MONOGRAFIA TFG

OCUPANDO VAZIOS: O CAMPO NA CIDADE CENTRO DE AGRICULTURA URBANA

OCUPANDO VAZIOS: O CAMPO NA CIDADE CENTRO DE AGRICULTURA URBANA

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU l ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO l NOVEMBRO DE 2016 ALESSANDRA DA SILVA BARBETTA l RA 201200723 l 5º AARM ORIENTADOR: GUILHERME MOREIRA PETRELLA

Dedico este trabalho a todos, que de alguma forma contribuíram para sua realização.

Agradeço primeiramente a minha família pela dedicação e força, pois sem eles eu não estaria aqui.

Ao Caio, pelo companheirismo, amizade, conselhos, e compreensão nas horas em que mais precisei.

Aos meus amigos de longa data e aos que fiz no decorrer do curso, sou grata pela amizade e pelo apoio de todos.

Aos professores e ao meu orientador que me deram base e apoio para minha formação.

E a Deus que colocou pessoas maravilhosas no meu caminho, e permitiu que tudo isso fosse possível.

“Onde não há nada, tudo é possível; onde há arquitetura, nada mais é possível. ” Rem Koolhaas

SUMÁRIO

8.3

PROGRAMA .......................................................................... 37

8.4

QUADRO DE ÁREAS ........................................................ 39

1

INTRODUÇÃO ................................................... 5

8.5

ESTUDOS PRELIMINARES........................................... 40

2

OCUPANDO VAZIOS: O CAMPO NA CIDADE ....... 7

8.6

PERCURSO DE PEDESTRE............................................ 44

3

A CIDADE E O CAMPO ....................................... 8

9

4

AGRICULTURA URBANA .................................. 10

10

MAQUETE ELETRÔNICA .................................. 70

4.1

PERMACULTURA .............................................................. 11

11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................... 82

4.2

CULTIVO HIDROPÔNICO ............................................ 13

4.3

ALELOPATIA ...................................................................... 14

5

DISTRITO DE ARTUR ALVIM ........................... 16 5.1

6

LEGISLAÇÃO ...................................................................... 19 ANÁLISE DO LUGAR ........................................ 22

6.1

USOS PREDOMINANTES DO SOLO ........................ 23

6.2

CHEIOS E VAZIOS........................................................... 24

6.3

EQUIPAMENTOS .............................................................. 25

6.4

TRANSPORTE ..................................................................... 26

6.5

VIAS DE PEDESTRES E FEIRAS LIVRES ............. 27

6.6

OCUPAÇÃO DO VAZIO .................................................. 28

7

ESTUDOS DE CASO ......................................... 32

5

8 PROPOSTA .................................................. 35 8.1 PARTIDO .................................................................................. 36 8.2 PARCERIAS ............................................................................. 36

PROJETO......................................................... 45

1

INTRODUÇÃO

problemas dos dias atuais: a escassa oferta de trabalho em algumas áreas da cidade; a grande

São

Paulo

índices

destruição do ambiente natural para plantações de

populacionais altos. Só na grande metrópole o

alimentos; a monocultura, que ocupa vastas áreas

número de habitantes passou de 11 milhões de

com a plantação de uma única espécie; o aumento de

pessoas, sendo que mais de 3 milhões moram na

uso de agrotóxicos nas plantações agrícolas. Estes são

Zona

população

venenos utilizados com o intuito de afastar pragas, no

metropolitana). Segundo informações da Secretaria

entanto envenenam os alimentos e causam danos à

de Planejamento e Desenvolvimento Regional, a

saúde.

Leste

é

(cerca

uma

de

cidade

17,76%

com

da

População Economicamente Ativa da Zona Leste

Portanto, a relação da urbanização com o meio

representa cerca de 36,6% do PEA do município, e o

ambiente pode ser resolvida através de incentivos

índice do desemprego na região diminuiu comparado

para

ao ano de 2003 passando de 40,6% para 21% em

as

necessidades

da

cidade,

Existem incentivos de algumas subprefeituras para que os habitantes utilizem terrenos vazios para

alimentos através da agricultura urbana, foram resolver

planejamento

planejamento sustentável.

incentivar a economia local com a prática de cultivar

de

O

com a população e por sua vez dialoga com o

objetivo de gerar trabalho para esses moradores,

maneiras

sustentável.

deste problema, uma vez que promove discussões

especificamente da Zona Leste de São Paulo, com o

questionadas

prática

participativo tem o grande potencial para a solução

2012, números relativamente altos.

Analisando

a

os

plantação de alimentos, gerando renda e ao mesmo

grandes

tempo impedindo que o local venha a ter uma 5

ocupação irregular. A ONG Cidades Sem Fome é uma grande

parceira

para

esse

movimento,

desenvolvendo projetos para hortas comunitárias e escolares. A ONG tem como objetivo principal a geração de trabalho.

Um dos métodos de intervenções que vem tomando força nos últimos anos é a Agricultura Urbana

que

se

manifesta

através

de

Hortas

Comunitárias e escolares e neste trabalho se manifestará a partir de um espaço dentro do território urbano no qual a população poderá trabalhar no cultivo alimentos orgânicos em espaços subutilizados ou não utilizados, estufas, e um Centro de Agricultura Urbana, que terá um programa voltado para interação entre as pessoas e oficinas de plantação e culinária para preparação dos alimentos.

6

2

OCUPANDO VAZIOS: O CAMPO NA CIDADE Apesar de ainda ser pouco falado nos dias

atuais, porém sendo usada em algumas áreas da cidade, busco no presente trabalho tratar da Agricultura Urbana como uma indústria geradora de trabalho, propondo um projeto de arquitetura que incentive a agricultura no meio urbano, promova a economia local através do método de cultivar alimentos e qualifique o espaço urbano.

E complementando o objetivo

geral, foram

elaborados objetivos específicos: 1. Produção de alimentos de qualidade sem uso de agrotóxicos e sem agredir o meio ambiente; 2. Capacitar a população para que possam entender e dar continuidade ao método de cultivo; 3. Incentivar a economia local, através de espaços destinados a práticas de feiras livres e de comércio.

