Revista Varejo em Foco - ACE Jundiaí #2

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EDITORIAL

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[O desafio é continuar crescendo]

im, lançamos a nova revista da ACE. A Varejo em Foco foi muito bem avaliada por nossos parceiros, associados, anunciantes e colaboradores. E claro que com esse retorno nos sentimos lisonjeados e muito agradecidos. Poderíamos ficar assim, curtindo os louros de uma primeira edição, bem impressa, com pautas interessantes... E quantos não ficam vivendo de resultados passados? De conquistas que foram impressionantes? Engrossando o coro do ditado popular, quem vive de passado é museu e figurinha repetida não completa álbum. Pode até parecer uma afirmação pesada, mas é dessa forma que se atinge o sucesso, fazendo-o acontecer dia após dia, repetidamente e não uma só vez. O desafio de todo empreendedor de sucesso é se manter competitivo, continuar crescendo sempre!

cidade e à ACE um veículo à altura de sua representatividade. As ausências cada vez mais frequentes ao trabalho, por parte do colaborador, os cuidados com o uso das marcas da Copa do Mundo, o dilema das mães sobre a volta às atividades depois da licença-maternidade e os flashes do café da manhã que marcou o lançamento da revista você confere nesta edição. Os benefícios oferecidos pela ACE aos mais de três mil associados e as novidades do mundo dos negócios também são destacados. O mês de maio chegou e com ele oportunidades de vendas, de networking e, principalmente, de realizações. Daqui, enviamos votos de feliz Dia das Mães!

[EXPEDIENTE]

Nesta edição, e em todas as outras que hão de vir, é necessário manter o mesmo entusiasmo, a mesma vontade de ser inovador, de ajudar os empresários em seus negócios e de oferecer à Presidente Reges Donatti Filho Textos e fotos COMpasso Comunicação Diagramação e Projeto Gráfico Nort Marketing Estratégico Jornalista responsável Elis Soares - MTB 48.990/SP

Diretoria e Conselho ACE Marcos Meerson Carla Maltoni Armando Tomaducci Mara Migliato Danilo Rosa Fabiano Roncoletta Giulliana Milamonti Mário Sérgio Murilo Offa Domingo Zaniqueli (in memoriam)

Reges Donatti Filho Presidente Tiragem: 4 mil exemplares Revisão: Gilmara Berverte Magro

ACE Jundiaí

Rua Rangel Pestana, 533 - loja 1 Edifício Palácio do Comércio Centro - Jundiaí/SP CEP: 13.201-903 (11) 3308-4305 www.acejundiai.com.br

A Revista Varejo em Foco é um produto da ACE Jundiaí e Nort Marketing Estratégico, em parceria COMpasso Comunicação. Contato Comercial Thiago Bastos (11) 9.7092-6324 comercial@agencianort.com.br


MEU NEGÓCIO

EMPREENDEDORISMO INDIVIDUAL

14 20 PONTO DE VISTA

DIA DAS MÃES

26 30 CAPA: DINHEIRO

ESPAÇO DO EMPREENDEDOR

índice índice

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E EMBALAGEM NOVAS

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O que uma caricatura e um saco de pão têm em comum? Podem ser opções econômicas e divertidas de divulgar sua empresa

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varejo EM FOCO

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meu negócio

SEU NEGÓCIO DE CARA


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enato Martins Zacarias, de 28 anos, formado em Design Gráfico, é especializado em desenhar caricaturas, uma arte que transforma a pessoa num desenho animado, ressaltando os traços mais marcantes do rosto e corpo. “Também foco meu trabalho em temas infantis, como super-heróis, e sou professor de Desenho”, relata. Com quatro anos de experiência no mercado, Renato aponta que a maioria da demanda vem das famílias. “São filhos querendo presentear os pais, namorados pretendendo ter algo personalizado e noivos que usam a arte nos convites ou mesmo como lembrança da festa”, especifica. Para os empresários, a indicação do profissional é usar a arte como forma de agradar ao público. “Enviar caricaturas aos clientes mostra que cada um merece um tratamento diferenciado, exclusivo. Outra ideia é valorizar os colaboradores ofertando-lhes uma caricatura, evidenciando algum gosto pessoal. Com certeza vão se sentir cativados, interferindo inclusive em seus resultados”, acredita o designer. Cada caricatura custa em média R$ 40, sendo R$ 50 se for o casal ou mais de uma pessoa na mesma imagem. Outra possibilidade em eventos é contratar o serviço por hora, R$ 200. “Dependendo da demanda pode-se negociar o valor que esteja dentro do orçamento da empresa”, pondera. Para contratar Renato, basta contatar: (11) 9.9309-2214 ou rmz_ad@outlook.com.

