Revista Ala Feminina Edição n°1

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Í NDI C E #34

Lucas H2O Surf Photos

Tracy Kraft

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Isabelle Nara

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#08 | Editorial Ala Feminina Ativa do séc XXI #10 | News: Esportes de ação e aventura #16 | Agenda: Alerta contra Aquecimento Global #20 | Cultura e Arte: Festival de Filmes de Montanha #26 | Feira Adventure Sports Fair #30 | Stand Up Surfing no Hawaii #34 | “Butterfly Effect” Multi-esportivo #36 | Conexão Europa nas ondas de Portugal #40 | Mergulho Livre e o Surf #42 | Especial: Ascensão Brasil no Mundial de Surf #52 | Galeria de Fotos: Moda Surf Festa #54 | Campeonato: Billabong Girls Pro Rio #58 | Entrevista: A Magia do fenômeno Kelly Slater #66 | Moda: Garota Carioca #74 | Viagem: Sydney Austrália Surf City #84 | Nova Era: Yoga e Na aurora da mulher #88 | Cidadania: Revolução na produção #90 | Coluna Eco: Dia de limpar as praias

expediente Direção e Jornalista Responsável Isabelle Nara DRT- PR 6635 Conselho Editorial e Redação Estela Sabrina e Isabelle Nara Comunicação e Marketing Angélica Alves, Estela Sabrina, Isabelle Nara Comercial Angélica Alves (41) 99312115 O. Johnson (41) 99100777 Projeto Gráfico e Diagramação JamesBuenoDesign Foto Capa Modelo: Marcelle Rosenthal por Gus Benke Fotógrafos Marina Vivacqua, Lucas B. Muro H2O Surf #6 | Revista Ala Feminina

Photos, Bruno Lemos, Tiago Navas, ASP Covered Images, Samuel Berger, Abeta, Camoa Brasil, RedBull, Jonathan Cardoso, Cemar, Gus Benke, Colaboradores texto Paula Gracia Koppe, Carolina Schrappe, Marta Penha de Carvalho, Rose Naiana Bregolato, Juliana Shelef, Tatiana Howard, Angélica Alves, Danilo Caboclo, Flavio Brito, Ivana Farias, Anthara El Rá, Juliana Ferlini, Joana Rocha, Rita Rocha, Bruno Lemos, Vininha. Revisão de texto Adriana Lopes Martins Assessoria Jurídica Elaine Samira Pope da Silva Impressão Serzegraf

Redação e Comercial Telefone: (41) 3387-2264 Curitiba/PR Jornalismo: revista@alafeminina.com.br Marketing: marketing@alafeminina.com.br Assinatura: assinatura@alafeminina.com.br Comercial: comercial@alafeminina.com.br Revista Ala Feminina Edição n° 1 Ano 2008 As matérias assinadas não refletem a opinião da revista e seus conteúdos, fotos publicitárias e textos, são de responsabilidade de seus autores. É expressamente proibido a reprodução, total ou parcial, de textos e fotos sem a autorização das editoras desta revista.



editorial

Ala Feminina Ativa

do século XXI

A revista Ala Feminina transpira aventura, saúde, esporte, cultura, viagem e amor ao nosso planeta. Por aqui você vai ficar bem informada sobre o que há de melhor no desempenho feminino nos esportes de ação. Chegamos com gás total. Interativa, divertida, moderna, esportiva, multi-feminina. Essa possibilidade de juntar os destaques das mulheres em vários esportes, no início foi um desafio. Mas a nossa ligação com a natural energia de expansão feminina tornou o processo automático em mostrar esse movimento. Enfim, sai fresquinha uma revista dedicada a todas as mulheres que têm o espírito aventureiro circulando nas veias, batendo no pulsar em contato com a Mãe-Terra. Confira o incrível festival internacional de filmes de montanha, a maior feira de esportes de aventura do mundo pela primeira vez na América Latina, as brasileiras empreendedoras no inovador Butterfly Effect, com uma travessia a favor do vento. Veja também a volta dos primórdios do surf com o crescimento do Stand Up Surfing, a prova de travessia num dos canais mais perigosos do mundo no Hawaii. Novidades para quem ama o fundo mar com dicas da campeã sul-americana de mergulho livre. Na seção surf uma reportagem trazendo o histórico do Brasil durante seus 30 anos no circuito mundial de surf. A conexão Europa vem recheada com o trabalho de duas irmãs portuguesas na organização do evento WQS e a conquista de Jacqueline Silva. Brasileiras arrepiam com 100% de vitórias no mundial de bodyboard 2008. O super man apresenta a magia do melhor surfista de todos os tempos Kelly Slater com depoimentos marcantes. Na coluna Gaia Surf Tour conheça Sydney na Austrália, a surf city top de linha com picos irados. E ainda novidades nos espaço Nova Era e Eco, com as últimas tendências da nova cultura de sustentabilidade. Você pode conferir nessa edição que fazemos “jus” ao nome, então vire a página e veja que a ala feminina ativa do século XXI está se movimentando de verdade. Almas inspiradoras que seguem neste sentimento de se renovar a cada momento da vida. Isabelle Nara e Estela Sabrina alafeminina@gmail.com

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Lucas B. Muro H2O Surf Photos Revista Revista AlaAla Feminina Feminina | #9| #9


news Projeto de lei regulamenta esportes de aventura Segue em transição o projeto lei que regulamenta os esportes de ação e aventura. A preocupação do senador Efraim Morais (DEM-PB), autor do projeto, é evitar acidentes. A lei condiciona a prática da atividade à qualificação técnica dos profissionais e instrutores. E ainda, exige o selo do Inmetro em todos os equipamentos utilizados para a prática desses esportes.

Tininha fatura etapa no Guarujá A jovem paraibana Diana Cristina venceu a segunda etapa do Circuito Petrobras de Surfe Feminino realizada entre os dias 29 e 31/8, na Praia de Pitangueiras, Guarujá (SP). Na bateria final, Tininha soube esperar a onda certa para conseguir uma nota 8,0 e assumir a liderança (16,33), que vinha sendo dominada até então pela carioca Taís de Almeida (13,60). A potiguar Krisna de Souza somou 11,93 pontos e ficou com o bronze, seguida por Gabriela Teixeira, com 11,50. “É um orgulho vencer esta etapa do Circuito Petrobras, estou muito feliz e agora quero me concentrar e treinar bastante para a última etapa, pois vou brigar pelo título”, contou Diana, a nova líder do Circuito Petrobras de Surfe Feminino 2008. O campeonato reúne cerca de 120 atletas de todas as categorias e das mais variadas idades e está em sua sétima edição. A terceira e última etapa do Circuito Feminino acontecerá de 17 a 19 de outubro, na tradicional Praia do Arpoador, berço do surfe no Rio de Janeiro. Ranking : 1º Diana Cristina 2595 pontos, 2º Suelen Naraísa 2415, 3º Krisna de Souza 2385, 4º Taís de Almeida 1965, 5º Gabriela Teixeira 1920.

Nike Human Race reúne famosos na capital paulista Diversos artistas estiveram presentes na Nike Human Race, no dia 31 de agosto. Além de São Paulo, cidades como Nova York, Los Angeles, Londres, Madri, Paris, Istambul, Melbourne, Xangai e Vancouver receberam a corrida. Pelo caminho DJs animaram as pessoas e ao final Moby tocou em Londres, Ben Harper em Austin, Kanye West em Los Angeles e Seu Jorge em SP. A medalhista olímpica Maureen Maggi esteve presente no evento e recebeu uma homenagem da Nike pelo feito conquistado em Pequim. #10 | Revista Ala Feminina


Tita Tavares é TETRA e Suelen TRI

Nilton Santos

Divulgação Nicoboco

A cearense Tita Tavares, 32 anos, levou o título de tetracampeã brasileira de surf profissional por antecipação na praia de Itamambuca (SP), penúltima etapa do brasileiro. “Quero tentar ser o Kelly Slater do surfe feminino no Brasil, buscar meu quinto título no ano que vem, depois o sexto, o sétimo, o oitavo, até quando eu puder”, disse Tita. A grande final foi contra a surfista local Suelen Naraísa, uma das grandes revelações do surf feminino, que levou o título, sendo a única tricampeã de Ubatuba desde o início do circuito Super Surf, no ano 2000. A última etapa do circuito brasileiro de surf está marcada para os dias 24 a 28 de setembro na Barra da Tijuca (RJ).

Recorde brasileiro no Mundial de Mergulho Livre Carolina Schrappe e Ricardo Bahia foram os representantes brasileiros no 6º Campeonato Mundial de Mergulho Livre por Equipes. A prova foi realizada no mês de setembro, em Sharm El Sheikh, no Egito. Os brasileiros quebraram recordes brasileiro e sul-americano durante a competição. No Lastro Constante, Carolina desceu -67 metros e quebrou o recorde Sul-Americano, que era dela mesma. Na Apnéia Estática, Carolina fez o tempo de 5min35, superando o recorde paranaense na modalidade e Ricardo fez 6min45.

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Mais de 30 atletas deram um show de manobras na quinta etapa do Circuito Brasileiro de Wakeboard, realizado em Brasília no Lago Paranoá. Confira os resultados da categoria feminina: 1º lugar Camila Ortenblad, 2º Tereza Teca Lobato e 3º Gabriela Rondi. A próxima e última etapa do Circuito será realizada nos dias 21 e 23 de novembro, em Araraquara (SP). Foto de Gabriela Rondi segunda colocada na classificação geral com 365 pontos.

Divulgação

Billabong Wake Cup

Participação histórica das brasileiras em Pequim Com um número recorde de participantes nos jogos em Pequim, as atletas desbravaram o pódio e marcaram história nas olimpíadas 2008. Ketlyn Lima Quadros foi a primeira judoca brasileira a conquistar uma medalha olímpica, levou o bronze. Logo em seguida veio a conquista da 1ª medalha feminina da história da vela brasileira em jogos olímpicos. Juntas desde 2005, Fernanda Oliveira e Isabel Swan conquistaram bronze na classe 470. Depois foi a vez do futebol que ficou com a medalha de prata. As meninas eram as grandes favoritas. Na 1ª fase foram as líderes do grupo, na disputa pelo ouro, elas dominaram a partida mas perderam para os EUA por um gol. Maureen Maggi trouxe mais um feito inédito: o 1º ouro feminino e a primeira mulher a ganhar uma medalha em esportes individual na história da participação brasileira. Maurren superou seu próprio limite e atingiu o melhor desempenho individual do país. Logo no primeiro saltou chegou a 7,04m, descartou as demais tentativas e garantiu o ouro por apenas um centímetro de diferença da russa Tatyana Lebedeva. No Taekwondo, a paranaense Natália Falavigna disputou em Pequim sua segunda olimpíada. Após derrotar a grega Kyriaki Kouvari por 3x1, a australiana Carmen Marton por 5x2, perdeu a semi- final por decisão dos árbitros e ganhou o bronze na vitória sobre a sueca Karolina Kedzierska por 5 a 2. O vôlei saiu ganhando desde o começo. As meninas já estavam em primeiro lugar na fase de classificação. Nas quartas de finais derrotaram o Japão e venceram as rivais chinesas, depois de quatro derrotas consecutivas em semi-finais olímpicas. A grande final foi contra os EUA e mesmo perdendo um set as brasileiras levaram o ouro. O povo brasileiro se orgulha com as conquistas da ala feminina! Parabéns meninas!

Localizado no litoral do Paraná, Antonina foi palco da única prova do Circuito Paranaense de Corridas de Aventura. Os 170 atletas disputaram as modalidades de orientação, trekking (caminhada), mountain bike (ciclismo fora de estrada) e canoagem, todas elas na Mata Atlântica que circunda a região. Foram 110 quilômetros para as categorias Pró e Expedição (com duração prevista de 24 horas) e 48 quilômetros para a Aventura (7 horas de tempo previsto). As três equipes mais bem colocadas da categoria Pro conquistaram pontos para o ranking nacional e o direito de integrar a equipe paranaense que deve disputar o Mundial de Corridas de Aventura, que acontece em Portugal no ano que vem. #12 | Revista Ala Feminina

Divulgação

Extremaventura 2008 reúne 170 atletas


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Oskalunga Sundown vence Brasil Wild 24h

Divulgação

Localizada na Serra da Mantiqueira, a pequena cidade de Gonçalves ficou lotada com a presença dos 187 competidores da etapa de 24hs da corrida de aventura Brasil Wild. “Esta prova teve características que valorizaram questões estratégicas, inteligência e transcendeu apenas ao físico e isso sempre buscamos nas provas da Brasil Wild. Novamente mostramos mais uma parte bonita do nosso imenso país, aprovado por todos por seus imponentes picos e águas cristalinas e proporcionamos uma intensa e gratificante experiência de vida” declarou o diretor de prova, Júlio Pieroni. No final da prova, vitória da equipe do Distrito Federal, Oskalunga Sundown, com o tempo de 14 horas e 40 minutos. Nas duplas masculinas, venceu a equipe mineira Advogado Aventureiro e Cia e nas duplas mistas, venceu a equipe Camamu Webike. Já na categoria solo prevaleceu a experiência do atleta paulista da equipe Lontra Máster. Para 2009 a Brasil Wild promete ainda mais surpresas aos atletas.

Pela 2ª vez Brasil participa da Volvo Ocean Race A largada da Volvo Ocean Race, uma das mais importantes provas náuticas de volta ao mundo, foi dada no dia 11 de outubro, na cidade de Alicante, na Espanha. No total serão nove meses de competição, 39 mil milhas náuticas (68.250 quilômetros) percorridas e 11 portos visitados. A novidade, nesta 10ª edição da VOR, é a nova rota da prova que inclui portos na Ásia. Em abril do próximo ano, a competição estará no Rio de Janeiro, único porto da prova na América do Sul. Nesta edição, mais uma vez, o Brasil terá motivos para torcer durante a prova. Na edição anterior, o país foi representado por uma equipe própria – o Brasil 1 – que conquistou um honroso terceiro lugar, em sua participação inédita.

Diana Cristina fatura Oakley Rio Surf Pro International A paraibana Diana Cristina levou o caneco do Oakley Rio Surf Pro International, a 13° etapa, com nível 4 estrelas no WQS realizada na praia do Arpoador, Rio de Janeiro (RJ) entre os dias 6 a 12 de outubro. Na final, Tininha superou a neozelandesa Paige Hareb pelo placar de 12.34 a 12.23 pontos. É a segunda vitória de Diana na divisão de acesso do circuito mundial. Desta vez, Tininha embolsa US$ 3,5 mil pelo título e soma 1500 pontos no ranking do WQS. A vice-campeã Paige Hareb faturou US$ 1,9 mil e 1290 pontos. A brasileira potiguar Krisna de Souza e a havaiana Coco Ho finalizaram a prova empatadas na terceira posição. A ultima etapa do WQS, Reef Hawaiian Pro, acontece no Havaí Alii Beach, Haleiwa, na ilha de Oahu, com a decisão do título do WQS, que por enquanto está nas mãos da australiana Sally Fitzgibbons, atual Campeã Mundial Pro Junior da ASP.

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Copa Nescau de Wake 2008

Piervi Fonsec

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O Lago Taquaral em Campinas recebe a primeira etapa da Copa NESCAU de Wake 2008 nos dias 20 e 21 de setembro. Para esse ano estão programadas mais duas etapas, Araraquara (08 e 09 de novembro), válida como etapa final do Circuito Brasileiro e São Paulo (06 e 07 de dezembro). “A expectativa é que tenhamos em média 80 inscritos por etapa e os atletas realizem grandes manobras”, diz Mário Manzolli, o Marito, organizador da Copa NESCAU de Wake.

