súas naves porque son máis rapidas, máis novas e mellores; así chegaría a Marte antes. Cando cheguei a Marte con todos os extraterrestres quedaron alucinados, nunca viran as súas terras tan bonitas, e déronme as grazas a min e a Mirana, a extraterrestre que pintara case todo o lugar. Subín á nave dos extraterrestres para volver antes á Terra e volvela pintar. Cando estaba na nave decateime de que Mirana aínda estaba alí, e díxome que quería axudar a pintar a Terra. Díxenlle que me parecía ben e que cantos máis mellor. Cando chegamos á Terra todos os humanos estaban tristes e enfadados. Falei co departamento de noticias para saír na televisón. Tiña que dicirlle a todo o mundo que estarían todos felices se pintaban todos unha parte do mundo, e que se o fixeramos todos xuntos sería mellor. A xente empezou a pintar cada un a súa casa, e cando terminaban axudaban aos demais. Ao cabo dun mes terminamos de darlle cor ao mundo e todos estaban felices. Todo grazas a Mirana. Agora tiña que preguntarlle a ela se quería volver a Marte e díxome que si, e que volvería visitarme cada mes para ver como nos ía aquí na Terra. Despedínme dela e volveu a Marte. Cada mes viña Mirana á Terra e contábame como ía todo por Marte. Uns anos máis tarde, Marte serviu para que os humanos foran vivir alí despois de que no planeta Terra o quentamento global se estendera e de que se inundara todo o planeta por culpa do derretemento dos polos. Eu fun unha desas miles de persoas que foron vivir a Marte e construíron unha nova cidade. Mirana e eu encargámonos de pintala.

58


Continuación de Aridane Osorio Carballeda Después de ese largo viaje de diez años al fin voy rumbo a casa. Cada día que escribo en mi diario sobre lo que pasó en Marte es una traición a la confianza de los marcianos. No me siento orgulloso de haberlo hecho, pero no tengo otro remedio. Sé que no puedo hablar sobre lo que hacen en la central donde trabajo ya que mi vida está en juego, pero si no lo hago me sentiré atrapado en una mentira toda mi vida. Sé que si se enteran de que le cuento esto a alguien nos matarán a mí y a quien se lo haya contado. No quiero poner la vida de mi mujer y de mi hija en riesgo, así que se lo intentaré contar a la prensa sin que nadie se entere. No sé si lo llegaré a conseguir, pero si no lo hago solo le pido al que lea esto que le diga a mi mujer y a mi hija que las quiero y que solo hice esto por su bien. Allí en la central, te hacen jurar que nunca contarás nada de lo que veas allí dentro, y si no lo haces y te quieres ir para no trabajar allí te matan y más tarde dicen que hubo un accidente laboral. Yo mismo he visto cómo un hombre hacía un gesto de afirmación con la cabeza y al instante disparaban al pobre hombre por haberse atrevido a decir que no. No tengo claro cómo lo voy a hacer, pero esta es la única manera de poder irme de la central... fingiendo mi muerte. Estoy a 450000 kilómetros de la Tierra, y pronto estaré cerca de la Luna. Enciendo el comunicador y empieza la función: —Hola, señor —dije suspirando —. Tengo una mala noticia, señor. —¿Qué pasa? —contestó el director de la misión. —Estaba arreglando un fallo en el estabilizador de reentrada y se rompió el cable de sujeción. Ahora estoy flotando en la nada. —¿No podremos ayudarle en algo? —dijo preocupado por perder a un hombre. —Lo dudo mucho, señor. Mi traje tiene oxígeno para tres horas y ustedes tardarán en llegar aquí dos días, pero hágame un favor. —Sí, lo que usted quiera. —Cuando la nave aterrice entréguele una carta a mi mujer. Esa carta que está 59