Para Renato, oferecer caricaturas para os clientes é uma forma de agradar-lhes, fazendo com que se sintam especiais

NO PAPEL DE PÃO Canções eternizaram um simples papel de pão como o local adequado para deixar recados. Melhor do que isso, a DivulgaPão,

presente em mais de 200 cidades no Brasil, entendeu que seria usar o espaço para propaganda. “O anunciante contrata quantos centímetros achar necessário, desde um único módulo até a embalagem inteira. Os sacos são entregues gratuitamente nas padarias cadastradas, que economizam nas embalagens e em troca fazem a distribuição da publicidade. Todo mundo ganha”, explica Ane Carolina Oliveira, diretora regional de Marketing. As vantagens da propaganda é ser ecologicamente correta e ocupar lugar de destaque na mesa do consumidor, proporcionando alto tempo de exposição das marcas. Criação da arte e distribuição do material estão inclusos no valor do anúncio. “Um módulo custa R$ 495. A tiragem sendo de 30 mil unidades, o investimento é de apenas R$ 0,01 centavo por saco de pão, que alcança em média quatro pessoas”, contabiliza a diretora. Os anunciantes exclusivos ainda podem escolher em quais locais desejam veicular a propaganda, bem como a quantidade a ser confeccionada e posteriormente distribuída. “A embalagem de 5 kg é a mais utilizada e oferece capacidade para seis a dez pães”, especifica Ane. As padarias interessadas em solicitar as sacolas gratuitas e os anunciantes devem entrar em contato pelo telefone (11) 4497-1971 ou e-mail jundiai@divulgapao.com.br. Samuel de Oliveira, engenheiro na empresa Wesa, especializada no desenvolvimento e fabricação de máquinas e serviços de usinagem, aprova a forma de divulgação. “O que mais me chamou a atenção foi a praticidade e a conveniência da propaganda que entra na casa do cliente num momento agradável e de forma não agressiva. Além disso, a embalagem é distribuída em locais onde meu público-alvo também está”, afirma.


empresár ios

devem

ter

atenção

com campanhas e promoções

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Para que uma oportunidade não se transforme em dor de cabeça, o primeiro passo é procurar um especialista em propriedade industrial antes de usar uma marca

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om a chegada do campeonato mundial de futebol, o país deve receber 1,2 milhão de visitantes e, aproximadamente, 300 mil micro e pequenas empresas têm chance de crescimento econômico no período, de acordo com levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas.

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empreendedorismo

COPA DO MUNDO:

de fazer qualquer campanha ligada à Copa do Mundo, tenha o cuidado de buscar um especialista em propriedade industrial para saber se o que você está fazendo ou fará infringe a lei”, recomenda. A legislação citada por Marcelo é a Lei Geral da Copa (12.663/12), que estabelece regras para a realização do evento no país e prevê o encaminhamento de verbas, proteção de marcas, normas de utilização de estádios, entre outras questões.

A bola da vez é aproveitar as oportunidades de mercado e lucrar com a Copa do Mundo, porém, fora de campo, empresários e agências devem conhecer as regras de uso de marcas para promover campanhas e promoções.