* Mormaii Ibiraquera Wave Contest 2008 A praia de Imbituba (SC) foi palco de mais uma disputa do tradicional evento de windsurf e kitesurf no Brasil, entre 5 e 9 de setembro. Para esta disputa, na modalidade wave, as águas de Ibiraquera geralmente apresentam boas condições de ondas proporcionadas pelo vento fazendo a alegria dos participantes. São oferecidos troféus aos quatro primeiros colocados e R$ 12.000 em prêmios. O evento é válido pela 15ª edição do Campeonato Brasileiro de Windsurf Wave da ABWS, pela 1ª edição do Campeonato Brasileiro de Kitesurf Wave da ABK e pelo Campeonato Sul-Americano de Kite Wave.

Mundial de Kite Surf O campeonato mundial Kiteboard Pro World Tour (KPWT) conta com 8 etapas, em locais com perfeitas condições para o kitesurf. A tradicional etapa brasileira, realizada na Praia do Cumbuco (CE), acontece no fim de outubro de 25/10 à 02/11. Já o Professional Kiteboard Riders Association (PKRA) começou em março no México e termina em outubro no Chile. A etapa mais esperada por nós, sem dúvida, é a etapa brasileira que rola em setembro no Piauí. #16 | Revista Ala Feminina


Alerta contra o aquecimento global no 20 Earthwave Festival de Surf Ecorodovias

Ano passado, o Brasil estabeleceu a atual marca mundial no Guinness Book, com 84 surfistas na mesma onda. “Esperamos colocar o Brasil mais uma vez no Guinness Book. Porém, o mais importante deste evento é seu caráter ambiental, chamando atenção para um problema muito sério. No ano passado botamos 120 surfistas na água, um número grande mas pouco se comparado ao que foi feito na Cidade do Cabo, onde 340 participaram da tentativa”, disse Rico de Souza. A intenção dos organizadores, do Earthwave é chamar atenção para as mudanças climáticas, além de mobilizar surfistas a tomarem atitudes que ajudem a reduzir seus efeitos nos oceanos e, conseqüentemente, nas ondas.

Marcio Rodrigues - Fotocom

A praia José Menino em Santos reuniu em setembro surfistas dos quatro cantos do mundo contra o aquecimento global. Simultaneamente em diversos países, será tentado quebrar o recorde mundial do maior número de surfistas na mesma onda. Além da tentativa do recorde o evento contará com diversas ações ambientais e esportivas, como a limpeza da praia, o plantio de árvore, Circuito Paulista de Longboard e a disputa de Stand-up Surfing (surf com o apoio de remos).

Curso de fotografia ministrado por Sebastian Rojas na Ilha do Mel Sebastian Rojas é fotógrafo profissional há 22 anos e nos dias 26 a 28 de setembro, ministrou um curso de fotografia na Ilha do Mel, Paraná. Dentro d’água seu pico preferido é Teahupoo Tahiti. A inspiração de Rojas é fotografar lugares isolados e desertos, com ondas perigosas, tubulares e surfistas que desafiam a natureza. Também fazem parte do roteiro do fotógrafo lugares como Hawaii, Indonésia, Austrália, México, África e Brasil. Ele já fez mais de 100 capas para a revista Fluir.

TrackField run em Floripa O Track Field Run series tem como objetivo estimular a busca pela qualidade de vida por meio da corrida. Cerca de mil atletas devem participar da prova no dia 21 de setembro, em Florianópolis. Em agosto, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro receberam o circuito que ainda passará por Belo Horizonte, Brasília e São Paulo. Revista Ala Feminina | #17


Raid Aventura será em Tijucas do Sul O Raid Aventura percorrerá 40 km de trilhas, montanhas, cachoeiras e rios do município nas modalidades de orientação, trekking, mountain bike e natação. A prova acontece no dia 09/11, em Tijucas do Sul. O Raid Aventura é uma Corrida de Aventura realizada nos mesmos moldes da Extremaventura. As diferenças entre as duas é a substituição da modalidade de canoagem por outra aquática e a realização de um único percurso para todas as categorias.

Rico de Souza realiza museu do surf no Rio Com o objetivo difundir a tradição do surfe brasileiro, Rico de Souza selecionou 60 pranchas e fotos que contam um pouco da história do surfe. A exposição está no Rio Design Barra, entre 30 de setembro e 14 de outubro. Além das relíquias como as pranchas de madeirites, com as quais tudo começou no Pontão do Arpoador no final dos anos 50, estará também uma galeria de fotos recentes que destacam grandes nomes da nova geração. Entre as peças, estarão modelos usados por nomes como Pepê Lopes e o bicampeão mundial Tom Carroll, além de pranchas que pertenceram a Victor Ribas e Neco Padaratz.

Campeonato Pan-americano de Rafting As provas acontecerão na Argentina, rio Mendoza, ao pé da Cordilheira dos Andes, entre os dias 25 e 29 de novembro de 2008. A equipe brasileira, Alaya Bozo-d’Água, que conquistou o Campeonato Mundial de Rafting, disputado este ano na Coréia do Sul, vai tentar mais um título.

Encontro Nacional de Cicloturismo e Aventura A sétima edição do principal evento de cicloturismo do país rola de 20 a 23 de novembro, na cidade de Camboriú (SC). Serão quatro dias de intensa programação e confraternização, com passeios, exposições fotográficas e palestras relacionada ao ciclista no trânsito, ajuste da bicicleta para o cicloturismo, roteiros e viagens. As inscrições podem ser feitas pelo site www.clubedecicloturismo.com.br #18 | Revista Ala Feminina


Mariana Balbi é a única mulher no Supercross Acostumada a ser a única nas pistas de motocross, lotada com os homens, Mariana Balbi disputou a 2ª etapa do Campeonato Brasileiro de Supercross e conquistou o 11º lugar na categoria SX1. A prova foi realizada no dia 4/10/2008, em Curitiba, debaixo de chuva. Muita disputa entre os pilotos e emoção de sobra para os fãs do motociclismo Supercross. A vitória ficou por conta de Leandro Silva, na SX1, e Swian Zanoni, na SX2. Mariana começou aos 5 anos de idade, seguindo os passos do irmão, o também piloto Jorge Balbi Júnior. “É muito bacana correr entre os homens, algo que faço desde pequena. Quando comecei não existia nenhuma mulher no Brasil e acredito que tenha sido a pioneira. Depois de enfrentar os homens aqui no Brasil, fui para os Estados Unidos onde existe categoria feminina e ganhei experiência para correr aqui”, disse Mariana. Além de competições no Brasil, ela também disputa o Women’s Motocross Association, uma das competições mais tradicionais do mundo no motocross feminino. A 3ª etapa ocorre no dia 01/11, em Joinvile (SC) e as próximas estão previstas para 22/11 no Rio Grande do Sul e 13/12 em São Paulo.

Circuito Adventure Race 2008 O objetivo do Circuito Adventure Race é promover a consciência ambiental e a qualidade de vida através da atividade física e o contato com a natureza, além de muita diversão. A primeira etapa foi realizada em setembro, com 12 km de extensão no município de Jardinópolis. Subida íngreme de aproximadamente 500 metros, trilhas em mata fechada, canaviais e vales, escaladas, rappel em uma cachoeira de mais de 20 metros, além de 2 quilômetros de canyoning e uma caminhada dentro de um rio. E na categoria Race um desafio a mais, a modalidade mountain bike. A segunda acontece no dia 08 de novembro, o local ainda não foi definido pelos organizadores do evento.

Ecomotion percorre 555 km A mais importante prova da modalidade nas Américas será, pela primeira vez, válida como Campeonato Mundial (AR World Championship). A sexta edição do Ecomotion/Pro rola de 30 de outubro até 9 de novembro, nos estados de Ceará, Piauí e Maranhão. A prova está dividida em: 100 km de trekking, 287 km de bike, 136 km de canoagem, além de técnicas verticais e vela em embarcação de pescadores locais. A orientação em dunas e manguezais, assim como a navegação sob influência das marés, exigirão muita habilidade técnica. Revista Ala Feminina | #19


c u lt u ra e ar t e Brasil Kitesurfing! Depois do sucesso do Brasil Kite Trip, Action Sports Ilhabela e do Wild Winds Jericoacoara, a Morlima Filmes traz mais um lançamento: Brasil Kitesurfing. O filme é uma verdadeira viagem pelo litoral brasileiro, desde Santa Catarina até o Piauí, passando pelos melhores picos kitesurf. Os principais atletas do país mostram a evolução do esporte em um dvd repleto de adrenalina. Além das manobras freestyle de tirar o fôlego, a plasticidade da modalidade waves, a perfomance dos brazucas nas praias canarinhas, o dvd ainda traz uma session de kitewave nas ondas perfeitas do Peru, que dão um toque especial a nova produção do paulista Cláudio Lima.

Tempestades e Calmarias Uma aventura repleta de emoções e lições de vida Diogo Guerreiro, Flavio Jardim e Eduardo Moreira estabeleceram um novo recorde mundial, homologado pelo Guinness Book como “A mais longa jornada de windsurf do mundo”. Em maio de 2004, fizeram um a jornada inédita, do Chuí ao Oiapoque de windsurf. Sem barcos de apoio e sem equipamentos eletrônicos, eles embarcaram no que seria sua faculdade da vida que durou 1 ano, dois meses e um dia. Rico em acontecimentos incríveis e profundas reflexões, o livro aborda questões humanas como medo, paixão, sofrimento, solidão e determinação. O livro retrata muita adrenalina ao longo dos 8.120 km percorridos. Em 2008, Diogo Guerreiro embarca para mais uma aventura, uma volta ao mundo de veleiro que integra esportes de ação, educação e ecologia. A expedição terá duração de 2 anos.

O Surfista Mascarado No final do mês de setembro saiu o filme “O Surfista Mascarado” do diretor curitibano Richard Frankl. O filme traz a cobertura do campeonato de long board em tubos ¨TUBE RIDING CONTEST¨, realizado em setembro de 2007, na praia mexicana de Zicatela localizada em Puerto Escondido. O filme conta com a presença de atletas mundialmente famosos na categoria. Entre os brasileiros temos: Picuruta Salazar, Carlos Bahia, Amaro Matos e Natureza, entre os gringos temos, Dino Miranda (Hawaii), Andrew Logreco (EUA) entre outros. Mais informações e o trailer acesse www.piracemafilmes.com.br

Blue Lines - Filme de Surf nas Maldivas Joana Rocha e Joana Andrade são as protagonistas femininas do filme português Blue Lines filmado nas Maldivas. Não percam o show de surf das meninas em um local paradisíaco. O filme está disponível gratuitamente online no site www.bluelines.com.pt! #20 | Revista Ala Feminina


8 ª M OST R A INTE R N A C ION A L DE F IL M ES DE M ONT A N H A

Entropy

Entropy

Considerada uma grande confraternização de várias tribos dos esportes de montanha, o evento já é reconhecido no cenário cultural da cidade do Rio de Janeiro e conta com o prestígio de diretores, produtores, esportistas, fotógrafos, escritores e apreciadores da sétima arte. A 8ª Mostra Internacional de Filmes de Montanha acontece de 22 à 26 de outubro, no Cine Odeon BR. Este ano, a mostra abre espaço para sessões gratuitas, oferecidas à jovens da rede pública, escoteiros e bandeirantes. Além de oficinas de fotografia e cinema, palestras com esportistas consagrados, exposição de fotografia e lançamento de um livro. A Mostra Competitiva foi criada em 2004 para fomentar a produção de filmes nacionais que espera 40 filmes inscritos neste ano. Nesta 8ªedição os prêmios vão para: o Melhor Filme, eleito pelo público (filme mais votado), Melhor Diretor, Melhor Fotografia e Melhor Trilha Sonora, eleitos pelo júri oficial. O festival nasceu do Banff Mountain Film Festival, o melhor no mundo cinematográfico dos esportes de montanha. São filmes de esportistas consagrados que aventuram-se também na arte do cinema, ou grandes produtoras buscando o melhor ângulo de esportes como base jump, parapente, escalada, caiaque, mountain bike, entre outros.

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online www.oakley.com/community/videos/women A OAKLEY produziu um curta de esportes de ação “Uniquely” que apresenta talentos femininos em surfe, skate, wakeboard, snowboard e esqui com histórias das principais atletas da marca. O filme produzido por Jonh Roderick com imagens de alta definição, tem duração de 35 minutos, numa viagem cultural a Austrália, Califórnia, Indonésia, Alaska, Rússia, Japão entre outros picos exóticos. “Uniquely é um misto de aventuras que mostram como a vida pode ser bonita quando você faz o que você realmente ama”, diz a snowboarder francesa Marie-Roy. O Brasil conta com lançamento, 8 de outubro, no Hotel Ipanema da zona Sul carioca. O filme está no site da oakley woman.

www.waves.com.br O site WAVES completa 10 anos em outubro de 2008. Consagrado como um dos maiores portais de notícias na América Latina no surf, recheado de informações atualizadas e matérias com colaboradores espalhados pelo mundo. E nós temos a coluna Ala Feminina conquistada no link feminino, “girls only”, e também já publicamos vários vídeos no site.

www.youtube.com/ASPWorldTour Associação de Surf Profissional ASP lançou o seu canal oficial no site de vídeos You Tube. Agora o público pode conferir os principais momentos do circuito mundial de surf com vídeos incríveis. A página que foi criada há dois meses, conta com mais de 600 vídeos e já recebeu até medalha na Austrália como um dos sites mais acessados no portal.

www.youtube.com/isabellenara O canal da jornalista e videomaker Isabelle Nara tem um acervo com mais de 50 vídeos. A maioria são vídeos de surf feminino e o clip que fez maior sucesso é do 1° DVD de surf feminino brasileiro Ala Feminina Brasil, lançado em setembro de 2006. Alguns vídeos estão disponíveis também na nossa TV Ala Feminina www.youtube.com/tvalafeminina , confira! Mais informações sobre o dvd: alafeminina@gmail.com

exposição Exposição “Bahia no seu Tempo” do fotográfo Gus Benke agita Oscar Freire em São Paulo. Fotos: Gabriel Araújo

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Arte, música, cinema e negócios no Festival Alma Surf 2008 Milhares de pessoas foram conferir a quinta edição do Festival Alma Surf, o maior encontro mundial do segmento, que aconteceu de 09 a 12 de julho na Bienal, em São Paulo. O evento apresentou, sob o tema “ação”, como o esporte se insere no modo de vida das pessoas, pensamentos e atitudes. “A maior e a mais positiva influência do surf na sociedade é a legitimação da busca por uma vida melhor e mais prazerosa. O surf se transformou em cultura de vida, mercado e esporte, de forma única e na certeza de que se pode viver melhor a cada momento. É por isso que, anualmente, o movimento reúne quem se identifica ou vive desta maneira”, afirma Romeu Andreatta, idealizador e curador do festival.

V Mostra Internacional LuiLui de Arte e Cultura Surf O público teve a oportunidade de apreciar mais de 150 valiosas obras, desenvolvidas por mais de 40 artistas e fotógrafos. Além disso: a exposição “A Árvore Genealógica dos Shapers no Brasil”, que contou a história dos artistas que desenhavam as pranchas desde os anos 50 e a de “Carros de Surf”, com automóveis Volkswagen de época customizados com todos os itens usados pelos surfistas.

