Revista Nós

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chegassem a um acordo. Jacqueline aponta que “cerca de mil famílias seriam desalojadas, causaria um irreversível dano ambiental, pois muitas árvores seriam abatidas”. Schüller insiste que “as áreas ocupadas pelas comunidades não entrariam na permuta”. Quando assumiu o Estado, em 2011, Tarso Genro começou a regularização fundiária, um processo que inclui medidas jurídicas, ambientais, urbanísticas e sociais para legalizar as moradias. Com a experiência adquirida nesses casos, Jacqueline candidatou-se à presidência do Centro Cultural de Desenvolvimento (CCD). Foi eleita. Ela lembra com emoção do dia em que o “PortoAlegre.cc” foi lançado. A plataforma digital surgida em 2011 tem o objetivo de reunir os cidadãos para discutirem a cidade e elegerem prioridades. Na ocasião, a fundação do Centro Cultural da Zona Sul, que é a principal luta de Jacqueline atualmente, foi o projeto mais votado. Para comemorar, ocorreu um piquenique, no jardim, com a presença de cerca de 150 pessoas. Jacqueline não tira o sorriso do rosto enquanto recorda o evento. Não esconde a satisfação. O objetivo de Jacqueline é a utilização total do espaço localizado na rua Landell de Moura, na Tristeza, como centro cultural, como um ambiente de convivência artística e agradável. A partir da interferência do “PortoAlegre.cc”, o CCD já tinha a estratégia planejada para ocupar todo o espaço, com documentação encaminhada. Já havia conversas

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