7

3

A CIDADE E O CAMPO

A primeira cidade a surgir foi a cidade política (polis) a cidade que é o centro do poder dos homens livres e

A relação entre a cidade e o campo sofreu grandes

já se encontra a divisão social do trabalho. De um lado

mudanças ao longo do tempo. Essas transformações

sacerdotes,

estão relacionadas com os modos de produção, sendo

camponeses e escravos, esta cidade é organizada por

a cidade o local da divisão do trabalho e o campo o local

um vasto território agrícola. Um pouco depois notamos

de produção agrícola onde essa produção faz nascer

a presença da cidade comercial, porem em seu princípio

produtos. Em alguns momentos essa relação foi

banindo o comércio para as suas periferias, locais que

conflitante e em outros foi considerada pacifica.

eram destinados para a troca, feiras e mercado

Atualmente

a

relação

de

cidade-campo

que

circula

a

cidade,

sendo

centro

militares

de

outro

artesãos,

intensificando a troca e comércio estre as cidades.

se

transforma. Nos países industriais a exploração do campo

chefes,

Aos

poucos

a

riqueza

vai

deixando

de

ser

de

apenas imobiliária, pois o comércio permite com que

acumulação do capital, dá lugar a uma forma de

haja o acúmulo de riqueza. A relação agrícola com a

dominação e de exploração, o que torna a cidade o

cidade é afastada neste momento e se dá mais

centro de decisão. A cidade que está em expansão toma

importância para a produção artesanal. Chega um

o lugar do campo, tirando de si o seu produto. A vida

momento crítico em que a produção agrícola recua e da

urbana tira da vida camponesa os seus elementos

lugar aos artesanatos e a produção industrial, ao valor

naturais como os seus artesanatos.

de troca.

8

Léfèbvre caracteriza a cidade industrial como um momento

de

grandes

concentrações

urbanas,

chegando o momento em que a cidade invade o campo, que agora é tido como um lugar de atraso, porém a cidade não é mais vista como um lugar de liberdade.

Agora com a industrialização, a cidade se tornou lugar de espaço e tempo de má qualidade, que agora são gastos agora com locomoção entre trabalho e casa.

O processo de transição entre a população urbana e a camponesa é um fato recente ocorrendo nos últimos três séculos até os dias de hoje. Quando as cidades surgem no campo e invadem as áreas rurais ela leva junto suas qualidades e sua relação com a cidade.

9

4

AGRICULTURA URBANA

com

a

época

o

seu

modo

de

produção,

da

industrialização.

“Quando a Agricultura e a Indústria surgiram, as O espaço para compra e venda dos alimentos

pessoas, puderam contar cada vez mais com as

também foi sendo modificado ao longo do tempo e das

habilidades de outros para sobreviver(...)”1

atitudes urbanas, hoje os supermercados tomaram As primeiras cidades se estabeleceram nos

lugar das feiras livres que aconteciam em ruas,

limites das áreas de plantio, pois o alimento era a fonte

parques, praças e proporcionavam uma sociabilidade

de vida dos seres humanos. Após a evolução dos meios

para os consumidores. Essa mudança também nos

de

explica

transporte

essa

proximidade

não

era

mais

a

transferência

de

atividades

que

eram

necessária, pois os alimentos chegariam com mais

realizadas em espaço público para o espaço privado,

facilidade de um lugar para o outro. Assim foi sendo

diminuindo a vitalidade nas ruas, praças, e espaços

criado o distanciamento da cidade em relação ao plantio

livres da cidade.

dos alimentos, desconectando cada vez mais o homem Os consumidores urbanos atualmente dependem

que vive na cidade do homem e dos saberes do campo.

especificamente do trabalhador rural para que seus A separação cidade - campo acompanha o

alimentos

possam

chegar

ao

supermercado.

Ao

processo de separação do trabalho. Segundo Lefebvre,

escolher os produtos que deseja, o consumidor muitas

a relação entre a cidade e o campo mudou de acordo

vezes não se dá conta do processo pelo qual aquele alimento passou para chegar até à prateleira, a

1

HARARI, Yuval Noah. Sapiens: A Brief History of Humankind, 2015.

Pág. 58.

10

quantidade

de

agrotóxicos

usados,

e

o

impacto

cultivo dos alimentos que serão consumidos por ele mesmo.

ambiental causado pelo processo de plantação e transporte, a paisagem no campo atualmente se

Contribuindo assim para a segurança alimentar

encontra tão alterada pelo homem quanto a paisagem

urbana e uma dieta mais diversificada da encontrada

urbana.

hoje nas mesas de muitas famílias, valorizando a

Gerando assim uma desvalorização alimentar na

cultura alimentar que foi perdida durante o processo de

cidade, pois a base para a alimentação das crianças que

urbanização, e implementando mais espaços verdes

vivem nas cidades hoje em dia e feita por influência da

nas cidades.

mídia,

essa

alimentação

baseada

nos

produtos

4.1

PERMACULTURA

industrializados tem contribuído para o aumento da obesidade e doenças crônicas, como diabetes e

“A permacultura ou cultura permanente é um

hipertensão.

sistema fundado em éticas e princípios que podem ser usados para estabelecer, projetar, coordenar e

Portanto a Agricultura Urbana não vem como uma concorrente a Agricultura Rural, mas como uma forma

melhorar todos os esforços feitos por indivíduos,

de aproximar o campo da cidade, trabalhador rural do

lugares e comunidades que trabalham para um

urbano,

acabando

com

o

aprisionamento

futuro sustentável”.2

do

trabalhador rural, e possibilitando uma fonte de renda

Foi concebida como um método de agricultura

extra para o habitante urbano, que poderá participar do

permanente, mas com o seu desenvolvimento, hoje

2

Holmgren, David.

11

se apresenta como uma proposta para uma cultura

Segundo Bill Mollison, “a Permacultura consiste

humana, com um sistema que busca a criação de

na

ambientes humanos sustentáveis.

ecossistemas

Produzindo através

da

um

modo

integração

sustentável

entre

de

paisagem,

terra

e

de

todos

os

produtivos

e

que

manutenção

de

mantenham

a dos

ecossistemas naturais, promovendo energia, moradia

jardins

e alimentação humana de forma harmoniosa com o ambiente. ”3

designer permacultural inclui estratégias para a da

implantação

diversidade, a resistência e a estabilidade

vida,

orgânicos, arquitetura e planejamento urbano. O

utilização

“elaboração,

recursos

Utilizar

a

permacultura

como

princípio

de

naturais sem que haja desperdício, assim como a

projeto, significa trabalhar com a natureza, sem

produção que deriva deste sistema também não

corromper os ecossistemas, os princípios éticos visam

deverá ser excessiva para que não tenham perdas de

a harmonia entre a natureza e a necessidade da

produtos.

humanidade.