III Festival Billabong de Música O festival de música trouxe uma ampla diversidade sonora. O ícone havaiano Henry Kapono, indicado ao Grammy desse ano, o Guru’s Jazzmatazz, considerado um dos pioneiros no hip hop jazz crossover, a banda The Hey Ho’s, que realizou uma apresentação cover da banda Ramones, e o músico Todd Hannigan, compositor das mais conhecidas trilhas sonoras de filmes de surf.

IV Festival Internacional de Cinema Surf Os espectadores assistiram aos maiores lançamentos de filmes do ano, com sessões concorridas dos filmes High Water, Mundaka, entre outros títulos, sob a curadoria de Keiko Beatie.

Prêmios Melhor Fotografia: Water Man Melhor Trilha Sonora: Sliding Liberia Melhores Ondas: Bustin’ Down The Door Melhor Surfista: Shaun Tomson (Bustin’ Down The Door), e Rob Machado (Water Man) Homenagem Prêmio Alma Soul Surf: John Milius, Ty Ponder, Scott Bass, e Troy Page; pela produção do filme Between The Lines #24 | Revista Ala Feminina

Divulgação

Melhor Filme: Bustin’ Down The Door


Fotos:Divulgação

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adventure travel world summit

Pela primeira vez no Brasil o maior evento de turismo de aventura e natureza do mundo #26 | Revista Ala Feminina


Fotos: Divulgação

“Turismo de Aventura e Natureza como fator chave de desenvolvimento sustentável” foi o tema do maior evento da indústria do Turismo de Aventura, realizado pela primeira vez na América do Sul, em setembro. O público composto por representantes de empresas turísticas, órgãos governamentais e organizações não governamentais chegou a 860 ultrapassando os 600 inicialmente estimados. De acordo com o coordenador do evento, Jean-Claude Razel, dois temas podem ser destacados entre os assuntos debatidos: estratégias de marketing pela internet e parcerias para o desenvolvimento do turismo em Unidades de Conservação. “Os participantes vieram até nós para agradecer, tivemos uma resposta excelente. As pessoas participaram das discussões e fecharam negócios”, festeja Jean-Claude. O evento contou com palestras de nomes como Jim Gilmore, autor do livro “Autenticidade”, uma referência em marketing; Olivier Cantet, chefe executivo da Rip Curl, famosa marca da indústria do surf; a líder do World Learning, Carol Bellamy, eleita pela revista Forbes como uma das mulheres mais poderosas do mundo; o casal de aventureiros Gérard e Margi Moss que durante 20 anos viajaram por todo mundo em avionetas; e Frank Hugelmeyer, autoridade americana no estímulo de atividades ao ar livre. Revista Ala Feminina | #27


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Marcelo Krause

Marcelo Krause

“O Summit foi mais uma forma de concretizar o movimento pelo qual o segmento esta passando no Brasil. Liderado por uma organização séria e altamente competente (ABETA), o salto de qualidade e profissionalização realizado pelo mercado da aventura brasileiro nos últimos anos pode ser sentido pelos mais de 600 participantes de um evento de alto nível com pessoas de diversos continentes. Foi um prazer contribuir e participar do ATWS de 2008 em São Paulo. Parabéns a toda a equipe!” Daniel Spinelli- Diretor da Praia Secreta Expedições e vice-presidente da ABETA. #28#28 | Revista | Revista Ala Ala Feminina Feminina


Adventure Sports Fair reúne 61.100 A Adventure Sports Fair, o maior evento do segmento da América Latina, completou dez anos como um importante canal de incentivo ao desenvolvimento do mercado de esportes e turismo de aventura no Brasil. O sucesso da feira em termos de público visitante está baseado na variedade de atrações que a feira proporciona para todos os gostos e idades, desde turismo, equipamentos e ações de sustentabilidade, até uma área especial para crianças, off-road, camping, vela, bikes, arvorismo, esqui, mergulho entre outros.

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visitantes durante os quatro dias de Feira

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Marcelo Skaf

No setor dedicado ao surf, o público teve a oportunidade de observar de perto a construção de pranchas e esclarecer dúvidas sobre sua fabricação com os principais shapers do País. E no Espaço Sustentabilidade organizado no Centro de Exposições Imigrantes centenas de pessoas interessadas em conscientizarem-se e assumir sua parcela de responsabilidade nas ações de preservação ambiental.

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“A edição 2008 da Adventure Sports Fair superou todas as expectativas, o que indica que existe um público ávido por opções de turismo e esportes de aventura e pelo conceito adventure de viver em harmonia com o meio ambiente”, diz Sérgio Franco, diretor da Adventure Sports Fair.

Revista Revista AlaAla Feminina Feminina | #29 | #29


A ÇÃO F E M ININ A

Stand Up

a nova onda >> por Bruno Lemos

As brasileiras Andrea Moler e Maria Souza ganharam o título mundial no Molokai Race 2008. A prova exige que o atleta reme em pé um trajeto de 52 milhas, de 5 à 8 horas, no canal de Kaiwi, que divide as ilhas de Molokai e Oahu, no Hawaii. A cada quinze minutos a dupla se reveza até completar o percurso. O stand Up é uma modalidade de surf praticada em pé com o uso de remos. O equipamento se resume a uma prancha com boa flutuabilidade e um remo, esta modalidade de surf está começando a se difundir no Brasil e já conta com diversos adeptos. O esporte sem dúvida é muito saudável pois trabalha todos os músculos do corpo e o equilíbrio. Antigamente os havaianos já utilizavam o stand up, deitados sobre as pranchas eles remavam para se locomoverem de uma ilha à outra. Depois de algumas adaptações realizadas passou a ser utilizado como lazer e esporte. #30#30 | Revista | Revista AlaAla Feminina Feminina


do Hawaii

Fotos: Bruno Lemos

Surfing

Maria Souza

Revista Ala Feminina | #31


O que essas duas garotas estão fazendo é realmente o que poderíamos considerar como algo realmente “extreme”. Atravessar o canal de Molokai não é para qualquer um não, e principalmente de pé em cima de uma prancha, coisa de louco! Para quem não sabe foi exatamente nesse canal que Eddie Aikau desapareceu. Sem dúvidas o Kaiwi Channel não é brincadeira e essa travessia, que há alguns anos é patrocinada pela quiksilver, é considerada como Campeonato Mundial de Remada. No início, apenas o pessoal que rema deitado fazia a travessia mas depois o stand up reapareceu no Hawaii. Alguns bem aventurados tiveram a ousadia de desafiar essas 52 milhas de águas agitadas. Entre os pioneiros dessa façanha, apenas alguns dos Water Mans mais casca grossa do mundo: Brian Keaulana e Archy Kalepa. Desde o início, Andrea Moler e Maria Souza estavam lá com esses caras. As brasileiras da Ilha de Maui são bem conhecidas e respeitadas nesse meio.

Elas são verdadeiras Water Womans e provaram isso mais uma vez esse ano ao chegarem disparado na frente da categoria feminina. Garantiram o título mundial desse ano da Molokai Race e ficaram com a sétima colocação geral no stand up, entre quase 40 times que competiram esse ano. “Sem dúvidas esse foi o ano que mais teve times de stand up, lembro que a primeira vez que fizemos eram apenas três times. Fico feliz de ver que várias meninas também se inscreveram, pois sempre competimos contra os homens”, desabafa Maria de Souza depois da prova de 2008. As duas moram em Maui e são mães de família. Segundo Andrea Moler não foi fácil conseguir tempo para se manter em forma, “apesar da nossa rotina diária, trabalho, casa, marido e filhos, nós conseguimos treinar para essa prova. Seria muito imprudente participar dessa competição sem treinar”. Eu, que acompanhei de perto a performance das duas, posso falar com segurança que fiquei impressionado com a técnica e com o preparo delas. No meio de um oceano muito agitado, com ondas vindo de todos os lados e muito vento, não vi a Andrea cair nenhuma vez da prancha. Já a Maria escorregou apenas duas vezes: “Acho que foi porque um pouco do protetor solar caiu no deck da prancha e ficou meio escorregadio”, comentou Maria. Mas mesmo assim elas remaram muito bem! Andrea foi quem iniciou a corrida em Molokai e a primeira troca aconteceu trinta minutos depois da largada, elas trocavam a cada quinze minutos. Um barco de apoio acompanhava ao lado com um gps traçando a linha e orientando as meninas, enquanto uma remava a outra descansava. “A manha é você conseguir surfar o maior número de “bumps” possíveis”, explica Andrea. “Isso porque quanto mais ondas você surfar menos força você estará fazendo e mais rápido você chega do outro lado”. E foi exatamente essa estratégia que funcionou para elas. As duas surfaram sem parar e depois de seis horas e trinta minutos Maria estava chegando na praia de Anahina em Oahu. Onde houve uma grade festa para a entrega de prêmios. Muita gente bonita se alegrava ao som de Mel Pu’u e sua banda. Sem dúvida um evento que celebra e promove a cultura havaiana. #32 | Revista Ala Feminina


Andrea Moller

Revista Ala Feminina | #33


A ÇÃO F E M ININ A

“BUTTERFLY EFFECT” Como cada uma pode fazer a diferença! >> por Juliana Shelef e Tatiana Howard O Butterfly Effect é um evento feminino multiesportivo sem fim de competição, windsurf, stand up e kitesurf. A idéia surgiu de Tatiana Howard fazer um “down-winder”, travessia a favor do vento, com algumas amigas. Junto com Juliana Shelef decidiram fazer um evento aberto à todas as aventureiras que quisessem participar. Cada sorriso e energia positiva recebida, ao dividir a idéia com os outros, fez com que o “Efeito Borboleta” atraísse mais mulheres de diferentes esportes. Um evento cheio de diversão e surpresas ao longo do caminho. Especialmente feminino, sem taxa de inscrição e sem a pressão de um campeonato, cada participante é vencedora e leva para casa não só um prêmio por participar, mas um presente para o fortalecimento interior. O “Efeito Borboleta” está se espalhando pelo mundo, do Havaí ao Brasil, Austrália e Nova Zelândia. Mulheres que amam o esporte passam a ter mais coragem, força e motivação para vencer as surpresas da mãe natureza. O evento quebra barreiras de língua e níveis de experiência. A idéia é difundir o fenômeno no mundo feminino dos esportes aquáticos, do jovem ao adulto, do iniciante ao experiente, windsurfer ao paddle boarder, e a todos que se identificam com o esporte. Diferentes experiências Em cada destino diferentes condições e participantes, isso faz o evento ser tão único! No primeiro Butterfly, sediado em Maui- Havaí, em abril de 2007, estava cheio de adolescentes, 30 knot de vento e ondas pequenas. O segundo em Florianópolis, setembro de 2007, teve a maioria adulta, ven#34 | Revista Ala Feminina

to fraco e um espetáculo dos golfinhos. Na Nova Zelândia, fevereiro 2008, havia mulheres entre 21 a 60 anos! Em março, na Austrália, o grupo todo foi exclusivo de stand-up, paddling e para algumas participantes foi a primeira experiência no esporte. Em todos os locais que aconteceram, não importa se o vento foi extremamente forte ou fraco, cada participante levou para casa uma história e mais amigos para o resto da sua vida.

Butterfly Effect em Maui 2008 Mais de 50 mulheres florindo as praias da Ilha Maui - Havaí. “Na repetição do Butterfly Effect em Maui, o efeito foi tão forte que quase explodiu nossos corações!... 50 mulheres aderiram ao evento. Foi uma mistura de sentimentos… esperando que ‘everything little things will be okay’ como disse Bob Marley. E tudo foi tão bonito, cada uma motivando a outra continuar na aventura e ao mesmo tempo aprendendo com o desafio, sabendo respeitar os próprios limites, além dos oferecidos pela natureza”. Brasileiras de todo litoral estiveram presentes, todas unidas em diferentes experiências neste mundo azul que é o oceano! Travessia da praia de Hookipa a Sprecks, windsurf em Kanaha, grupo de Stand Up Surfing com Maria Souza, entre outras atividades. É mole ou quer mais... E este evento está programado para 4 de outubro, em Fortaleza – Ceará. Muitas surpresas e emoções estão por vim... O efeito já está dominando meu coração e de Tatiana, estamos a mil para que aconteça da melhor forma possível. Abraços e bons ventos!


Revista Ala Feminina | #35

Tracy Raft

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Dan Rayburm

Giora Koren

Dan Rayburm


c o n e x ã o e u r o pa

ASP Europe

Vitória brasileira em Portugal

Terminou em festa brasileira o campeonato WQS, Billabong Cascais Girls Festival, nível seis estrelas, realizado na Praia do Guincho em Portugal com 35.000 dólares de premiação. Na grande final Jacqueline Silva venceu a australiana Rebecca Woods com o dobro de pontos de sua adversária. Essa foi sua primeira vitória em 2008, garantindo 2500 pontos no ranking mundial, pulando da 15ª para a 7ª posição, e agora está perto da zona de classificação para o WCT. Mesmo com as dificuldades causadas pelas condições do mar, Jacqueline conseguiu arrancar bem, graças à sua primeira onda com a nota 8,5, a melhor da bateria, e somou mais 2,60 pts na sua última onda. Enquanto a australiana Rebecca Woods computou apenas 3,50 e 2,25 com o placar encerrado em 11,10 x 5,75 pontos. “Estou muito feliz com esta vitória em Portugal e quero agradecer a todo o público que me apoiou, bem como aos meus patrocinadores, família e amigos daqui,” comentou a campeã ao sair do mar com o título e o prêmio de 4.500 dólares. “O mar estava super difícil, mas acho que tive muita sorte ao apanhar aquela primeira onda, que definiu praticamente a final”, concluiu Jacqueline. Duas brasileiras seguem entre as top 6 WQS, até o final dessa nona etapa. Jacqueline Silva está logo #36 | Revista Ala Feminina

abaixo da paranaense Bruna Schmitz em 6°, e que apesar da boa campanha este ano, não passou da sua estréia em Cascais. A jovem surfista foi eliminada junto com a paraibana Diana Cristina pela incrível havaiana Bethany Hamilton e pela brasileira Marina Werneck, que seguiu até a 3ª fase. Só mesmo as catarinenses passaram pela segunda rodada, Marina Wernek foi barrada pela francesa Pauline Ado e a norte-americana Karina Petroni, terminou em 13º lugar e levou 800 dólares de prêmio, além de 975 pontos no ranking WQS. Já na terceira fase, Jacqueline Silva avançou atrás da australiana Laurina McGrath, que mais tarde perdeu para Jacque nas quartas de final por 17.00 x 9.25 pts. Na disputa mulher-mulher da semifinal, a brasileira venceu a neozelandesa Airini Mason por pouco, 11.85 x 11.25, seguindo para grande final que consagrou a sua primeira vitória em 2008. Bruna Schmitz ficou empatada em 25º lugar com a paulista Suelen Naraisa e a argentina Ornella Pellizzari, que também representou a América do Sul, cada uma recebeu 450 dólares e 875 pontos. Já a paraibana Diana Cristina e a paulista Cláudia Gonçalves dividiram a 37º posição em Cascais, levando 780 pontos e 150 dólares de premiação.


Quatro dias cheios de diversão e muito surf!

Photo Remind

O público ficou maravilhado com o espetáculos de free surf, a fluidez e agressividade das profissionais nas ondas portuguesas. As melhores surfistas do mundo estiveram presentes nos dias 31 de julho à 3 de agosto, em Portugal - Cascais (Estoril Coast). Um evento feminino de surf onde se aprende surfar e melhorar a prática no esporte. Mas isso não é tudo! O evento também contou com aulas de pilates, hip-hop, desfile de moda, palestras com surfistas profissionais, aulas de tow-in surfing e o espetacular Campeonato Mundial de Surf feminino, WQS 6 estrelas, competição de premiação máxima.

