ALIMENTAÇÃO ANIMAL JORNADAS SPMA
BASE DE DADOS PORTUGUESA DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA E NUTRITIVA DE COPRODUTOS PARA A ALIMENTAÇÃO ANIMAL – GO SubProMais O setor da alimentação animal vive atualmente uma situação complicada pela elevada dependência do mercado externo para aquisição das matérias-primas, nomeadamente dos cereais e fontes de proteína (sementes e bagaços de oleaginosas). A redução das disponibilidades destas matérias-primas a nível mundial, por menor produção e maior proMª Teresa P. Dentinho Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Pólo Investigação da Fonte Boa
cura, o custo elevado dos transportes e, consequentemente os constantes aumentos de preço, são fortes constrangimentos com que as empresas pecuárias se deparam e que põem em risco a sua viabilidade, competitividade e sustentabilidade.
nados, ficando desde modo, o problema da sua eliminação resolvido. Uma informação detalhada sobre cada coproduto, nomeadamente no que diz respeito à natureza e forma de obtenção, características
A utilização de coprodutos agroindustriais na alimentação animal apresenta-se hoje como uma opção cada vez mais consistente e considerada por todo o setor pecuário e é incentivada pela União Europeia através do Pacto Ecológico Europeu, como forma de reduzir e prevenir o desperdício e promover uma economia limpa e circular, transformando matérias-primas de baixo valor em alimentos de alta qualidade.
físicas, quantidades disponíveis, época de pro-
Os coprodutos que as agroindústrias portuguesas geram e que podem ser utilizados na alimentação animal são muito diversos e em grande quantidade. São importantes fontes de nutrientes primários e de compostos bioativos e estão disponíveis a custo zero ou a baixo custo, não competem com a alimentação humana e, por serem altamente poluentes, têm obrigatoriamente que ser elimi-
duzido muita informação sobre coprodutos
dução, composição química e valor nutritivo, forma de conservação e limites de incorporação nas dietas é essencial para que estes recursos alimentares possam ser aproveitados e utilizados da melhor forma, dando suporte a opções e estratégias inovadoras e adequadas de alimentação. Em Portugal ao longo dos anos tem-se pronos laboratórios das indústrias de alimentos compostos, nos centros de investigação, nas universidades etc.. Porém, esta informação, encontra-se dispersa e inacessível pelo que a sua utilidade é limitada, havendo necessidade de recorrer à informação compilada em tabelas ou bases de dados internacionais (NRC, INRA, FEDNA, FAO), nem sempre com valores adequados à nossa realidade. No âmbito do Grupo Operacional SubProMais – “Utilização de Subprodutos da Agroindústria na Alimentação Animal” foi criada a Primeira Base de Dados Portuguesa de Composição Química e Valor Nutricional de Alimentos para Animais com o objetivo de dar a conhecer a disponibilidade, as característi-
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