AgroGuia Ed. Setembro 2012

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Publicação Mensal | setembro 2012 | Edição 07/Ano 01

AGRO EVENTOS ExpoBrahman, Potro do Futuro, e Pet South America AGRO HISTÓRIA Fernando Penteado Cardoso, um ícone do agronegócio brasileiro

AGRO ENTREVISTA

Produzir mais com menos recursos Laércio Giampani, presidente da Syngenta do Brasil, uma das principais empresas do setor de proteção de cultivos do mundo Agro Guia | Setembro 2012

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ANร N

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Agro Guia | Setembro 2012

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Índice

Agro Agenda

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(11) 3063.1899 / Al. Itu. 1063 - 2° andar CEP: 01421-001 - Jardins - São Paulo/SP www.publique.com | publique@publique.com

Agro Mensagens

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PRESIDENTE E FUNDADOR: Carlos Alberto da Silva Diretor de redação Carlos Alberto da Silva MTB 20.330

Agro Eventos

Editora-chefe Béth Mélo beth@publique.com Redação André Casagrande andre@publique.com

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Paulo Roque pauloroque@publique.com Simone Rubim simone@publique.com

Agro Agricultura

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Colaborador Nathã Carvalho Apoio Comercial Carlos Alberto da Silva Projeto Editorial Gutche Alborgheti Vinicius Gallo Balsys Juliana Vizzáccaro Maria Teresa

Agro Pecuária

Agro Entrevista

Agro História

Diagramação e Vinicius Gallo Balsys Edição de Imagens Capa Foto Divulgação

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Twitter @GRUPOPUBLIQUE Facebook facebook.com/gpublique Slideshare slideshare.net/grupopublique You Tube youtube.com/GrupoPublique

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PARA ANUNCIAR NO GUIA

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Gerente Comercial Marcela Marchi marcela.marchi@grupofolha.com.br (011) 3224-4546 Informe Agro Econômico

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Contato Comercial Fernando Oliveira fernandos.oliveira@grupofolha.com.br (11) 3224-4545 Representante Comercial Sonia Maciel soniamaciel@novojeito.net

Agro Educação

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Mirian Domingues miriandomingues@novojeito.net tel: (11) 3021-1644


ACOMPANHAMOS O SETOR AGRÍCOLA TÃO DE PERTO QUE É CAPAZ DE UM GERENTE TE CUMPRIMENTAR COM A MÃO CHEIA DE TERRA. CRÉDITO RáPIDO E PRáTICO É NO BANCO ORIGINAL. > Um portfólio completo de produtos, da pecuária ao setor agrícola. > Investimentos com rendimentos atrativos e isenção de impostos.* > Um time especializado, com formação técnica na área. > bancooriginal.com.br | 0800 705 3000 *Consulte condições para cada produto.

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Agro Agenda

Confira os eventos programados para o período de 1º a 30 de outubro de 2012 1º a 5/10 Encontro Pan-Americano da Iawa 2012 – Associação Internacional de Anatomistas da Madeira – Recife (PE), tel. (14) 3882-6300 - www.iawa2012. com 66ª SEAB (Semana de Estudos Agropecuários e Florestais de Botucatu) – Botucatu (SP), Fazenda Experimental Lageado / Unesp, tel. (14) 3882-6300 http://fepaf.org.br 2 a 4/10 4º Simpósio de Tecnologia em Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Fatec Jahu, Jaú (SP), tel. (14) 3622-8280, ramal 239 – simposiomeioambiente.jau@fatec. sp.gov.br 3 e 4/10 3º Simpósio Manejo da Resistência de Produtos Fitossanitários – Piracicaba (SP), tel. (19) 3371-0142 3 a 5/10 7º Sober Nordeste – Políticas Públicas, Agricultura e Meio Ambiente – Ilhéus (BA), Universidade Estadual de Santa Cruz, tel. (73) 3680-5215 - http://sober. org.br

Banco de Imagens Grupo Publique

4 a 6/10 7ª Espaço Café Brasil - Feira Internacional do Café – São Paulo (SP), tel. (11) 3586-2233 - www. espacocafebrasil.com.br

8 a 10/10 22º Seminário Nacional de Ensino da Medicina Veterinária – Brasília (DF), tel. (61) 2106-0400 - www.cfmv.gov.br/portal/ destaque.php?cod=936 8 a 11/10 1º Congresso Brasileiro de Patologia PósColheita – Recife (PE), tel. (81) 3320-6216 - http://cbpatologiaposcolheita.com.br Workshop Brasil - Austrália: Pecuária de Corte Sustentável – Uberaba (MG), Centro de Evento da ABCZ, tel. (34) 33193930 - email: abczsst@abcz.org.br / site: www.abcz.org.br 8 a 12 /10 2º Simpósio Internacional de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária – Porto Alegre (RS), tel. (51) 3362-2323 - http:// icls2012.com 8 a 14/10 Exposição do Brahman – Uberaba (MG), tel. (34) 3336-7326 - www.brahman.com.br 9 a 14/10 33º Potro do Futuro & 6ª Copa dos Campeões de Trabalho e Conformação – Avaré, SP - Departamento de Esportes da ABQM, tel. (11) 3864-0800 - www.abqm. com.br 15 a 18/10 10º Seminário de Atualização em Sensoriamento Remoto e Sistemas de Informações Geográficas Aplicados à Engenharia Florestal – Curitiba (PR), tel. (41) 3360-4222 www.10seminarioflorestal.com.br

5/10 3º Encontro Científico de Produção Animal Sustentável – Nova Odessa (SP), tel. (19) 3466-9464 - www.infobibos. com/ecpas 6

6 a 9/10 15ª Fiaflora Expogarden – São Paulo (SP), Anhembi, tel. (11) 3845-0828 http://expogarden.com.br/

16 a 19/10 Ffatia 2012 (8ª Feira de Fornecedores e Atualização Tecnológica da Indústria de Alimentação) – Goiânia (GO), tel.(19) 2132-8936 - www.ffatia.com.br


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Foto: Divulgação

16 a 18/10 Pet South America 2012 – São Paulo (SP), tel. (11) 3205-5000 - www.petsa. com.br

22 a 26/10 22º Congresso Brasileiro de Fruticultura – Bento Gonçalves (RS), tel. (51) 32310311 - www.congressofruticultura2012. com.br 23 a 26/10 38º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras – Caxambu (MG), tel. (35) 3214-1411 - www.maiscafe.com.br

20 a 24/10 4º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal – Bonito (MS), tel. (12) 32086932 – www.geopantanal.cnptia. embrapa.br/2012 20 a 28/10 Farm Show 2012 - 79ª Exposição Agropecuária de Dom Pedrito – Dom Pedrito (RS), tel. (53) 3243-3378 www.sindicatoruraldp.com.br

