40 anos – Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas | Corag

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Tarso Genro Governador

Alessandro Barcellos Secretário da Administração e dos Recursos Humanos

,035(16$ 2),&,$/ '2 (67$'2 Vera Oliveira Diretora-Presidente

Dorvalino Santana Alvarez Diretor administrativo, financeiro e comercial

Antonio Alexis Trescastro da Silva Diretor industrial

Conselho administrativo Mari Ivani Oliveira Perusso, Cajar Onesimo Ribeiro Nardes, Carlos Robério Garay Corrêa, José Clóvis de Azevedo, Vera Oliveira

Conselho fiscal Luiz Antonio de Assis Brasil, Antônio Guido Classmann, Luiz Antônio Fernandes Philomena, Maurício Alexandre Dziedrick, Ariane Chagas Leitão

Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas Av. Cel. Aparício Borges, 2199 | Porto Alegre (RS) – CEP 90680-570 Fone: (51) 3288.9700 | www.corag.com.br



Direitos reservados desta edição: Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas – Corag

(48,3( '( 352'8d®2 Organização Vera Oliveira

Colaboradores Maria Helena Bueno Gargioni, Paulo Roberto de Azeredo Sá, Marilu da Silva Madalena, Alfredo Amaro de Souza, José Alberi Rodrigues, Maria da Graça Carollo Rousselet, Diogo Luiz Burille, Juçara Campagna, Alexandre Cunha, Andréa Quevedo Costa, Letícia Sadowski

Revisão Luiz Antônio Neis, Vanessa Muliterno Corrêa

Projeto Gráfico Alex Silva

Imagens Tiago Belinski, Marcos Evangelista

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Biblioteca Pública do Estado do RS, Brasil) Responsável dados técnicos: Maria Helena Bueno Gargioni Q2

40 anos Corag : imprimindo a história do Rio Grande do Sul / organizado por Vera Oliveira. – Porto Alegre : Companhia Rio-Grandense de Artes Gráficas (CORAG), 2013. 124 p. : il. ISBN: 978-85-7770-239-8 1.Imprensa oficial – História – Rio Grande do Sul. 2. Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas – História. I. Oliveira, Vera. CDU 070.481(091)

Catalogação elaborada pela Biblioteca da Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos/SARH. Bibliotecária responsável: Adriana Arruda Flores, CRB10–1285.

Proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização (Lei nº 9.610, de 19.02.98)


Ao ensejo das comemorações dos quarenta anos da Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas – CORAG, cometemos este ato de pura ousadia e determinação. Muito embora todas as dificuldades encontradas, nosso compromisso, em fazer este registro, foi maior. Reunimos os pedaços de um passado que se faz presente, visando reconhecer uma construção que se descortina, diariamente, pelas mãos de muitos que almejam, à luz de novos horizontes, continuar a escrever esta história.

Diretora-presidente da Corag



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Os fragmentos do tempo contêm, em si, o desenho da vida. Resgatá-los, aqui e ali, é tecer a memória; é desnudar a identidade. Este livro é a presença de muitas mãos, mas, também, a ausência de outras. É um rápido e discreto passeio que se confunde com a história de expressão da humanidade, através da escrita e que registra, sob forma de comemoração, os 40 anos colhidos da memória daqueles e daquelas que labutam e labutaram na Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas, ʖ ʛ ʠ ʢʖ ʛ ʖQGɛ Ɉ ʕLVWͭ ʢLɈ Gɛ 5Lɛ *UʋQ ȫ ɏ Gɛ 6ʅ ɗ.


FOTO: Mรกquina dobradeira.


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FOTO: Linotipo, máquina de composição de tipos de chumbo.

como forma de expressão da humanidade, adiante no tempo, ao surgimento da imprensa, aos avanços dos inventos nesta área do conhecimento, aos caminhos da imprensa oficial em terras brasileiras e, a partir daí, os ideais republicanos e seus desdobramentos para a imprensa oficial gaúcha, um tributo àqueles gestores que plantaram as sementes, o ciclo dos quarenta anos comemorados, os colaboradores ‘coraguianos’, missão, visão e valores, os Presidentes da Companhia, nossos serviços, as ações de responsabilidade social e a relevância reconhecida em âmbito nacional. Por último, os projetos contemporâneos que dão início a um novo ciclo da história, que outras mãos haverão de colher, aqui e ali, como hoje o fazemos.

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egistrar uma história, enquanto se é parte da própria história, requer, por primeiro, reconhecer que muitos e muitas, antes, já teceram o caminho e que o caminho, embora em parte não escrito, já se expressou por inúmeras outras possibilidades. Quarenta anos de existência da Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas, ao contrário de ser um todo histórico é, em verdade, um ciclo que traz importantes lições; único e exclusivo; e que, reconhecendo-o, temos a oportunidade de buscar o melhor sentido para a missão que lhe é atribuída. Foi a crença de que memória e identidade estão indissoluvelmente ligadas, a motivação maior para este resgate e este registro. A reunião dos fragmentos encontrados nos conduziram, por primeiro, ao surgimento da escrita,


3$57( , A escrita – expressĂŁo da humanidade O surgimento da Imprensa A Evolução da IndĂşstria GrĂĄďŹ ca Os caminhos da Imprensa OďŹ cial no Brasil

Os ideais republicanos – “A Federaçãoâ€? Jornal do Estado DiĂĄrio OďŹ cial – Estado do Rio Grande do Sul Manoelito de Ornellas

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3$57( ,,, O ciclo em comemoração- 1973-2013

‘Coraguianos’ fazem a HistĂłria e contam histĂłrias Alfredo Amaro de Souza JosĂŠ Alberi Rodrigues Maria da Graça Carollo Rousselet Diogo Luiz Burille Juçara Campagna Alexandre Cunha Nosso norte Galeria de presidentes Sob um olhar feminino


126626 6(59,d26 DOE – Rio Grande do Sul Gerenciamento EletrĂ´nico de Documentos – GED ImpressĂŁo de Segurança

Serviços GrĂĄďŹ cos TipograďŹ a ImpressĂŁo “Offsetâ€? ImpressĂŁo Digital Acabamentos Publicaçþes TĂŠcnicas

$d¯(6 '( 5(63216$%,/,'$'( 62&,$/ Fundação Projeto Pescar Fundação ABRINQ pelos Direitos da Criança e do Adolescente Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos Convênios FAESP e SUSEPE Projeto Jovem Aprendiz

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FOTO: A esposa de Jesus escrita em Papiro.


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desenvolvimento da escrita é responsável pela possibilidade do presente resgate. Surgida em diferentes partes do mundo, a escrita tornou-se um poderoso instrumento para a memória humana. Segundo Amaral (2005), a durabilidade do sinal grafado e a possibilidade de acesso à informação, por um número cada vez maior de pessoas, mudaram profundamente a história da humanidade. A primeira consequência que percebemos no uso da escrita na história é o fato de os indivíduos não precisarem mais estar em comunicação direta para entrar em contato uns com os outros. A segunda é que a escrita instaura um novo modo de comunicação. Ou seja, a escrita ampliou as formas de expressão entre os humanos, facilitando a comunicação e o entendimento do como chegamos ao exercício da democracia. Foi na antiga Mesopotâmia, atual Iraque, cerca de 4.000 a.C., que a escrita ideográfica se desenvol-

veu. Tratava-se de imagens representativas de ideias que vieram, na evolução, em substituição à escrita pictográfica, encontradas ainda hoje, em cavernas no interior do Brasil. Os egípcios contribuíram, quase na mesma época, com a escrita hieroglífica. Os fenícios criaram a escrita fonética (conjunto de sinais que representavam sílabas). Os gregos avançaram, criando a escrita alfabética e, posteriormente (por volta do ano 100 d.C), os romanos constituíram o sistema alfabético greco-romano que deu origem ao nosso alfabeto. A escrita (disponível em webeduc.mec.gov.br, acesso em 22/07/2013) é um método de registrar a memória cultural, política, artística, religiosa e social de um povo. Instrumentaliza a reflexão, a expressão e a transmissão de informações, entre outras necessidades sociais. Com a escrita foi possível a invenção do livro e, especialmente, da imprensa, através da qual a informação ‘ganhou o mundo’.

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FOTO: História da escrita – Jean Christophe.