A Permacultura acredita na abundância de

Estes são: Cuidados com a terra – todas as

espaços planejados para toda a população, através do

ações devem ajudar a manter os ecossistemas

uso de todos os espaços disponíveis, na cooperação

intactos e funcionando corretamente.

do ser humano para que todos possam usufruir de um

Cuidado com as pessoas – assegurar a todos a

local sem sua degradação, pois é um sistema baseado

terem acessos ao que necessita para se manter vivo

no respeito a todas as formas de vida.

3

com dignidade e saúde.

Mollison, Bill - 1999

12

Compartilhamento de recursos e capacidades –

(Mg), cobre (Cu), zinco (Zn), para cada tipo de planta

após suprir as suas necessidades, pretendesse que

a quantidade dos nutrientes na solução é regulada.

outros sejam ajudados a alcançar seus objetivos TABELA 01.

através de auxílio dos que já foram atendidos.

As características das estruturas

a) estufas de 7 x 51 b) bancadas de produção de m com pé direito de 3 1,5 x 24 m com 6 calhas de 4.2 CULTIVO HIDROPÔNICO

m, espaçamento de 3 produção, m

A hidropônia é uma técnica de cultivo em que o

entre

distância

entre

pilares, calhas de 25 cm do centro de

estrutura metálica.

cada

solo é substituído por uma solução aquosa, contendo os

uma,

distância

entre

plantas de 25 x 25 cm.

elementos minerais necessários para o crescimento dos [TABELA 01] CARACTERÍSTICAS DAS ESTUFAS HIDROPÔNICAS.

alimentos, as plantas precisam de elementos químicos de natureza inorgânica, em seu estudo Arnon e Stout

Temperatura

em 1939 identificaram esses nutrientes e previram que

da

solução:

A

temperatura

a falta de um deles fazia com que a planta não

adequada e de grande importância para a absorção dos

completasse seu ciclo de vida.

nutrientes e o crescimento das plantas, não passando de 30 graus Celsius, para períodos frios recomendasse

Esses nutrientes são: carbono (C), fósforo (P),

16 graus Celsius durante o dia e 10 graus Celsius

enxofre (S), ferro (Fe), hidrogênio (H), potássio (K),

durante a noite, nas estações quentes são 24 graus

boro (B), manganês (Mn), oxigênio (O), cálcio (Ca),

Celsius durante o dia e 15 graus Celsius durante a

cloro (Cl), molibdênio (Mo), nitrogênio (N), magnésio

noite.

13

Cobertura: para evitar evaporação da água e

Alelopatia, devido a influência que uma espécie tem

incidência de luz sobe a solução, o que pode levar a

com a outra, formando óleos cujo aroma repelem

proliferação de algas que competiram com as plantas

insetos.

em busca de nutrientes, o material usado em cultivos

Na tabela a seguir podemos ver a lista de

comerciais são as placas de isopor, que funcionam

vegetais

como isolante térmico e luminoso.

e

de

seus

companheiros

e

consequentemente os não favoráveis para plantação em um mesmo ambiente.

4.3 ALELOPATIA CULTURAS

COMPANHEIRAS

NÃO FAVORÁVEL

O termo Alelopatia foi falado por Molisch em 1937, descreve a influência positiva ou negativa de um indivíduo sobre o outro, o efeito é denominado Alface

aleloquimicos, que são substâncias produzidas por uma planta a partir de folhas, raízes e restos da planta em decomposição, essas substâncias são lançadas no ambiente, a atividade tem substituído o uso de

Alho Poro

defensivos agrícolas na horticultura.

A produção de diversas espécies juntas em um

Alho

mesmo ambiente e conhecida como a técnica das plantas companheiras, que são definidas através da

14

Cenoura, Rabanete, Morango, Pepino, Beterraba, Cebola, Alho poro, Rúcula, Abobrinha, Cebolinha.

Cebola, Alho, Cenoura, Aipo e Tomate Alface, Beterraba, Morango, Cenoura, Batata e Couves.

Salsa e Girassol

Ervilha e Feijões Ervilha, Feijões, Alecrim e Aspargo.

Batata

Feijões, Repolho, Alho, Berinjela, Couve, Ervilha, Cereja.

Abobora, Pepino, Girassol, Tomate, Maça, Framboesa, Canela e Eucalipto.

Feijões, Vagem e Batata.

-

Beterraba

Cebola, Couve, Alface.

Vagem e Bananeira.

Cebolinha

Alface, Beterraba, Morango, Cenoura, Batata e Tomate.

Endro

Berinjela

Cenoura

Ervilha, Alface, Feijão, Cebola, Cebolinha, Alho Poro, Rabanete e Tomate.

-

Couve

Vagem

-

Couve Manteiga

Alho, Cebola e Cebolinha

Espinafre

[TABELA 02] INFORMAÇÕES SOBRE PLANTAS COMPANHEIRAS E NÃO FAVORÁVEIS.

15

5 DISTRITO DE ARTUR ALVIM Até o início do século XX, a área era nomeada como Villa Santa Theresa, uma área rural formada por chácaras. O distrito se formou em torno da Estrada de Ferro Central do Brasil, que ligava São Paulo – Rio de Janeiro, porém era apenas uma rota para passagem.

No mapa a seguir de 1930, após ser feito o ponto de parada, muitas famílias se estabeleceram em torno da estação, com lotes generosos e preços pequenos, podemos ver a esquerda da estação de

[FIG 01] APROXIMAÇÃO DA ÁREA

Trem Artur Alvim os poucos quarteirões e ruas "mal definidas", pouco ajustadas à topografia existente, porém abaixo notamos a presença da estrada de Itaquera que hoje é uma das principais avenidas estruturadoras do bairro, nomeada como Av. Itaquera que faz a ligação da Cohab a outros bairros.

16

Através de uma foto aérea de 1954, vemos a grande diferença na urbanização do bairro, as ocupações estão mais presentes ao redor da estação e agora também em torno da Antiga estrada de Itaquera.

[FIG. 02] RECORTE MAPA DE 1930, MOSTRANDO A EVOLUÇÃO URBANÍSTICA DO BAIRRO, E A OCUPAÇÃO AGLOMERADA EM TORNO DA LINHA FÉRREA.