27/10 Dia de Campo PMGZ Mais Leite – Caxias do Sul (RS), Fazenda das Nogueiras, tel. (34-3319-3935 / (54) 3281-1625 – www.pmgz.org.br 30/10 a 1º/11 7º Congresso Internacional de Bioenergia e BioTech Fair 2012 – São Paulo (SP), tel. (54) 3226-4113 www.eventobioenergia.com.br

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Caros Leitores, Acompanhe, nesta edição, vários assuntos interessantes sobre o agronegócio. Na capa, temos a entrevista com o Laércio Valentin Giampani, presidente da Syngenta do Brasil, que ressalta a importância da agricultura brasileira para atender o aumento da demanda mundial por alimentos Também destaco a seção Agro História, com um ícone do agronegócio brasileiro: Fernando Penteado Cardoso, 98 anos. Ele fala, entre outros assuntos, das quatro grandes revoluções da agropecuária: a transformação de terras fracas em férteis, com a adubação e o plantio direto; o cultivo da braquiária; a introdução do Nelore e o advento dos transgênicos. Boa leitura a todos!

Carlos Alberto da Silva Diretor de redação

Agro Mensagens

Como faço para conseguir as edições 4 e 5 do Agro Guia? O tema é do interesse e, desde a primeira publicação, é excelente. Joaquim de Oliveira Mattosinho Lins (SP) Vamos providenciar o envio do pdf das duas edições. Sou membro do grupo ETCO (Estudos em Etologia e Ecologia Animal), no qual desenvolvo pesquisas com foco em temperamento e bem-estar animal. Gostaria de publicar artigos mensais no Agro Guia. Também faço parte do grupo PET (Programa de Educação Tutorial - MEC) Zootecniaa da Unesp / Jaboticabal, com foco na organização de eventos, pesquisa e ensino. Gostaríamos de publicar nossos eventos e trabalhos. Gustavo Freitas, aluno de graduação em Zootecnia da Unesp Jaboticabal (SP) Não temos espaço para publicação de artigos mensais, mas poderemos, verificar a possibilidade de utilizarmos o corpo docente da Unesp de Jaboticabal como fontes para nossas matérias. Sobre os eventos, é só enviar as informações (veja a Agro Agenda, na página 8). Gostaria de obter informações sobre a divulgação de cursos na sessão Agro Educação do Informe Agro Guia. Crislaine de Belles Rosa, Rehagro Belo Horizonte (MG) Os contatos da equipe de jornalistas do Agro Guia estão na página 4.

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Foto: Zzn Peres

Agro Editorial


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Agro Eventos/Destaques

Foto: Rúbio Marra

Novidades na ExpoBrahman 2012

Evento mostrará a genética de qualidade

A 8ª ExpoBrahman (Exposição Internacional da Raça Brahman) será realizada de 8 a 14 de outubro, em Uberaba (MG). Para essa edição, a ACBB (Associação dos Criadores de Brahman do Brasil), organizadora do evento – em parceira com a ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), Polo de Excelência em Genética Bovina e Brazilian Cattle –, preparou uma programação com farm tours, projeto Crescendo com o Brahman, Feira de Produtos e Workshop Brasil-Austrália. Uma das novidades é a primeira edição do Brahman Genética, que tem proposta ofere-

cer ao mercado genética de qualidade, de animais testados e provados. No estande do Probrahman (Programa Brahman de Avaliação de Touros), ocorrerá a exposição dos reprodutores participantes do projeto e de seus filhos. Além de julgamentos, a mostra de 2012 terá leilões, destaque para o 1º Leilão de Touros Provados. Também estão previstos o Shopping Multimarcas ExpoBrahman e o Shopping Televisionado Multimarcas. A ACBB espera um faturamento em torno de R$ 2 milhões e estima a participação de cerca de 450 animais.

Dois grandes eventos da ABQM

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juntos (cavalo e cavaleiro) deverão superar as 2800, registradas em 2011 (1380 inscritos no Potro do Futuro e 1460 na Copa). Além de 650 troféus e 200 fivelas, está prevista premiação superior a R$ 720 mil. (André Casagrande) Foto: Fábio Cabrera/ABQM

De 9 a 14 de outubro, a ABQM (Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha) promoverá o 33º Potro do Futuro & 6ª Copa dos Campeões de Trabalho e Conformação, os dois últimos grandes eventos oficiais da agenda de 2012 da raça Quarto de Milha. As provas ocorrerão novamente no Parque de Exposições dr. Fernando Cruz Pimentel, em Avaré (SP), em três arenas cobertas do recinto. Segundo o Departamento de Esportes da ABQM, este ano, as inscrições dos con-


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Agro Eventos/Balanço

O grande debate da pecuária

A relação produtor/frigorífico foi a tônica da Interconf 2012 – Conferência Internacional de Confinadores, realizada em Goiânia (GO), de 11 a 13 de setembro. O evento, uma parceria entre a Assocan (Associação Nacional dos Confinadores) e o Canal Rural, destacou a evolução da cadeia e seus impactos nos processos produtivos. Um debate, com a mediação de Mauro Zafalon, da Folha de São Paulo, reuniu os presidentes da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), Eduardo Biagi e da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) Sussumu Honda e o diretor do Grupo JBS, Jeremiah O´Callaghan, representando a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne). Todos reconheceram que passou da hora de o país ter seu sistema de tipificação de carcaças.

ExpoGenética A 5 ExpoGenética, realizado pela ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), de 18 a 26 de agosto, em Uberaba (MG), é uma amostra de zebuínos aprovados pelos principais programas de melhoramento genético do Brasil. Uma novidade foi a publicação do 1º Sumário Brasileiro Unificado de Touros Nelore, que funde o banco de dados do PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos) e do PMGRN (Programa de Melhoramento Genético da Raça Nelore) em uma metodologia única. Outro destaque foi o 1º Congresso Mundial de Gir Leiteiro, promovido pela ABCGIL (Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro), com o apoio da ABCZ. Com o tema central Gir Leiteiro: genótipo especializado em produzir, especialistas discutiram temas relevantes, voltados para o desenvolvimento da raça e a sua expansão no mundo.

Foto: Banco de Imagens Publique

Foto: Banco de Imagens Grupo Publique

Interconf

Evento reúne especialistas e lideranças do setor

Fenasucro

Novo recorde

A 20ª Fenasucro e 10ª Agrocana, de 28 a 31 de agosto, em Sertãozinho (SP), contaram com 530 expositores e mais de 32 mil visitantes/compradores. As Rodadas de Negócios promoveram encontros comerciais entre 55 empresas brasileiras e 58 compradores estrangeiros, que resultaram US$ 1,6 milhão em negócios.