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Imprensa, como conhecemos hoje, foi uma invenção de Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg, alemão, nascido na Mogúncia, atual Mainz, por volta do ano de 1398 (não existem informações precisas quanto à data de seu nascimento). Gutenberg foi a maior figura da Renascença, uma das épocas mais criativas da humanidade. Segundo Habermas (1984, apud SOUZA, 2003), a imprensa foi a primeira instância mediadora do espaço público, antes concretizado pelos debates em clubes, ruas e praças. Até o século XV a reprodução de textos era feita à mão, uma a uma, por escribas, em materiais como o papiro, linho, algodão e pergaminho. Muito embora os chineses, já no século VI a.C., tenham inventado o papel, foi com a invenção de Gutenberg, em 1438, que a impressão em papel se possibilitou. O invento que revolucionou a comunicação – a máquina impressora ou prelo – foi o aperfeiçoamento

dos rudimentares tipos – pequenos paralelepípedos de cerâmica, com relevos de letras e símbolos – inventados, também pelos chineses, que Gutenberg, aperfeiçoando a prensa tipográfica, criou a forma de reutilização dos tipos para compor diferentes textos – os tipos móveis, com capacidade de imprimir de forma seriada, com uma tinta também fabricada por ele, textos em papel. As ideias começaram a circular. Já era possível compreender o tempo passado e saber sobre lugares nunca visitados, sem ter vivido nesse tempo e nesses lugares. Foi dado o primeiro passo para a democratização da cultura. Gazetas, pasquins e libelos foram os precursores do jornalismo, surgido no século XVII. A circulação de ideias, desde então, esteve presente nas mudanças sociais, no desenvolvimento da educação, nos processos culturais, na democratização da informação, no fomento à livre expressão do pensamento.

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FOTO: Tipos invenção de Gutenberg.



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prelo, inventado por Gutenberg no século XV, foi aprimorado com o passar do tempo. No período compreendido entre 1445 e 1814, o grande avanço evidenciado na evolução das prensas planas tipográficas foi a substituição da força muscular para a utilização do vapor, como força motriz. Por volta de 1812, o invento da prensa plano-cilíndrica representou um significativo avanço em relação ao invento de Gutenberg, especialmente para a produção dos jornais, pois aumentava a velocidade e a capacidade de impressão. A prensa plano-cilíndrica passou a levar o papel para ser comprimido na fôrma plana por meio de um cilindro. Em 1827, Applegarth e Cowper, desenvolveram uma impressora de quatro cilindros, passando a imprimir 4.200 folhas/hora, o que representou um aumento muito expressivo na produção/hora, eis que há menos de 30 anos antes, a capacidade de impressão era de 250 folhas/hora. Robert Hoe, em 1846, aperfeiçoando a máquina impressora, montou um mecanismo de cilindros horizontais, capaz de imprimir até 25.000 folhas/hora. Todos esses processos, até então, necessitavam do acompanhamento de muitos operários – os margeadores – encarregados de colocar e retirar as folhas da máquina, depois de impressas. O uso do papel em bobinas foi inventado, na sequência, para dispensar os operários margeadores, mas

a plena mecanização das prensas tipográficas só se deu em 1872, com a rotativa tipográfica, promovendo a renovação da imprensa. A partir daí, outras técnicas foram desenvolvidas, tais como a utilização industrial da litografia – para a impressão de imagens –; a cromolitografia – para a impressão de desenhos coloridos –; a fotogravura – para a reprodução de fotografias –; a impressão offset – processo cuja essência consiste em repulsão entre água e gordura –; a xerografia – processo de reprodução de imagens e/ou texto, mediante a utilização de máquina fotocopiadora –; jato de tinta – sistemas dotados de uma cabeça de impressão com centenas de orifícios que despejam milhares de gotículas de tinta por segundo, comandados por um programa que determina quantas gotas e onde deverão ser lançadas as gotículas e a mistura de tintas –; e, a impressão digital – impressão que utiliza recursos da informática, usando como matriz um arquivo digital, sem fotolitos ou chapas. O século XIX é responsável pela formação de uma indústria gráfica, como a que conhecemos hoje; especialmente a introdução da fotografia e o desenvolvimento de técnicas fotográficas, propiciaram o aumento da qualidade visual dos textos impressos. A introdução dos meios digitais, na década de 1970, muito contribuíram para a criação e produção gráfica. O universo gráfico se tornou mais amplo e mais complexo.

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FOTO: Prensa tipográfica (Printing Press) – Invenção notada à Johannes Gutenberg.



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imprensa escrita chegou ao Brasil, juntamente com a Coroa Portuguesa, em 1808. Até então, por ordem de Dom João V, estavam proibidas as tipografias no Brasil. O Correio Brasiliense, ou Armazém Literário, editado por Hipólito José da Costa, impresso em Londres, foi o primeiro jornal a circular no País, então Colônia Portuguesa. O jornal, em fascículos, teve a proibição de sua circulação decretada, não só na Colônia, como também em Portugal, em razão dos artigos que condenavam a aristocracia parasitária do Reino e a exploração econômica de Portugal em relação ao Brasil, assim como, pregavam a liberdade de expressão e a independência do Brasil; circulou clandestinamente no Brasil e em Portugal até 1822. Dom João VI chega ao Brasil em janeiro de 1808, refugiando-se aqui com a família real, devido à invasão napoleônica. Em 31 de maio do mesmo ano, inaugura a primeira tipografia instalada legalmente em terras brasileiras – a Imprensa Régia – que funcionou, inicialmente, com dois prelos de madeira e vinte e oito caixas de tipos. Em 10 de setembro de 1808, passou a circular o primeiro jornal impresso no Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro, dando publicidade a atos normativos e fatos relacionados à família real. Hoje, a então Imprensa Régia, é a Imprensa Nacional, através da qual foi editado e impresso, em 1º de outubro de 1862, o primeiro exemplar do Diário Oficial da União.

A Imprensa Oficial de Minas Gerais – a mais antiga do País – foi fundada em 08 de abril de 1822, ainda no período do Brasil Reino, sob a regência do Príncipe Dom Pedro. No período do Brasil Império – 1822 a 1889 – foram criadas as Imprensas Oficiais dos Estados de Goiás (16/03/1837), Mato Grosso (14/08/1839) e Rio Grande do Norte (1º/07/1889). A partir do advento da República, em 15 de novembro de 1889, as demais Imprensas Oficiais foram criadas: Espírito Santo e Pará – 1890, São Paulo – 1891, Amazonas – 1892, Paraíba – 1893, Sergipe – 1894, Alagoas – 1896, Maranhão – 1900, Piauí – 1910, Bahia – 1912, Pernambuco – 1926, Rio de Janeiro – 1931, Ceará e Rio Grande do Sul – 1933, Santa Catarina – 1934, Roraima – 1944, Amapá – 1945, Paraná e Rondônia, 1947, Mato Grosso do Sul – 1979 e Tocantins – 1989. As Imprensas Oficiais não são constituídas da mesma forma jurídica; cada Estado adotou a forma que entendeu mais adequada: Departamento, Superintendência, Fundação, Autarquia ou Empresa, entretanto, todas elas têm como principal missão editar, imprimir e publicar o Diário Oficial, cumprindo com a finalidade precípua de tornar públicos os atos da Administração. Paralelamente, as Imprensas Oficiais desempenham outras atribuições de interesse público, vinculando a sua capacidade de produção gráfica, especialmente, ao desenvolvimento da cultura literária e da educação, junto à população do seu Estado.

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FOTO: Primeira edição do D.O.U, publicada em 1 de outubro de 1862.



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Federação, veículo de divulgação dos ideais políticos do Partido Republicano Rio-grandense, liderado por Júlio de Castilhos, é o que podemos chamar de “semente” do Diário Oficial do Estado, na então Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Aprovado no Congresso do Partido em 1883, teve sua primeira edição circulando em 1º de janeiro de 1884. Seu primeiro diretor de redação foi Venâncio Aires; rebatia os argumentos monarquistas e lutava pela emancipação dos escravos. Posteriormente, “A Federação” passou a funcionar como veículo de difusão dos atos oficiais do Governo do Estado, embora fosse uma entidade de direito privado. Em 16 de setembro de 1886, (disponível em Wikipedia.org., acesso em 26/07/2013) a primeira lista telefônica de Porto Alegre foi publicada; a Companhia União Telefônica do Brasil comunicava sua instalação na cidade e dava a lista dos primeiros assinantes (setenta e duas pessoas), com predomínio de firmas co-

merciais, médicos e figuras importantes da sociedade local. No seu auge, na década de 1910, chegou a uma tiragem de dez mil exemplares por dia. Em 1933, o jornal “A Federação” foi adotado

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como Diário Oficial do Estado por Decreto do Interventor Federal José Antônio Flores da Cunha (Decreto de nº 5.240 de 12 de janeiro de 1933). A transformação do “A Federação” em Diário Oficial foi, basicamente, uma consequência dos acon-

FOTOS: A esquerda jornal A Federação 14 de julho de 1884 – a direita Vitral com o nome do jornal A Federação em sua antiga sede.