De acordo com a FIFA, até janeiro deste ano, já tinham sido detectados 618 casos de uso indevido das marcas ligadas à Copa. “No mundial anterior, uma empresa mandou fazer 60 mil balões com a marca da Copa e cartelas para as pessoas anotarem o placar dos jogos. A FIFA notificou e o resultado foi ter de tirar todo o material de circulação, com um prejuízo de quase R$ 300 mil, além de resposta a uma ação judicial”, conta Marcelo. A exclusividade total das marcas é uma estratégia adotada pela FIFA para dar garantias aos patrocinadores do evento.

O motivo dessa atenção é que o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu à Federação Internacional de Futebol (FIFA) exclusividade para o uso de 59 registros de marcas de alto renome, ou seja, de reconhecimento internacional e restrito a qualquer ramo de atividade. Marcelo Brandão, da Vilage Marcas e Patentes, aconselha empresários e profissionais que atuam em agências de publicidade. “Antes

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Além de não poder usar as marcas da FIFA e da Copa do Mundo (veja a lista das nominativas), se não for patrocinador e sem prévia autorização, também é proibido: distribuir ingressos para os jogos; produzir e vender produtos com as marcas da FIFA; e realizar ações promocionais associadas à Copa.

Entenda a diferença entre registro de marcas: Nominativa – composta por palavras, expressões ou combinações de letras e números. Figurativa – constituída de um desenho ou forma estilizada de letras e números. Mista – combinação de elementos das marcas figurativa e nominativa.

Lista de 29 das 59 marcas que são nominativas e não podem ser usadas sem autorização durante a Copa do Mundo: World Cup FIFA World Cup FIFA Copa do Mundo Brasil 2014 FIFA Beach Soccer World Cup FIFA Women’s World Cup Copa do Mundo 2014 Brazil World Cup 2014 Mundial de Futebol Brasil Men’s World Cup Brazil 2014 Mundial 2014 Brazil Soccer 2014 FIFA Club World Cup FIFA Futsal World Cup Copa das Confederações Green Goal Natal 2014 Brasília 2014 Cuiabá 2014 São Paulo 2014 Rio 2014 Porto Alegre 2014 Manaus 2014 Fortaleza 2014 Belo Horizonte 2014 Curitiba 2014 Recife 2014 Salvador 2014 Existem ainda marcas figurativas e mistas (logotipos, mascotes, taça, entre outras) que também não podem ser utilizadas.

Fora dos gramados: Marcelo Brandão, da Vilage Marcas e Patentes, aconselha empresários e publicitários sobre o uso indevido de marcas


ACE NO DIA A DIA A

ACE Jundiaí está dividida em seis departamentos, além dos serviços terceirizados. Para que você, associado, sinta-se bem atendido, a partir desta edição será apresentado cada departamento e quem pode ajudá-lo. O primeiro é o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), setor responsável pelo

atendimento – telefônico, de ligações para consultas dos associados, e presencial, para consultas dos consumidores, venda de convites, cobrança do Serviço Central de Recuperação ao Crédito (SCRC), processamento de arquivos para inclusões e exclusões dos inadimplentes no banco de dados, ofícios judiciais e estatísticas de consultas e inadimplência.

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Luiz Ambrรณsio, Fรกbio Bossato e Ana Paula Carvalho fazem parte do SCPC e sรฃo responsรกveis por atender tanto o associado quanto o consumidor


SERVIÇOS

ACE

A ACE Jundiaí agora conta com o serviço do ACCelular, que é uma solução em telefonia móvel para os associados, utilizando a cobertura da Vivo e garantindo que haja controle dos gastos telefônicos. Entre os benefícios estão:

Atendimento personalizado

Agilidade para resolver todas as necessidades dos clientes, com um consultor disponível para atender pessoalmente na sede da ACE.

Gestão de consumo

O cliente tem acesso, via web, ao sistema de gerenciamento de ligações, podendo transferir minutos entre linhas telefônicas de um mesmo contratado.

Facilidade no controle

Por meio do TeleGestor, o cliente tem controle total do consumo de cada uma das linhas em tempo real, as faturas são completas e detalhadas e o histórico de consumo, desde a contratação, está sempre disponível.