A 35ª Expointer, realizada de 25 de agosto a 2 de setembro, em Esteio (RS), bateu recorde na venda de máquinas e implementos agrícolas: superou R$ 2 bilhões, aumento de 142% em relação a 2011. Foram mais de 2 mil expositores, quase meio milhão de visitantes e quase 8 mil animais inscritos. (SR) Agro Guia | Setembro 2012

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Foto: SXC.HU

Agro Agricultura/Fertilizantes

Aplicação eficiente resulta em maior produtividade

Custos menores na lavoura Práticas corretas garantem a competitividade do produtor rural

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Os gastos com fertilizantes representam de 30 a 40% dos custos variáveis de produção de grãos no Brasil. Nesse cenário, práticas e recomendações que promovam o uso mais eficiente de nutrientes são estratégicas para garantir a competitividade do agricultor. Segundo o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), Álvaro Vilela Resende, para racionalizar e reduzir os custos, é preciso conhecer a condição de fertilidade do solo e, então, definir a quantidade de adubo a ser aplicada na lavoura. “Infelizmente, grande parte dos agricultores não adotam análise de solo ou outros critérios que devem ser considerados para a recomendação de fertilizantes de forma mais eficiente”, diz o pesquisador. Resende afirma que tem observado diversas situações de lavouras nas quais seria possível ajustar, e mesmo reduzir a adubação, sem afetar a produtividade. Em sua opinião, “muitos agricultores têm utilizado adubações relativamente pesadas e em doses fixas, gerando ex-

cedentes que as culturas não utilizam e que vão se acumulando no solo ao longo do tempo. Por outro lado, é comum o descuido em relação ao manejo da acidez do solo. Aplicações insuficientes de calcário podem diminuir o potencial produtivo das lavouras, o que acaba contribuindo para a perda de eficiência no uso dos fertilizantes”. Chama a atenção para a importância da análise dos solos que, de acordo com ele, constitui a base para se conhecer a lavoura, estabelecer ajustes e refinar o manejo da fertilidade. Contudo, garante, muitos agricultores e mesmo os técnicos, nem sempre dão o devido valor às informações contidas num laudo de análise do solo. “As informações acumuladas no decorrer de várias safras permitem entender como está evoluindo a fertilidade e fazer aprimoramentos, com intervenções mais efetivas, para incrementar o potencial produtivo das lavouras. Ainda não é rotina nas fazendas fazer a integração de informações associando o manejo de corretivos e fertilizantes, o estado de fer-


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Agro Agricultura/Fertilizantes

tilidade obtido no solo e a resposta em produtividade das culturas ao longo do tempo”, observa. Outro ponto que Resende destaca é o fato de que as adubações que vêm obtendo maiores índices de produtividade não condizem com o que está prescrito nos boletins oficiais de recomendação de corretivos e fertilizantes. Em sua opinião, é provável que estejam cometendo excessos. Por outro lado, explica, os boletins oficiais precisam ser atualizados, considerando as especificidades decorrentes da adoção do plantio direto, das diferentes combinações de culturas e do elevado potencial produtivo de cultivares mais modernas. Esses aspectos são objeto de pesquisas em andamento na Embrapa e instituições parceiras. Ele esclarece que a otimização do aproveitamento de fertilizantes NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) pelas culturas depende de condições favoráveis ao crescimento e funcionamento das raízes, e acrscenta que condições apropriadas de pH e disponibilidade de cálcio e magnésio são obtidas mediante a correção da acidez do solo. “Assim, aplicações de calcário e, eventualmente, gesso, são requeridas periodicamente. Apesar de serem insumos baratos em comparação aos fertilizantes NPK, a necessidade de corretivos

costuma ser relegada”, elucida. O pesquisador diz que, mesmo lavouras consideradas tecnificadas podem, em determinados momentos, apresentar saturação por bases abaixo da ideal para as culturas de grãos. E alerta para o fato de que, além de restringir ganhos de produtividade, o uso insuficiente de corretivos acaba por diminuir a eficiência de uso do adubo NPK, redundando em pior desempenho econômico da propriedade. De acordo com Álvaro Resende, o Brasil depende de importações maciças de fertilizantes. “Ganhos globais de eficiência de seu uso na agricultura brasileira certamente resultarão em maior segurança estratégica para o País, incluindo o equilíbrio na balança comercial e o prolongamento da duração de nossas reservas minerais de fontes de nutrientes”, destaca. Além disso, o agricultor é cada vez mais pressionado em relação às questões ambientais associadas à exploração agrícola. Nesse aspecto, uma maior eficiência de uso de fertilizantes significa menor risco de contaminação ambiental por nutrientes. Se a adubação for dimensionada na medida do que é requerido/absorvido pela cultura, não há poluição. (PR)

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Agro Agricultura/Commodities

MILHO Cenário favorável A área cultivada com milho primeira e segunda safra em 2011/2012 deve ficar em 15,16 milhões de hectares, 9,8% acima da safra passada. O levantamento da Conab destaca o milho segunda safra, com crescimento de 73%, o equivalente a 16,4 milhões de toneladas sobre a última safra, saltando de 22,46 milhões de t para 38,86 milhões de t. Para as safras consolidadas, a estimativa é de aumento de 26,7% ou 15,32 milhões de t, alcançando 72,73 milhões de t. O país faturou US$ 1,7 bilhão com as exportações do cereal, 31% superior a agosto de 2011. Os embarques somaram 2,7 milhões de t, 81% acima do ano passado, segundo o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). De janeiro a agosto, foram exportadas 6,26 milhões de t de milho, aumento de 37% em relação ao mesmo período de 2011. A Conab estima, para este ano, exportações superiores a 15 milhões de t, ante 9,31 milhões de t na temporada anterior. SOJA Safra menor Estimada em 66,38 milhões de toneladas, a 14

produção da oleaginosa é 11,9% inferior à da safra anterior (ou 8,94 milhões de t), segundo levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). No acumulado de janeiro a agosto, o país faturou US$ 21,3 bilhões com as vendas do complexo soja (grãos, farelo e óleo). A expectativa é a de que o País alcance o recorde de US$ 30 bilhões, neste ano. ALGODÃO Receita de R$ 1,9 bi As exportações de algodão atingiram 483 mil toneladas no acumulado de janeiro a agosto de 2012, aumento de 146% em relação ao mesmo período do ano passado, que foram 196 mil t. A receita passou de R$ 824 milhões para R$ 1,9 bilhão, no comparativo. Em agosto, os embarques somaram 120 mil t, ante 118 mil t, em 2011. Já a receita totalizou R$ 506,5 milhões, abaixo dos R$ 490 milhões, do mesmo mês de 2012. A área plantada com algodão na safra 2011/2012 foi definida pela Conab em 1.393,4 mil ha, 0,5% inferior à da safra anterior. Quanto à produção de algodão em pluma, os números finais indicam que