A “adoção” ocorrida em janeiro de 1933, porém, não alterou a situação jurídica do jornal, o qual continuou a ser o órgão de um partido – Partido Republicano Liberal – funcionando, simultaneamente, como Diário Oficial. Em julho de 1934, contudo, a situação se modifica. Através do Decreto nº 5.644, de 12 de julho de 1934, a empresa de “A Federação” passa a ser propriedade do Estado e fica criada a Imprensa Oficial do Estado do Rio Grande do Sul que, em 11 de maio de 1935, pelo Decreto 5.917, tem o seu regulamento aprovado. Com a instauração do Estado Novo, no Governo Getúlio Vargas, em 10 de novembro de 1937 e, por ordem do Interventor Federal Gen. Daltro Filho, são extintos o “Diário Oficial” e “A Federação”. Instaura-se um período de censura aos meios de comunicação.

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tecimentos políticos que se sucederam à Revolução de 1930. Como órgão do Partido Republicano do Rio Grande do Sul, colocou-se “A Federação” ao lado do movimento de 03 de outubro. Divergências surgidas, porém, no seio daquela agremiação política, em torno da orientação seguida pelo governo federal, vão determinar uma cisão entre os liderados por Borges de Medeiros e os que seguiam orientação do Interventor Federal no Estado, Gen. Flores da Cunha, que permanecera ao lado do então Presidente Getúlio Vargas. Desta cisão vai resultar a criação do Partido Republicano Liberal, sob a chefia de Flores da Cunha, e do qual “A Federação” passa a ser porta-voz. Desde suas origens, caracterizara-se “A Federação”, pelo destaque dado à publicação de matérias de natureza administrativa, fato que, evidentemente, se acentuou com a proclamação da República e a sua passagem de órgão de oposição para órgão de situação.

FOTO: Inauguração do Diário Oficial em sua antiga sede, hoje o Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa.



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m 1937, com a extinção do “Diário Oficial” e “A Federação”, foi criado o “Jornal do Estado” (Decreto nº 6.853, de 18 de novembro de 1937) que, sob a direção de Emilio Kemp, passou a veicular tão somente assuntos administrativos, tais como planos, obras, viagens e visitas de autoridades, artigos e reportagens sobre órgãos oficiais. Em 31 de março de 1939, Manoelito de Ornellas assume a direção do jornal, ampliando as suas dimensões e o seu espectro político, passando, então, a ser veiculado o noticiário nacional e internacional, assim como, cobertura das atividades artísticas, culturais e esportivas. Encaixado no seu corpo o noticiário oficial, com página própria às publicações do Poder Judiciário. O parque gráfico é modernizado e ampliado. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial (setembro de 1939) o Jornal do Estado sofre sérias restrições. A 14 de julho de 1942, uma nota informa à população que, a partir do dia seguinte, o Jornal do Estado, não mais circularia.

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JORNAL DO ESTADO Diretor: Manoelito de Ornellas Gerente: Timóteo Freitas ANO V – Porto Alegre, Terça-feira 14 de julho de 1942 – nº 1.365

´-251$/ '2 (67$'2µ Por decreto nº 575, datado de hoje, o Governo do Estado determinou suspender a publicação do “Jornal do Estado”, passando a Imprensa Oficial a editar, somente o “Diário Oficial”, no qual serão insertos todos os atos oficiais e todo o expediente do Governo do Estado, das entidades autárquicas e os decretos e atos do Governo da Republica, de caracter geral ou de interesse especial do Rio Grande do Sul, bem como o “Diário da Justiça”. O referido decreto amplia ainda as possibilidades industriais da Im-

prensa Oficial, que passará com suas novas e moderníssimas instalações mecânicas a suprir ao Governo do Estado de material necessário às suas repartições inclusive as autarquias administrativas e, eventualmente, as prefeituras municipais. O Decreto em apreço, mantém, respectivamente, na direção e gerencia deste departamento, os nossos Manoelito de Ornellas e Timóteo Freitas. A província que acaba de tomar o Governo do Estado, é medida que encontra, ainda, plenas justificativas na

premente crise de papel por que atravessamos, em face do conflito universal. “O Jornal do Estado” no encerrar o seu ciclo de colaboração, dentro do brilhante panorama da atual imprensa do Rio Grande, falo na certeza de ter cumprido seus deveres de patriotismo, defendendo sempre com ardor as grandes causas da nacionalidade e mantido o melhor espírito de camaradagem entre os seus ilustres colegas, aos quais deixa aqui, bem como aos seus inúmeros leitores, seus mais sinceros agradecimentos.

FOTO: Jornal do Estado – 10 de junho de 1939.



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anoelito de Ornellas, mesmo com a extinção do “Jornal do Estado” permanece na direção da Imprensa Oficial (07/1943 – 03/1943), seguido de Timóteo de Freitas (04/1943 – 02/1950), Mario Vieira Marques (03/1950 – 01/1951), Miguel Rodrigues (02/1951 – 01/1955), Túlio Fontoura (02/1955 – 09/1959), Miguel Rodrigues (10/1959 – 02/1963), Joaquim Garcez de Moraes (03/1963 – 07/1964), Plínio José Bertaso (08/1964 – 03/1965), Homero Pinto Guerreiro (03/1965 – 09/1971) e Mário Masson Nogueira (10/1971 – 10/1973).

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Em 1950, sob a direção de Timóteo de Freitas, a Sede do Diário Oficial sofreu violento incêndio, inutilizando completamente as instalações do velho prédio, na esquina da Rua Caldas Júnior. Os setores do jornal foram distribuídos, precariamente, em vários locais: a Administração foi instalada na Av. Duque de Caxias; o Setor de Obras foi para a Rua 7 de Setembro; e o Setor de Jornal para o colégio Parobé, sendo que a impressão do Diário Oficial passou a ser feita nas oficinas do então “Jornal do Dia”, eis que a rotativa restou avariada pelo sinistro. Após uma série de estudos visando à obtenção de um novo local para a instalação do “Diário Oficial”, optou o Governo pela restauração e ampliação do antigo prédio, cuja estrutura, pela sua solidez, havia sobrevivido às chamas. Em relação à recuperação da sua capacidade de organização e funcionamento, durante a administração de Mário Vieira Marques (1950/1951), estudos foram feitos no sentido de transformação da Imprensa Oficial numa Autarquia, mas restaram frustrados, se encaminhando, finalmente, em 1961 (Decreto de nº 12.622), pela criação do Departamento de Imprensa Oficial da Secretaria do Interior e Justiça, mais tarde passando à Secretaria da Administração (Decreto 18.607, de 03 de agosto de 1967). Enquanto Departamento de Imprensa Oficial, período compreendido entre 1961 a 1973, os serviços foram reorganizados, novos equipamentos foram adquiridos, mas a Imprensa requeria espaço mais amplo do que o antigo prédio, mesmo recuperado, podia oferecer. Foi dado início ao projeto para a construção de uma nova sede, que até hoje abriga a Imprensa Oficial do Estado.

FOTO: Composição de jornais – Diário Oficial 11 de setembro de 1973 e abaixo o jornal nos dias de hoje.



Brasileiro, gaúcho nascido em Itaqui, no ano de 1903. Em 1939, foi o primeiro Presidente do “Jornal do Estado”. Professor no ensino superior, redator e colaborador de diversos jornais, Diretor da Biblioteca Pública do Estado, da Imprensa Oficial, do Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda e do Arquivo Público. Recebeu o Prêmio Joaquim Nabuco da Academia Brasileira de Letras pela obra Máscaras e murais de minha terra (1965). Suas obras são: Rodeio de estrelas (1928), Arco-íris (1930), Vozes de Ariel (1939), Tiaraju (1948), Símbolos Bárbaros (1940), Gaúchos e beduínos (1948) e Máscaras (1966), entre outras. Faleceu em 1969.