Photo Remind

No último dia do festival uma longa aula de surf, na parte da manhã. As meninas estiveram dentro de água durante horas, aperfeiçoando as técnicas que aprenderam durante o evento. Para tornar as coisas mais interessantes, ao mesmo tempo que a aula decorria, a organização realizou um pequeno campeonato amador. As meninas que conseguiam ficar de pé na prancha e percorrer a maior distância de onda foram premiadas com prêmios da Billabong e pranchas da NSP.

ASP Europe

ASP Europe

Photo Remind

Clara foi a grande vencedora deste fim-de-semana: “Estou muito feliz!... nem sei o que dizer...”, disse emocionada uma das surfistas iniciadas nesta etapa, que surfou pela primeira vez este fim-de-semana. “Aprendi a surfar há três dias e gostei muito. Gostei de todas as atividades, de todos os professores e só tenho a agradecer às Rock Sisters e a toda a organização, por tudo”. Já na parte da tarde foi a vez do trabalho em equipe, numa divertidíssima prova de tag-team, equipes compostas pelas alunas lutaram entre si para obter os melhores tempos numa prova de gincana. A equipe das mais novinhas, as “Super Star”, levaram a melhor nesta brincadeira.

Revista Ala Feminina | #37


Divulgação

Paixão pela organização de encontros femininos A nossa missão foi cumprida! Um evento feminino com muito sucesso! Trouxemos à Portugal novamente o evento de 6 estrelas, uma das provas mais importantes este ano no circuito mundial de surf feminino WQS. As ondas estavam magníficas, 1,50 m perfeito, um calor incrível e as atletas com força total! Muitas profissionais mostraram o seu melhor. Tivemos notas de 9,50! A final foi um espetáculo de surf com um nível altíssimo entre as mulheres. As ondas estavam enormes com mais de dois metros e uma força assustadora. Jacqueline Silva e Rebecca Woods deram show na final, Jacque levou a taça para casa e mereceu! As ondas dela foram muito bem aproveitadas, mostrando uma segurança incrível na execução das manobras! Além do campeonato ter sido um sucesso, as 200 mulheres que aprenderam a surfar acabaram o evento com um sorriso na orelha, altas ondas no papo e já são as melhores lembranças do verão europeu de 2008. Tiveram ao seu lado, alguns dos melhores surfistas nacionais e os professores mais carismáticos de Portugal! Mas as ondas, apesar de serem o mais importante não eram tudo no evento! Aulas de yoga, Hip Hop, dança do ventre, shows todos os dias ao pôr-do-sol, uma mega festa com 5.000 pessoas no Tamariz a “bombar” ao som do Dj da Casa. Para nós foi uma alegria organizar, pelo 9º ano consecutivo, eventos de surf para mulheres. Estamos muito felizes por conciliar a competição profissional com aulas para iniciantes, divulgando a modalidade para várias categorias. Quando começamos a surfar em Portugal havia apenas 20 mulheres, era raro ver uma surfista, somente nos campeonatos. Nos dias de hoje, em qualquer praia que chegamos quase sempre têm mulheres na água. Com todo esse processo, também é nossa missão passar uma boa mensagem de vida à todos. Qualquer mulher tem direito a fazer o que a faz feliz, não interessa o quê, mas interessa fazê-lo. Usar a vida de modo a estar viva, sair de casa, aproveitar a natureza, a companhia de quem nos ama, de que nos quer bem! Aproveitar a vida para nos tratarmos bem! Se estivermos bem todos à nossa volta vão poder beber um pouco dessa felicidade, tranquilidade e paz! Até a próxima e boas ondas!

Joana Rocha e Rita Rocha #38 | Revista Ala Feminina


Fotos: Samuel Berger

A essência do rafting no contato com a

Rafting é a descida de rios com corredeiras em botes infláveis. É uma ótima opção de lazer, pois pode ser praticado por toda família. O número de mulheres interessadas pelo esporte aumenta a cada ano. Não só pela prática, mas também por competições, equipes de apoio, fotografia ou como guias das expedições. Rose Naiana, condutora de rafting, conta que muitos perguntam espantados porque o rafting? E ela afirma, “rafting e turismo de aventura são experiências das mais transformadoras que podemos vivenciar”. Naiana é professora de yoga e fez recentemente o curso de condutora. Para ela a integração com a natureza transmite sensações maravilhosas. “O sol nascendo cor de rosa e se pondo vermelho rubi, as noites de céu estrelado, lua cheia esplendorosa, a força das cachoeiras, a vegetação. A cada paisagem que visualizamos o prazer aumenta, desempenhamos nossa competência técnica com a alma, brilho no olhar, e a certeza de estar executando uma atividade perfeita em um cenário cercado pela natureza”. Não podemos esquecer de procurar sempre profissionais qualificados para oferecer segurança na prática do esporte. A Praia Secreta Expedições opera o rafting na região de Cerro Azul, apenas 85 km de Curitiba, no rio Ribeira. Vale destacar que a empresa é uma das pioneiras no Programa de Aventura Segura da ABETA. Um condutor em cada bote coordena a equipe durante as atividades. Não é preciso ter experiência para praticar pois as corredeiras são divididas em classes, das mais fáceis e seguras até as mais radicais e cheias de adrenalina. A visita a Cerro Azul é uma experiência inesquecível para os que valorizam a rusticidade da vida rural. Casas históricas, um povo simples e gentil, raras belezas naturais e paisagens pitorescas da região montanhosa. Então junte a família e os amigos e venha sentir esta adrenalina!

Revista Ala Feminina | #39


MERGULHO LIVRE de

ALTO

d e s e m p e n h o

>> por Carolina Schrappe

A paranaense Carolina Schrappe é recordista paranaense, brasileira e sul-americana de Mergulho Livre, além de juíza Internacional AINDA (Associação Internacional para o Desenvolvimento da Apnéia), instrutora especialista de mergulho livre. Como preparação para a conquista, Carolina treina todos os dias com musculação, exercícios aeróbicos, natação, apnéia no seco e na piscina e ainda pratica uma arte marcial, o Taekwondo. Cada atividade tem um papel específico no treinamento: concentração, força física, preparação psicológica e fisiológica e técnicas de mergulho.

#40 | Revista Ala Feminina


Fotos: Divulgação

O mergulho livre, ou mergulho em apnéia é realizado sem o auxílio de equipamentos de respiração subaquática. De uma forma muito simples, é quando prendemos a respiração e mergulhamos na água. A apnéia pode ser praticada como lazer, para a pesca subaquática, competições, tentativas de records, fotografia sub em apnéia, etc. Em um curso que fiz em Cayman conheci pessoas que adoram brincar de scooter em apnéia, realizando lindas coreografias em baixo d´água (experimentei isso e é divertidíssimo). Muitos gostam simplesmente de “snorkear”, ficando na superfície em locais rasos admirando aquários naturais. Enfim, qualquer que seja seu objetivo e os motivos para praticar apnéia, é um momento de introspecção fantástico, que você aprende muito sobre você mesmo, além de ser extremamente relaxante tão somente por estarmos na água. O que é preciso para praticar apnéia? Além de vontade, estar com a mente aberta para aprender sempre, praticar segundo as regras de segurança, e, se divertir muito.

O mergulho livre e o surf Quanto tempo você precisa ficar sem respirar depois de uma “vaca”? Quanto tempo você consegue? Pois é, a maioria das respostas para esta pergunta é “não sei”. E se esta for a sua, é bom você começar a se preocupar e a treinar a APNÉIA. A apnéia é muito útil para quem pega onda, principalmente para aqueles que gostam de ondas grandes, onde a vaca, significa ficar submerso por um tempo, e por vezes de uma forma repetitiva. Os cursos de apnéia ensinam técnicas muito úteis para quem quer melhorar suas performances submersas, prendendo a respiração por muitos motivos, seja para atividades como o mergulho livre desportivo, para o surf, para a pesca subaquática, e principalmente, para se conhecer melhor na água, pois quando praticada com segurança vai melhorar absolutamente seus resultados. Gostou, quer saber mais sobre o Mergulho Livre (apnéia).Entre em contato comigo pelo e-mail contato@carolschrappe.com ou pelo site www.carolschrappe.com e saiba muito mais sobre o mergulho livre e os treinamentos ministrados por quem entende do assunto.

Revista Revista Ala Ala Feminina Feminina || #41 #41


Marina Vivacqua

s u rf

Ascens達o Feminina no

Sur f Mundial >> por Isabelle Nara #42 | Revista Ala Feminina


A cada ano que passa aumenta a popularidade do surf entre as mulheres. Um esporte cercado de machismo e explosão, toma formas femininas e entra na moda para influenciar gerações. O espírito jovem do surf inspira as mulheres ativas no século XXI, trazendo mais vida para a liberdade de viajar, surfar, curtir a natureza, encarar desafios e depois contar as aventuras por aí ou cantar na música de um violão. E pensar que essa atmosfera é o cotidiano de algumas surfistas, que começaram com o instinto nato de meninas e aos poucos adotaram o surf como profissão. Neste aspecto, os campeonatos de surf são os grandes protagonistas deste movimento de ascensão feminina mundial, difundindo o esporte e criando um estereótipo desse charme feminino nas praias dos quatro cantos do mundo. A história do surf feminino como profissão começou em 1976 com o circuito mundial de surf, com etapas femininas e masculinas. Desde a sua criação, a Austrália e os Estados Unidos são os países que realmente apostaram no surf feminino, com a realização de eventos esportivos em todos os anos. O Brasil só aparece de forma mais definida neste circuito na década de 90, e com atletas de destaque apenas depois que o circuito foi dividido pela ASP em 1997, em duas divisões: WQS (circuito qualificatório de acesso) e WCT (circuito mundial de surf). Conheça um pouco mais sobre a história do surf feminino no Brasil.

Revista Revista Ala Ala Feminina Feminina || #43 #43


Nilton Santos

Mundial WCT de Surf Feminino no Brasil

Lucas H2O Surf Photos Lucas H2O Surf Photos

#44 | Revista Ala Feminina

O circuito mundial de surf feminino começou por aqui logo no 1° ano 1976 do tour da ASP (Associação de Surf Professional), com a etapa Rio de Janeiro Waimea Pro com premiação de $1,500 dólares. Depois ficamos vários anos sem nenhuma etapa feminina, voltando adentro no 15°ano do circuito mundial com o Rio Alternativa Surf Internacional 1992, na Barra da Tijuca. Um campeonato com três edições que seguiu por mais dois anos com premiação de 25 mil dólares. Depois ficamos dois anos sem eventos aqui. Em 1997, ainda em ondas cariocas, contamos com a realização do WCT Kaiser Summer Surf. No ano seguinte, Rio Marathon Surf Int´l coroou a australiana Menczer Pauline como tricampeã da etapa brasileira. E já na última etapa do WCT feminino na década de 90, a 2ª edição do Marathon reservou uma história especial: a surfista carioca Andréa Lopes venceu em casa, se tornando a primeira surfista brasileira a vencer uma etapa do circuito mundial WCT. Depois desse marco, o Brasil continuou em um movimento crescente do surf. Veja no quadro ao lado as vitórias que as nossas surfistas conquistaram em campeonatos de surf feminino no mundo:


fotos: Marina Vivacqua

Etapas vencidas por brasileiras: 1998 WQS OP Hawaiian Pro - Tita Tavares WQS Clarion Wahine’s - Jacqueline Silva WQS Clarion Wahine’s - Tita Tavares WQS Clarion Wahine’s - Tita Tavares WQS G-Shock Hawaiian Pro - Tita Tavares 1999 WCT Rio Marathon Surf - Andréa Lópes 2000 WQS Body Paint Classic - Jacqueline Silva WQS The Mr Price Pro - Tita Tavares WQS US Open of Surfing - Tita Tavares WQS G-Shock Hawaiian - Jacqueline Silva 2001 WQS The Mr Price Pro - Jacqueline Silva WQS Wanadoo Lacanau - Tita Tavares WQS Roxy Pro Hawaii - Jacqueline Silva 2002 WCT Billabong Pro - Jacqueline Silva 2003 WQS Nokia/Lacanau - Silvana Lima 2004 WCT Roxy Pro - Jacqueline Silva WQS O’Neill Angels Challenge - Jacqueline Silva 2005 WQS Body Glove Surfabout XIV - Silvana Lima WQS Nokia Pro Fistral Beach -Silvana Lima WQS Hello Kitty Boardfest - Jacqueline Silva 2006 WQS Costão Pro - Diana Cristina WQS Billabong Girls Easter Festival - Silvana Lima WQS Tampax Compak - Cláudia Gonçalves WQS Billabong Girls - Tita Tavares 2007 WQS Midori Pro - Silvana Lima WQS Drug Aware Pro - Jacqueline Silva 2008 WQS Billabong Eco Festival - Silvana Lima WQS Mr. Price Pro - Silvana Lima WQS Billabong Girls Cascais - Jacqueline Silva WQS Billabong Ladies Pro - Silvana Lima

Lucas H2O Surf Photos

WQS Oakley R.J. Internacional - Diana Cristina

Revista Revista Ala Ala Feminina Feminina || #45 #45


Já no século XXI, somente em 2006 o Brasil voltou no calendário de competições. Iniciamos o ano com WQS Costão Pro, o 1° evento da categoria por aqui (esse circuito demorou a chegar em solo sul-americano, só em 2005 o Peru sediou o 1°WQS Feminino da América do Sul, Copa Movistar Pro Peru), e no mês de agosto contamos com mais duas etapas, WQS e WCT Billabong Pro Girls. O pico escolhido foi na terra do axé, Bahia, num dos picos de surf de Itacaré, a linda praia da Tiririca, que recebeu pela primeira vez as melhores surfistas do mundo. Em 2007 essas duas etapas de Itacaré foram as únicas no Brasil. Agora, chegamos em 2008 como um dos países com o maior número de eventos mundiais de surf feminino, quatro qualificátórios WQS e um evento principal WCT, totalizando cinco etapas. A última vez que a Cidade Maravilhosa sediou uma etapa do feminino foi em 1999, quando Andréa venceu, e agora será uma boa oportunidade para as brasileiras, Silvana Lima e Jacqueline Silva, darem show de surf com a torcida agitando as areias.

Confira o calendário: Billabong Eco Festival WQS: 17 a 21 junho- Praia do Forte, Bahia Billabong Girls Rio WQS e WCT: 8 a 18 de setembro - Praia da Macumba, Rio de Janeiro Costão Pro WQS: 1 a 5 de outubro – Costão do Santinho, Florianópolis Rio de Janeiro Internacional WQS: 6 a 12 de outubro – Arpoador, Rio de Janeiro #46 | Revista Ala Feminina

Fotos: Marina Vivacqua

Cinco eventos de surf no Brasil em 2008 Woohoooo!!


ASP Womens World Championship Tour 2008 Este ano o circuito conta com oito etapas: Austrália Gold Coast e Bells Beach, França Hossegor, Brasil Rio de Janeiro, Austrália Sidney, Peru Mancora e as duas últimas no Hawaii. Lembrando que para conquistar vagas na ala feminina WCT não é uma tarefa fácil. São 10 surfistas classificadas pelo WCT, 6 pelo WQS e 2 convidas. Um total de apenas 18 atletas para disputar o título de melhor surfista do mundo.