será inferior em 3,9%, em relação à safra 2010/2011, devendo totalizar cerca de 1.883,8 mil de t. CANA-DE-AÇÚCAR Previsão de queda Estimativas da Archer Consulting, para a safra 2012/2013 do Centro-Sul, indicam produção de 507 milhões de toneladas de cana, considerando uma produção de 31,419 milhões de toneladas de açúcar (queda de 710 mil t) e 20,016 bilhões de litros de etanol (redução de 585 milhões de litros). CAFÉ Produção recorde A produção brasileira de café 2012 deverá alcançar 50,48 milhões de sacas beneficiadas. O número, divulgado no começo de agosto, pela Conab, representa crescimento de 16,1% em relação à safra anterior que foi de 43,48 milhões de sacas de 60 kg. Pela estimativa, esta será a maior safra do País. O recorde anterior era 48,48 milhões de sacas, em 2002/2003. A área cultivada deve chegar a 2,34 milhões de hectares, segundo a Conab, aumento de 2,70% sobre a área de 2,27 milhões de ha da safra de 2011 (mais 61.527 ha). (BM)


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Agro Pecuária/Commodities

Entre os produtos da balança comercial brasileira, o melhor desempenho ficou com a carne suína, com exportações de 47 mil toneladas in natura, em agosto, recorde em volume do ano, 25% acima do registrado em julho deste ano e 21,4%, registrado em agosto de 2011, de acordo com a Secex/MIDC. A receita totalizou US$ 120,4 milhões, incremento de 10,7%, em relação aos US$ 108,7 milhões obtidos no mesmo período do ano passado.

BOVINOS Exportações em alta Em agosto, o Brasil exportou 90,6 mil toneladas de carne bovina in natura, incremento de 8,8% em relação ao mês anterior, quando os embarques atingiram 83,3 mil toneladas. Segundo a Secex/MDIC, no comparativo com o mesmo mês de 2011, quando foram exportadas 65,9 mil toneladas, o aumento foi de 37,5%. A receita obtida em agosto cresceu 11,5% e alcançou US$ 421,4 milhões, ante US$377,9 milhões, de julho, e 21,3% sobre os US$ 347,4 milhões apurados no mesmo mês do ano passado.

FRANGO Queda na receita As exportações brasileiras de carne de frango somaram 284.529 toneladas, em agosto, aumento de 2,11% em relação às 278.640 toneladas embarcadas no mês anterior. No entanto, em relação a agosto do ano passado, o volume caiu 10,59%, que totalizaram 318.218 toneladas, um dos maiores volumes de 2011. O faturamento do setor foi de US$ 513,2 milhões, em agosto, redução de 13,1% sobre os US$ 590,5 milhões registrados no mesmo mês de 2012. (BM)

4 MILHÕES é o total de cabeças de bovinos confinados que deverão sair dos cochos, em 2012, no Brasil, conforme a Assocon (Associação Nacional dos Confinadores)

68,7 MILHÕES foi o faturamento obtido pela Phibro, no Brasil, no ano fiscal 2011/2012, o que representa um crescimento de 37,4% em relação ao biênio anterior.

Foto: Fábio Fatori

SUÍNOS Bom desempenho

AGRO NÚMEROS

R$ 227,7 BILHÕES é a estimativa do Valor Bruto da Produção das principais lavouras do País, de acordo com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

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Agro Entrevista

Produtos para proteção de cultivos, com ação inovadora, e mais opções em sementes e biotecnologia são algumas novidades que a Syngenta do Brasil preparou para o mercado, na safra 2012/2013, segundo o engenheiro agrônomo Laércio Valentin Giampani, 50 anos, presidente da empresa.

Laércio Valentin Giampani, presidente da Syngenta do Brasil

Principal executivo da companhia, que chama para si a liderança mundial em proteção de cultivos, Giampani destaca, entre outros assuntos abordados, a sustentabilidade e a importância estratégica da agricultura brasileira para atender o aumento da demanda mundial por alimentos.

Produzir mais com menos recursos É essa exigência mundial que norteia a Syngenta do Brasil, segundo seu presidente, Laércio Giampani Por Béth Mélo 16

Confira, a seguir, entrevista exclusiva para o Agro Guia, desse paulista de Itajobi que também acumula as funções de presidente do Sindag (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola) e de vice-presidente do Conselho de Administração da Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal).


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Agro Entrevista

Agro Guia – Como a Syngenta vê o papel do Brasil como grande produtor de alimentos no futuro? Laércio Valentin Giampani – A população mundial, hoje, é de 7 bilhões de pessoas e, em 2050, a previsão é que chegue a 9 bilhões. A demanda por alimentos exigirá um aumento de 70%. Diante desse quadro, que também prevê que 6 bilhões de pessoas viverão em cidades, países como o Brasil, que têm importância agrícola incontestável, principalmente em culturas como soja, milho, café, algodão e cana-de-açúcar, assumem uma responsabilidade natural e estratégica para contribuir com o desenvolvimento e a implementação de soluções adequadas para a necessidade de produzir mais alimentos em menos espaço, com menor uso dos recursos naturais. No País, além de uma margem disponível para ampliar a área plantada, também há bastante espaço para aumentar a produtividade. Agro Guia – Milho, soja e algodão. Como o senhor analisa a situação dessas culturas no agronegócio brasileiro? LG – O momento para soja brasileira é excelente e a área de plantio, na próxima safra, deve expandir ainda mais. Com os produtores capitalizados em razão dos altos preços, o uso intensivo de tecnologia de ponta deve continuar e, consequentemente, a produtividade também cresce. O futuro próximo da cultura dependerá de como os problemas climáticos recentes que estão afetando a safra americana irão evoluir. No entanto, o preço deve continuar em um patamar alto. O milho brasileiro também foi impactado pela seca americana. Este ano, a

segunda safra ampliou a importância e a participação e deve novamente bater recordes de produção. Outra característica a ressaltar é a rápida taxa de adoção de tecnologia. Hoje, cerca de 70% do milho produzido no País é oriundo de sementes geneticamente modificadas. Mas ainda há bastante espaço para aumentar a produtividade dessa cultura, especialmente se comparada com os Estados Unidos, o maior produtor mundial. Já o algodão, que é particularmente importante para o segmento de proteção de cultivos, passa por um momento mais desafiador no Brasil. Os cotonicultores enfrentam os baixos preços da commoditie, o que coloca a cultura em uma situação bastante distinta da soja e do milho. O momento delicado deve perdurar pelo menos até a próxima safra, para a qual já há previsões de redução da área plantada. Agro Guia – Qual é a tendência mundial no que diz respeito ao manejo e trato das lavouras, visando ao aumento da produtividade? LG – Uma das tendências é a necessidade de adaptação às mudanças e fenômenos climáticos que estão cada vez mais intensos e frequentes. A agri-