Estação Artur Alvim

Córregos [FIG. 03] RECORTE FOTO AÉREA DE 1954, MOSTRANDO A EVOLUÇÃO URBANÍSTICA DO BAIRRO E A OCUPAÇÃO MAIS DISPERSA, AGORA PROXIMA A VIAS DE TRÁFEGO.

Eixos viários estruturadores Eixos ferroviários estruturadores

17

Em 1972 (mapa ao lado) a construção da COHAB já havia sido iniciada e podemos ver os lotes sendo formados, ocupando assim boa parte do bairro Conjunto Habitacional José de Anchieta, Conjunto Habitacional Padre Manoel da Nóbrega, Conjunto Habitacional Padre Manoel de Paiva, com prédios residenciais de no máximo 5 andares, transformando o bairro em sua maioria residencial até os dias de hoje.

E assim segue a expansão do bairro até 1988 quando veio a grande mudança com inauguração do Metrô ligando a linha vermelha, possibilitando a locomoção

dos

moradores

para

bairros

mais

distantes, porém a estação não trouxe a super explosão populacional para o bairro, pois desde os [FIG. 04] RECORTE MAPA DE 1972, MOSTRANDO A IMPLANTAÇÃO DO CONJUNTO HABITACIONAL.

anos 1980 a população de Arthur Alvim tem se mantido estável, com 105,269 mil habitantes no censo de 2010.

18

5.1

LEGISLAÇÃO

Conforme o ultimo mapa de zoneamento da prefeitura de São Paulo em 2015 (mapa a seguir), é previsto no perímetro de estudo, áreas de estruturação e transformação urbana, como zonas de centralidade polar.

Algumas mudanças para o bairro já foram feitas para a adaptação do bairro devido Copa do Mundo 2014,

[TABELA 03] TABELA SUBPREFEITURA PENHA E SEUS DISTRITOS ABRANGENTES.

como: a prolongação da avenida Radial Leste.

O perímetro de estudo consta no mapa de zoneamento de São Paulo de 2016 como uma ZM – Zona

Mista,

macrozona

e e

está

enquadrado

macroárea:

na

nas

seguintes

Macrozona

de

Estruturação e Qualificação Urbana e Macroárea de Estruturação Metropolitana.

19

PERÍMETRO DE ESTUDO

Índices urbanísticos: CA: 2; TO: 0,70; GABARITO MÁXIMO: 28 m; RECUOS FRENTE: 5 m; FUNDOS E LATERAL: 3 m.

(segundo inciso II do artigo 66 da lei 16.402 de [FIG. 05] MAPA ZONEAMENTO DE 2016.

2016,

os

dispensados

recuos caso

lateral o

lote

e

fundos

vizinho

apresente

edificação encostada na divisa do lote.)

20

serão

/

[FIG. 06] MAPA MACROÁREA DE SÃO PAULO, 2016.

[FIG. 07] MAPA MACROZONA DE SÃO PAULO, 2016.

21

6

ANÁLISE DO LUGAR

implantação de um equipamento cujo o objetivo principal e gerar trabalho e renda para os moradores

Na

escala

do

bairro,

a

análise

parte

dos

da região.

elementos influenciadores da funcionalidade atual do sitio e de seu potencial para a realização da proposta e concretização dos objetivos ao decorrer do trabalho.

O levantamento do cenário atual em que o terreno se encontra é importante para toda decisão projetual, a partir da leitura mais precisa da região é possível a inserção de um equipamento estruturador, articulador que permite a fluidez de pedestres Para se aproximar e entender a construção de um edifício no local, foi feito com prioridade o levantamento de usos do solo, que nos mostra a implantação predominante de condomínios residenciais verticais, e residências horizontais, assim como

comércios e

serviços de pequeno porte mais próximos da estação de Metrô Artur Alvim e Av. Radial Leste, gerando uma deficiência no local: a falta de trabalho na região.

Ajudando assim na escolha do melhor terreno para a

22

6.1 USOS PREDOMINANTES DO SOLO

Metrô Residencial Unifamiliar Gabarito máximo 2 pavimentos Residencial Multifamiliar Gabarito 5 pavimentos Comércios e Serviços Institucional

0

100

200m

6.2 CHEIOS E VAZIOS Legenda Cheios Área não edificada

0

100

200 m

Fonte: GEOSAMPA

Através desse mapa é possível notar que a área de estudo possui uma quantidade significativas de áreas vazias. A estrutura fundiária do distrito é predominantemente residencial multifamiliar, contendo apenas em algumas áreas lotes menores que são destinados para residencias unifamiliares.

6.3 EQUIPAMENTOS Legenda Saúde Pública Biblioteca Pública Rede Pública de Ensino Rede Privada de Ensino Terreno CEU José Anchieta Esporte Segurança - Polícia Civil Segurança - Polícia Militar Serviço - IML

0

100

200 m

Fonte: GEOSAMPA

Através desse mapa é possível notar que a área de estudo possui uma falta de equipamentos básicos como biblioteca pública e rede de saúde pública, por ser um bairro predominantemente residencial a presença de equipamentos de lazer e esporte e escassa, no entanto pode se notar a presença significativa de equipamentos de Ensino.

6.4 TRANSPORTE Legenda Estação Metrô Linha Metrô Linha de Ônibus Pontos de Ônibus Ciclovia

0

100

200 m

Fonte: GEOSAMPA

Através desse mapa é possível notar que a área de estudo possui uma disponibilidade significativa de transporte público, o distrito é abastecido por 25 linhas de ônibus municipais e 3 linhas intermunicipais. Possuindo também a Estação Metroviária Artur Alvim que pertence a linha 3 vermelha com destino Corinthians – Itaquera a Palmeiras – Barra Funda.

6.5 VIAS DE PEDESTRES, FEIRAS LIVRES Legenda Feiras Livres Vielas

0

100

200 m

Fonte: GEOSAMPA

Através desse mapa é possível notar a presença de feiras livres no perímetro estudado e também a presença notável de vias de pedestres (vielas) que possibilitam a locomoção dos habitantes evitando caminhos mais longos, muitas vielas atravessam quadras e dão acesso a vias estruturadoras e ao Mêtro.

