Uma metáfora da cabana de Heidegger paira no segredo da floresta, acolhendo-se nos tons das folhagens sazonais, na força telúrica do lugar, na dissimulação do céu, como uma cápsula de uma semente viajante que ali se alicerçou. A cabana agiganta-se no interior, esculpindo espaços onde a luz, coada pelas ramagens e refletida nos tons da madeira das paredes, conduz o sentido do uso. O tempo e o lugar são a estrutura primária desta ideia de arquitetura que se configura com madeira, numa espartana harmonia, rigor, acerto de escala e proporção de onde emana o sentido do conforto integral da “casa existencial”. Júri PNAM’17
28