No ano passado, investimento global da empresa em P&D foi de aproximadamente US$ 1,2 bilhão. Agro Guia | Setembro 2012

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Agro Entrevista

cultura é impactada tanto positivamente quanto negativamente, mas, no balanço geral, se nada for feito, esse cenário trará mais perdas. Uma das frentes, na Syngenta, é o desenvolvimento de variedades e híbridos com maior tolerância e resistência à seca e que sejam adaptados às características de cada região produtora. Agro Guia – Novas moléculas, controle integrado e produtos biológicos e transgênicos. Qual é o foco da empresa? LG – A estratégia global da Syngenta está focada na integração de tecnologias para oferecer soluções mais simples e completas. Nesse sentido, unificamos os negócios de proteção de cultivos, tratamento de sementes, sementes e biotecnologia, levando soluções integradas para os produtores. Todas as áreas de nossa estrutura de Pesquisa e Desenvolvimento trabalham em conjunto para obter tecnologias integradas desde a sua concepção, por meio de nossa expertise em biociência, química, genética e agronomia.

por uma confiança absoluta no futuro. No exercício 2011, por exemplo, os resultados foram excelentes, para o Brasil e para a Syngenta: a safra foi recorde, o agronegócio conquistou espaço na balança comercial e os trabalhadores não só ganharam mais postos, mas tiveram seus rendimentos aumentados. A estratégia para consolidar nossa liderança e para manter o crescimento acima do mercado é o investimento em soluções caracterizadas pela eficiência e sempre de forma integrada. Queremos pensar como o produtor para entender de fato as suas necessidades e, a partir desse ponto, buscarmos as soluções que têm contribuído para incrementar a produtividade, com qualidade e sustentabilidade, e os agricultores têm sido beneficiados pelo aumento de rendimento.

“Nosso desafio é criar condições para gerar produtividade e valor com o menor impacto ambiental”

Agro Guia – Qual é a importância do Brasil para a Syngenta? LG – Por causa da relevância estratégica do Brasil para a agricultura mundial, e por essa atividade representar a razão de ser e a maior competência da empresa, nossa relação com o País é profunda, consistente e marcada 18

Agro Guia – Para a Syngenta, a Sustentabilidade, como modelo de desenvolvimento, é... LG – Sustentabilidade, para a Syngenta, é, como já ressaltei, produzir mais com menos e contribuir para que a oferta de alimentos seja suficiente para atender o incremento constante da demanda mundial. Nosso desafio é criar todas as condições para gerar produtividade e valor com o menor impacto ambiental. É por esse motivo que participamos ativamente da elaboração de documentos como Nova Visão para a Agricultura, lançado em 2009, no Fórum Econômico Mundial, Vision 2050, do World Business


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Agro Entrevista

Council for Susteinable Development, e Visão Brasil 2050, uma contribuição específica do empresariado brasileiro para as propostas globais do Vision 2050. Outros exemplos práticos de nossa visão sustentável para a agricultura são o Projeto Centro Sul de Feijão e Milho, que já beneficiou cerca de 2,2 mil famílias de agricultores no Estado do Paraná, e o Projeto Minor Crops, por meio do qual a Syngenta atua em parceria com o governo brasileiro no sentido de obter registros de defensivos agrícolas para uma série de culturas desenvolvidas em propriedades pequenas e que contam com suporte fitossanitário insuficiente. Também estamos atentos às oportunidades de minimizar os impactos ambientais de nossas operações, com metas e programas globais e locais para diminuir a geração de resíduos e a emissão de gases do efeito estufa, maximizar a eficiência do uso da água e conservar os recursos hídricos e do solo. Agro Guia – Fale sobre as novidades da Syngenta para o mercado. LG – Em 2011, o investimento global da empresa em P&D foi de, aproximadamente, US$ 1,2 bilhão. Para esta safra, teremos novos produtos em proteção de cultivos, com modos de ação também inovadores, mais opções em sementes e biotecnologia e novidades em tratamento de sementes. Nossa estratégia de oferecer soluções integradas será incrementada em todas as frentes. Para a cultura do milho, a safra 2012/2013 contará com uma variedade de híbrido hiperprecoce do segmento de alto investimento, adaptado à Região Sul. Com ciclo muito rápido, permitirá que o produtor faça até duas safras, no verão, sem perda 20

de produtividade em comparação aos híbridos de ciclo mais tardio. Para a soja, os destaques são três variedades para o Sul e cinco para o Cerrado. Outra novidade é o Nucoffee Best of Brazil 2012 Cupping, que será realizado em San Francisco, EUA, dia 27 de novembro. Trata-se do nosso programa de valorização de cafés de qualidade do Brasil, no mercado externo e que envolve produtores, cooperativas, torrefadores e, como consequência final, o consumidor. Levaremos pelo menos 15 amostras de cafeicultores brasileiros, clientes do programa, para apresentar a 50 torrefadores americanos. Os Estados Unidos são o principal mercado para o café de qualidade e o impacto dessa apresentação terá, portanto, alcance mundial. Essa iniciativa é fundamental para a inserção do café brasileiro de qualidade no exterior, pois é raro que torrefadores de fora possam vir ao Brasil.

“Estamos atentos às oportunidades de minimizar os impactos ambientais”


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Você sabia que... A irrigação de lavouras promove o desenvolvimento econômico da região onde é implementada? Há muito tempo a produção de alimentos e energia são consideradas atividades que mais contribuem para a manutenção da estabilidade econômica do país. Com o crescimento dos problemas sociais, entre eles, a poluição ambiental, as atividades de cultivo da terra ganharam uma nova abordagem, e são vistas como uma oportunidade para a redução deste problema. Em muitos casos, a agricultura pode ser considerada a alavanca inicial para o desenvolvimento socioeconômico de uma região. Nesse contexto a irrigação se destaca como um elemento fundamental para o desenvolvimento deste processo de crescimento. Quanto mais tecnificada, maior o impacto e a divisão de investimentos ao longo da cadeia produtiva, o que possibilita também, maior geração de empregos e produtividade no campo Além de aumentar a produtividade, reduzir a sazonalidade da oferta de ali-

mentos no decorrer do ano e permitir a produção de alimentos onde a falta de chuvas é um fator limitante, áreas irrigadas costumam consumir maior quantidade de insumos e serviços, fazendo com que o mercado permaneça em movimento. Um grande exemplo da importância da irrigação para o desenvolvimento de uma região está no Vale do São Francisco. Com projetos de irrigação gerou mais de 100 mil empregos diretos e 206 mil indiretos, o que demonstra que irrigar gera também crescimento socioeconômico. Fonte: http://www.agr.feis.unesp.br/ lsvimpirrigacao.htm

