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10 AGRAVOS À SAÚDE MAIS FREQÜENTES DURANTE O CLIMATÉRIO

A menopausa e o climatério fazem parte de um processo de envelhecimento lento e contínuo, que começa com mudanças sutis do metabolismo. São adaptações fisiológicas do organismo às conseqüências de diversos fatores alguns deles muitas vezes agressivos ou tóxicos ao seu funcionamento. Daí, paralelamente aos fatores hereditários, psicológicos e emocionais, a explicação do maior ou menor adoecimento ou condições de envelhecimento. A maturidade traz consigo um maior respeito para com o sistema glandular e a alimentação, conferindo a necessidade de reajustes em alguns hábitos de vida, para que o equilíbrio seja mantido. Freqüentemente sintomas são atribuídos ao climatério quando, no entanto, há outra patologia associada. As medidas preventivas e promotoras de saúde que podem ser adotadas para evitar o aparecimento destas doenças são assunto do capítulo 7, “Promoção da Saúde no Climatério”. As intervenções para prevenção das doenças cárdio e cerebrovasculares devem envolver todos os profissionais de saúde da atenção básica, assim como os especialistas que prestam assistência às mulheres. A maior ênfase precisa ser dada à adoção de hábitos saudáveis por meio de medidas para o abandono do tabaco, a realização de atividades físicas regularmente e a manutenção do peso corporal adequado. O consumo de uma dieta com baixa quantidade de gorduras saturadas, alta em frutas, vegetais, grãos e fibras e com adequado aporte de proteínas também deve ser incentivado. Estas recomendações devem estar incluídas em cada atendimento, para ajudar as mulheres a reduzir seu próprio risco de doenças cardiovasculares e também porque elas estão em posição privilegiada, para influenciar mudanças de atitude e estilo de vida para seus filhos, para toda a família e pessoas de sua convivência. A seguir, as principais manifestações clínicas e agravos relacionados ao processo de envelhecimento, que podem ocorrer ou se agravar durante o período do climatério.

10.1 Indisposição Esta queixa é comum a muitas mulheres com mais de 30 anos e se justifica muitas vezes tão somente pelo excesso de atribuições a que se submetem. O estresse, a má alimentação, a falta de atividades físicas são, muitas vezes, fatores que se relacionam a tal queixa. No entanto, em casos de fadiga crônica, as causas mais comuns são a anemia, hipoglicemia e o hipotireoidismo. Portanto, é importante uma avaliação mais apurada, com análise laboratorial sempre que este dado estiver presente. Muitas mulheres seguem dietas de restrição calórica pouco balanceada, comprometendo muitas vezes, a ingestão de nutrientes essenciais. De qualquer forma, uma alimentação equilibrada é essencial, ou mesmo o uso de suplementos com ferro, ácido fólico, complexo B e vitamina C, além de uma ingestão regular de carboidratos integrais (ver capítulo 7) podem ser indicados.

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