6.6

porém está ligando o terreno principal ao terreno

OCUPAÇÃO DO VAZIO

secundário com 2.900 m² no qual será proposta a A área possui uma quantidade significativa de vazios urbanos que

se

área de estudos profissionalizantes.

manifestam através de Portanto, o programa foi distribuído ao longo

terrenos sem uso ou usados como estacionamento.

deste percurso que será voltado para os pedestres,

São terrenos que no projeto original foram destinados

servindo

para áreas de lazer e convívio da população, mas isso

Após identificar os terrenos com possibilidade para intervenção, foi escolhido o terreno principal com grande potencial que hoje é usado como depósito de lixo e está situado na Avenida Padre Estanislau de Campos, com 7.301m².

O ponto principal é uma passagem feita pelos próprios moradores para que possam atravessar a quadra, esta ligação serviu como base para o de

possíveis

locomoção,

local

de

encontro,

sociabilidade entre os moradores e visitantes.

não aconteceu na prática.

levantamento

de

áreas

que

complementariam a rede do projeto, uma dessas área e a viela de ligação ao terreno, que atualmente está em estado degradado sem uso e sem infraestrutura,

28

e

Área de intervenção

0

100

200m

[FIG. 09]

[FIG. 08]

[FIG. 11]

[FIG. 10]

30

[FIG. 13] [FIG. 12]

[FIG. 13] [FIG. 15]

[FIG. 14]

31

7

ESTUDOS DE CASO

elevadores, dois tipos de vedação, duas maneiras de usar o espaço.

Centro de Artes La Coruña

Na imagem a seguir é possível perceber a

Coruña - Espanha – 2003 – Acebo y Alonso

distinção dos programas, as partes brancas que simbolizam o concreto é onde está inserida a Escola de

O Centro de Artes La Coruña foi projetado como

Dança e em seus espaços é onde está inserido o Museu.

um edifício único que abriga dois programas de natureza diferentes:

Escola de Dança e o Museu. A

parte intrigante do projeto é a maneira com a qual os arquitetos definem a identidade de cada um dos dois programas

que

são

dispostos

no

edifício,

cada

programa tem sua individualidade e deve ser entendida sem causar nenhum mal-entendido aos visitantes.

Um núcleo de concreto e seus dois programas funcionais, nos remete a lembrar da árvore e seus galhos e folhas, o núcleo localizado no centro como o tronco, os galhos a Escola de Dança e as folhas que pousam suavemente sobre eles é o Museu. Os arquitetos trabalham com dois núcleos de escadas e [FIG. 16] MAQUETE VOLUMES ESCOLA DE DANÇA E VAZIOS DO MUSEU.

32

Essa apropriação do vazio foi o que realmente contribuiu para os estudos iniciais do Centro de Agricultura Urbana, sendo fortemente influenciado pelos espaços edificados e não edificados.

[FIG. 18] IMAGEM VAZIO EM CIMA DE UMA DAS SALAS DE AULA.

[FIG. 17] CIRCULAÇÃO DE ACESSO AO MUSEU.

33

Essa maneira de como os espaços se conversão

Rolex Center

foi o ponto principal do projeto que contribuiu para os

Lausanne - Suíça – 2004 - SANAA

estudos iniciais do Centro de Agricultura Urbana, que foi influenciado pela ligação dos espaços livres os

O Centro Comunitário da Escola Politécnica

espaços ocupados e os visitantes.

Federal de Lausanne é um edifício, que abriga como programa uma biblioteca, salas de aula, escritórios, café, restaurante e um grande salão multifuncional. A laje ondulada, na qual são dispostos patios de diferentes formas e tamanhos, e junto com esses patios são distribuidos tambem as varias partes do programa.

Os patios internos organizam as áreas de atividades e aDO paisagem, uma relação [FIG. 21] IMAGEM EDIFÍCIO MOSTRANDO O VAZIO.entre os espaços livres os espaços ocupados e os visitantes. Levando a arquitetura a uma forma orgânica, o projeto apresenta [FIG. 19] IMAGEM DO EDIFÍCIO MOSTRANDO O VAZIO.

espaços fluidos. Em planta o declive e as curvas definem os espaços internos e a disposição dos usos, em corte as lajes curvas formam as próprias rampas que dão acessos aos outros níveis do projeto.

34

[FIG. 20] IMAGEM EXTERNA DO EDIFÍCO, MOSTRANDO A DISPOSIÇÃO DOS USOS.

5 [FIG. 22] VISTA SUPERIOR DA COBERTURA, ACENTURANDO OS SEUS VAZIOS E SUA FORMA.

[FIG. 21] MAQUETE DO EDIFÍCIO, ACENTUANDO OS VAZIOS E AS LAJES CURVAS.

35

produção de alimentos e de ocupação do solo, que

8 PROPOSTA

promova A proposta do projeto tem como ponto de partida a

melhora

significativa

no

Conjunto

Habitacional Padre Manoel de Paiva.

malha urbana, onde o programa será distribuído de A ocupação atual do sítio é resultado de um

forma a criar locais de permanência e encontro,

projeto com áreas de lazer que não foram construídas

valorizando o percurso e a vivência do bairro, dessa

e que não são atrativas para convívio. De modo a

forma o passeio é dado através de espaços relacionados

reverter o quadro atual, é apresentado aqui um plano

com o programa, ora livre ora edificado.

de estruturação do território urbano, que visa antes de As

atividades

serão

distribuídas

de

modo

a

tudo a integração entre natureza e cidade e a geração

aproximar a arquitetura da cidade, a arquitetura cria

de trabalho. O partido do projeto se concretiza através

condições para que o programa se organize de modo a

de uma via utilizada pelos pedestres que atualmente já

quebrar a barreira entre espaços públicos e privados.

faz ligação com o terreno principal.

8.1 PARTIDO 8.2 PARCERIAS O projeto do edifício é resultado de uma reflexão Tendo em vista que o objetivo principal do projeto

a respeito das necessidades da cidade, por meio de

é a geração de trabalho e renda para moradores

relações entre arquitetura, paisagem e a comunidade.

próximos da região. Propõe-se vincular relações de

A tarefa que se coloca para o Centro de Agricultura

parceria com a ONG – Cidades Sem Fome, com o

Urbana e a concepção de um novo modelo para a

36

objetivo de aumentar a demanda de locais onde a ONG

população do processo e da concepção da produção de

estabelece parcerias.

alimentos orgânicos.