Roxy Pro

ASP Marina Vivacqua

ASP

O circuito mundial de surf feminino WCT 2008 iniciou tradicionalmente na Gold Coast Austrália, com a realização do ROXY PRO no pico de Snapper Rocks. A competição começou em Duranbah com ondas em torno de 1 metro com 8 baterias, 1ª e 2ª fase, as brasileiras passaram direto para o 3° round. O segundo dia de competição, rolou as 15 baterias restantes, da 3ª rodada até a grande final. As surfistas brasileiras terminaram na 9ª colocação. Os destaques da etapa de abertura foram: a americana de 15 anos Clarissa More, vencedora da triagem, com o maior somatório da competição, 17,57 pts nas quartas de final. A local de Snapper, Samantha Cornish pegou as melhores ondas das semifinais atingindo 16,90 pts, barrando a seqüência de vitórias da novata Clarissa. Na grande final a sul-americana Sofia Mulanovich venceu Samantha Cornish com 17,34 pts de 20 possíveis, deixando a australiana em combinação de notas com apenas 7,83 pts. “Apesar da derrota na final, é um grande resultado num dos meus picos preferidos e que surfo regularmente”, disse a australiana satisfeita com o resultado. Sofia levou o 1° caneco do ano, faturou 12 mil dólares de premiação e 1200 pts assumindo a liderança do ranking. “Foi uma final incrível com a Samantha, ela é uma ótima competidora. Eu sempre sonhei em vencer aqui em Snapper, é um lugar alucinante com um público imenso e todos ligados nessa energia do surf, numa onda especial”, disse a campeã da etapa.

Revista Ala Feminina | #47


Fotos: Lucas H2O Surf Photos

Rip Curl Womens Pro O segundo evento da temporada 2008 dropou nas direitas de Bells Beach, meca do surf, na cidade de Torquay, Sul da Austrália. As brasileiras encerraram novamente na 3ª rodada, com ondas irregulares sendo batidas pelas australianas Amee Donohoe e Claire Bevilacqua. Já o último dia da janela amanheceu iluminado por boas ondas de 3-5 pés, proporcionado boas condições para a realização das quartas, semis e finais. As notáveis surfistas desta etapa foram: Layne Beachley, australiana 7x campeã mundial que conseguiu o maior somatório das quartas de final 16,33 pts. As disputas das semifinais foram incríveis de ver, com 9 títulos mundiais entre as baterias: (7)Layne Beachley X (1)Stephanie Gilmore e (1) Sofia Mulanovich X Amee Donohoe. A peruana Sofia mostrou sintonia com o mar e venceu fácil deixando sua adversária em combinação de notas. E Layne Beachley não acreditou na derrota para a defensora do título da etapa e atual campeã mundial do WCT. “A Stephanie realmente está num momento incrível e estou muito orgulhosa dessa energia nela” disse a heptacampeã. A bateria final contou com fortes emoções num confronto entre: Sofia Mulanovich X Stephanie Gilmore. Para festa da torcida australiana, Steph venceu por 33 décimos com notas 9.33 e 7.17, virando nos últimos sob a sul-americana líder do ranking, que somou 8.17 e 8.00 pts. A australiana fatura o Bicampeonato, embolsa US$ 12 mil e soma 1.200 pontos no ranking, alcançando a vice-liderança no ranking. “É muito emocionante balançar o sino pela segunda vez aqui em Bells” comemora a campeã. #48 | Revista Ala Feminina


Rip Curl Pro Mademoiselle

RANKING WCT FEMININO

Depois de cinco meses sem etapas do WCT, as surfistas voltam com gás total para mais seis eventos. A terceira etapa Rip Curl Pro Mademoiselle foi realizada nos dois primeiros dias da janela, entre 28 e 1 de setembro, aproveitando as boas ondas em torno de 1 metro em Les Bourdaines, Hossegor França. A peruana Sofia Mulanovich, líder do ranking, foi barrada na terceira fase pela francesa Lee Ann Curren, filha do tricampeão mundial Tom Curren, que seguiu até as semis sendo derrotada pela experiente Layne Beachley.

após 4 etapas: 01: Stephanie Gilmore 02: Sofia Mulanovich 03: Layne Beachley 04: Samantha Cornish 05: Amee Donohoe 06: Melanie Bartels 07: Silvana Lima 08: Jessi Miley-Dyer 09: Jacqueline Silva 10: Rebecca Woods 11: Megan Abubo 11: Julia De La Rosa Toro 13: Rosanne Hodge 14: Melanie Redman-Carr 14: Nicola Atherton 14: Karina Petroni 17: Serena Brooke 18: Claire Bevilacqua

As brasileiras avançaram bem na classificação geral mas foram barradas nas disputas pela mesma surfista, a novata com sede de vitórias australiana Stephanie Gilmore. Silvana Lima começou bem indo direto para a 3ª fase, em seguida venceu a havaina Melanie Bartels 7,50 x 17,50 pontos no somatório de 20 possíveis. Nas quartas, derrotou a australiana Samantha Cornish 13,17 x 14,20 e conseguiu a melhor nota do dia 9,70. E nas semi-finais, Sil foi arrasada pela australiana Gilmore com 13,30 x 2,20, ficando em combinação de notas. Silvana fez pódio em 3º lugar e sobe da 11ª posição para a 6ª no ranking. A catarinense Jacqueline Silva também ingressou entre as dez primeiras, parou nas quartas com o placar de 5.77 x 18,40 de Gilmore, encerrou em 5º lugar e agora divide o 8º lugar no ranking com a australiana Rebecca Woods.

(AUS) (PER) (AUS) (AUS) (AUS) (HAV) (BRA) (AUS) (BRA) (AUS) (HAV) (PERU) (AFR) (AUS) (AUS) (EUA) (AUS) (AUS)

Fotos: Lucas H2O Surf Photos

A decisão do título reuniu duas campeãs, a veterana Layne Beachley x Stephanie Gilmore, que conseguiu as duas melhores ondas da bateria 8,83 e 7,83 somando 16,66 x 11 pts da heptacampeã mundial. Gilmore levou 12.000 dólares de premiação assumindo a liderança do ranking 2008. “Estou muito feliz por ter conseguido essa segunda vitória consecutiva. Este é só meu segundo ano no WCT e já estou defendendo o título, então tudo é novo para mim e esta conquista me deu mais confiança para os próximos eventos”.

Revista Revista Ala Ala Feminina Feminina || #49 #49


Lucas H2O Surf Photos

Perfil Silvana Lima Uma das precursoras no estilo mais ousado de surfar, com aéreos e boas rasgadas, trazendo um novo estilo de surf com atitude e táticas para as meninas dentro do mar. Nos últimos eventos internacionais realizados no Brasil, em Itacaré-BA edição 2006 e 2007, a surfista mostrou que aqui é sua praia e sempre dá muito trabalho para as adversárias chegarem às fases finais da competição. A cearense que transformou a sua vida pelo surf, tem uma trajetória de ascensão no esporte. Começou com destaque no Circuito Petrobrás Feminino, ao conquistar o caneco em 2002 e 2003, além de faturar o título Bi-campeã brasileira no Super Surf em 2004 e 2005. E ainda tirou nota 10 na primeira onda que surfou no WCT, ainda como convidada no Hawaii em 2005. (Diz ai tirou muita onda também né... isso é para poucos!) Num ano com muita dedicação, Silvana com 21 anos se classificou para o WCT em 2006. E vem se firmando pelo 3º ano consecutivo na elite do surf internacional. No seu 1° ano do tour, Silvana ganhou muita experiência nas ondas do Oceano Pacífico como Austrália, Fiji, Tahiti e no Brasil fez bonito. No final do ano ficou fora das etapas do Hawaii, passou as férias se tratando de uma cirurgia no joelho esquerdo, mesmo assim ela assegurou a vaga para o ano seguinte. Na 1ª etapa de 2007, Silvana voltou com surf no pé fazendo pódio, 3º lugar, depois seguiu firme nas disputas com três finais do mundial de surf (Brasil, Espanha e Austrália), finalizou como 3ª colocada no ranking final WCT. Nas duas primeiras etapas da temporada 2008 a surfista ficou em 9° lugar, na Espanha em 3° e para a etapa Brasil a expectativa é por vitória em casa. Silvana decidiu não participar dos eventos WQS na Austrália, mas prometeu se preparar para o 2° semestre, e voltou com sede de vitórias. Venceu o WQS Billabong Eco Festival na Bahia, numa disputa apertada com a australiana Sally Fitzgibbons, campeã mundial Pro Junior da ASP e conquistou a segunda vitória consecutiva WQS, no Mr. Price Pro, disputado em Durban, África do Sul. Depois de descolar duas notas 10 no dia anterior, Silvana deu show nas ondas de meio metro sul-africanas, atingiu 9.33 e 8.50 pts, arrasando a francesa Pauline Ado, que ficou em combinação de notas. Na etapa Brasil, Silvana conquistou mais uma vitória no wqs Billabong Ladies Pro no Costão do Santinho. #50 | Revista Ala Feminina


Perfil Jacqueline Silva Considerada a melhor surfista do Brasil pelo número de anos no mundial feminino e resultados expressivos na carreira. Jacqueline Silva é a atleta que obteve o melhor resultado do Brasil no circuito WCT, vice-campeã mundial em 2002. Nascida em Santa Catarina começou a surfar com nove anos, e como nessa época quase não existiam eventos, a surfista competia contra meninos em meados dos anos 90. Em 1996 a atleta foi campeã brasileira amadora e chegou à final do ISA Games. A atleta iniciou sua trajetória no mundial em 1997. De lá pra cá, com cerca de vinte anos de surf, ela tem no currículo mais de dez anos no circuito mundial. Durante todo esse tempo, com um estilo forte e alinhado de surfar, a catarinense se mantém regular no mundial com grandes disputas, chega em finais e leva o caneco de algumas etapas. Ao todo a surfista conquistou 9 vitórias no WQS e duas vitórias no WCT. Os picos preferidos de surfar são a Ilha de Floripa, a Austrália, Indonésia e Hawaii.

Lucas H2O Surf Photos

O último título de Jacqueline é o de campeã mundial de surf no circuito qualificatório WQS 2007. Conquistou o primeiro em 2001 e se consagrou agora a primeira Bi-Campeã do WQS Feminino. Escreveu seu nome mais uma vez na história do surf feminino como pioneira. Neste ano Jacqueline terminou em 9° as duas primeiras na Austrália, fez um 5° na Espanha e chega para a etapa Brasil no 8° lugar. Ela também continua nas disputas de WQS e agora a brasileira fez festa em Portugal ao vencer a australiana Rebecca Woods no Cascais Festival. Com a vitória em nível 6 estrelas, a surfista ainda tem chances de correr para o tri-campeonato.

Revista Ala Feminina | #51


ga l e r i a d e f o t o s

Rio

de

elite do

Janeiro

recebe o glamour da

surf mundial feminino

fotos fundo: Stock Photos

Foto: Estela Sabrina

Foto: Estela Sabrina

Nas areias não faltou estilo durante campeonato, faça chuva ou sol. Fotos: Gus Benke

#52 | Revista Ala Feminina


A coletiva de imprensa com as principais atletas reuniu a organização e jornalistas no restaurante japonês Pe’ahi.

fotos: Gus Benke

Billabong realizou uma super festa para mais de 500 convidados na mansão Beth Carvalho no alto do Joá.

Revista Ala Feminina | #53


C A M PEON ATO

Show de tubos >> por Isabelle Nara A quinta etapa do circuito mundial de surf feminino WCT chegou no Brasil, Billabong Girls Pro Rio. O campeonato teve como sede a Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, entre os dias 10 e 18 de setembro. As disputas começaram com sol e ondas razoáveis de 1 metro nos dois primeiros dias. Na 1ª fase as brasileiras avançaram direto para a 3ª fase. A melhor performance do dia ficou com a havaiana Megan Abubo, somando 14,65 pts. O terceiro round apresentou séries irregulares na praia da Barra, Jacqueline Silva venceu a australiana Rebecca Woods com duas notas em torno de 6.0 e Silvana Lima fez o maior somatório do segundo dia 16 pts, duas notas oito em cima da sul-africana Rosanne Hodge. A australiana Layne Beachley, heptacampeã mundial, tirou a maior nota do dia 9.0. Na repescagem a havaiana Melanie Bartels achou uma boa vala no meio e se deu bem, utilizou a mesma tática e seguiu para as quartas de final. Espera por condições de surf deixou as surfistas inquietas

Gus Benke

Clima de impasse no campeonato que ficou paralisado por cinco dias consecutivos sem condições de surf. “As ondas estão mexidas e o tempo feio, mas estou gostando daqui e me divertindo. Conheci o carnaval, dancei samba na Mangueira, visitei a favela da Rocinha. Tirei muitas fotos na incrível vista do Cristo Redentor, foi uma das paisagens mais lindas que já vi na vida! E agora espero que o mar melhore”, disse a australiana Stephanie.

#54 | Revista Ala Feminina


fotos: Daniel Esmurigo

As surfistas se reuniam dia a dia, mas a chuva e ondas com formação irregular impediam a realização. Silvana Lima afirma: “Prefiro esperar até amanhã, é difícil entrar nessa condição de mar que acaba virando uma loteria. Acredito que vai melhorar uns 80% e fica melhor para agente mostrar um surf de verdade”. Layne foi a única que entrou no mar durante estes dias de espera, com ondas fortes de cinco pés, correnteza e chuva. “Eu não acho possível fazer o campeonato nesta condição. Esse mar é capaz de quebrar prancha ou até machucar as costas. As ondas daqui são como as brasileiras, um trabalho difícil... rsrs... Ontem fui ver na Macumba, mas lá também está ruim, vamos esperar”, completa Layne. Finalmente ondas para as quartas de final - A espera por ondas valeu, foi um show de tubos no penúltimo dia da janela do campeonato. No último duelo para vaga nas semifinais, a cearence Silvana Lima (BRA) x Layne Beachley (AUS). Numa disputa acirrada, Silvana conseguiu um tubo e uma boa manobra, para virar a bateria, mas logo na seqüência Layne tirou dois tubos insanos na mesma onda e saiu, fazendo a nota que definiu a bateria 8,33. O placar ficou Layne 14.83 x 10.33 Silvana. Semifinal recheada de tubos - A primeira semifinal foi de arrepiar com Stephanie (AUS) X Melanie (HAW), em ritmo de final as surfistas deram show de notas altas e performances incríveis. A australiana tirou um belo tubo profundo, o único 10 do campeonato, mas não foi o suficiente para derrotar a havaiana iluminada. Melanie pegou dois tubos com seqüência de manobras e conquistou a vitória, fechando com o placar de 19,00 x 18,50. Na segunda semifinal os tubos não apareceram, mas a disputa foi bonita, entre duas campeãs mundiais, Sofia (PER) venceu Layne (AUS) com 11.67 x 9.46. Emoção na conquista do título - A havaina Melanie Bartels levou o caneco num dia de ondas perfeitas, 1,5 metro liso, faturou 12 mil dólares e 1.200 pontos no ranking. A havaina se destacou durante todo o evento achando boas ondas na Barra, derrotou três campeãs, para comemorar sua primeira vitória no ASP Women´s World Tour. Na grande final, contra a peruana Sofia Mulanovich, sua estrela brilhou vencendo com notas 6.67 e 7.67. E Sofia levou mais um vice campeonato, ficando com o prêmio de US$ 7.000 e 972 pontos.

foto: Gus Benke

Agora a disputa pelo título está bem acirrada, a australiana Stephanie Gilmore lidera o ranking do WCT com duas vitória seguidas. A peruana Sofia Mulanovich está encostada em 2°. Layne Beachley segue em terceiro no ranking, buscando seu 8° caneco. A brasileira Silvana Lima ocupa a 7ª posição e Jacqueline Silva segue em 9° lugar. A próxima parada é o Beachley Classic em Sydney Austrália entre os dias 9 e 14 de outubro e na seqüência a 6° etapa Movistar Classic presented by Rip Curl em Mancora, Piura no Peru de 3 à 8 de novembro. Revista Ala Feminina | #55


b o d y b o ar d

Brasileiras dominam A segunda etapa do mundial de bodyboard feminino foi um sucesso no Brasil. Show de bodyboard com boas ondas, uma estrutura incrível e o público lotando as areias ensolaradas. O Rio das Ostras International 2008, disputado entre os dias 24 e 27 de julho, na praia de Costa Azul, Rio das Ostras RJ, superou as expectativas e consagrou dois atletas brasileiros: Uri Valadão, da Bahia, e Isabela Sousa, do Ceará. Ambos assumiram a liderança do ranking. Nas semifinais femininas, Isabela Souza achou duas boas ondas somando 11,25 e desbancou a capixaba Naara Carolyne com 9,00 pts, tirando a liderança do circuito mundial. Com o resultado, Isabela garantiu vaga na decisão e passou a lutar pelo posto de número 1 do ranking. No segundo embate entre as meninas, melhor para a espanhola Eunate Aguirre 12,50, que eliminou a brasileira Jessica Becker com 11,00 pts. A decisão foi um show a parte, a briga valia a liderança do circuito. A brasileira fez o público vibrar a cada onda surfada. A cearense fez nota 7,00 e 7,50 para garantir de vez o título na soma de 14,50 X 12,75 pts da espanhola. “Eu estou muito feliz por ter vencido aqui, adoro Rio das Ostras, pois essa é terceira vez que ganho uma etapa aqui”, falou Isabela Sousa, feliz da vida por conquistar sua primeira etapa do mundial como profissional.

