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FIG. 4 − Anta da Cumeada.

perímetros de protecção, assim como dos suportes de informação e sinalética, quando existentes. O Centro de Arqueologia será igualmente responsável pela recolha de informação e elaboração de conteúdos para divulgação. A eficácia do PGVSMA passa obrigatoriamente pelo envolvimento e participação dos agentes locais, em particular os proprietários, os arrendatários e a comunidade local, que, por vivenciarem diariamente os territórios onde se encontram os sítios e monumentos abrangidos pelo Plano, constituem parte activa na salvaguarda e valorização desses locais. Esta cooperação, que se pretende permanente, é fundamental para a verificação e avaliação das medidas aplicadas, contribuindo para corrigir e/ou complementar as propostas em vigor e, deste modo, assegurar a manutenção dos espaços e da respectiva fruição pública. A primeira fase desenvolvimento, iniciada em 2016, está orientada para o património megalítico e integra-se, como componente complementar, no projecto de investigação “TEMPH - Território e Espaços de Morte da Pré-História Recente. Contributo para uma nova leitura do povoamento megalítico no concelho de Avis”, actualmente a decorrer (RIBEIRO, no prelo/a). 2.2. MONUMENTOS

– Compreender e valorizar os valores naturais e paisagísticos associados aos sítios e monumentos arqueológicos seleccionados; – Consolidar a articulação entre a gestão territorial e o património arqueológico; – Promover a educação patrimonial e ambiental. O PGVSMA visa a criação das bases para um modelo de gestão da intervenção arqueológica onde se promova a articulação entre a componente científica e as vertentes pedagógica, cultural e turística. A aplicação de um instrumento desta natureza traduz-se num aumento das medidas de salvaguarda e valorização do património local e no reforço da educação patrimonial e da dinamização cultural e turística do concelho, fundamentais na partilha desse legado comum. As acções definidas têm como base a articulação do património arqueológico com outros valores patrimoniais de significativo valor científico, cultural e turístico, potenciando, desta forma, o turismo cultural e de natureza, e fomentando o desenvolvimento de uma rede de oferta turística e cultural diversificada, sustentada pela valorização, promoção e divulgação de diversos valores. A aplicação e manutenção das acções previstas no PGVSMA serão da responsabilidade do Município de Avis, que, através do Centro de Arqueologia e com a colaboração dos demais serviços municipais envolvidos na execução do plano, irá assegurar as acções de conservação e manutenção dos sítios e monumentos arqueológicos e dos respectivos

MEGALÍTICOS DE

AVIS

O estado de conservação de um conjunto significativo de monumentos e o seu potencial cultural e turístico determinou a selecção dos exemplares susceptíveis de integrar um roteiro arqueológico que permitisse não só uma melhoria nas condições actuais de conservação, mas também proporcionar uma nova leitura. Nesse sentido, foi esboçado um circuito que tem como ponto de partida a revisão e a renovação dos percursos megalíticos promovidos pela Região de Turismo de São Mamede no âmbito do roteiro “Paisagens Megalíticas do Norte Alentejano”. O roteiro, implementado em 1999 e 2000, foi desenvolvido em colaboração com as autarquias e com o Instituto Português de Arqueologia, com o intuito de valorizar um conjunto de monumentos megalíticos do Distrito de Portalegre. A redefinição desse roteiro e a integração de novos valores constitui uma das prioridades nesta fase de trabalhos do PGVSMA. Pretende-se implementar estratégias de conservação e manutenção adequadas a estas estruturas, desenvolvendo, simultaneamente, uma nova abordagem relativamente à valorização destes monumentos, elaborando discursos que promovam a compreensão do fenómeno megalítico e a sua relação com o território e a paisagem. Este facto permitirá potenciar também outros valores patrimoniais, nomeadamente natural, paisagístico e rural, proporcionando uma visita autónoma e enriquecedora.

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