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Sabia que
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Sabia que... cada vez que, no percurso escolar de um aluno, ocorre uma transição de ciclo de ensino, surgem, naturalmente, um conjunto de novos desafios e dificuldades aos quais cada aluno se tem de adaptar. Este processo inicia logo na entrada para a Educação Pré-Escolar e vai-se repetindo ao longo do percurso escolar de cada aluno...
Na minha experiência e falando de diferentes contextos escolares, vou-me deparando, com grande frequência, com alunos que revelam grandes dificuldades em manter o aproveitamento escolar no ensino secundário, observando-se uma quebra do aproveitamento e dos resultados escolares, em comparação do que se observou em ciclos de ensino anteriores. Nesta linha, alunos que até ao 9.º ano conseguiram alcançar níveis 4 e 5 com alguma facilidade, revelam, agora, grande dificuldade em sair de desempenhos medíocres e até negativos.
Estas dificuldades são observadas, sobretudo, nos alunos que no Ensino Secundário seguem os cursos científico-humanísticos e que, por esse caminho, elevam para um patamar muito superior o nível de dificuldade e de exigência de trabalho. Este não deixa de ser o caminho certo para estes alunos que, muitas vezes, já têm definido o caminho pretendido no ensino superior. Ainda assim, o que se observa é que muitos destes alunos não adquiriram, nos primeiros nove anos do ensino básico, hábitos e métodos de estudo facilitadores do sucesso escolar no 10.º Ano. O que se observa é que este défice de trabalho nos primeiros anos leva a um período de adaptação mais longo e difícil no ensino secundário, sendo que, frequentemente, quando um aluno adquire os hábitos de trabalho necessários e se adapta às novas exigências, já os seus resultados e a média das suas avaliações se encontram comprometidas, sobretudo, quando se consideram as médias dos cursos do ensino superior em que estes pretendem ingressar. Nesse momento, observa-se, muitas vezes, uma quebra da confiança e segurança pessoal dos alunos que, frequentemente, surgem acompanhadas de problemáticas do foro emocional, com queixas acrescidas de ansiedade e de humor.
Conclui-se, então, que a causa desta quebra de rendimento está associada, sobretudo, ao défice observado nas competências de trabalho e de estudo que até ao final do 9.º ano foram suficientes, mas que no 10.º ficam bastante aquém do exigível. O que fazer então? Na minha opinião,de pequenino se torce o pepino, não devendo os pais e encarregados de educação ficar satisfeitos só com resultados escolares, mas sim quando estes são acompanhados de trabalho e estudo de qualidade. Assim, a rotina de cada aluno deve contemplar momentos de estudo e trabalho, preferencialmente, autónomo.