encima de mi asiento. Esa carta con un sello rojo. Hágalo, señor, por favor. —Sí, no se preocupe por eso, pero la información sobre Marte que está en la nave, ¿está a salvo? —Sí, señor. Todo está saliendo a la perfección. Pongo rumbo a la Luna. Sí, aún estoy en la nave. Sé que entre la una y las dos no habrá nadie en la sala de control, ya que estarán comiendo, así que aprovecharé para aterrizar en la Luna y programar la nave rumbo a la Tierra. Ya vo un día en la Luna. La nave estará a punto de aterrizar en la Tierra. Aquí, en la Luna, todo el mundo es bien recibido. He conocido a bastante gente que tan solo huye de su pasado. Cuando yo era niño nunca habría imaginado que se podría vivir en la Luna, y menos que yo fuera uno de los que lo hiciera. Es un lugar muy bonito, no sé cómo describirlo... quizá mágico. Espero que a mi familia le guste tanto como a mí. Mientras tanto, en la Tierra, el subdirector de zona de la central, Andrés Fernández, le entregaba la carta a mi esposa: Querida Gema: Espero que estéis bien. Seguramente os habrán dado la noticia de mi muerte, pero es falsa. Prométeme que no se lo dirás a nadie. Ya te lo explicaré todo cuando lleguéis. Busca un vuelo a la Luna y actúa con normalidad, como si yo estuviera muerto de verdad. Aquí os espero. Besos, Óscar.

60


Continuación de Alejandro Nogueira Guevara Después de pensarlo varias y varias veces decidió no contarles nada. Al cabo de unos meses, en abril, llegó una nave alienígena a la Tierra. El astronauta no sabía qué hacer, porque si los marcianos elegían quedarse en la Tierra no podría predecir nadie qué pasaría con todos sus habitantes. Cuando los alienígenas bajaron de su nave increíblemente grande, preguntaron dónde estaba el astronauta que los había ido a a visitar, pero no contestó nadie a su pregunta. Al cabo de media hora llegó el astronauta y les preguntó: —¿Qué queréis amigos? —lo dijo con mucha timidez. Ellos podían sentir sus emociones y notaron que tenía mucho, pero que mucho miedo. Decidieron jugar un poco con él, y le contestaron: —Venimos a invadir vuestro planeta. El astronauta les preguntó: —¿Y por qué queréis invadirlo? —Porque no nos contaste que vuestro planeta era tan bonito, por eso nos lo vamos a quedar. El astronauta, de tanto miedo que tenía, se puso a temblar como un cohete y se arrodilló enfrente del alienígena y gritó: —¡Por favor, tenga piedad, no se quede con el planeta Tierra! En este planeta vive muchísima gente. Este es su hogar. ¡Por favor, no se quede con el planeta Tierra, por favor! —en ese momento el astronauta estaba llorando. El alienígena, con cara de malvado, contestó: —Mmm, no sé si dejaros vivir a todos —el astronauta volvió a llorar mientras pedía piedad durante media hora, hasta que el alienígena contestó: —¡ERA BROMA! —exclamó, riéndose con sus amigos alienígenas. El astronauta se enfadó, miró al marciano con decepción y le dio la espalda. Luego, al cabo de un minuto, se rio, miró al marciano con una sonrisa y le dio la mano. Después de hacerlo le pidió perdón por no haberle contado que su planeta era tan bonito. Después, los invitó a que pasasen el día siguiente con él en un bello lugar del planeta Tierra. Quedaron al 61


amanecer y pasaron un maravilloso día, pues fueron a por helados y también se dieron baños unos baños en la playa. Allí organizaron una batalla de castillos de arena para saber quién era el mejor constructor; después hicieron carreras en el agua para ver quién era el más rápido nadando. Tras hacer todas esas actividades fueron todos juntos a un restaurante de tres estrellas Michelín. Allí comieron un menú delicioso. Estaba increíblemente bueno. Después fueron a comprar algo de picar para ver un maratón de películas y series de terror como Annabelle, Stranger Things, It e It: capítulo dos, The Ring y Muñeco diabólico. Después fueron a cenar a un restaurante mexicano llamado El Rincón Azteca. Allí pidieron una ronda de taquitos al pastor y enchiladas. Tras pasar allí varias horas platicando (como se dice en mexicano hablar) se fueron a su casa, donde estuvieron haciendo un fuerte con cojines, mantas, etc. Como si fueran niños pequeños construyeron un castillo enorme y alto, prepararon unas camas hinchables y, antes de irse a dormir, vieron un anime llmado Super Dragon Ball Heroes. Estuvieron despiertos hasta la una de la noche cuando, por fin, acabaron de verlo. Se lavaron los dientes y recogieron los envoltorios de patatas fritas y de Doritos. Al acabar, se pusieron el pijama de rayas y se fueron a dormir. Al día siguiente, los alienígenas se despidieron, y así fue cómo se estrecharon lazos entre los alienígenas y los terrícolas.