O trabalho da ONG consiste na distribuição de

Através de uma rede de atividades, pretende-se dar

mudas de verduras, hortaliças, frutas, para quem se

aos que procuram capacitação profissional, ou a

interessa pelo projeto, a partir da distribuição dessas

pequenos agricultores que precisem se qualificar.

mudas o trabalho fica por conta do beneficiado que terá

O programa, por sua vez, não visa se restringir

que plantar e cultivar esses alimentos, e através desse

somente ao cultivo de alimentos uma vez que este está

cultivo ele obtém a sua renda extra.

ligado a outros setores da economia, através de

Porém no projeto que será implantado no local

espaços abertos destinados à prática de feiras livres,

procurasse também capacitar a população que se

comércio de pequeno porte e eventos, que poderão

interessar para o trabalho de cultivar alimentos, com

abrigar outras atividades ligadas à economia.

espaços voltados para educação e oficinas.

A distribuição do programa nos terrenos levou em consideração o equilíbrio entre as áreas e sua atividade

8.3

como a relação e conexão delas com a cidade. Os

PROGRAMA

diferentes programas dão uma nova dinâmica ao bairro.

O Centro de Agricultura Urbana tem como intenção impulsionar o comércio na região de Artur Alvim, para além da mera produção de alimentos, aproximando a

37

CENTRO DE PRODUÇÃO ENSINO

PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS.

CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL. 1

EVENTOS PESQUISA COMÉRCIO TEMPORÁRIO

PRAÇAS. LABORATÓRIOS. 2 FEIRAS LIVRES E QUIOSQUES. 3

1. CENTRO DE AGRICULTURA URBANA 2. ADMINISTRAÇÃO 3. EIXO DE LIGAÇÃO (POMAR DE ÁRVORES FRUTÍFERAS) 4. ENSINO E PESQUISA

4

[FIG. 23] ORGANIZAÇÃO DO PROGRAMA NO ESPAÇO URBANO

38

8.4 QUADRO DE ÁREAS Ambiente

Ambiente especifico

Área (m) Quantidade

Área Total (m²)

Eixo verde

Pomar de Árvores Frutíferas

920

1

920

Restaurante

Consumo

350

1

350

Cozinha - Despensa - Atendimento

200

1

200

Eventos e convívio TOTAL: 920

TOTAL: 550 Ensino

Ateliê de Jardinagem e culinária

Área Livre

Salas de aula

-

-

-

50

4

200

Laboratórios

Cozinha experimental

70

2

140

Sala de Professores

Pequena Copa e Sanitário Público

180

1

180

TOTAL: 520 Produção

Edifício Estufa

Estantes para Produção de alimentos Café Espaço para comércio e feiras com quiosques

2.600 200 600

1 1

2.600 200 600 TOTAL: 3.400

Administrativo

Administração

Funcionários

Recepção Sala de Reuniões Cordenação/Direção Descanso - Vestiário - Copa

10 60 60 290

1 1 1 1

10 60 60 290 TOTAL: 420

Apoio

Depósitos

Geral e Orgânico

50

1

Reservatório Inferior

Caixa d'agua 12.000 e 6.000 L

30

1

40

Reservatório Superior

Caixa d'agua 6.000 e 6.000 L

20

Sanitários área livre de comércio

2 bacias por sexo / 1 bacia deficientes físicos

20

1

20

Sanitários edifício estufa

2 bacias por sexo / 1 bacia deficientes físicos

20

3

60

Sanitários área de estudo Sanitários restaurante

2 bacias por sexo / 1 bacia deficientes físicos 2 bacias por sexo / 1 bacia deficientes físicos

20 20

1 1

20 20

30 20

Sanitários

TOTAL: 210

8.5

ESTUDOS PRELIMINARES Os primeiros croquis foram desenvolvidos

a partir do estudo da topografia do terreno, pensando

na

distribuição

do

programa

do

edifício. Porém foi levantada a problemática da insolação. Por ser um prédio que receberia plantações de alimentos, o edifício deveria ser pensando como uma arquitetura transparente, novos estudos foram desenvolvidos a partir do

[FIG. 25]

estudo das referências arquitetônicas.

[FIG. 24]

[FIG. 26]

40

A partir dos estudos de caso, começaram o desenvolvimento do programa pensando na incidência de luz nos ambientes. Portanto, surgiu a proposta de um edifício que funcionasse como uma estufa, e as estantes suspensas receberiam as plantações de alimentos.

[FIG. 28]

[FIG. 29]

[FIG. 27]

41

[FIG. 32]

[FIG. 30]

[FIG. 31]

42

Os estudos preliminares resultaram em um edifício com passarelas suspensas, que serão usadas

para

o

cultivo

de

alimentos,

as

passarelas foram propostas de modo a evitar a sobreposição devido a necessidade de insolação no interior da edificação. E conforme o sol muda de posição a própria estrutura do prédio e as estantes superiores servem de sombra para as

[FIG. 35]

inferiores A relação estre as estantes pode ser vista na FIG. 51.

[FIG. 34]

[FIG. 36]

43

C

C

8.6 PERCURSO DE PEDESTRE

C

Percurso de pedestres F

Local do projeto C C C C

C

C C C

C

C

C

C C

C C

C C C

R C C

C

C

C

0

100

200m

C C

9 PROJETO

45

Estando localizado no distrito de Artur Alvim na ESQUEMA DE REUSO DE ÁGUAS PLUVIAIS

Zona Leste de São Paulo o conceito de Ocupando Vazios: o Campo na Cidade se definiu mediante a necessidade real em levar um equipamento gerador de trabalho e renda para região, que visa a partir da situação atual do bairro providenciar uma leitura urbana a fim de verificar as condições que sejam possíveis para a implantação do projeto, promovendo o aumento da economia local e o respeito a natureza.

Através do projeto procurasse discutir o respeito a natureza incentivando o plantio de árvores na cidade, o reuso de águas pluviais para usos do cotidiano, como a rega, lavagem de calçada e quintal, e o uso de energia solar.