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Movido por duas paixões: agricultura e agronomia

Fernando Penteado Cardoso, o homem que ajudou a agropecuária do País Por Béth Mélo

Dia 19 de setembro, o engenheiro agrônomo Fernando Penteado Cardoso completou 98 anos de idade. Mais de 70 foram dedicados ao agronegócio. Não, por acaso, se tornou conhecido e lembrado, mas pela sua contribuição para o setor e, principalmente, pelas suas ideias inovadoras, como a criação do slogan “com Manah, adubando dá”, que marcou época e até contribuiu para 22

consolidar a exploração do solo, com o uso de fertilizantes. “Sou movido por duas grandes paixões: a agricultura e a agronomia”, confessa. A afinidade com a agricultura vem de longa data, tem raízes na tradição familiar, e o motivou a cursar agronomia na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), em Piracicaba (SP). Foi destaque entre os formandos de 1936,


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Agro História

e recebeu o prêmio “Epitácio Pessoa”, conferido ao melhor aluno da turma. Mas foi em um livro de Monteiro Lobato, que ele lera durante uma viagem de trem, que veio uma grande inspiração. “Em uma parte do texto, o interlocutor pergunta ao caboclo, ‘se a sua terra é boa, se é tão fértil como você disse, por que não tem nada?’ O caboclo responde: ‘Uai, plantando dá’. Na hora que eu li isso, imaginei, se plantando dá, vamos botar adubando dá”, conta Cardoso. “Adaptei a frase e nunca pensei que faria tanto sucesso. Foi uma feliz coincidência”, avalia. A Manah, explica, decorre do trabalho de um agrônomo lutando por uma fazenda de terras fracas, cansadas, e que precisavam de fertilizantes para recuperar a fertilidade do solo. Corria o ano de 1942, em plena Guerra Mundial, e o que tinha disponível, como adubo, eram cinzas de café e de torta de algodão, principalmente estas duas, além da própria torta de algodão – Na época, os produtores queimaram milhões de sacas de café e muita torta de algodão. As cinzas eram muito ricas, as de café, em potássio, e as de algodão, particularmente em fósforo, além de potássio. Já a torta de algodão, antes de queimar, era rica em nitrogênio. Então, fazendo as misturas, com o conhecimento que tinha, como agrônomo, produzimos adubos bem balanceados para as necessidades da época”, relata. Começou a vender o Adubo FC para vizinhos e conhecidos. Junto com um amigo, criou a F. Cardoso & Cia. Ltda., sua primeira empresa de fertilizantes e registrou a marca Manah, tirada da Bíblia, sugerida por um amigo. “Tive uma

surpresa muito grande, pois o som de Manah, embora sem significado, era familiar aos japoneses que produziam verduras, legumes e batatas na região. Portanto, parecia uma firma japonesa, o que facilitou a penetração da marca junto a esses lavradores, cujas lavouras requeriam adubo”, explica. Os sócios resolveram abrir o capital. A incorporação da Manah SA ocorreu em dezembro de 1947, com 14 acionistas, a maioria familiares. Quando vendeu a empresa para a Bunge, em 2000 esta não se interessou pela área de suplementos minerais. Então, vendeu a fábrica desses produtos para Fernando Penteado Cardoso Filho e Eduardo Penteado Cardoso, que utilizaram a marca Manafós, por 4 anos, depois substituída por Connan. Um ônus Para ele, a floresta é consequência de sol, chuva, calor e solo fértil, portanto, a terra é boa para a agricultura. “Não me venham, então, falar em preservar toda a Amazônia, cuja quarta parte, do total, é alta e agricultável, enquanto o restante sofre inundação. As terras baixas são um ônus para o Brasil”, enfatiza e lembra que as terras altas da região amazônica têm floresta sobre solo bom o qual, no futuro, podem produzir muito, conforme a demanda, uma vez que a terra é bem drenada e fértil. No entanto, ele lembra que Código Florestal está aí para desperdiçar milhares de hectares de terras para a agricultura. “O pensamento que espalhou e virou credo, em todo o mundo, a religião do verde, da floresta, a florestamaia, reflete uma falta de visão, e vai até quando apertar a fome”, salienta. Também esAgro Guia | Setembro 2012

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conde outros interesses. Para ilustrar, cita iniciativas como as do movimento internacional em prol das florestas e do clima, bem como a União Nacional de Produtores dos EUA (NFU a sigla em inglês), entre outros, que defende a tese das “fazendas aqui (EUA), florestas lá (no Brasil e outros países)”. “A reivindicação é uma forma de limitar a produção de cereais e, assim, reduzir uma possível concorrência agrícola dos países tropicais. Eles têm razão de temer”, alerta. As ideias revolucionárias são a marca registrada de Cardoso. Exemplo disso é a sua visão sobre sustentabilidade. “Agricultura sustentável é aquela que tem continuidade, que persiste, que assegura alimento, fibras e bio-combustíveis no futuro”. Defende e ressalta a importância da adoção de práticas agrícolas que contribuam para melhorar e conservar a fertilidade do solo, como o plantio direto, sistema que entrou no País, na década de 70 e, segundo ele, resolveu o problema de erosão, pois repete o que acontece na floresta, onde o solo fica protegido por uma camada de resíduos orgânicos (dispensando o preparo da terra). “Cerca de 95% das lavouras brasileiras de soja utilizam esse sistema. Ainda não inventaram nada melhor que o plantio direto, que atualmente protege 35 milhões de hectares de terras cultivadas”, argumenta ele que acompanhou e incentivou o uso dessa tecnologia. Em 1995, a convite de Cardoso, o Prêmio Nobel da Paz, Norman Borlaug, co-

nhecido como o Pai da Revolução Verde, visitou as lavouras do Centro Oeste brasileiro e disse, admirado, com a transformação das terras fracas em férteis: “o que vocês estão fazendo no cerrado é o maior acontecimento agrícola do século XX”, lembra o agrônomo. Quatro revoluções Cardoso testemunhou o que ele considera as quatro grandes revoluções da agropecuária do país: a transformação de terras fracas em férteis, com a adubação e o plantio direto; o cultivo da braquiária, que revolucionou a disponibilidade de forragem no Brasil; a introdução do Nelore e o advento dos transgênicos. Segundo ele, os transgênicos, consequência da ciência biológica, se adaptaram à agricultura, com sucesso, contribuindo com vários produtos, principalmente para a defesa vegetal. “No futuro teremos novos produtos, em sabor, conservação e qualidades nutritivas, a partir da transgenia”. No entanto, ele lembra que a genética produziu os híbridos, antes dos transgênicos. Cita a braquiária, que tolera solos africanos, pobres, com baixos teores de cálcio e fósforo, como os do Cerrado e adaptou-se bem ao Brasil e hoje cobre 50 milhões a 60 milhões de hectares. “O binômio braquiária (da África) e Nelore (da Índia) é o grande propulsor da agropecuária brasileira”, analisa. Cardoso também ajudou a contar a história do Nelore no Brasil, iniciada pelas mãos de Manoel Lemgruber,