62


Continuación de Daniel Conde Rodríguez José volvió a la Tierra y pensó si llevarles un trozo de mar o algo así, o no llevarles nada por si no les gustaba. Bueno, como era amable, les iba a llevar un trozo de mar en un caldero verde de barro, hecho a mano en un cursillo cuando era un niño. El caldero era un poco pequeño para su gusto, porque ya era mayor, aunque creía que valdría, pensó José. Entonces, esa noche, viajó de nuevo a Marte. Les llevó el caldero de barro verde con un poco de agua de mar a sus nuevos amigos, los marcianos. Por cierto, eran verdes y llevaban un sombrero rojo y una bufanda azul, pero ellos se veían blancos y negros con sus muchísimos tonos intermedios: gris, por ejemplo. Por su aspecto y su forma, decidí llamarlos martiverdes. Llegué a Marte enseguida, en un abrir y cerrar de ojos. Todos los martiverdes se acercaron a recibirme otra vez, como la noche anterior, y cuando vieron lo que llevaba en la mano se sorprendieron y dijeron: —¿Qué es eso? José les dijo: —Es agua de mar y es de color azul. Los martiverdes se quedaron con cara de asombro. Habían descubierto un nuevo color que se llamaba azul. Los martiverdes probaron entonces el agua y descubrieron además que existía algo que se llamaba salado y que sabía muy diferente a todo lo que habían probado anteriormente. José les dijo que ese era el sabor del agua salada, pero que en la Tierra también sabían así algunos alimentos. Los martiverdes querían meterse en el agua, pero no había suficiente para todos y empezaron a discutir por ella, hasta que José les dijo: —No os peleéis por el agua. En la Tierra hay de sobra. Tres cuartas partes de la Tierra están cubiertas de agua. Entonces, los martiverdes decidieron que viajarían a la Tierra con él para poder ver el mar y bañarse en él. Al momento, se pusieron manos a la obra: cogieron su pequeño equipaje, que consistía en un gorro rojo y una bufanda azul de repuesto, un teléfono móvil ultramarciano y unas gafas de bucear. Sin esperar más se subieron a sus 63


naves y fueron hacia la Tierra todos y cada uno de los martiverdes. En cuanto llegaron a la Tierra se bañaron. José les dijo: —Sabéis, martiverdes, el agua no era lo único que no habíais probado. Tengo que enseñaros más cosas; por ejemplo, el verde de los prados, el marrón de las montañas, el rojo de la lava, el amarillo de las flores, el blanco de las nubes, y muchos más colores, como el violeta. Los martiverdes se quedaron asombrados. Querían verlos todos, y tenía que ser ya. Entonces, les enseñó los lugares y las cosas más bonitos que conocía: los prados verdes de Galicia y sus árboles autóctonos, el castaño y el roble, el marrón de las montañas de los Alpes, el Teide, el desierto del Sáhara, y muchos más. Los martiverdes se quedaron de piedra, pero ya estaban cansados. Entonces, les dejó que se quedaran a dormir con él. Al día siguiente les enseñó muchas, muchas, muchísimas cosas que sabía, para que ellos las supieran también. Los martiverdes ya estaban cansados de la Tierra porque, aunque había muchas cosas que les encantaban de ella, también había cosas malas o que no les gustaban, así que decidieron volver a Marte. Ya lo echaban de menos. Al final, volvieron a su casa, a Marte. Y yo me di cuenta de que todo era un sueño.

Imágenes de ChadoNihi, Aynur Zakirov, WikiImages, Sergei Tokmakov y de 272447 en Pixabay. 64


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.