#56 | Revista Ala Feminina

Fotos: Jonathan Cardoso

no mundial de Bodyboard


Maylla reina em Sopelana Espanha A etapa de Sopelana, Espanha, sexta do circuito mundial masculino e terceira do mundial feminino, apresentou dois brasileiros no lugar mais alto do pódio, Maylla Venturin e Uri Valadão. As disputas mais acirradas começaram com as baterias da semifinal feminina. Com boas condições, Cristhiane Kale e Isabela Sousa, líder do circuito mundial, se enfrentaram para decidir que chegaria na grande decisão. Cris achou melhores ondas e não deu chances a sua adversária. Mesmo com a derrota, Isabela Sousa conseguiu manter a liderança do ranking mundial. Já na segunda bateria foi a vez de Maylla Venturin encarar Jéssica Becker, que chegou na sua segunda semifinal consecutiva. Em uma disputa acirrada, a capixaba Maylla conseguiu tirar proveito e mais uma vez Jessica acabou na terceira posição. Na grande final, Maylla Venturin X Cristhiane Kale, e mais uma vez a capixaba Maylla não deu trégua, liderou a bateria desde o início e conquistou seu 1° título do ano. Com os 1000 pontos conquistados na etapa, a atleta do Espirito Santo deu um grande salto no ranking mundial e pulou para a vice-liderança do tour.

Neymara carvalho leva o caneco de Portugal pela sexta vez A quarta etapa do mundial feminino disputado na praia Grande, Sintra Portugal, entre os dias 27 e 31 de agosto, apresentou Neymara carvalho como a grande campeã. Este ano o evento distribuiu 20 mil dólares de premiação para o feminino. Neymara fez final com Jessica Becker e levou o caneco pela sexta vez em Portugal, “seguramente uma das etapas mais competitivas de todo o circuito”, disse Neymara que encosta na líder do ranking. Quem lidera é a cearense Isabela de Souza 2840 pontos, seguida de perto pela tricampeã mundial, Neymara Carvalho 2790 e Mayla Venturin 2610. Com os resultados, a hegemonia brasileira aumenta ainda mais no circuito 2008. Entre as mulheres o aproveitamento é de 100% no ano com quatro vitórias em quatro etapas, são oito atletas brasileiras entre as dez primeiras competidoras.

Jonathan Cardoso

Jonathan Cardoso

Divulgação

Jonathan Cardoso

A próxima etapa do circuito mundial IBA acontece em Ferrol, Espanha entre os dias 1-6 de setembro, com $20 mil dólares e 1000 pontos no ranking mundial masculino e feminino. Após a etapa Espanhola o circuito passará por Venezuela, Brasil, Japão e Ilhas Canárias onde conheceremos os campeões mundiais de 2008. Assessoria de Imprensa CBRASB e IBA/MEDIA - Danilo Caboclo e Flávio Brito

Revista Ala Feminina | #57


ENT R E V ISTA

Um turbilhão de energia é o que podemos dizer da atração gerada pela adrenalina de competir do maior fenômeno do surf. Admirado por milhões de pessoas, todos querem chegar bem pertinho, fotografar o ídolo, torcer nas areias e comemorar o show que o mito proporciona na quebra de tabus, com seus 36 anos. Ele possui um gênio competitivo nato, isso faz com que Kelly Slater descubra táticas para quebrar, em qualquer condição de onda, com radicalidade e fluidez. Movimentos além do imaginável para nós pobres mortais. As ondas do mar batem no coração deste homem aquariano e visionário que vem transcendendo os níveis do esporte. Um surfista declarado como viciado em competição, calculista, criativo e com uma capacidade de concentração fora do comum. Entrevista exclusiva para a Revista Ala Feminina

Uma Onda Memorável Kelly: “No início da minha carreira, Pipeline 1991, estava com 19 anos no meu primeiro ano no WCT, e peguei uma onda lendária nas quartas de finais. O mar estava crescendo naquele dia, eu precisava de uma onda e veio uma grande esquerda. Então senti essa sensação que me impulsiona, como se eu fosse imbatível! Peguei muita bagagem naquela onda, a minha honra. Kelly conseguir um 9,8 em Pipe? Foi incrível! Isso foi o resultado de vários anos aprendendo com meus amigos a surfar no Hawaii em diferentes condições, tamanhos e intensidades. Quando eu era criança sempre imaginava que um dia poderia surfar essa onda. Pipeline sempre foi o meu lugar preferido para surfar”.

Surfista Milionário Kelly: “Eu tenho muito prazer em fazer da minha vida algo que realmente amo. Posso acordar todos os dias e fazer as coisas que mais gosto: surfar, procurar ondas e viajar pelo mundo. E mais sorte ainda, por alguém pagar para eu fazer isso. Se eu não tivesse patrocinador, provavelmente eu iria trabalhar um pouco...(risos)... para poder viajar e surfar”.

O marco de um Novo Reinado - 2005 Kelly: “Em 2005 o campeonato no Tahiti foi mágico. Conquistei o recorde de maior somatório de uma bateria no circuito da ASP. Acho que tirei três notas 10 e ainda 9,5 na final, que poderia ter sido um 10, mas infelizmente Damien Hobgood deslocou o ombro e afetou o julgamento. Mesmo assim, a última onda foi surreal com toda a torcida no canal, uma grande celebração! Ao mesmo tempo fiquei chateado com a contusão de Damien. Teahupoo é uma onda muito potente e tem um lip enorme que desmonta qualquer um! Realmente esse campeonato marcou minha vida e o título de 2005”. #58 | Revista Ala Feminina


A magia do maior fenômeno do surf

>> por Isabelle Nara

O Rei do Campeões 9X campeão mundial de surf 1992, 94, 95, 96, 97, 98, 05, 06, 08

O maior recordista da ASP, venceu

39 campeonatos WCT O mais jovem campeão mundial com

20 anos e o mais velho com 36 anos em 2008. 2008 surfista com o melhor aproveitamento em baterias 89% Já disputou quase 800 baterias no WCT e venceu mais de 500.

Bruno Lemos

Levou 5 X o renomado título do Pipe Master 1992, 94, 95, 96, 99 no Hawaii.

Revista Ala Ala Feminina Feminina || #59 #59 Revista


Marina Vivacqua

O Encanto do Tahiti Kelly: “Gosto de ir para o Tahiti, tenho bons amigos lá. É um dos lugares mais lindos que já fui na vida! Os vales têm uma vista incrível e a onda é muito especial. Teahupoo quebra sempre na mesma bancada, com só uns cinco segundo de pura adrenalina. Uma onda muito intensa, concentrando toda a energia num único ponto. Aqui têm outros picos com boas ondas, mas não chega a potência de Teahupoo. Big Pass boa esquerda, em Papara são ondas nos corais e um beach break inside, e ainda outros lugares como Hapiti e Tapuna. Com um jet-ski tudo fica mais fácil, existem várias bancadas de coral para se aventurar na Polinésia Francesa”.

Meus Picos Preferidos Kelly: “Eu tenho uma vida muito boa e adoro todos os tipos de ondas. Fiji é um lugar fascinante especialmente pelo povo local. Teahupoo e Pipeline são as melhores ondas do mundo mas existem outras ondas que eu gosto de fazer um bom surf e me divertir, como nas ondas de Snapper Rocks na Gold Coast. E o Hawaii é alucinante! Gosto da comida e do tipo de vida nas ilhas, esses picos possuem uma energia muito forte e todos esses lugares trazem alguma coisa especial”.

Do Suspense para o Pódio Em 2008, Kelly Slater começou o ano divulgando a sua aposentadoria no circuito mundial de surf. Felizmente isso vai demorar um pouco mais para acontecer, e se depender da Quiksilver só depois do 10° título mundial, com direito a premiação pelo feito, que vai ser difícil de algum surfista superar. Para conquistar o nono título mundial, Kelly venceu cinco etapas: Quiksilver Pro Gold Coast e Rip Curl Pro Bells Beach (Austrália), Globe Pro Tavarua (Fiji), Billabong Pro Jeffreys Bay (África do Sul) e Boost Mobile Pro (Califórnia). E ainda, levou o vicecampeonato na etapa Quiksilver Pro France e a nona colocação no Billabong Pro Mundaka, que garantiu a taça da ASP na nona entre as onze etapas de 2008, mostrando que é realmente imbatível.

Tiago Navas

Rumo ao Título de 2008

#60 | Revista Ala Feminina

Na primeira etapa do WCT sua estrela brilhou detonando seus adversários como quem está num parque de diversões. Na final, venceu o campeão mundial Mick Fanning em Snapper Rocks, e mesmo assim a dúvida continuou no ar: “Eu ainda não sei se vou competir em Bells, quero curtir a minha família, namorar e viajar sem compromisso”, disse o fenômeno caminhando para o nono título mundial. Desmentido por Fanning, que tinha acabado de perder em casa, “Ele está falando besteira! Tenho certeza que depois dessa vitória ele vai para a segunda etapa, Kelly é extremamente competitivo!”, declarou Mick. Em Bells, chegou de surpresa e continuou como se fosse um jovem aventureiro. Deixou seu antigo rival, Andy Irons, em combinação de notas pelo segundo campeonato consecutivo. Depois de vencer os principais nomes do surf mundial, como Damien Hobgood e Taj Burrow, na grande final ele sol-


Em Fiji, uma nota 10 logo no primeiro round, depois seguiu derrubando os adversários. Na seqüência, a fera partiu para J-Bay onde o brasileiro Adriano de Sousa foi mais uma vez vítima nas quartas. Já na disputa final, Kelly deu ritmo ao iniciar com uma nota 8.5 e venceu novamente o campeão mundial até o momento, Mick Fanning, com o placar de 16,73 x 9,40. Na Califórnia, Slater proporcionou o show que o público gosta de ver, a bateria final contra o australiano Taj Burrow foi quentíssima com ondas em torno de 1 metro. O aussie arrancou notas 9.00 e 9.63 mas vacilou na marcação excessiva de prioridade e deixou Slater abocanhar mais um caneco, com notas 9.70 e 9.27, virando na última onda. O eneacampeonato mundial ficou perto de ser confirmado na França, mas Slater perdeu na final para o australiano Adrian Buchan, que conquistou sua primeira vitória no WCT. Em Mundaka, chegar nas oitavas de final já seria o suficiente para assegurar sua hegemonia e o título por antecipação, e Kelly foi determinado a vencer de uma vez por todas na 3ª fase. Somou notas 5.83 e 7.83 em alto estilo nas ondas de dois metros e levou o caneco de melhor surfista do mundo pela nona vez na história da ASP.

Palavra do Fenômeno 9X Campeão Kelly: “Quero agradecer minha mãe, irmãos e todos meus amigos que não puderam estar comigo neste momento, mas sempre me apoiaram. Há 17 anos quando entrei no circuito mundial, sempre tive como objetivo ser campeão mundial. Mas nunca imaginei que fosse chegar nessa nona conquista”, comenta logo ao sair do mar. “Esse título é tão saboroso quantos meus anteriores. A minha conquista não veio de uma final eletrizante. Mas o fato de não depender dos resultados de outros atletas, tira essa pressão das minhas costas. Meus objetivos não param por aqui. Adoro viajar para diferentes lugares, experimentar novos equipamentos, então pretendo continuar pegando muitas ondas. Quero surfar até meus 80 anos idade”, declara Slater para a ASP.

Isabelle Nara

tou um aéreo estratosférico e saiu do mar de boca aberta, para abocanhar mais um troféu, e com a ponta do dedo para o alto, fazendo o n° 1!

Agora o mito está no auge do seu surf, superando expectativas. Ele se declara realmente feliz e completo, curtindo a vida e aproveitando todos os momentos. Pura magia de um homem que vai ficar para sempre nas lembranças do surf.

Marina Vivacqua

A 14ª temporada no circuito mundial do surfista norte-americano Kelly Slater veio junto com o melhor aproveitamento dele nas baterias. Quase não foi derrotado, acumulando recordes e mais recordes. Nem ele mesmo acredita em tudo o que já conquistou.“Nunca pensei nisso, nunca nem passou pela cabeça que poderia conseguir tudo isso. É muito louco! Esse ano me senti mais à vontade e mais feliz, provavelmente é reflexo da minha vida pessoal. Essa foi a maior mudança. Tenho trabalhado um pouco as minhas pranchas aqui e ali e sempre trabalhei minha mente e emoções, acredito que tudo acabou refletindo nas competições. Então estou muito feliz por tudo, foi um ano fantástico!”, revela Slater com o sorriso na orelha.

Isabelle Nara

Ele nunca imaginou que seria um Mito do Esporte

Revista Ala Feminina | #61


C ATÁ LO G O Aleh Farah conta a história do pretinho básico na feira Só Para Mulheres

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Presente em todo o guarda-roupa da ala feminina, o “pretinho básico” é o tema da palestra que a editora de moda da revista Vogue, Alexandra Farah, aborda na feira Só Para Mulheres em SP. A história de uma das mais clássicas peças do vestuário feminino. A palestra é gratuita no dia 26 de outubro, domingo, às 15h, no grande auditório do palácio de Convenções do Anhembi. A feira acontece entre os dias 24 e 26 de outubro, mais informações sobre a feira no site www.spsoparamulheres.com.br

Água é inspiração da Track&Field na coleção verão 2009 A Track&Field inspirou sua coleção no movimento das ondas e gotas de chuva, retratadas em diversas estampas. A coleção 2009 apresenta uma combinação de tecidos de alta performance e recortes diferenciados. Um barco velejador trouxe a estampa Skeaf, já o mitológico Olho Grego, ganhou forma de gota na Rain e ilustrações que relacionam água e artes plásticas transformou-se na estampa Floral d’água Calder. Os traços da Tattoo Maori, tribo nativa da Nova Zelândia com o costume de tatuar elementos com a idéia de vida longa, aparecem em tops, regatas e leggings nas cores cinza e azul com espirais, que remetem à idéia de infinito. O novo tecido da Track&Field de microfibras de poliamida promete surpreender os apaixonados por esporte.