Reservatório

Reutilização irrigação interior do edifício

Coleta sob deck

Espelhos d’agua Caixa de Armazenamento Irrigação Reutilização

46

ESQUEMA PLANTAÇÃO NO EDIFÍCIO

Irrigação

Caixas para cultivo

Gavetas para depósito dos alimentos

47

s

s i = 8,33%

s

D

LOCALIZAÇÃO

C

s

ESCALA 1:4000

ÁREA 1

C

5 s

B

B s

s

1

2

A

3

D

A

4

LEGENDA 1. RESERVATÓRIO INFERIOR 2. DEPÓSITO DE LIXO 3. CAFÉ 4. ÁREA LIVRE PARA PRÁTICA DE FEIRAS E COMÉRCIOS, COM PEQUENOS QUIOSQUES DISPOSTOS NO LOCAL. 5. ESPAÇO CONTEMPLATIVO

PLANTA NÍVEL 809,00 CENTRO DE AGRICULTURA

ESCALA 1:500 0

5

10

20

Elevação 02

D

LOCALIZAÇÃO

C

ÁREA 1

C

VAZIO SOBRE NÍVEL 809

3

B

B

4 2

frigorífico

Elevação 03

A

6 5

lavagem

preparo

A

LEGENDA 1. PRAÇA SECA 2. DOCA CARGA E DESCARGA 3. PRAÇA COBERTA 4. RECEPÇÃO / ATENDIMENTO AO CLIENTE 5. ÁREA TÉCNICA RESTAURANTE 6. ÁREA CONSUMO RESTAURANTE 7. PRAÇA INTERNA

D

1

s

despensa

Elevação 01

s

ESCALA 1:4000

7

Elevação 04

PLANTA NÍVEL 815,00 CENTRO DE AGRICULTURA

ESCALA 1:500 0

5

10

20

Elevação 02

D

LOCALIZAÇÃO

B

2

C

2

2

B

Elevação 01

s

s

1

2

2

LEGENDA 1. CULTIVO 2. CULTIVO NA FACHADA

A

D

A

ÁREA 1

Elevação 03

C

ESCALA 1:4000

Elevação 04

PLANTA NÍVEL 820,00 CENTRO DE AGRICULTURA

ESCALA 1:500 0

5

10

20

Elevação 02

D

LOCALIZAÇÃO

ESCALA 1:4000

ÁREA 1 2

C

C

2

B

B s

s

2

Elevação 03

Elevação 01

2

1

A

LEGENDA 1. CULTIVO 2. CULTIVO NA FACHADA

A

D

2

Elevação 04

PLANTA NÍVEL 824,00 CENTRO DE AGRICULTURA

ESCALA 1:500 0

5

10

20

Elevação 02

D

LOCALIZAÇÃO

ESCALA 1:4000

ÁREA 1

C

C

s

B

B s

2 1 s

A

D

2

Elevação 03

Elevação 01

s

A

LEGENDA 1. CULTIVO 2. CULTIVO NA FACHADA

s

Elevação 04

PLANTA NÍVEL 828,00 CENTRO DE AGRICULTURA

ESCALA 1:500 0

5

10

20

D

Elevação 02

LOCALIZAÇÃO

ESCALA 1:4000

ÁREA 1

C

C

B

B s

2

Elevação 03

Elevação 01

1

A

LEGENDA 1. RESERVATÓRIO SUPERIOR 2. MIRANTE

A COBERTURA ABERTA ENTRADA DE LUZ DIRETA

COBERTURA FILTRADA

D

PLACAS PERFURADAS COM ENTRADA DE LUZ FILTRADA

COBERTURA SOMBRAS PLACAS FOTOVOLTAICAS

Elevação 04

PLANTA NÍVEL 834,00 CENTRO DE AGRICULTURA

ESCALA 1:500 0

5

10

20

CORTE A-A l ESCALA 1:500

CORTE B-B l ESCALA 1:500

CORTE C-C l ESCALA 1:500

CORTE D-D l ESCALA 1:500

ELEVAÇÃO 01 l ESCALA 1:500

ELEVAÇÃO 02 l ESCALA 1:500

ELEVAÇÃO 03 l ESCALA 1:500

ELEVAÇÃO 04 l ESCALA 1:500

LOCALIZAÇÃO

ESCALA 1:4000

Elevação 02

A

ÁREA 2

B

1

B

LEGENDA

Elevação 01 s

1.

ESPAÇO PARA FUNCIONÁRIOS

2.

EXPOSIÇÃO PERMANENTE

3.

RECEPÇÃO

4.

SALA DIRETOR/COORDENADOR

5.

SALA DE REUNIÕES

i = 8,33%

2

3

C 5

A

4

PLANTA NÍVEL 805,00 ADMINISTRAÇÃO

ESCALA 1:500

0

5

10

20

CORTE A-A l ESCALA 1:500

CORTE B-B l ESCALA 1:500

CORTE C-C l ESCALA 1:500

ELEVAÇÃO 01 l ESCALA 1:500

ELEVAÇÃO 02 l ESCALA 1:500

LOCALIZAÇÃO

ESCALA 1:4000

ÁREA 3

PLANTA NÍVEL 805,00 EIXO DE LIGAÇÃO (POMAR ÁRVORES FRUTÍFERAS)

0 s

ESCALA 1:500

5

10

20

B Elevação 01

LOCALIZAÇÃO

ESCALA 1:4000

ÁREA 4 3 2 4

Elevação 02 3

3

A 3

4

LEGENDA 1.

COPA

2.

SALA DOS PROFESSORES

3.

SALA DE AULA

4.

LABORATÓRIO

Elevação 03

B

1

Elevação 04

A

PLANTA NÍVEL 805,00 ÁREA DE ESTUDO E PESQUISA 0

ESCALA 1:500

5

10

20

CORTE A-A l ESCALA 1:500

CORTE B-B l ESCALA 1:500

ELEVAÇÃO 01 l ESCALA 1:500

ELEVAÇÃO 02 l ESCALA 1:500

ELEVAÇÃO 03 l ESCALA 1:500

ELEVAÇÃO 04 l ESCALA 1:500

10 MAQUETE ELETRÔNICA

70

IMAGENS ÁREA 1 – CENTRO DE AGRICULTURA URBANA

CORTES PERSPECTIVADOS LONGITUDINAIS.

CORTES PERSPECTIVADOS TRANSVERSAIS.

VISTA EXTERIOR MOSTRANDO A ELEVAÇÃO 01.

VISTA EXTERIOR MOSTRANDO A ELEVAÇÃO 02.

VISTA EXTERIOR MOSTRANDO A ELEVAÇÃO 03.

VISTA EXTERIOR MOSTRANDO A ELEVAÇÃO 04.

VISTA INTERNA DO RESTAURANTE. NÍVEL 815,00.

