Revista Alimentação Animal n.º 116

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ALIMENTAÇÃO ANIMAL ENTREVISTA

PRESIDENTE DO CENTRO DE INFORMAÇÃO DE BIOTECNOLOGIA JORGE CANHOTO Nesta edição da Revista Alimentação Animal temos em entrevista o líder de uma das entidades cuja atuação é mais determinante para a evolução da agricultura baseada na ciência. Temas tão relevantes como a aprovação da utilização das Novas Técnicas Genómicas na União Europeia (NTG) ou a divulgação da Biotecnologia Verde estão entre as prioridades do CiB e do seu Presidente, o Professor Jorge Canhoto. Conheça-o melhor e saiba o que pensa acerca das questões mais polémicas, atualmente em discussão, no que respeita à aplicação da ciência na agricultura. Professor Jorge Canhoto, tendo em conta o seu

compatíveis com a importância que têm nas

percurso e as suas áreas de interesse, que obje-

sociedades em que vivemos, importância que não

tivos e prioridades vão estar presentes na sua

se limita a assegurar a produção alimentar, mas

liderança do CiB? Tendo em conta a história do

que também é crucial na gestão dos territórios

CiB, quais as conquistas desta entidade que considera mais relevantes? Como está patente no seu nome, o principal objetivo do CiB é a divulgação da

do interior.

“O CiB tem tido um papel bastante relevante na divulgação de Biotecnologia.”

Numa altura em que muito se fala de sustentabilidade e biodiversidade é importante referir que a Biotecnologia e o Melho-

Biotecnologia, em particu-

ramento de Plantas são

lar da chamada Biotecno-

duas áreas fundamentais

logia Verde, ou seja, aquela mais relacionada com aplicações agrícolas. O CiB tem tido um papel bastante relevante na divulgação de Biotecnologia junto do público em geral, da comunidade escolar e dos agricultores e empresas agrícolas ou

“Importa referir que estes objetivos [Green Deal, Estratégias para a Biodiversidade e Do Prado ao Prato] não vão ser atingidos só com conversa e bonitos planos.”

para assegurar que a agricultura se faz cada vez mais de acordo com os objetivos estratégicos da União Europeia para a biodiversidade e para a agricultura espelhados no Green Deal, Estratégia para a Biodiversidade e Estratégia do Prado ao

agroindustriais. Tem tam-

Prato. Importa referir que

bém procurado alertar os governantes, autarcas

estes objetivos não vão

e outros agentes políticos para a importância da

ser atingidos só com conversa e bonitos pla-

biotecnologia e o seu interesse na implementação

nos. É preciso assegurar que os agricultores e

de uma agricultura amiga do ambiente, capaz de

os industriais possam responder aos objetivos

assegurar a segurança alimentar dos cidadãos e

destas estratégias com as ferramentas que têm

de proporcionar aos agricultores rendimentos

disponíveis. E a biotecnologia disponibiliza de

Jorge Canhoto, Presidente do CiB Licenciado em Biologia e Doutorado também em Biologia (Fisiologia). É Professor no Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra. Faz investigação na área da biotecnologia e melhoramento de plantas e leciona as disciplinas de Biotecnologia Vegetal e Desenvolvimento das Plantas na licenciatura em Biologia. No mestrado leciona Biodiversidade e Biotecnologia Florestal e Embriologia Experimental. É Coordenador do Mestrado em Biodiversidade e Biotecnologia Vegetal da Universidade de Coimbra e responsável pela Divisão de Recursos Genéticos e Biotecnologia da International Society for Horticultural Science (ISHS). É editor de várias revistas científicas, tais como In vitro Cellular and Developmental Biology, Frontiers in Plant Science e Forestry.

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A LIMEN TAÇÃO AN IM A L


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