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do Commercio

Durante sua estada em Paris, em 21 de fevereiro de 1959, mais um texto seu é publicado no Estado de São Paulo, “A técnica do livro no Brasil”, no qual ele fez uma análise do livro Da crítica e da nova crítica de Afrânio Coutinho. Considerado por OCF um, “crítico literário que se preocupa com a feição material do livro, com as características de identificação, com a datação, com o seu aparato erudito, com certos aspectos da ciência bibliográfica”. Após o seu retorno ao Brasil, OCF publicou um artigo em quatro partes sobre grandes referências no estudo bibliográfico no Diário de Pernambuco, entre 15/01/60 e 20/01/60, denominado “Bibliotecários e meridianos”. Publicou ainda uma parte da sua pesquisa sobre a história do livro em Pernambuco no Jornal dos Bancários. Esse texto se intitula em “A vida do Livro no Recife (1837-1843)” foi publicado em duas edições do periódica, uma em dezembro de 1961 e outra em janeiro de 1962. Em relação a esse texto, ressaltamos outra abordagem significativa de Orlando da Costa Ferreira que pode ser relacionada aos estudos em Memória gráfica brasileira. O registro da história e da memória de locais situados fora do centro econômico do país. Se ainda hoje a produção acadêmica da região sudeste é maior que a somatória de todas as outras regiões, com 54%, isso se deve a muitos fatores dentre eles podemos destacar o poder econômico e politico dessa região (SIDONEI, HADDADI, MENA-CHALCO, 2016: 1531). Uma das abordagens que a Memória gráfica brasileira tem adotado é pesquisar as identidades locais através de estudo relacionados dos artefatos produzidos pela sua indústria gráfica. Podemos deduzir que um objeto de estudo pouco comum hoje, seria menos comum em meados da década de 1950 e Orlando já acreditava na importância de pesquisar sobre esse objeto naquele período. Por fim, temos nesse jornal, na segunda quinzena de janeiro e na primeira de fevereiro, o artigo “O cubo e o arabesco”, um texto com uma narrativa intrigante e muito próxima dos registros no seu diário, tanto na forma quanto nos temas. Ao longo do texto, temos duas citações ao “Caderno azul” abandonado e a suas anotações, o que confirma a correlação (figs. 36-37).

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