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8ə ʤ ʢɵ ʍXWɛ ˋʡ ɂ ɰ ȵHɡ ȰHVWʝȾHɡ ʡ ɂ ɏ ɿOʋQWʋUʋ ə Dɡ ȿ ʑ ȷ ʑQ ɀHɡ Através de Manoelito de Ornellas, prestamos nossa homenagem a todos os gestores da Imprensa Oficial do Estado do Rio Grande do Sul que percorreram os caminhos semeando o futuro, cujo ciclo dos últimos 40 anos comemoramos.

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m março de 1970, por iniciativa do então Secretário da Administração Hélio de Souza Santos, ao lado de Homero Pinto Guerreiro, diretor da Imprensa Oficial, anuncia, publicamente, o projeto para a nova sede na Av Cel. Aparício Borges e refere-se ao projeto de lei que transformaria o Departamento de Imprensa Oficial em uma Empresa. Aos 11 dias do mês de setembro de 1973, pela Lei nº 6.573, foi constituída a CORAG – &ʝʛSɈ ɻ ʕLɈ 5Lɛ ʔUʋQȫ ʑQȿ ɏ ȫ ɏ $Ԯ Hɡ *UΈ£ FDɡ –, Sociedade de Economia Mista e Capital Autorizado, sob a supervisão da Secretaria de Recursos Humanos. A esse processo de transformação de “Departamento” integrante da Administração Direta, para uma Sociedade Anônima, destaque deve ser dado aos incorporadores, Dr. Mário Bernardo Sesta (Subchefe da Casa Civil), Dr. Pércio Kappel Vogel (Coordenador da Casa Civil) e Sr. Mário Masson (Diretor da Imprensa Oficial), assim como, à primeira diretoria eleita, em Assembleia realizada em 04 de setembro de 1973, Sr. Mario Masson Nogueira, para o exercício da Presidência e ao Sr. Pedro Paulo de Azambuja, na qualidade de Diretor Administrativo. Dr. Rogério Nonnenmacher foi designado para

exercer o cargo de Diretor Industrial mais tarde, em 31 de dezembro do mesmo ano. Sob a direção do Sr. Mario Masson Nogueira, seu primeiro Diretor-Presidente, a Companhia tinha como meta ser uma empresa-padrão no campo das artes gráficas e, para tanto, a ordem foi a substituição de todo o equipamento que não se enquadrasse dentro dos mais modernos requisitos da técnica. À época, a CORAG editava, imprimia, publicava e distribuía o Diário Oficial do Estado, o Diário da Assembleia, o Diário da Justiça e o Diário de Indústria e Comércio. A efetiva ocupação da nova sede, um prédio com área de 10.600 metros quadrados, situado na Av. Aparício Borges, nº 2199, se deu em 11 de outubro de 1973. Menos de um ano após, em 11 de maio de 1974, os funcionários fundam a Associação dos Servidores da CORAG – ASCORAG – e inauguram o restaurante da Companhia. A sua trajetória, nesses 40 anos, é melhor contada por quem, desde a sua fundação, aqui permanece, contribuindo para o alcance dos objetivos propostos, com dedicação e capacidade de adaptação às exigências, de um mundo sempre em transformação.

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FOTO: Março de 1970, secretário apresenta onde seria construída a nova sede da Imprensa Oficial do Estado..


FOTO: Colaboradores da Companhia Rio-grandense de Artes GrĂĄďŹ cas


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Coraguiano – é um adjetivo, ainda não reconhecido oficialmente pela nossa língua pátria, mas adotado, de forma carinhosa, pelos servidores da CORAG. O termo tem o significado de pertencimento, sentimento que, ao longo desses 40 anos foi incorporado na cultura daqueles que, com orgulho, trabalham para produzir o melhor do seu ofício à sociedade gaúcha.



NASCIDO EM TORRES/RS, NO DIA 21 DE ABRIL DE 1940 LOTADO NO SETOR DE MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS

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Entrei para a Imprensa Oficial no ano de 1960, na condição de aprendiz de mecânico de linotipo, hoje fora de uso, né?! Trabalhava no prédio da Caldas Júnior, onde é o Museu de Comunicação. Lá era feito o jornal e livros. O jornal era diário; mesmo que tivéssemos que trabalhar a noite inteira, no dia seguinte o jornal tinha que estar nas ruas. Era tudo digitado em linotipo. Tínhamos 26 máquinas; 20 dedicadas a fazer o jornal e as demais para a confecção de livros e outros materiais gráficos. O linotipista fazia a composição em chumbo para, após, ser paginado na rama (espécie de caixilho que se amarra para apertar as folhas) e submetido à revisão. As necessárias correções eram encaminhadas a um funcionário, cuja função era fazer as emendas através de uma nova composição até que a prova ficasse perfeita. O molde era feito em papel ‘Flan’, onde as letras ou imagens eram gravadas em baixo-relevo. A impressão em papel jornal, finalmente, era feita nos cilindros da rotativa.Esse processo foi sendo substituído pelo fotolito; a imagem era fotografada e reproduzida em offset. A equipe de funcionários era bem numerosa; o processo requeria cerca de 700 funcionários, entre linotipistas, paginadores, revisores, gravadores, pessoal de manutenção e administrativo.



NASCIDO EM SANTA MARIA/RS, NO DIA 11 DE SETEMBRO DE 1957 LOTADO NO SETOR DE GERENCIAMENTO ELETRÔNICO DE DOCUMENTOS – GED

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Comecei a trabalhar na Imprensa Oficial em junho de 1973, como aprendiz de encadernação; depois, passei pelo setor de corte e, mais tarde, pela impressão fotomecânica. O processo de fotolito, já em desuso, consistia em fotografar, retocar, montar, gravar a chapa e sensibilizá-la com um produto químico aplicado por duas vezes. A fotomecânica, com os avanços tecnológicos, foi sendo substituída pelo CTP (Computer-to-Plate), máquina onde o arquivo é gravado diretamente na chapa através de “laser”. Como todo o processo de modernização, esse também assustou o pessoal. Novas tecnologias dispensam as pessoas e isso gera, como à época gerou, desconforto, insegurança, pavor pela possibilidade do desemprego.



NASCIDA EM PORTO ALEGRE/RS, NO DIA 30 DE MARÇO DE 1956 LOTADA NO SETOR DE CONTRATOS

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Iniciei o trabalho na Imprensa Oficial no ano de 1974, fazendo o serviço de revisão. Na composição em chumbo, feita com os linotipos, era passado um rolo envolvido em tinta e prensado em papel, para possibilitar a revisão. Esta, era feita com retranca, ou seja, uma pessoa lia, em voz alta, o que estava escrito no papel e a outra acompanhava a composição linotípica. Quando se apresentava algum erro, o alerta era dado e a correção era apontada. Trabalhávamos em três turnos e, à época, chegamos a ser uns 40 revisores. A CORAG foi palco de muitas histórias. Na minha área, a Revisão, lembro de um fato que, apesar de hoje parecer pitoresco, foi um horror: o nome do Governador, Sr. Jair Soares, foi impresso no expediente como Jair Rodrigues, cantor famoso na época.



