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CINEMA Leiria Film Fest celebra 10.º aniversário

Texto Marco Pavão e Pablo Peces

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Ficção, animação e cinema documental encontraram-se no Leiria Film Fest, que decorreu entre os dias 10 e 15 de maio, no Teatro Miguel Franco, no m|i|mo - Museu da Imagem em Movimento e no Mercado de Sant’Ana e que comemorou este ano o seu 10.º aniversário.

Bruno Carnide e Cátia Biscaia começaram a iniciativa em 2013 com um programa que decorreu no m|i|mo durante uma só tarde. Ao longo dos anos a adesão de participantes e espetadores foi aumentando, o que levou à necessidade de alargar a duração do festival e de escolher um local que possibilitasse uma maior assistência.

“Esta é uma oportunidade para ver imensas curtas, algo que todos nós deveríamos fazer pelo menos uma vez por ano”, referiu Gonçalo Almeida, realizador e membro do júri do festival. A edição deste ano contou com 500 propostas a concurso, das quais foram selecionadas 50 para mostra no Leiria Film Fest.

Em termos de prémios destacam-se "Murder Tongue", de Ali Sohail Jaura, realizadora do Paquistão, com os prémios de Melhor Curta-Metragem do Festival e de Ficção Internacional. Vasco Alexandre foi o vencedor da Melhor Curta-Metragem de Ficção Nacional. Já no cinema documental, distinguiram-

Assistência Social não pode ser

A Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Politécnico de Leiria recebeu Fernanda Rodrigues, presidente da Comissão Instaladora da Ordem de Assistentes Sociais, para o seminário sobre a relevância de uma Ordem de Assistentes Sociais (OAS). O evento foi organizado pela licenciatura de Serviço Social, como parte integrante do Ciclo de Seminários em Serviço Social e teve lugar no dia 10 de maio.

A palestra teve como principal objetivo esclarecer os estudantes sobre a evolução da profissão de Assistente Social e o processo até à criação da atual Comissão Instaladora da Ordem de Assistentes Sociais.

Impulsionadora da OAS, Fernanda Rodrigues partilhou que, quando chegou à profissão, a assistência social era tratada como “um recurso ao invés de um curso”. A dirigente sublinha que é uma profissão de grande exigência, que envolve muito trabalho pessoal, e que, apesar de ser atrativa pelo elevado nível de independência, também pode tornar-se solitária. Segundo Fernanda Rodrigues, os profissionais da área perderam a força de conjunto devido à dispersão natural da sua profissão, o que tornou mais importante promover o associativismo.

-se os registos de Juanjo Rueda (Internacional) e Nicolas Bouchez (Nacional). Foram premiados Katarkyna Kijek & Przemyslaw Adamski, da Polónia, na animação internacional, e João Gonzalez ganhou a distinção para melhor registo nacional de animação com "Ice Merchants".

Além destas categorias foram adicionados dois novos prémios que são atribuídos pelo público. João Gonzalez ganhou o Prémio do Público com a curta-metragem candidata aos Óscares deste ano e Alexandra Alen ganhou o Prémio Melhor Curta-Metragem Infantil.

O programa incluiu outras atividades gratuitas, como sessões para crianças e para famílias, visita aos espaços não visitáveis do m|i|mo, conversas retrospetivas com alguns realizadores e workshops dirigidos às crianças.

Para a organização, a adesão ao festival tem aumentado devido às suas características pois “consegue ser um festival sério e credível, mas ao mesmo tempo tem uma certa informalidade, em que os participantes estão num ambiente relaxado”, explica Bruno Carnide, um dos responsáveis pelo certame. k

Investiga O

Politécnico de Leiria recebe

Colóquio de Gestão de Tendências e da Cultura

Texto Guilherme Ramalhete, Marta Pereira e Nicole Santos

A Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) recebeu o II Colóquio Internacional de Gestão de Tendências e da Cultura, nos dias 19 e 20 de maio. Numa organização liderada por William Afonso Cantú, docente da ESECS, e Nelson Pinheiro Gomes, docente da FLUL, o evento contou com 12 convidados no comité científico, entre eles Janiene Santos, da Maryville University of Saint Louis, e Suzana Cohen, do Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa.

Na origem da Comissão Instaladora da OAS está a luta e a perseverança da Associação dos Profissionais de Serviço Público (APSS), que conseguiu não só o reconhecimento internacional dos seus profissionais, como também ser a organização constituinte da União Europeia dos Assistentes Sociais. A presidente da OAD considera que o Estado deixou de regular esta atividade, por isso a Ordem de Assistentes Sociais tornou-se um pilar fundamental para a regulação interna e o acesso à profissão, uma vez que, anteriormente, qualquer indivíduo se podia autointitular de Assistente Social.

“A inscrição na Ordem é obrigatória para acesso à profissão de assistente social”, sublinha Fernanda Rodrigues, tornando a OAS um instrumento essencial para regulamentar os papéis da atividade. Os jovens licenciados em cursos e escolas devidamente acreditados por aquela organização têm entrada direta na Ordem. Podem ainda aceder à profissão licenciados em Serviço Social e antigos graduados em Política Social e Trabalho Social. Os profissionais que comprovem trabalhar como Assistentes Sociais há mais de dez anos também têm a possibilidade de se inscrever na Ordem. k

“O Trends and Culture Management Colloquium é um projeto internacional, híbrido, que procura trazer especialistas, investigadores, professores e profissionais para conversar, discutir e apresentar trabalhos das mais diversas áreas”, informa William Cantú. O encontro deste ano teve como tema “Responsive Education” e deu origem à troca de ideias entre líderes do setor e especialistas de comunicação. Neste evento, foram exploradas as novas tendências que moldam os diversos setores da sociedade e que têm impacto a vários níveis. “Através das tendências conseguimos ser mais relevantes e criativos e eu considero esse conhecimento essencial a qualquer profissional dos dias de hoje, ainda mais num contexto de tanta mudança e volatilidade, como ouvimos falar continuamente”, explica William Cantú. Além das comunicações, o programa também incluiu oficinas que tiveram um balanço positivo. “No segundo dia do evento tivemos dois workshops no Laboratório de Pensamento Complexo da ESECS e foi fantástico”, referiu o docente.

Ao longo dos dois dias, a atividade científica reuniu participantes de diversos países como o Chile, Holanda e EUA, incluindo académicos, investigadores e diversos profissionais, num programa a que também aderiu a comunidade em geral.

Monica Veeger, docente da Fontys - University of Applied Sciences, na Holanda, foi a keynote speaker Com vasta experiência profissional no meio académico, abordou na sua comunicação, de forma aprofundada, a temática da investigação de tendências na área do ensino superior.

O futuro do colóquio está assegurado e parece promissor. “Agora estamos no mapa dos Estudos de Tendências a nível mundial, o que é sempre muito positivo”, aponta William Cantú. Para o ano, a edição será numa diferente instituição de ensino superior, contudo a ESECS irá estar envolvida na organização. “Não quero dar mais spoilers, as novidades vêm aí”, conclui o professor. k

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