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Prancha de Surf Australiana A DHD está disponibilizando para o Brasil o shape da atual campeã mundial de surf no WCT, a australiana Sthephanie Gilmore. O design apresenta todos os aspectos do modelo que ela exige em suas pranchas.

Preço: a partir de R$ 900,00 *condição especial para leitores, 2x sem juros.

#62 | Revista Ala Feminina

Tamanhos utilizados entre: 5’11” - 6’4” Largura de: 18’ 1/8” - 18 1/2” Espessura: 2’ 1/8” - 2’ 3/8” Concave: Single to double Rabeta: Rounded Square


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Revista Ala Feminina | #63


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#64 | Revista Ala Feminina


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Revista Ala Feminina | #65


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Revista Ala Feminina | #67


#68 | Revista Ala Feminina


Revista Ala Feminina | #69




Ecobags: essa moda vai pegar!! >> Por Isabelle Nara Hoje em dia estar antenado em sustentabilidade é estar na moda. As novas sacolas ecológicas, conhecidas no mundo inteiro como “Ecobags”, chegaram para trazer mais estilo e consciência para dentro dos supermercados. E nessa história, quem está faturando são as grifes de bolsas, inovando nos estilos, trabalhando com o conceito de reutilizar para a confecção, reduzir o consumo de sacolas plásticas, enfim adotarmos a postura de reciclar. As antigas gerações usavam sacolas feitas de material plástico com alças reforçadas para ir a feira, eram bolsas reutilizáveis, e também as de papel dos supermercados com alça resistente ao peso. As sacolas de feira ainda não seguiam os conceitos das ecológicas, porque uma de verdade é feita de material biodegradável. Mas agora prometem trazer o encanto para o cotidiano da mulher do novo milênio. Umas das pioneiras na criação de sacolas ecologicamente corretas foi a design inglesa Anya Hindmarch. Ela criou um modelo com a frase “I’m not a plastic bag”, em edição limitada (cerca de 500) , como uma bandeira em defesa do meio ambiente. A sacola é grande o suficiente para carregar o conteúdo de nove sacolas de plástico. Outras edições foram criadas e enviadas para o Japão, Itália, Canadá e Estados Unidos, que virou febre vendendo 20 mil unidades em minutos no centro de Nova York. Na busca por recursos sustentáveis e renováveis, vemos grifes famosas do mundo inteiro criando novas versões. Utilizando sarja sem tintura, algodão orgânico, e já existem tecidos feitos de reciclagem de garrafas pet. Você pode encontrar Ecobags das mais sofisticadas até as mais corriqueiras. O que vale mesmo é a sua ação e intenção, além de avaliar a questão do seu bolso. A Surfrider Fundation lançou em parceria com a Billabong Girls australiana, na campanha Desing for Humanity, a Ecobag do surf com a cor do mar, por 5 dólares. A ONG brasileira SOS Mata Atlântica também aderiu a campanha produzindo sacolas denominadas manifesto, terra, verão e céu. A rede de supermercados Pão de Açúcar comercializou mais de 90 mil sacolas retornáveis, nos primeiros seis meses desse ano, e vende por dia uma média de 500 bolsas ecológicas, custa R$3,99. Na Louis Vuitton foram vendidas mais de 30 bolsas por R$7.450, só em 2008. #72 | Revista Ala Feminina


Com a nova cultura de sustentabilidade, um dos maiores protagonistas dessa história, as redes de supermercados vão ter que se ajustar. Você vê essa preocupação? Em alguns países desenvolvidos, já temos medidas e campanhas para utilizar as Ecobags. Wall Mart e a rede St. Marché também já disponibilizam sacolas retornáveis. Será que o marketing de comunicação ajuda a transformar esse hábito? Para Walfrido Neto, sócio-proprietário da Ecobag.com.br diz que a principal dificuldade do negócio é a falta de consciência ambiental da população brasileira. Já para José Goldemberg, presidente do Conselho de Estudos Ambientais da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), a barreira vem dos supermercados que ainda não aderiram à idéia das bolsas sustentáveis. Precisamos encarar uma campanha para a população se conscientizar de trocar a sacola de plástico que armazena lixo por uma ecologicamente correta. Tome as rédeas do futuro que está em suas mãos, todos os dias. Você sabia que uma sacola de plástico pode levar até 200 anos para se decompor quando enterrada em uma espécie de “lixão”? Você sabia que uma família de quatro pessoas de classe média usa 1.000 sacolas por ano? E podem surgir perguntas, como vou armazenar o lixo caseiro? As sacolas plásticas azuis ou pretas são as mais recomendáveis pois são mais resistentes. Porém elas têm custo, diferente das sacolinhas de mercado gratuitas e que ainda causam danos ambientais. O fato é poder armazenar mais lixo evitando usar várias ao longo do dia. Mas para tudo isso valer mesmo a pena devemos ainda selecionar o que jogamos fora. Fique antenado, as Ecobags vão chegar a todo vapor em lojas de roupas e supermercados por aí. Um hábito que ficou automático até ligarmos as antenas. A questão é que as tendências da moda e de um ser humano moderno, também podem difundir práticas de preservar o meio ambiente e ativar a consciência, o despertar para uma Nova Era.

Revista Ala Feminina | #73


v i ag e m >> por Isabelle Nara

Qualquer surfista brasileiro que resolve fazer uma viagem para a Austrália sabe que a trajetória pode ser longa mas é uma delícia... Um país com 25.760 km de costa e muitos picos de surf nos leva a crer que o sonho de conhecer diferentes ondas parece nunca terminar. É o país dos cangurus, mágico na sua variedade de ondas e cultura surf. Saindo do Brasil a viagem via Chile dura em torno de 24 horas, contando com as conexões. O local escolhido para descobrir as tradições do surf nessa parte do Pacifico é a cidade de Sydney, no Estado de New Soulth Wales. Uma mega-metrópole com 240 km de costa litorânea incluindo praias, parques, vales, rios, ilhas e lindas paisagens. Cheguei em Sydney às 9 da manhã abençoada por um lindo sol com a visão surpreendente do canal que entra pela cidade.

#74 | Revista Ala Feminina

Fotos: Isabelle Nara

Sydney Austrália surf city top de linha


Sydney Harbour, canal de mar com lindas baías Uma cidade cosmopolita, com uma estrutura funcional fascinante, ferrys boats que cruzam a cidade, cais, portos e pequenas baías em todos os cantos. O trânsito com mão inglesa bagunça a cabeça. A arquitetura européia de tijolos a vista, edifícios modernos e geométricos, e o túnel de 2,3 km que fica embaixo do mar, trazem um cenário que me deslumbrou já na minha chegada neste país de 1˚ mundo. A entrada do mar batizada como Sydney Harbour é o grande marco nas paisagens da cidade, trazendo recortes geográficos em seus longos quilômetros. O centro apresenta os cartões postais: a encantadora ponte Sydney Harbour Bridge que conecta o centro a região Norte, onde encontram-se vários picos para surfar em Northern Beaches, a minha parada. A Circular Quay é o porto dos Ferrys boats que operam como se fossem metrôs e ônibus, transportando a população com um glamour de navio, ligando as regiões da cidade. E formando o conjunto no visual do centro de Sydney, o Opera House, que ficou popular na imagem da cidade depois dos Jogos Olímpicos no ano 2000. Revista Ala Feminina | #75


Mais de 60 picos de surf de litoral recortado e preservado Quando cheguei em Sydney não imaginava que a variedade de picos e paisagens seria tão grande. Cerca de 60 tipos de ondas desde Palm Beach em Northern Beaches até Cronulla em Soultern Beaches. O litoral é bem recortado e com grandes ondulações, bem direcionadas, alguns lugares quebram de forma cinematográfica. Puro surf em vários picos de Sydney, gostei de ver a preocupação ambiental, áreas costeiras bem preservadas, cercas e caminhos exclusivos para passar.

Fotos: Lucas H2O Surf Photos

Só nas praias mais badaladas como Manly e Bondi não há vegetação costeira de frente com a praia, mas nos cantos apresentam boas caminhadas entre a natureza, que trazem um gostinho de cidade grande com paraíso do surf. A melhor época de surf na Austrália é o verão, de dezembro a março, com a ocorrência de cyclones no Pacífico e no inverno, quando as frentes frias trazem as ondulações.

#76 | Revista Ala Feminina


Fotos: Isabelle Nara

Northern Beaches surpreendente com 40 tipos de ondas No começo não conseguia me localizar com tantas regiões diferentes Manly, Dee Why, Collaroy, Narabeen, Mona Vale, Newport, Bilgola, Avalon, Whale Beach e Palm Beach. Em cada praia vários picos para a alegria dos surfistas, cerca de 40 “valas” diferentes. Dei início pela península de Manly, a primeira na costa Norte de Sydney. Uma das praias mais famosas com todo um charme de surf city, começando pelo cais de Manly Wharf do ferry boat, que cruza Sydney em 30 minutos chegando ao centro. E Descendo a Rua Corso há 200 metros fica a praia. Essa área é bem agitada com lojas, bares, escolas e restaurantes, circulando turistas do mundo inteiro, estudantes, backpackers e surfistas. Cerca de 6 mil brasileiros vivem em Manly, dominando a região em diversas atividades. Revista Ala Feminina | #77


No canto direito de Manly fica a onda mais perfeita, “Fairy Bower”, um pico raro de quebrar. Reef break que funciona só com swell grande, de Leste ou Nordeste, ou Oeste e Sudoeste com vento Sul, nessas condições surf clássico. Há 400 m a vala “North Steyne” em frente ao Surf Club de Manly é dominado por surfistas iniciantes. Na praia as européias fazem top less, é proibido bebida alcoólica e não tem ambulantes.

Na seqüência Dee Why, uma área bem povoada que sempre tem surfistas na água. Os picos mais famosos são Curl Curl, “Castel Córner”, boas esquerdas com fundo de pedra e “North Curl curl” no canto direito proporciona ondas para os dois lados. Já em “Dee why point”, o acesso pode ser feito pela piscina, um pico mais crowd com boas direitas de 1m- 2m e pode chegar aos 15 pés para sessão de tow-in.

#78 | Revista Ala Feminina

Fotos: Isabelle Nara

O canto esquerdo de Manly é denominado Queensclif, um pico mais constante principalmente por causa das ondulação que vem de Nordeste e vento Oeste/Sudoeste proporcionando surf de 3-5 pés. Nos últimos dois anos é o palco da maior etapa do WCT Feminino já realizada no Tour ASP, com uma premiação de 100.000 dólares – WCT Beachley Classic. Um campeonato de surf idealizado por uma das maiores surfistas de todos os tempos e moradora de Manly, Layne Beachley 7X Campeã Mundial. Ao lado, descendo a rocha entre árvores, tem uma prainha maravilhosa, Freshwater, com melhor formação pequena de Sul e vento Nordeste.


Fotos: Isabelle Nara Lucas H2O Surf Photos

“Long reef” é um dos picos mais clássicos de Sydney, quebra em média 150 dias por ano. O acesso é pela praia Dee Why ou deixando o carro em Collaroy, na baía de “Fishermans”. O lugar chega a ser exótico pois tem clube de golfe de frente para o pico, parque de proteção ambiental, barreira de corais de reserva fluvial e na encosta cascalho e terra vermelha. Os ondas são denominadas “Butle box” e “White rock”, esquerdas com fundo de pedra e coral. Ainda tem mais alguns picos “Little Makah” e “Bronw water” e o Collaroy, os mais raros de quebrar. Narabeen é uma área que fica afastada de toda a agitação de cidade grande. Com rica vegetação costeira e que apresenta três picos “Carpark rights”, a vala do meio “The point” e no canto esquerdo “North Narabeen”. Esta última é uma esquerda lendária, com fundo de pedra, local onde Natan Hedge, Chris Davison, Tom Whitaker, Luke Stedman, Kai Otton têm o prazer de surfar. O acesso pode ser feito pela piscina ou uma remada básica de 50m até 300m nos dias grandes. North Narabeen recebe nos últimos anos a etapa decisiva do Mundial Pro Junior, logo na 1ª semana de janeiro. Esse ano tive o prazer de presenciar o campeonato com um swell monstro e a vitória do brasileiro Pablo Paulino, que carimbou pela 2ª vez a galeria de campeões mundiais ASP Junior. Foram quatro dias de pura adrenalina no outside da costa australiana, séries de 5-8 pés (1,5-2,5m) formando esquerdas pesadas e tubulares proporcionando excelentes imagens para o meu novo vídeo de surf. O encanto desta região chegou a conquistar o rei do surf mundial Kelly Slater tem uma casa em Avalon e quando tem uma folguinha aproveita para curtir as ondas de Northen Beaches. Fui até o final da linha, Palm Beach, uma área mais deserta com mansões e cercada por uma rica fauna. Revista Ala Feminina | #79


Lucas H2O Surf Photos

Descendo o centro por 10 km para a região Sul de Sydney também podemos encontrar picos clássicos de surf, cerca de 18 tipos de ondas. Bondi Beach é um dos primeiros lugares em que nasceu o surf na Austrália. Uma surf city antiga e badalada e que preserva muito bem a cultura surf. Em 2008 o “Surf Club de Bondi” completa 101 anos de existência. Já de manhã bem cedo sempre têm surfistas na ativa e fotógrafos captando imagens de surf. O canto Sul de Bondi pode proporcionar dias de surf consistente, principalmente com swell de Sul, direitas e esquerdas variando entre 3-4 pés. Já na costa norte de Bondi tem a onda “Ben Buckler” que pode apresentar boas ondas de 4-6 pés com vento sudoeste.

#80 | Revista Ala Feminina

Isabelle Nara

Soulthern Beaches apresenta uma das ondas mais temidas da Austrália “Ours”


Fotos: Isabelle Nara

Maroubra Beach é uma praia que fica mais para o subúrbio da costa sul de Sydney. Lá é bom andar mais discreto e deixar o carro em lugares seguros, pois existe o risco de assaltos. Vindo de Bondi sul são 30 minutos de carro. Um lugar com certo localismo e poluição, depois de grandes chuvas não é aconselhável surfar. As bancadas são formadas por pedras e em alguns lugares reefs. As melhores condições são 1m até 2m, com swell de leste ou nordeste e vento leste e sudoeste, proporcionando boas ondas para os dois lados. A onda “Ours” também chamada de Kurnell Secrets é localizada dentro do parque Botany Bay, depois de praia de Maroubra. Uma direita rápida com reefs e pedras que formam uma onda com um lip muito grosso, como se fosse Teahupoo para o outro lado. Assisti uns filmes que mostram a onda quebrando de verdade, sendo realmente insano! Ainda mais por ser extremamente inside. Antigamente o pico era dominado por bodyboarders até que a gangue de surfistas “Braboys” decidiram que ali só podia surfar de prancha, chamando a onda de Ours (nossa onda). Começa a funcionar com 1m -1,5 m (3-5 pés) atingindo 4 metros de pura adrenalina. Com ondulação grande de Sudeste e Leste, surf épico para profissionais ou malucos por ondas desafiantes. Revista Ala Feminina | #81


Depois dessa minha jornada por Sydney desvendando diversos tipos de onda e paisagens cheguei a conclusão que realmente a Austrália é um gigante país do surf por natureza e Sydney uma cidade maravilhosa com surf top de linha. Em apenas uma cidade pode-se encontrar tantas ondas diferentes que me intrigou imaginando o restante dessa costa encantadora... Oeste australiano, Gold Coast e Torquay mas isso é outra história... Até a próxima e boa viagem!