NASCIDO EM ARVOREZINHA/RS, NO DIA 02 DE FEVEREIRO DE 1958 LOTADO NO SETOR DO DIÁRIO OFICIAL

Foi na condição de “office boy”, junto ao Departamento de Compras da CORAG, que em 1975, comecei as minhas atividades no mundo do trabalho. Tudo cheirava a novo. As instalações, o mobiliário e os equipamentos ainda passavam por ajustes. Algumas máquinas ainda aguardavam por ser instaladas, outras aguardavam a liberação alfandegária. À época, a Corag era referência nacional em tecnologia. Dispunha de quase uma dezena de impressoras “offset” novas, uma impressora rotativa de oito unidades para produção em cores, em alta velocidade, alceadeira, costuradeiras, dois computadores encarregados de decifrar os extensos rolos de fitas perfuradas, converter em texto e, finalmente, impresso em papel fotossensível. A Corag era pura modernidade; pura tecnologia. Ao lado da modernidade, resistiam as centenárias máquinas Linotipo e as pesadas tipográficas. A condição de “office boy” me ajudou na familiarização com os processos produtivos, e o curso profissionalizante de jornalismo contribuiu para o desenvolvimento do gosto pela área do jornal. Em 1992, assumi a chefia da Divisão de Publicações e Assinaturas. Na ocasião, a Corag produzia, além do Diário Oficial, o Caderno da Indústria e Comércio, o Diário da Justiça Estadual, Justiça Federal, Justiça do Trabalho de 1ª e 2ª Instâncias, assim como o Diário da Assembleia. Por volta do ano 2001, passamos a produzir, também, o Diário Oficial do Município de Porto Alegre. Como o volume de matérias era grande, o recebimento se dava das mais variadas formas, predominando a entrega em balcão, mais tarde por via postal e “fac-símile”. Os textos eram produzidos na origem, com uso das tradicionais máquinas de datilografia. Dada a dificuldade apresentada pelas variadas formas de apresentação das matérias enviadas, logo foi criado o setor encarregado de digitar as matérias em laudas padronizadas – era o Setor de Datilocomposição. Superando essa fase, no ano 2000, iniciam-se os estudos para a produção do “site” da Corag, que veio a ser um marco na história de automação do Diário Oficial – a transmissão eletrônica de documentos. Com o advento da Constituição de 1988 e o desenvolvimento da rede lógica, os outros Poderes passam a produzir as suas próprias publicações e, hoje, a Corag é responsável pelo Diário Oficial – Caderno do Governo, através do qual veicula os Atos do Poder Executivo e, pelo Caderno de Indústria e Comércio. Este é o universo pelo qual respondo na gerência, desde 1º de junho de 2012.

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NASCIDA EM VIADUTOS/RS, NO DIA 19 DE JANEIRO DE 1963 LOTADA NO SETOR DE EDITORAÇÃO

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Fui admitida na Corag em 17 de junho de 1981, para fazer a digitação do jornal. O trabalho era feito em máquinas elétricas, mediante gabaritos ou medidas certas, conforme as colunas. A digitação das matérias recebidas se fazia necessária, porque vinham pelo Correio e fora dos padrões do jornal. Esse trabalho era chamado de datilocomposição. Após digitado, o material era submetido a um dos 36 revisores em trabalho à época, que fazia os apontamentos em relação a erros ou supressões, de forma manual. O material com os apontamentos feitos, retornava e, com o corretor da própria máquina, os erros eram sanados. Esse processo evoluiu para a fotocomposição, em terminais MDT e, hoje, as matérias já são recebidas digitadas e praticamente prontas, para que façamos apenas a adequação das mesmas aos padrões de espaço do jornal. Embora não esteja trabalhando mais no jornal, quando se faz necessário, coloboro, pois domino todo o processo de elaboração do mesmo.



NASCIDO EM PORTO ALEGRE/RS, NO DIA 21 DE JULHO DE 1961 LOTADO NO SETOR DE MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS

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Entrei na Companhia, em 05 de agosto de 1982, como Mecânico Gráfico. Antes disso, acompanhando meu pai – Seu Benjamin, funcionário da Casa – eu já andava de skate por todo o parque gráfico, enquanto ele fazia os levantamentos e medições para a instalação da rotativa e de outras máquinas que chegavam. Lembro que, por um erro de cálculo, foi necessário rasgar a laje do piso superior para que a torre pudesse ser acomodada na altura devida. Todo o processo de compra, transporte marítimo, desembaraço, tentativas de montagem frustradas, rodagem dos cadernos de prova, capacitação de pessoal, formação de equipe de laboratório, fotocomposição e fotomontagem e instalação final, demorou de 1978 a 1981, quando, efetivamente, o jornal foi plenamente rodado aqui. Enquanto isso, ainda nos socorríamos dos linotipos. Quando entrei na Companhia, em 1982, éramos em três pessoas, no serviço de manutenção; mais tarde, chegamos a ser cinco mecânicos e oito na área elétrica, o que favoreceu muito a conservação, não só da rotativa, como das demais máquinas. Hoje, a equipe está reduzida e, por isso precisamos terceirizar a manutenção para algumas máquinas. Especialmente a rotativa, máquina que roda o Diário Oficial, recebe da equipe interna uma atenção toda especial, pois uma pane certamente comprometeria a impressão do mesmo. Esta é uma máquina que, se continuar bem cuidada, terá, ainda, uma vida útil pelos próximos 20 anos. Eu aprendi a respeitar e ter profundo sentimento de amizade com aquilo que, aparentemente, é um monte de ferro, mas que mantém a folha de pagamento de muita gente, me deu a formação que tenho, me permitiu constituir uma família; é parte da minha história, da história de todo mundo aqui.



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Da Lei nº 6.573, de 05 de Julho de 1973: “Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 66, item IV, da Constituição do Estado, que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte: Art. 1º – É o Poder Executivo autorizado a constituir uma sociedade anônima, de economia mista e capital autorizado, sob a denominação de CORAG – Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas, com objetivo de executar serviços gráficos em geral, e atividades correlatas, nomeadamente editando o Diário Oficial do Estado, o Diário da Assembléia, o Diário da Justiça e o Diário de Indústria e Comércio. (...) Palácio Piratini, em Porto Alegre, 05 de julho de 1973. Euclides Triches, Governador do Estado do Rio Grande do Sul”

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A história da CORAG se encarrega de testemunhar a constante busca pela modernização do seu parque gráfico e do seu modelo de gestão, sustentados por uma política de qualidade, para satisfazer às necessidades dos seus clientes, investindo em tecnologia avançada e na qualificação e capacitação dos seus colaboradores, visando fornecer serviços com qualidade e confiabilidade.

FOTO: Impressora tipográfica.



São as crenças e as atitudes da Empresa que lhe conferem personalidade, que definem a sua ética. A definição dos valores e a sua vivência prática no dia a dia possibilitam à Empresa o desenvolvimento de processos internos mais significativos e a sua diferença aos olhos do público externo. São os valores da CORAG: Compromisso com o Estado do Rio Grande do Sul – sendo o Estado o subscritor da maioria das ações da Companhia, tem ela, de forma pública e escrita na Lei que a constituiu, o compromisso de bem cumprir com os seus objetivos.

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Gestão de Qualidade – buscando: Aumentar a satisfação e a confiança dos nossos clientes Aumentar a produtividade Reduzir os custos internos Melhorar a imagem e os processos de modo contínuo Possibilitar o acesso a novos mercados Humanização nas Relações de Trabalho – construindo um relacionamento capaz de conquistar e envolver as pessoas no processo de trabalho, entendendo as suas necessidades e envolvendo-as num ambiente de satisfação que impulsionam a produtividade e a criatividade. Transparência pública – contribuindo para o fortalecimento da democracia e o desenvolvimento da cidadania. Compromisso Social – preservando os recursos ambientais e culturais para as futuras gerações, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.


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Em conformidade com o Artigo 3º da Lei nº 6.573, de 05 de julho de 1973 – lei que autorizou a constituição da Companhia, “a CORAG – Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas será administrada por uma Diretoria composta de 3 (três) membros, todos com mandato de 4 (quatro) anos, eleitos em Assembleia Geral”. Ocuparam o cargo de Diretor-Presidente da CORAG:

MÁRIO MASSON NOGUEIRA 1973 A 1974 BRASILEIRO, NATURAL DE SÃO SEBASTIÃO DO C AÍ/RS

ANTÔNIO SETEMBRINO DE MESQUITA 1975 A 1979 BRASILEIRO, NATURAL DE MOSTARDAS/RS

CECÍLIO PEREIRA FILHO 1979 A 1981 BRASILEIRO, NATURAL DE URUGUAIANA/RS

HOMERO PINTO GUERREIRO 1981 A 1987 BRASILEIRO, NATURAL DE VACARIA/RS

ADVOGADO

ADVOGADO

ADVOGADO E JORNALISTA

JORNALISTA

NESTOR CARLOS FEDRIZZI 1987 A 1988 BRASILEIRO, NATURAL DE C AXIAS DO SUL/RS

MARIO GARCIA FLORES 1988 A 1989 BRASILEIRO, NATURAL DE SANTIAGO/RS

ANDRÉ NIVALDO IAGER SOARES 1989 A 1990 BRASILEIRO, NATURAL DE URUGUAIANA/RS

JORNALISTA

CONTADOR

ADVOGADO

JERÔNIMO CARLOS SANTOS BRAGA 1990 A 1991 BRASILEIRO, NATURAL DE PORTO ALEGRE/RS BACHAREL EM COMUNICAÇÃO SOCIAL


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ÁLVARO PETRACO DA CUNHA 1991 A 1995 BRASILEIRO, NATURAL DE PASSO FUNDO/RS