“Adaptei a frase e nunca pensei que faria tanto sucesso. Foi uma feliz coincidência”

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fazendeiro de descendência suíça, do Rio de Janeiro, primeiro importador de gado Ongole puro da Índia. E 1974, a Manah trouxe essa linhagem original para o seu rebanho, em Brotas (SP), por meio do touro Mistério, do criador mineiro Geraldo de Paula, e começou a multiplicação. Assim, o empresário foi uma espécie de guardião dessa genética original, que ele batizou com a marca Nelore Lemgruber, em homenagem a Manoel Lemgruber. Todo o rebanho original desse gado, com mais de 3.700 animais PO, foi adquirido pelos irmãos Fernando Penteado Cardoso Filho e Eduardo Penteado Cardoso, e encaminhado para a Fazenda Novo Mundo, em Uberaba (MG). Hoje animais dessa linhagem tradicional são reproduzidos em sistema de franquia por uns cinco criadores que podem usar a marca a partir de sêmen e de vacas da linhagem. Retribuição O espírito criativo de Cardoso não parou por aí. Em 2001, depois de vender a Manah para a Bunge, convidou a mulher e os filhos a criar

a Fundação Agrisus – Agricultura Sustentável, voltada para pesquisa e ensino objetivando a conservação da fertilidade da terra. “Foi uma retribuição pelo tanto que recebi da agricultura, uma forma de devolver um pouco do que a lavoura me deu, tanto na carreira como na família”, reconhece ele que ficou na presidência da entidade até o ano passado. “Estamos evoluindo para tirar a fundação da tutela familiar”, conta. As mudanças já começaram. Agora, o conselho curador da Agrisus é formado por professores da ESALQ/USP e por pesquisadores. O atual presidente da entidade,

Antonio Roque Dechen, é vice-reitor da USP e professor da Esalq. No ano passado, Cardoso afastou-se da Agrisus. Agora sobra mais tempo para ler e acompanhar as novidades do setor agropecuário. Em sua opinião, está faltando gente para refletir e especular sobre a seguinte questão: “E daqui a 20 anos, como é que vai ser?” Como, onde e por quem será produzida a crescente demanda de alimentos requerida por uma população cada vez com melhor nível de vida? aponta Cardoso, que deixa uma mensagem para os produtores: “Tenham confiança na agricultura brasileira e conservem o seu solo.”

Cardoso foi destaque entre os formandos de 1936, da Esalq

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Agro Agricultura/Crédito Rural

Osmar Fernandes Dias, do BB

Opções disponíveis para o setor Somente o Banco do Brasil destinará R$ 55 bilhões de recursos para o setor Por Simone Rubim

Para a safra 2012/2013, o Banco do Brasil vai destinar R$ 55 bilhões para as operações de crédito rural. O volume é 14,2% maior que na safra anterior. Desse total, R$ 10,5 bilhões financiarão a agricultura familiar e R$ 44,5 bilhões atenderão os agricultores empresariais e cooperativas rurais. O vice-presidente de Agronegócios e de Micro e Pequenas Empresas do banco, Osmar Fernandes Dias, anunciou que as agências do BB, em todo País, já podem contratar financiamento de custeio antecipado da safrinha 2013/2013 para as culturas de milho, algodão e sorgo. O BB também passa a atuar no PNHR (Programa Nacional de Habilitação Rural), que integra o Programa Minha Casa Minha Vida, para construção e 26

reforma de moradias aos agricultores familiares e trabalhadores rurais. O banco estima contratar, até o fim de 2014, 100 mil unidades habitacionais no PNHR. As operações podem ser contratadas em 3 grupos: Grupo 1 contempla agricultores e trabalhadores rurais com renda familiar anual de até R$ 15 mil. Não há cobrança de encargos financeiros e os limites de crédito são de até R$ 25 mil, para produção de unidades habitacionais rurais, e de até R$ 5 mil para reforma. Para o Grupo 2, a renda familiar anual deve ser entre R$ 15 mil e R$ 30 mil e os encargos financeiros são de 5% ao ano + TR. No Grupo 3 são beneficiados agricultores e trabalhadores rurais com renda familiar anual acima de R$ 30 mil até R$ 60 mil. As taxas de juros


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Agro Agricultura/Crédito Rural

variam entre 6% e 8,16% ao ano + TR. Em continuidade à Pronamp (Política de Apoio ao Médio Produtor Rural), destinada aos produtores com renda anual de até R$ 800 mil, o BB incrementará o volume de crédito em 20% na safra atual, que deve atingir R$ 7,2 bilhões. A taxa de juros é de 5% ao ano, e o limite de financiamento é de até R$ 300 mil por ano-safra. O banco possui também linha de financiamento para o Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono), que incentiva a adoção de boas práticas pelos agricultores brasileiros, que aumentou 206,5% entre julho de 2011 e maio de 2012, em relação ao mesmo período de 2010/2011. Os juros, praticados pelo Banco do Brasil e pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), são de 5,5% ao ano. Outros destaques foram as contratações por meio do Moderagro (Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais), no valor de R$ 452,2 milhões, e do Moderinfra (Programa de Incentivo a Irrigação e Armazenagem), de R$ 210,9 milhões, ambos com juros de 6,75% ao ano. Agricultura familiar O MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) anunciou um volume recorde de recursos para o crédito rural do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar): R$ 18 bilhões é o valor previsto, incluído nos R$ 22,3 bilhões em recursos do Plano Safra 2012/2013. O programa financia projetos individuais ou coletivos, que gerem renda aos agricultores familiares e assentados da reforma agrária. Os juros para operações de custeio, de valor acima de R$ 20 mil, foram