Avisos de ligação e de consumo

Se estiver com o aparelho desligado ou sem sinal, o ACCelular informa sobre as ligações recebidas durante o período assim que o aparelho for religado ou o sinal for restabelecido. Além disso, por meio do sistema Aviso de Percentual de Consumo, o cliente é avisado sobre os minutos já utilizados.

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* Título da modalidade incentivo emitido pela ICATU CAPITALIZAÇÃO S/A, CNPJ/MF nº 74.267.170/0001-73, Processo SUSEP nº 15414.900130/2013-82. A aprovação deste título pela SUSEP não implica, por parte da Autarquia, em incentivo ou recomendação à sua aquisição, representando, exclusivamente, sua adequação às normas em vigor. Serviço de Informação ao Cidadão SUSEP 0800 021 84 84 (dias úteis, das 9h30 às 17h) ou www.susep.gov.br. Ouvidoria Icatu Seguros 0800 286 0047. Fundos de investimento não contam com a garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do Fundo Garantidor de Crédito - FGC. A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. É recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo de investimento pelo investidor ao aplicar os seus recursos. Promoção válida durante o período de 20/01 a 31/07/2014, para os associados das cooperativas de crédito participantes. Consulte regulamento completo da promoção em sorteemcamposicredi.com.br ou nas cooperativas de crédito participantes. Produtos e serviços sujeitos à disponibilidade na sua cooperativa de crédito. Para informações sobre produtos e serviços e condições de contratação, dirija-se a uma de nossas unidades de atendimento. Prêmios pagos em moeda corrente nacional e líquidos de impostos. SAC Sicredi - 0800 724 7220 / Deficientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525. Ouvidoria Sicredi - 0800 646 2519.

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250 mil


ponto de vista

QUANDO E QUA N TO INVESTIR

EM

PESQUISAS

PARA S E U N E GÓ CIO

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ivemos hoje na chamada Era da Informação. Em 1959, Peter Drucker identifica um novo tipo de trabalhador em sua obra “Landmarks of Tomorrow”, o trabalhador do conhecimento. Esse novo funcionário aliava o trabalho manual com o teórico. Da década de 60 até hoje, esse tipo de sujeito se desenvolveu muito, tendo, como alicerce de sucesso, a informação de qualidade.

de comunicação estão direcionados para os públicos desejados ou para os públicos mais rentáveis.

No atual momento em que o acesso à informação é amplo a toda a população, os gestores precisam ter ciência de que nem toda informação de fácil acesso possui qualidade para a tomada de decisão. A informação de má qualidade pode gerar soluções imprecisas com alto risco para marcas, empresas e produtos. O cenário atual mostra claramente que a obtenção da informação de boa qualidade por meio das pesquisas de mercado, além de um grande ativo para as corporações, é também um grande driver para a tomada de decisão.

O ponto mais importante nessa discussão é compreender que as pesquisas de mercado estão diretamente envolvidas com o risco que uma tomada de decisão possui. O “quando” e o “quanto” deve se investir sempre dependerá da magnitude das co n s e qu ê nc i as que uma tomada de decisão pode gerar em toda a corporação.

Entendendo a importância que a pesquisa de mercado possui hoje nas organizações, algumas dúvidas ainda precisam ser sanadas. Quando e quanto vale a pena investir em pesquisa de mercado?

Ao levantar esses “ números, você rapidamente

chegará à conclusão de que não vale a pena investir seu tempo para fazer pesquisas improvisadas internamente.

Como exemplo, podemos citar a importância que tem pesquisa que identifica o perfil de consumidor de um produto ou empresa. Essa identificação pode apontar quais são os clusters envolvidos no consumo dos produtos ou serviços oferecidos e se os esforços

Por exemplo, a mudança de embalagem de um produto pode impactar a visibilidade que ele terá no varejo e o nível de atenção que ele chama dos consumidores. Mas, ao mesmo tempo, essa mesma embalagem pode trazer a percepção de valores e características que não combinam com a marca, deixando-a com uma cara menos sofisticada, o que levaria à queda de percepção de valor (custo-benefício). Podemos citar também a contratação de