LUIZ POMPEU VIEIRA CASTELLO COSTA 1995 A 1997 BRASILEIRO, NATURAL DE SÃO FRANCISCO DE PAULA/RS

GIL SOARES ALMEIDA 1997 A 1999 BRASILEIRO, NATURAL DE SANTA MARIA/RS

GUSTAVO DE MELLO 1999 A 2000

MÉDICO

ADVOGADO

ADVOGADO

ADVOGADO

LUIZ HERON DA SILVA

IRTON BERTOLDO FELLER

MAURO GOTLER

JORGE LUIS DRUMM

2000 A 2003 BRASILEIRO, NATURAL DE L AJES/SC

2003 A 2006 BRASILEIRO, NATURAL DE PAROBÉ/RS

2006 A 2007 BRASILEIRO, NATURAL DE ERECHIM/RS

2007 A 2009 BRASILEIRO, NATURAL DE GRAMADO/RS

PROFESSOR

ADVOGADO

ENGENHEIRO

EMPRESÁRIO

NASCIDO NA REPÚPLICA DO

URUGUAI

LUCIANO DE OLIVEIRA DA SILVA 2009 A 2011 BRASILEIRO, NATURAL DE RIO GRANDE/RS

HOMERO ALVES PAIM 2011 A 2012 BRASILEIRO, NATURAL DE FLORES DA CUNHA/RS

EMPRESÁRIO

ADVOGADO



A força do trabalho feminino, cada vez mais presente na produção econômica e na administração pública, se faz presente, pela primeira vez, na Direção da Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas.

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9ʑUɈ 2ʙ ʖ Ƀ ʑ ʖUɈ, brasileira, natural de Porto Alegre, advogada, funcionária pública, desde julho de 2012 no exercício da Presidência, traz para a CORAG, a lógica feminina, para dentro da lógica masculina, introduzindo a noção de que as relações humanas no trabalho desempenham um papel tão importante quanto às técnicas de produção. De comportamento natural, centrada na essência do feminino, implementa um fazer democrático e cooperativo. Assim, a CORAG, sob a égide dos seus 40 anos, transita do técnico e objetivo para o intuitivo e subjetivo, com valores pautados na seriedade, ética e respeito, ao público interno e externo, características próprias das empresas do nosso tempo, moderna, com missão e visão centradas no presente e voltadas para o futuro.



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obrigatoriedade da publicação dos Atos Oficiais é bem remota. Conforme se conhece, data de, aproximadamente, 100 a.C. quando instituído pelo Imperador Julio Cesar o Acta Diurna Populi Romani, Diário Oficial, manuscrito e publicado em Roma. No Brasil de hoje, o Princípio da Publicidade, consagrado pelo Artigo 37 da Constituição Federal de 1988, juntamente com os demais Princípios da Legalidade, Moralidade, Impessoalidade e Eficiência, constituem o arcabouço que norteou a Assembleia Nacional Constituinte a instituir o Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça, como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos. Também, de acordo com o Artigo 1º, da Lei de Introdução ao Código Civil – LICC –, é formalidade essencial para a eficácia e vigência da lei, a sua publicação no órgão oficial. Como nomeado expressamente na Lei de sua constituição, a CORAG tem como objetivo a edição do

Diário Oficial do Estado. É através da publicação no Diário Oficial que os Atos de Governo ganham eficácia. Todos os processos para a final circulação diária do Diário Oficial, com garantia de sua qualidade, confiabilidade e pontualidade, sofreram constantes aprimoramentos, através dos esforços dos servidores a esse setor dedicados. O recebimento de matérias através do balcão, hoje, se faz “on line”, com os modernos recursos da informática; a paginação do jornal sofreu significativos avanços trazidos por novas técnicas; a fotocomposição foi suprimida; a fotomecânica acompanhou a evolução tecnológica e incorporou a CTP (Computer-to-Plate) no processo de preparação das chapas para a impressão do jornal, ganhando eficiência, salubridade, agilidade e qualidade nas matrizes; finalmente, a rotativa “offset”, em substituição às antigas impressoras, garantiu melhores condições de segurança e certeza de que o jornal circulará diariamente, à disposição da sociedade gaúcha.

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Gerenciamento Eletrônico de Documentos – GED, é uma tecnologia que provê um meio de facilmente gerar, controlar, armazenar, compartilhar e recuperar informações existentes em documentos. O sistema GED permite aos usuários acessar os documentos de forma ágil e segura, via navegador Web por meio de intranet corporativa, acessada interna ou externamente. Documentos formam a grande massa de conhecimentos de uma empresa. O GED permite preservar esse patrimônio e organizar eletronicamente a documentação, para assegurar a informação necessária, na hora exata, para a pessoa certa. O GED lida com qualquer tipo de documentação.

Qualquer tipo de empresa, pequena, média ou grande, pública ou privada, pode usar o GED. Esse serviço avalia as necessidades específicas do cliente e oferece um sistema modular, o que possibilita a implantação gradativa do Gerenciamento Eletrônico de Documentos. Certificado, no ano de 2011, pela Bureau Veritas Certification, em conformidade com a Norma ISO 9001:2008 – Escopo de Fornecimento, o GED desenvolve as suas atividades pautadas na Política de Qualidade desenvolvida pela CORAG:

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“Satisfazer às necessidades de nossos clientes, investindo continuamente em tecnologia avançada e na qualificação e capacitação dos nossos colaboradores, visando fornecer serviços com qualidade e confiabilidade”.



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Unidade Impressão de Segurança é composta por dois centros produtivos, projetados para produção de documentos controlados. Estes setores utilizam softwares desenvolvidos exclusivamente para monitorar todo o fluxo produtivo e produzir documentos, através de equipamentos de última geração, operados por profissionais treinados e qualificados para executar serviços com qualidade, confidencialidade, velocidade e segurança. Estes serviços atendem às necessidades específicas dos clientes, oferecendo uma gama de soluções de segurança para garantir a lisura do processo e monitoramento da produção dos documentos, desde a entrada, em forma de dados até a sua expedição. A unidade de Impressão de Segurança, composta pelos dois centros produtivos, atinge uma média de produção/mês, de aproximadamente setecentos e dez mil documentos. Auditada, uma das linhas de produção já recebeu, em julho de 2013, recomendação da BSI – Brasil Sistema de Gestão Ltda. para a certificação pela Norma ISO 9001:2008 e, a outra, encontra-se em desenvolvimento das normas e das instruções, visando à certificação para o ano de 2014.

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FOTO: Offset do parque gr├бямБco Corag.


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A CORAG segue a sua vocação para os serviços gráficos em geral. Embora dotada de tecnologia gráfica de última geração, não dispensa os recursos tipográficos, ainda em uso para trabalhos especiais.



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ĂŠcnica semiartesanal que preserva peculiaridades impossĂ­veis de serem alcançadas em outras formas de impressĂŁo, como o relevo formado no papel, pela pressĂŁo dos tipos, o que resulta em peças Ăşnicas, ideais para convites, talĂľes numerados, certiďŹ cados, envelopes, capas de livro e CD.



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rata-se de um processo planogrĂĄďŹ co (matriz plana), cuja essĂŞncia consiste em repulsĂŁo entre ĂĄgua e gordura. Processo utilizado para impressĂľes de grande e mĂŠdia quantidades, o offset oferece uma boa qualidade e ĂŠ feito com grande rapidez; uma das formas mais utilizadas para impressĂŁo grĂĄďŹ ca, desde a segunda metade do sĂŠculo XX. Destaca-se por imprimir em variados tipos de papel, assim como em poliestireno. Nas impressoras offset planas sĂŁo utilizadas folhas soltas, apropriadas para imprimir cartazes, livros, fĂ´lderes e folhetos, por exemplo. Na impressora offset rotativa, papel em bobinas, apropriada para a produção de jornais, eis que o processo de impressĂŁo ĂŠ mais rĂĄpido, embora de menor qualidade. Ainda, a rotativa offset bicolor, apropriada para a impressĂŁo de papĂŠis marca d’ågua.