Isabelle Nara

Lucas H2O Surf Photos

Isabelle Nara

Isabelle Nara

Expedição Gaia Surf Tour Apoio: Lojas Bom Preço, Pranchas TBC, Loja VM4.

#82 | Revista Ala Feminina


Revista Ala Feminina | #83


NO VA E R A

Um olhar diferente sobre o corpo >> por Naiana

| pranaiana@hotmail.com |

O primeiro momento deste artigo é questionar: o que é qualidade de vida? O termo nos remete à palavra saúde, e segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) o termo “Saúde” ultrapassa os limites da “não doença”. Ela se refere à possibilidade de ter acesso à alimentação saudável, exercícios físicos, lazer, descanso, auto-estima, socialização, sexualidade saudável, contato com a natureza e liberdade em relação a vícios.

um verdadeiro templo purificado, capaz de ter experiências transfisiológicas, vivências que passam pela consciência do campo bio-eletro-magnético, chamado de PRÄËÄ*. Inevitavelmente, a prática de tal tecnologia desencadeia qualidade de vida. O praticante é o cientista, o laboratório e a reação química.

No segundo momento, seguimos com a tentativa de explanar o significado de YOGA, uma prática milenar indiana que atua em termos de técnicas de auto conhecimento e saúde como purificações, posturas psicofísicas, relaxamento, consciência respiratória e energética, concentração, meditação, filosofia de vida e orientação espiritual. A palavra YOGA significa união, unidade, união do ser com sua própria natureza. É a arte de estar no “aqui e agora”, sentir, pensar, agir e existir com liberdade, responsabilidade, flexibilidade, intensidade, consciência e amor.

Respiração Abdominal: Desloque a atenção e a sensação para o baixo ventre. Permita que o ar entre e saia pelas narinas. Ao inspirar, o ar ocupará volume dos pulmões, o diafragma descerá, e o baixo ventre se expandirá com a projeção natural dos órgãos e vísceras abdominais para baixo e para fora. Quando o ar sair, os pulmões se esvaziarão, o diafragma poderá subir, as vísceras e órgãos abdominais poderão entrar, e o abdômen poderá contrair. Portanto, quando o ar entra a barriga sai e quando o ar sai a barriga entra. Esta seqüência equilibra as energias femininas e masculinas, Yin e Yang dentro do corpo. A Associação de Yoga do Paraná- AYPAR, convida a todas para uma aula experimental. Boa Prática, Namastê!

O presente artigo trabalha com HAÖHA YOGA, produto da Idade Média e do Tantrismo que busca a transmutação do corpo com uma tecnologia psicoespiritual. O corpo torna-se perfeito, sagrado,

#84 | Revista Ala Feminina

Vamos Praticar? Segue as dicas pra seu dia a dia!


NA AURORA DA MULHER | anelra.guardian@gmail.com |

Falar, escrever, pensar na mulher é reportar ao sentido e propósito da vida. E neste artigo escolho enaltecer, convocar e compartilhar estes dons criativos do feminino. Voar como águia... E descobrir que o vôo é mais do que liberdade, significa aguçar a visão, escutar os sentidos, se fortalecer no feminino em equilíbrio. Onde podemos encontrar respostas sensíveis, inteligentes e inspiradoras, que impulsionam o realizar da mulher que ousa voar além das limitações impostas? O instinto feminino conhece o impulso para a vida, em todas as suas manifestações. O homem e a mulher, complemento sublime. É comum copiar modelos e performances masculinas. Mas qual será o verdadeiro e inigualável papel da mulher nestes tempos desafiadores, num mundo em transformação profunda. Reconhecer nas diferenças, a diversidade desta oportunidade de somar, crescer e aprender juntos. O poder, a força, a beleza, e a criatividade fazem toda a diferença entre a competição e a cooperação, o individualismo ou o grupo. Voar como águia é não temer as alturas de nossas emoções, dos medos, fragilidades. Pensar com o coração de ser mulher. Ousar, confiar e voar alto. É necessário a mulher ter seus momentos de vôos, solitários, onde precisa ir alto e profundo para desenvolver a visão ampla, do seu papel e função em sua própria vida e no mundo em que vive. E quando retorna da jornada, mas crescida e cheia de si, plena de poder intenso, compartilha e revela seus dons e coopera com o mundo. E a Mãe-Terra agradece a altura, sem idade e sem tempo, somente sentindo e buscando a expressão do feminino. Que foi no passado, é no presente e será no futuro, feminina-mulher.

Isabelle Nara

Da Terra ao Sol, do ventre ao coração... Do sagrado corpo ao espírito criativo. Da razão crua a intuição serena. Do esquecimento ao despertar...

>> Anthara El Rá

Revista Ala Feminina | #85


nutrição A

PELA ATIVIDADE FÍSICA >> por Paula Gracia Koppe Colleoni | Nutricionista, Especialista em Fisiologia Humana e da Nutrição e Mestre em Fisiologia da Performance - www.saudeeperformance.com.br |

O consumo diário de água é fundamental para a manutenção da saúde. Sendo o corpo humano composto por aproximadamente 70% de água, estar bem hidratado é importante para um bom funcionamento do organismo. De acordo com a Recomendação Diária de Consumo (RDA), homens devem consumir 3,7L de água por dia e mulheres 2,7L. Em média 80% deste consumo é feito através da ingestão de líquidos em geral (água, chá, café, sucos e refrigerantes) e 20% através do conteúdo líquido dos alimentos.

Fotos: Stock Photos

Existem vários fatores que influenciam no estado de hidratação de um indivíduo, entre eles estão o clima, a dieta e a prática de exercícios físicos. Para atletas e esportistas, a perda hídrica através do suor é a maior responsável pela redução do conteúdo de água do organismo.

#86 | Revista Ala Feminina


O suor comanda a manutenção da temperatura corporal. Através da evaporação, o corpo libera calor e também algumas substâncias importantes para o seu equilíbrio interno. A redução de água e sais minerais atua negativamente sobre a performance esportiva, demonstrando a necessidade de um consumo adequado de líquidos antes, durante e após o exercício. A desidratação é responsável pelo aparecimento de cãibras e fadiga. Com isso, manter-se bem hidratado é a melhor forma de garantir o seu melhor desempenho. Para isso existem duas formas fáceis de avaliar o seu estado de hidratação: o monitoramento da cor e do volume de urina e a perda de peso durante a sessão de exercício. Um grande volume de urina e de coloração clara são bons indicadores de um consumo adequado de líquidos. A diferença de peso pré e pós-sessão de exercício reflete o quanto de líquido corporal foi perdido através do suor e que deve ser reposto. Para manter um bom nível de hidratação, garanta alguns copos de água durante todo o dia. Antes do exercício, beba de 200 a 600 ml de líquido e durante a atividade, programe a reposição de fluidos para todas as sessões com mais de 30 minutos de duração. Pequenos volumes consumidos regularmente miniminizam as chances de desidratação. Beber bebidas resfriadas e com sabor melhoram a aceitação por conta do praticante, e ainda garante o volume adequado. Após o término do exercício, consuma 1,5L de líquido para cada quilo de peso perdido. Não baseie o seu consumo de líquido com o aparecimento da sede. Esta sensação é um sinal de que o corpo já está com seu nível de líquido reduzido. Cuidado também com o consumo de água em excesso. Ele pode aumentar o volume de água no sangue, diluindo o seu conteúdo de sal, e afetar negativamente o funcionamento cardiovascular e muscular. Sendo assim, é importante que pessoas fisicamente ativas apresentem o hábito de beber líquidos regularmente para evitar a desidratação. Este processo é uma ameaça à todos os atletas e esportistas recreacionais, especialmente com a chegada do verão em que as condições climáticas aumentam o desgaste físico e as perdas pelo suor.

Revista Ala Feminina | #87


cidadania

Reef sai na frente na revolução dos processos de produção O Programa Reef Redemption consiste no uso de estratégias de negócios ecologicamente conscientes e socialmente responsáveis. A meta do projeto é encontrar alternativas para a redução do consumo de energia e para o uso diversificado de materiais. De acordo com as diretrizes internacionais da marca, “a missão dessa linha de produtos é incorporar materiais renováveis, recicláveis e orgânicos sem comprometer a qualidade, conforto e estilo. Acreditamos que seja responsabilidade de todas as empresas superarem obstáculos na redução do lixo e no aprimoramento de seus processos”. O projeto visa compartilhar as descobertas com empresas interessadas em diminuir as pegadas da industrialização. Um exemplo é a fibra do Pet reciclado. Um apelo ecológico que origina um tecido, que traz conforto, toque macio, bom caimento e resistência. Para a produção de uma tonelada de fibras são necessárias cerca de 20 mil garrafas, ou seja, para uma camiseta com a composição de 50% algodão e 50% PET são necessárias 2 garrafas PET de 2 litros.

Inovações na parte de produtos Couro sem cromo: sem um material pesado, que pode impregnar o solo após o descarte do produto; Cânhamo: fibra natural renovável não exige o uso de pesticidas; Fibra Ingeo: que substitui a malha poliéster, derivada de recursos renováveis como o milho ao invés do petróleo; Juta: fibra natural renovável, derivada de plantas, amadurecem só em 4 a 5 meses; Algodão Orgânico: reduz o uso de pesticidas; EVA reciclado: uso de scraps de EVA (Etileno – Vinil Acetato), coletados do chão na fábrica cria solas de calçados com 51% de material reciclado com o conforto de sempre; Borracha Reciclada: uma combinação de pneus triturados com a borracha de conteúdo reciclado proeminente do lixo no estágio pré-consumo; EspumaTM Reef Redemption: um material de celulose derivado de uma planta, utilizado no lugar do EVA padrão, um produto derivado do petróleo; Cimento PU Base Água: uso de adesivos livres de tolueno, com base-água, uma solução de fixação mais limpa e requer menor quantidade de cola durante a fabricação; Fibra WinshowTM Fiber: materiais produzidos com 95% de fibra de soja; Polietileno Terephthalate (Pet): uma resina de polímero termoplástica da família do poliéster, usado como fibra sintética; Bamboo: tecido natural originado da polpa da grama de bamboo.

#88 | Revista Ala Feminina


Revista Ala Feminina | #89


coluna eco Global Fórum na América Latina São Paulo é o primeiro estado a dar continuidade ao Global Fórum América Latina que reuniu mais de mil empresários numa iniciativa que consiste em reunir grupos de discussão com jovens executivos, de diversas áreas, na busca por soluções de sustentabilidade. Nos dias 20 e 21 de agosto ocorreu um encontro preparatório para o “Call for Action” (chamada para a ação), que acontece dias 20 e 21 de novembro em SP. “O que se espera é a continuidade do movimento. Nossa intenção é que esta iniciativa se multiplique em todas as regiões do Brasil, da América Latina e do planeta”, afirma o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures.

Dia Nacional de Adotar um Animal Vininha F.Carvalho faz parte da ala feminina ativa e dá exemplos de cidadania. Jornalista, escritora, administradora de empresas, economista e ambientalista, ela desenvolve um trabalho de conscientização nos principais sites relacionados à proteção dos animais e também em revistas e jornais que abordam o Meio Ambiente. Defensora dos direitos dos animais ela é a idealizadora de campanhas como: “Dia Nacional de Adotar um Animal”, “Cidade Amiga dos Animais”, entre outras.

MUSA SURF SOS 2015 Todos os anos o Festival Musa lança novos talentos musicais no cenário europeu. Este ano o evento chegou associado a causa dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Essa foi a 10° edição realizada que reuniu cultura e música numa experiência de cidadania global. O que marcou o encerramento do MUSA SURF, na praia de Carcavelos em Portugal, foi o SOS 2015 realizado por surfistas de todo o país no maior logotipo já feito no mar. As coadjuvantes dessa causa ambiental e social são as pranchas de surf e bodyboard.

Um dos mais bem sucedidos eventos ambientais do mundo, Clean Up Day. A iniciativa surgiu em 1986 pela ONG The Ocean Conservancy (EUA), apoiada pela ONG australiana Clean Up the World. A idéia é conscientizar sobre os danos da poluição nas águas e agir. Este ano o evento aconteceu dia 15 de setembro em todo o mundo e o Brasil também está nessa. Em vários estados brasileiros aconteceram eventos com toda energia e não só na superfície. A limpeza vai além de ambientes marinhos costeiros, mas em rios, canais, córregos, lagos, manguezais... Mergulhadores também aderiram à causa, em 2007, mais de mil Clean Ups subaquáticos aconteceram em quase 100 países com 900.000 mergulhadores.

#90 | Revista Ala Feminina

Alvinho Duarte

Dia Mundial de Limpeza das Praias


CENTRO DE ESTUDOS PARA a CONSERVAÇÃO MARINHA >> por Marta Penha de Carvalho | Bióloga: responsável pelo Projeto Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável | Situada no litoral norte do estado de São Paulo, em Ubatuba, o CEMAR – Centro de Estudos para a Conservação Marinha, organização não governamental sem fins lucrativos procura estimular a relação harmônica entre o ser humano e a natureza. O CEMAR atua em redes nacionais e internacionais, promovendo a conscientização e a mobilização da comunidade, contribuindo para a conservação da biodiversidade e a capacitação de novos profissionais. A área de abrangência dos projetos vai da zona costeira ao mar aberto, seja através de oficinas, trilhas na Mata Atlântica, no costão rochoso, pela restinga, pelas ilhas, pelas trilhas subaquáticas, em navios de pesquisa ou de observação, no mar aberto, entre outras atividades, tais como cursos, palestras e vivências, além de mergulho como ferramenta para preservação e conservação da biodiversidade marinha. PROJETO MERGULHO E CONSERVAÇÃO - visa o desenvolvimento do turismo sustentável em unidades de conservação marinhas tendo o mergulho recreacional como ferramenta. PROJETO BALEIA DE BRYDE - Desenvolve pesquisas científicas no litoral de São Paulo, através do patrocínio da Fundação O Boticário de Proteção a Natureza, do apoio da Associação de Operadores de Mergulho de Ubatuba e o Instituto Oceanográfico/USP para as avistagens em alto mar. PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E TURISMO SUSTENTÁVEL - Uma proposta pedagógica que desencadeia processo de pesquisa, observação e ampliação da aprendizagem. Um trabalho fundamental para construção da noção de ambiente e para a formação de uma ética de convivência humana com os ecossistemas costeiros, marinhos e terrestres.

Nick Zahra

Mabel Augustowski

www. cemarbrasil . org falesconosco@cemarbrasil.org

Revista Ala Feminina | #91


#92 | Revista Ala Feminina


Revista Ala Feminina | #93


p r รณ x i ma e d i รง รฃ o

Maya Gabeira destemida nas ondas

gigantes #94 | Revista Ala Feminina


Revista Ala Feminina | #95




#98 | Revista Ala Feminina


Revista Ala Feminina | #99



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