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celebridades no endosso de marcas ou empresas em campanhas de comunicação. Esse tipo de investimento financeiro pode ser extremamente alto e pode apresentar um risco eminente caso a celebridade não possua um FIT adequado com a marca e com os objetivos de comunicação. Esse é um caso em que há investimento alto e risco alto. Caso a campanha seja um fracasso, além de desperdiçar o investimento em cachê e compra de mídia, a empresa ainda pode denegrir a imagem ou posicionamento da marca diante dos consumidores. O leitor atento poderia perguntar: “Já que se trata de um balanço entre custo e risco, por que não realizar por conta própria (e assim reduzir custos)?” Historicamente, os gestores montavam equipes de pesquisa in house, ou seja, na própria empresa. A vantagem clara para essa opção é na redução de custos. No entanto, existem inúmeros pontos negativos para a escolha. O principal deles é que, na maioria dos casos, a pesquisa de mercado não é o core da organização, gerando por muitas vezes resultados insatisfatórios. Além da qualidade, há a necessidade de gerar estruturas fixas, hierarquias, processos, orçamentos próprios etc. Tudo girando em torno de uma atividade que não é o coração da empresa. Hoje, as lideranças das maiores empresas contratam empresas de pesquisas por entender que o tempo do gestor é um bem precioso e deve ser destinado para as funções do core da empresa. O raciocínio é que se torna muito menos custosa a terceirização de funções, como a de pesquisa de mercado, enquanto o gestor da empresa destina seu tempo para as atividades mais importantes e mais decisivas. Na prática, pare e pense no seguinte: quan-

to custa sua hora de trabalho? Quanto faturamento, em média, você pode gerar para a empresa se focar seu tempo em áreas core da empresa? Quantos projetos estratégicos você poderia desenvolver que gerariam condições de incremento de vendas no médio prazo? Ao levantar esses números, você rapidamente chegará à conclusão de que não vale a pena investir seu tempo para fazer pesquisas improvisadas internamente. E, sim, vale a pena deixá-las na mão de especialistas. Mas saber que não vale a pena fazer pesquisa por conta própria não significa que sempre valha a pena fazer a tal pesquisa. Para decidir, o gestor de uma pequena, média ou grande empresa deve, novamente, se voltar para a questão do risco e fazer perguntas simples sobre o projeto que está analisando (e no qual ainda não sabe se vale a pena investir). Mesmo que não saiba a resposta exata, deve fazer inferências a partir do seu expertise sobre o negócio. Micro, médias ou grandes empresas precisam de informação de qualidade. Por fim, todas precisam de alguma forma de pesquisa. Cabe aos gestores entenderem o tempo na execução de atividades do core da empresa como um bem valioso em que se deve investir. A ideia de tomada de decisão sobre contratação de informações de qualidade deve ser feita a partir da perspectiva do risco de ganho e perda, não pelo feeling ou por impressões subjetivas dos empresários e gestores. Diego Senise, diretor da consultoria ILUMEO, professor da ESPM e autor do livro Retorno de Investimentos em Comunicação.


DESTAQUE

[ VANESSA REGINA DE FREITAS

V

[

associado em destaque

ASSOCIADO EM

anessa Regina de Freitas, 29 anos, é proprietária da Versátil Modas, empreendimento localizado no bairro Agape-

a Versátil Modas, que vende roupas masculinas e femininas e também acessórios, atendendo, principalmente, moradores do bairro.

“Antes de me tornar empreendedora, trabalhei em consultório odontológico. A oportunidade de ter o meu próprio negócio surgiu há quatro anos, quando uma amiga estava vendendo a loja dela. Foi aí que decidi mudar o rumo da minha carreira e hoje tenho

Conheci a ACE Jundiaí por meio da colaboradora Luana Gonçalves e logo me interessei pelos benefícios que a entidade oferece, além do atendimento personalizado, com suporte para entender o que tenho direito e posso fazer de forma clara e objetiva. A praticidade é um grande diferencial”.

ama.

NOVOS ASSOCIADOS

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ACE Jundiaí dá boas-vindas aos novos associados e está de portas abertas para receber os empreendedores e à disposição para contribuir com o sucesso de cada empreendimento.