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or esse processo, as informaçþes sĂŁo recebidas de um computador na forma de dados digitais, sem que haja necessidade de gravar qualquer tipo de matriz, para transferĂŞncia dessas informaçþes; diretas do computador para a impressora de produção. A digitalização do processo de prĂŠ-impressĂŁo criou a possibilidade de produção dentro da rede, integrando todas as fases da cadeia grĂĄďŹ ca. Imprimem grĂĄďŹ cos, textos e imagens com perfeita nitidez e garantem economicidade para pequenas e mĂŠdias tiragens. Apropriadas, tambĂŠm, para a produção de etiquetas, selos e adesivos. Um diferencial importante na impressĂŁo digital ĂŠ a possibilidade de impressĂŁo de dados ou imagens variĂĄveis, num mesmo layout, como carnĂŞs, provas, certiďŹ cados e diplomas.

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cabamento ĂŠ o elemento que ďŹ naliza a peça grĂĄďŹ ca; que agrega valor ao material, pela beleza ou pelo seu diferencial. Cabe ao designer criar a solução que melhor atenda a cada projeto grĂĄďŹ co. A CORAG dispĂľe de tecnologia e mĂŁo de obra especializadas para a criação de capas especiais, alto e baixo-relevos, facas de cortes especiais, dobras, vincos, laminação, encadernação espiral, hot melt, grampeado e verniz simulado. No mundo grĂĄďŹ co, o acabamento ĂŠ uma diferença importante para a valorização do produto ďŹ nal.

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pesquisa, organização, edição e impressĂŁo de livros tĂŠcnicos de interesse do Estado, representam um diferencial importante da CORAG. Temos em torno de duzentos tĂ­tulos publicados e disponibilizados Ă sociedade gaĂşcha, na loja da Companhia (Rua Caldas JĂşnior, nÂş 261, Centro, Porto Alegre/RS) e em feiras de livros, em todo o Estado, das quais participamos, anualmente, mencionando, de forma apenas ilustrativa, o Estatuto e Regime JurĂ­dico Ăšnico dos Servidores PĂşblicos do Rio Grande do Sul, o Estatuto da PolĂ­cia Civil, o Estatuto da Brigada Militar, a Constituição Federal, a Constituição Estadual, o CĂłdigo do Consumidor, o CĂłdigo de Proteção contra IncĂŞndio, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei de Licitaçþes, o Estatuto do Idoso, entre muitos outros, mantendo-os rigorosamente revisados e atualizados.

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A coedição ĂŠ, tambĂŠm, destaque, na medida em que obras da maior relevância para a literatura gaĂşcha, sĂŁo objeto de parcerias, assumidas com instituiçþes dedicadas Ă cultura literĂĄria, como a Câmara Rio-grandense do Livro, Instituto Estadual do Livro e a Associação GaĂşcha de Escritores, apenas para mencionar algumas. As obras, alĂŠm da qualidade grĂĄďŹ ca garantida, sĂŁo feitas com extremo rigor, exigido pela PolĂ­tica Nacional do Livro e do Manual do Editor, tais como Ficha CatalogrĂĄďŹ ca, ISBN e CĂłdigo de Barras. Como tambĂŠm exigido pelas normas, dois exemplares de cada obra sĂŁo enviados para depĂłsito legal, junto Ă Biblioteca Nacional, garantindo a sua existĂŞncia no acervo cultural nacional.



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Destaque seja dado aos projetos: Prevenção ao uso de drogas; Programa ambiental; Lazer e entretenimento; Sexo seguro – escolha esta opção; Espaço literário e cultural e Concurso literário. O Concurso literário, já em sua 4ª edição, anualmente, promove entre escolas da comunidade o “Tecendo Palavras, Construindo Ideias” e “Marca Textos, Marca Páginas, Marca Vidas”. Além do envolvimento das crianças (da 1ª a 5ª série do 1º grau) com a produção literária e o gosto pela leitura, direção e professores das escolas envolvidas constroem, em parceria com a CORAG, espaços que trabalham a autoestima e o desenvolvimento da cidadania junto aos pais e familiares dos alunos. As obras, impressas pela CORAG, são lançadas e distribuídas, gratuitamente, na tradicional e maior feira do livro a céu aberto da América Latina – a Feira do Livro de Porto Alegre. Além dos projetos desenvolvidos através do Comitê de Integração Social, a Companhia mantém parcerias, através de Convênios com:

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esponsabilidade Social é uma forma de conduzir os negócios da empresa, de tal maneira que a torna parceira e corresponsável pelo desenvolvimento social. A CORAG é uma empresa socialmente responsável, pois desenvolveu a capacidade de ouvir os interesses dos seus acionistas, funcionários, prestadores de serviços, meio ambiente e comunidade, contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e saudável – é uma empresa cidadã. Tendo constituído o Comitê de Integração Social no ano de 1997, a CORAG vem desenvolvendo, desde então, através dessa Organização interna, atividades sistemáticas que contribuem, significativamente, não só para a melhoria da qualidade de vida e do relacionamento interpessoal do seu público interno, como, de forma extensiva, à comunidade em que se encontra inserida. O Comitê é constituído por funcionários voluntários, que se dedicam, extraordinariamente, ao bem comum.



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Fundação Projeto Pescar é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que tem como missão “Implantar, acompanhar e desenvolver, em organizações socialmente responsáveis, oportunidades de qualificação profissional, desenvolvimento pessoal e cidadania para jovens em situação de vulnerabilidade social”. A CORAG, desde 2006, é uma Organização Parceira da Fundação Projeto Pescar, compartilhando da sua missão de acolher jovens entre 16 e 19 anos, auxiliando-os no seu autoconhecimento e no conhecimento da sociedade, para que tenham condições de fazer escolhas maduras e responsáveis e que agreguem valor a suas vidas. Durante dez meses do ano e, em horário diverso ao do ensino tradicional, os alunos, carinhosamente chamados de “pescandos”, trabalham temas e conteúdos para o desenvolvimento de competências para: considerar o trabalho como um valor moral humano; enfrentar incertezas; compreender atos, fatos e contex-

tos; trabalhar e produzir em equipe; ser democrático, ético e cidadão; aprender a aprender; ser profissional competente; resolver situações-problema; aprender a fazer e fazer aprendendo; comunicar-se e comunicar suas descobertas; desenvolver inteligências múltiplas; favorecer a autoestima e a valorização pessoal e desenvolver o espírito de liderança. Todos os conteúdos e situações de aprendizagem são desenvolvidos por parceiros voluntários, funcionários da CORAG e convidados de outros órgãos. Além da matriz curricular do Projeto Pescar, os “pescandos” recebem da Empresa o Curso de Iniciação Profissional em Serviços Gráficos, possibilitando aos egressos, diversas ocupações no mercado de trabalho, nesse ramo, bem como dar continuidade no seu aperfeiçoamento técnico ou superior, podendo vir a tornarse Técnico em Artes Gráficas ou Designer Gráfico. A CORAG é a única empresa brasileira do ramo gráfico que mantém parceria com o Projeto Pescar.

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“Não se ensina, apenas, aquilo que se sabe ou que se quer ensinar. Ensina-se aquilo que se é”. Jean-Paul Satre



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Fundação ABRINQ é uma entidade civil, de direito privado e sem fins lucrativos, que confere à CORAG o credenciamento de Empresa Amiga da Criança, pelo seu engajamento em ações sociais para a promoção e defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes; pelo seu comprometimento em não explorar o trabalho infantil e não empregar adolescentes em atividades noturnas, perigosas e insalubres; por realizar ações de conscientização dos clientes, fornecedores e comunidade sobre os prejuízos do trabalho infantil; e, por desenvolver ações em benefício de crianças e adolescentes, nas áreas de educação, saúde e assistência.



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Convênio firmado pela CORAG com a FENEIS, visa promover o desenvolvimento da capacidade laborativa dos deficientes, por meio de ações que contribuam para a sua formação profissional e integração no mercado de trabalho, assegurando-lhes oportunidades de desempenhar atividades auxiliares compatíveis com sua condição física e psicológica. A CORAG mantém em seu quadro de colaboradores 34 portadores de deficiência auditiva, no exercício de atividades da área gráfica, precedido de treinamento introdutório quanto ao funcionamento da Empresa e à execução dos serviços de sua responsabilidade.

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A CORAG mantém com a FAESP um convênio de cooperação técnica, visando promover a ocupação profissional dos egressos do sistema penal, que estejam em liberdade condicional ou liberdade total, para a sua inclusão social através da integração no mercado de trabalho.