reduzidos de 4,5% ao ano para 4%. Nas outras linhas de custeio e investimento, as taxas variam de 0,5% a 3%. Nos últimos 10 anos, o Pronaf evoluiu mais de 400%, passando de R$ 3,9 bilhões (safra 2002/2003) para R$ 18 bilhões. Segundo Laudemir Müller, titular da Secretaria de Agricultura Familiar, os recursos vão ampliar a capacidade de investimentos dos agricultores familiares. 12 anos de Moderfrota Para recuperar o setor, em 1999, foi criado o Programa Moderfrota (Modernização da Frota de Máquinas e Equipamentos Agrícolas), que possibilitou o financiamento de novas unidades para a agricultura, através do BNDES, com juros subsidiados. Porém, o Moderfrota perdeu força no governo Dilma Rousseff e sofreu corte de recursos, de R$ 1 bilhão, na safra 2011/2012, para R$ 150 milhões, na temporada 2012/2013. Surgiu, então, o remodelado PSI Rural (Programa de Sustentação de Investimentos) que recebeu injeção de recursos, saltando de R$ 4 bilhões para R$ 6 bilhões. Os recursos destinados para máquinas agrícolas e equipamentos no ciclo 2012/2013 totalizaram R$ 6,650 bilhões. O Moderinfra caiu de R$ 1 bilhão para R$ 500 milhões (menos 50%); o Moderfrota de R$ 1 bilhão para R$ 150 milhões (queda de 567%) e o PSI Rural passou de R$ 4 bilhões para R$ 6 bilhões (crescimento de 50%). O Moderfrota passou a ser contemplado com juros de 5,5% ao ano, junto com o PSI Rural, dentro do prazo 10 anos. A carência é de dois anos no Moderfrota e de três anos no PSI. Agro Guia | Setembro 2012

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O clima e a pecuária

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O efeito dos choques climáticos sobre a agricultura geralmente é claro e imediato. O clima desfavorável na América do Sul reduziu a oferta de soja e o preço subiu imediatamente. Pouco depois, o clima prejudicou a safra de milho americana e a produção de trigo no Mar Negro e os preços reagiram da mesma forma. De modo geral, o clima desfavorável reduz a oferta agrícola e valoriza os preços, assim como o clima favorável permite a expansão da oferta e mantém os preços no patamar correto de mercado. A relação do clima com a pecuária não é tão direta, nem tão imediata. Existem também os efeitos do clima sobre a agricultura que terminam afetando a pecuária no período seguinte. O motivo principal é a engorda dos animais depender da natureza e da agricultura. Esta dependência é clara em países onde predomina o confinamento, como os Estados Unidos. A influência de um choque agrícola climático sobre a produção de animais terminados se dá pelo aumento do custo da engorda. O ajuste do mercado, entretanto, é mais complicado. O aumento do custo geralmente não encontra condições, como agora, para o seu repasse para o cliente da pecuária, a indústria frigorífica. A saída é reduzir a produção para minimizar a perda, mas a redução exige um desinvestimento na atividade que liquida o rebanho e au-

menta a oferta de animais no mercado para evitar custos irrecuperáveis, o que deixa os efeitos climáticos sobre a pecuária menos evidentes. O preço da arroba cai com o desinvestimento, o que torna o choque agrícola duplamente custoso. A pecuária enfrenta o aumento de custos e a queda do preço, até que o mercado se equilibre novamente. O novo equilíbrio se dá quando a oferta cai e cria as condições para o repasse do aumento de custos para a indústria frigorífica e o consumidor final. A pecuária americana está exatamente na primeira etapa desse processo, pois o preço da proteína caiu nos últimos dois meses, mesmo diante do aumento do custo de produção, mas o mercado futuro mostra uma curva ascendente de preços para o próximo um ano e meio. A pecuária no Brasil sofre a influência indireta desse processo no exterior, além da influência direta do clima no Brasil. O sistema de produção no Brasil é o inverso do americano. O Brasil produz 90% dos animais a pasto e apenas 10% por confinamento, próximo da média internacional, enquanto os Estados Unidos produzem 90% a confinamento. O efeito mais visível do clima no Brasil é um padrão definido do comportamento do preço. O período chuvoso – a safra pecuária – apresenta


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preços em queda pela disponibilidade de pastos, enquanto a entressafra perde a capacidade dos pastos engordarem animais suficientes e o preço sobe. Os meses que marcam o auge da entressafra registraram, nos últimos anos, o complemento crescente de animais terminados por confinamento, que representam até 25% da oferta nos meses mais secos. A grande região, que concentra a pecuária brasileira, recebe mais de 80% do volume de chuva anuais entre novembro e maio, enquanto os cinco meses entre junho e outubro recebem os 19% restantes, sendo o período de julho a setembro seco o suficiente para prejudicar as pastagens e tornar a oferta escassa. A influência do clima é diferente se a chuva sai do padrão durante a safra, ou durante a entressafra. Chuvas abaixo do normal na safra prejudicam a oferta, mas os seus efeitos sobre o preço se assemelham ao ajuste por etapas a um choque na pecuária por confinamento. O clima mais seco acentua primeiramente a queda do preço pelo desinvestimento (abate de matrizes), enquanto o efeito de alta no preço só aparece na entressafra. O Brasil registrou esse ano alguns efeitos nada óbvios do clima sobre a pecuária. O primeiro efeito foi um clima seco na entressafra do ano passado e, posteriormente, no meio da safra deste ano. As chuvas abaixo do normal levaram primeiramente ao crescimento do abate de fêmeas na passagem do ano (descarte), o que deixou o mercado com excesso de oferta e queda do preço durante a safra. O final da safra teve outra surpresa, pois o excesso de chuvas em junho foi um “evento climático” para a meteorologia. A oferta de animais a pasto não apresentou a escassez natural dos meses de julho e agosto, o que coinci-

diu com a oferta de confinamento que complementaria uma escassez que não houve. O resultado foi a maior queda nos preços. A segunda parte do ajuste da pecuária ao clima seco no início do ano possui dois aspectos, a depender do horizonte de tempo. Os próximos meses irão mostrar a escassez típica da entressafra após alguma liquidação do rebanho e a antecipação de animais terminados por conta da chuva de junho. O preço deve se recuperar da queda durante a primeira metade do ajuste. O médio prazo – a safra 2013 – já vai se beneficiar de chuvas fortes a partir de outubro. O clima chuvoso beneficia a pecuária pelas boas condições das pastagens, mas não pelo preço. Porém, o comportamento dos preços na safra 2013 precisa considerar também o efeito defasado do choque agrícola deste ano sobre a pecuária nos Estados Unidos, cujo custo vai se manter elevado até meados de 2013, no melhor cenário. Os contratos futuros do milho nos Estados Unidos mostram a reversão de aproximadamente metade da alta a partir do terceiro trimestre do ano que vem, mas a confirmação dessa redução no custo da pecuária a confinamento depende do sucesso da safra 2012/2013 na América do Sul e do Norte. O choque climático no Hemisfério Norte garantiu preços elevados para a safra brasileira a ser plantada em outubro. A influência do choque sobre a pecuária brasileira deve vir a partir do ano que vem. Para outros relatórios e informações acesse: www.bancooriginal.com.br economia@bancooriginal.com.br

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Agro Educação

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