VISTA INTERNA ÁREA LIVRE PARA PRÁTICA DE CÓMÉRCIO E FEIRAS. NÍVEL 809,00

IMAGEM ÁREA 2 – ADMINISTRAÇÃO

VISTA EXTERIOR ÁREA ADMINISTRATIVA. NÍVEL 805,00

IMAGENS ÁREA 4 – ESTUDO E PESQUISA

ELEVAÇÃO 01 ÁREA DE ESTUDO E PESQUISA. NÍVEL 805,00

6

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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FIG. 05. Mapa elaborado pela aluna (Alessandra da

SOUZA, André Albano. Centro Comunitário fazenda

Silva Barbetta) utilizando o software Qgis através de

Urbana – Vila Prudente. Graduação em Arquitetura

informações retiradas do sistema de informações da

e Urbanismo. Centro Universitário FIAM FAAM, 2015.

prefeitura: Geosampa.

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FIG. 06. Gestão Urbana

https://assuntaviola.com/2015/06/26/andre-albanoFIG. 07. Gestão Urbana 84

FIG. 08. Acervo pessoal

center-for-the-arts-aceboxalonso-studio-photo Acessado em 06/05/2016.

FIG. 09. Acervo pessoal

FIG. 18. http://www.archdaily.com/206771/la-corunaFIG. 10. Acervo pessoal

center-for-the-arts-aceboxalonsostudio/501769ce28ba0d225a0005e7-la-coruna-

FIG. 11. Acervo pessoal

center-for-the-arts-aceboxalonso-studio-section-06

FIG. 12. Acervo pessoal

Acessado em 06/05/2016.

FIG. 13. Acervo pessoal FIG. 19. http://www.archdaily.com/206771/la-coruna-

FIG. 14. Acervo pessoal

center-for-the-arts-aceboxalonsoFIG. 15. Acervo pessoal

studio/501769ce28ba0d225a0005e7-la-coruna-

FIG. 16. http://www.archdaily.com/206771/la-coruna-

center-for-the-arts-aceboxalonso-studio-section-06

center-for-the-arts-aceboxalonso-

Acessado em 06/05/2016.

studio/5017696128ba0d225a0005c6-la-coruna-

FIG.

center-for-the-arts-aceboxalonso-studio-photo

http://www.pedrokok.com.br/en/2010/05/rolex-

ACESSADO EM 06/05/2016.

learning-center-lausanne-suica/

FIG. 17. http://www.archdaily.com/206771/la-coruna-

20.

Acessado em 04/05/2016.

center-for-the-arts-aceboxalonso-

FIG.

studio/5017697328ba0d225a0005ca-la-coruna-

content/uploads/2012/10/Arch2O-Rolex-Learning-

21.

http://www.arch2o.com/wp-

Center-by-SANAA-02.jpg. Acessado em 10/05/2016.

85

FIG. 22.

FIG. 30. Desenho de estudo elaborado pela aluna

https://www.ntnu.no/wiki/download/attachments/275

(Alessandra da Silva Barbetta)

91031/Rolex+Lreaning+Center+-+SANAA.pdf

FIG. 31. Desenho de estudo elaborado pela aluna

Acessado em 04/05/2016.

(Alessandra da Silva Barbetta)

FIG. 23. Elaborado pela aluna (Alessandra da Silva

FIG. 32. Desenho de estudo elaborado pela aluna

Barbetta)

(Alessandra da Silva Barbetta)

FIG. 24. Desenho de estudo elaborado pela aluna

FIG. 33. Desenho de estudo elaborado pela aluna

(Alessandra da Silva Barbetta)

(Alessandra da Silva Barbetta)

FIG. 25. Desenho de estudo elaborado pela aluna

FIG. 34. Desenho de estudo elaborado pela aluna

(Alessandra da Silva Barbetta)

(Alessandra da Silva Barbetta)

FIG. 26. Desenho de estudo elaborado pela aluna

FIG. 35. Desenho de estudo elaborado pela aluna

(Alessandra da Silva Barbetta)

(Alessandra da Silva Barbetta)

FIG. 27. Desenho de estudo elaborado pela aluna

FIG. 36. Desenho de estudo elaborado pela aluna

(Alessandra da Silva Barbetta)

(Alessandra da Silva Barbetta)

FIG. 28. Desenho de estudo elaborado pela aluna (Alessandra da Silva Barbetta) FIG. 29. Desenho de estudo elaborado pela aluna (Alessandra da Silva Barbetta)

86

TABELAS Tabela

01.

MAPA DE TRANSPORTES E FEIRAS LIVRES. Mapa BOARETTO,

Luiz

Carlos.

elaborado pela aluna (Alessandra da Silva Barbetta)

Viabilidade

utilizando o software Qgis através de informações

econômica da produção de alface em quatro sistemas

retiradas do sistema de informações da prefeitura:

tecnológicos: campo aberto, túnel baixo, estufa e

Geosampa.

hidropônico, pag. 44, 2005.

MAPA CIRCULAÇÃO DE PEDESTRE E FEIRAS LIVRES.

Tabela 02. FONTE: FORNARI, E. Manual Prático de

Mapa elaborado pela aluna (Alessandra da Silva

Agroecologia. São Paulo: Aquariana, 2002.

Barbetta) utilizando TABELA

03.

o

software

Qgis através de

informações retiradas do sistema de informações da

http://www.arquiamigos.org.br/info/info37/img/mosai

prefeitura: Geosampa e levantamentos feitos in loco.

co/f55maxi.jpg. Acessado em 07/04/2016 MAPA EQUIPAMENTOS. Mapa elaborado pela aluna MAPAS

(Alessandra da Silva Barbetta) utilizando o software

MAPA DE USOS PREDOMINANTES DO SOLO. Mapa

Qgis através de informações retiradas do sistema de

elaborado pela aluna (Alessandra da Silva Barbetta)

informações da prefeitura: Geosampa.

com base em levantamentos feitos in loco.

MAPA DE OCUPAÇÃO DO VAZIO. Mapa elaborado pela

MAPA CHEIOS E VAZIOS. Mapa elaborado pela aluna

aluna (Alessandra da Silva Barbetta) com base no

(Alessandra da Silva Barbetta) utilizando o software

levantamento de cheios e vazios.

Qgis através de informações retiradas do sistema de informações da prefeitura: Geosampa.

87

SITES: http://www.agronomia.com.br/conteudo/artigos/artig os_alelopatia_e_os_agrossistemas.html. Acessado em 02/04/2016. http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/urba nismo/zona_leste/index.php?p=362.

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88