Atualmente, a Companhia mantém nove egressos, plenamente integrados nas atividades laborativas dos setores de cozinha e limpeza. Por meio de treinamento introdutório e constante aprendizado, os egressos se habilitam para a sua reinserção saudável e produtiva na sociedade.

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O Protocolo de Ação Conjunta, mantido pela CORAG com a SUSEPE, possibilita a utilização de mão de obra prisional do Albergue Feminino de Porto Alegre e da Casa do Albergado Padre Pio Buck, em serviços gerais, técnicos e especializados. Atualmente, 26 alber-

gados trabalham na Companhia, de forma produtiva e satisfatória, em convivência totalmente harmônica com funcionários e clientes, estímulo importante para a sua recuperação e futura inserção na sociedade.



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Projeto Jovem Aprendiz é regulamentado pelo Decreto nº 5.598/2005 com diretrizes curriculares estabelecidas na Portaria MTE nº 615/2007, prevista, ainda, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, a aprendizagem como direito dos jovens entre 14 e 24 anos. De acordo com Carlos Lupi, Ministro do Trabalho e Emprego, “A formação técnico-profissional de adolescentes e jovens amplia as possibilidades de inserção no mercado de trabalho e torna mais promissor o futuro da nova geração. O empresário, por sua vez, além de cumprir sua função social, contribuirá para a formação de um profissional mais capacitado para as atuais exigências do mercado de trabalho e com visão mais ampla da própria sociedade. Mais que uma obrigação legal, portanto, a aprendizagem é uma ação de responsabilidade social e um importante fator de promoção da cidadania e melhor produtividade.”

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formas de divulgação, em nível nacional, quanto aos trabalhos executados pelas Imprensas Oficiais de cada Estado. Foi a primeira reunião da ABIO – Associação Brasileira das Imprensas Oficiais.

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Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas, não é só um orgulho para o povo gaúcho. Nacionalmente é reconhecida e valorizada por suas coirmãs. No ano de 1943, na cidade do Rio de Janeiro, reuniram-se Diretores de várias imprensas oficiais para firmar a intenção de constituírem uma associação em nível nacional, que lutasse pelos interesses que lhes eram comuns. Lá estava Timóteo Freitas, Diretor da Imprensa Oficial do Rio Grande do Sul, juntamente com os representantes da Imprensa Nacional e das Imprensas Oficiais do Amazonas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Sob a Presidência de Rubens Pôrto, então Diretor da Imprensa Nacional, o Encontro tratou, por cinco dias – de 09 a 13 de maio – sobre: padronização de serviços, intercâmbio entre os órgãos de imprensa, aperfeiçoamento dos servidores, política comercial e

Desde então, o Rio Grande do Sul se faz presente nas discussões de interesse comum às Imprensas Oficiais, tendo, por diversas gestões, ocupado cargo de direção na instituição. Atualmente, a Diretora-Presidente da CORAG ocupa, na Diretoria da ABIO, o cargo de Diretora Regional Sul.



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Informática – Desenvolvimento e Implementação de novas Estruturas Lógicas, Equipamentos, Sistemas de Gestão Operacionais e de Controles Administrativos/ Financeiros, bem como de segurança física e de informação dos bancos de dados; Energia elétrica – Modernização do parque de Energia Elétrica, com vistas a adequações econômicas e práticas quanto ao consumo; Rede hidráulica – Modernização da Rede Hidráulica para melhoria da acessibilidade na identificação de vazamentos, bem como na prevenção e redução de riscos;

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Planejamento Estratégico prevê o futuro da Empresa. Com o envolvimento da Direção e dos demais níveis de decisão (assessores, gerentes e coordenadores de área), foram definidos os objetivos organizacionais e definidas as estratégias para o biênio 2013/2014, levando em consideração as condições internas e externas e a evolução esperada, num processo coerente e sustentável. Numa relação direta com a Missão, a Visão e os Valores da Companhia, foram eleitos eixos estratégicos e Projetos decorrentes, que indicam “para onde” e “por onde” se pretende ir. Os dois grandes Eixos Orientadores são: MODERNIZAÇÃO E ADEQUAÇÃO DA INFRAESTRUTURA e GESTÃO DE POLÍTICAS GERENCIAIS. O primeiro Eixo, Modernização e Adequação da Infraestrutura, contempla os seguintes Projetos Estratégicos:

Sistema de exaustão – Melhoria na qualidade do ar do ambiente industrial; Reforma e reestruturação do almoxarifado – Melhoria na Estrutura Física de Armazenamento de Materiais, nos Equipamentos de Manuseio, nos Sistemas de Gestão de Estoque, bem como na conservação e segurança física das pessoas e dos materiais; Reformas prediais visando à acessibilidade – Adequação do ambiente físico da Companhia às normas legais de acessibilidade ao público interno e externo; PPCI – Adequação do ambiente físico às Normas Legais do Programa de Prevenção Contra Incêndio;



Telefonia – Ampliação e modernização da central telefônica visando à melhoria na eficiência e na eficácia do atendimento ao público em geral;

ras e disposições legais aplicáveis aos Riscos Físicos de ruído, vibrações e calor;

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Segurança patrimonial – Instalações de Equipamentos de Segurança para preservação do patrimônio, bem como controle do acesso dos colaboradores e do público em geral às instalações da Companhia;

Renovação de frota de veículos – Modernização e Adequação da frota de veículos da Cia; Segundo pavimento – Reforma e reestruturação das instalações físicas para melhoria e modernização no ambiente de trabalho.

Sistema de ar comprimido das máquinas industriais – Melhoria nos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentado-

O segundo Eixo, Gestão de Políticas Gerenciais, visa à implementação de novos modelos de Gestão Comercial, de Pessoas, de Processos internos, de Segurança das Informações e de ações culturais através de padrões normativos que promovam a melhoria da gestão, em direção à Qualidade Total. A viabilização para a plena implementação de todos os Projetos, se encontra assegurada pelas Autorizações do Excelentíssimo Senhor Governador do Estado, Tarso Genro, à instituição do novo Plano de Empregos, Funções e Salários e à abertura de Concurso Público para o provimento de cento e doze empregos. Com a Resolução CORAG-003/2013, de 25 de junho de 2013, ficou instituído o novo Plano de Empregos, Funções e Salários, e o Concurso Público, para o suprimento dos cargos autorizados, encontra-se em fase preparatória.





Resgatando memórias, novas sementes puderam ser plantadas. Nossa Identidade se desnuda e, ao desnudar-se, nos fortalece, possibilitando a continuidade da caminhada rumo ao futuro, de forma segura, com respeito por todos aqueles que fizeram a história, com gratidão àqueles que auxiliaram no “garimpo”, com a certeza de que somente juntos podemos transformar o mundo em que vivemos. A CORAG – Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas, agradece, pela sua existência, a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram e contribuem para dela fazer uma empresa sólida, qualificada, responsável e motivo de grande orgulho para a sociedade gaúcha. Obrigada!



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%$1&2 '( ,0$*(16 '$ &203$1+,$ 5,2 *5$1'(16( '( $57(6 *5É),&$6 Páginas: 12, 13, 16, 17, 18, 30, 36, 40, 44, 45, 46, 48, 50, 52, 54, 56, 58, 60, 62, 64, 66, 67, 68, 70, 71, 72, 74, 76, 78, 80, 82, 84, 86, 88, 90, 91, 92, 94, 98, 100, 102, 104, 105, 106, 108, 109, 110, 112, 114, 115, 116, 117. )27Ð*5$)26 Tiago Belinski Marcos Evangelista

086(8 '( &2081,&$d®2 +,3Ð/,2 -26e '$ &267$ Página: 34, 38. '(/)26 (63$d2 '( '2&80(17$d®2 ( 0(0Ð5,$ &8/785$/ ² 38&56 Página: 42.

%$1&2 '( ,0$*(16 ² ,17(51(7 Páginas: 22, 23, 24, 26 –http://www.morguefile.com/ Página: 28 – http://i51.tinypic.com/10if6sp.jpg Página: 35 – http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:A-Federa%C3%A7%C3%A3o-vitral.jpg.



Este livro foi impresso pela Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas - CORAG em fontes Ocean Sans Std e GeoSlab 703, corpo 11/16,5 e em papel couchê fosco 230g em setembro de 2013.





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