•Fun Machine Máquinas e Brinquedos •União Modas •Alessandro Motos •C & M Lavanderia •Moura Net •J. A. Comércio de Trigo •Eecomática

•Villa Games Informática

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•Nadyr Buffet •Escola Infantil Meu Primeiro Passo •Waves Restaurantes •Brites, Fernandes & Silva •Higi Protec •Neal Denny Romano Junior •Antônio Marreiro •Peroni S Magazine •Biológico Análises Clínicas •Sobrauto Centro Automotivo •World Fashion •Farmácia Sobam •Cão Stillus Banho e Tosa •SR Planejados •DivulgaPão Jundiaí •K E S Modas •LRS Prestação de Serviços •Versátil Modas •Fabrilis Imóveis •Cicelli de Almeida Mariano •Célia Márcia dos Santos Santana •Priscila Regina da Silva Cardoso •Seth Soluções Contábeis •Mama Refeições •Lela Kids •GR2 Motta •Planet Electronics

•Claudio Vitor Piga Almeida •Laundry Tech Comércio e Higienização •Play House •Lopes •New Upgrade •Agro e Pesca Vida Boa •Hotel Maria Luiza •Corpore •Lembrancinhas Valentina •One Hair Studio •Mini Mercado Caca •Agro Comercial Assis •Bella Parma •Caxambu Materiais de Construção •Visuarte •Vida •Loja Toxik •BMK Cartuchos •Equilíbrio Cão e Gato •BMJC Estruturas Metálicas •Fort Class •Vil Corte e Dobre Representações Comerciais •Óptica Estilo •Arte X Papelaria •Profile Camisetas E Uniformes •Marciel Nicolau Dos Santos


meu negócio

A SÍNDROME DO

ESCRITÓRIO VAZIO

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O termo absenteísmo é usado para designar a ausência ao trabalho por qualquer razão: doenças, acidentes de trabalho, direitos legais, fatores sociais e culturais ou próprios da empresa. Por outro lado, o fenômeno pode demonstrar certa rejeição ao trabalho, insatisfação com o salário, com as políticas da empresa, com as condições oferecidas, com a liderança e até fatores emocionais por parte do colaborador

U

m prejuízo anual de R$ 69.120,00 é que contabiliza a empresa Office Sistemas apenas com faltas de funcionários. “Ao mês, temos em média de 6 a 8 faltas. Considerando a hora técnica do colaborador, essa ausência custa R$ 5.760 ao caixa por mês”, revela Jacira Santos, de 45 anos, coordenadora de Recursos Humanos. O quadro é composto por 33 colaboradores. Entre os motivos apresentados para as faltas, Jacira apresenta justificativas como falta de motivação para o trabalho, cansaço e problemas de saúde. “Notamos um crescimento considerável nas ausências até final de 2013. Já no último trimestre o número vem diminuindo”, comemora. Como forma de punição, a Office Sistemas aplica a advertência verbal e monitora a frequência do funcionário, caso reincida nas faltas, é aplicada advertência escrita e desconto do salário. “Implantamos uma premiação no último trimestre de 2013, no qual era dado um vale-presente aos funcionários que não tivessem faltas e/ou atrasos, portanto, a empresa ficou condicionada a presentear os funcionários para que os mesmos cumprissem sua carga horária, e por essa razão decidimos cancelar o prêmio. Atualmente, estamos pensando em outra forma de incentivo”, adianta. A estratégia utilizada pela empresa para mi-

nimizar as faltas é fazer um trabalho de conscientização para cumprimento dos horários, exatamente como indicado por Priscila Savietto, psicóloga e consultora de Recursos Humanos. “Acredito que programas motivacionais, bonificações, revisão e avaliação de benefícios oferecidos estão entre algumas opções que as companhias têm para minimizar o problema”, acredita. Antes de simplesmente pensar que o funcionário já não é mais o mesmo, Priscila indica que se olhe atentamente para o caso de cada um. “As causas podem estar ligadas a vários fatores, como a falta de motivação para o trabalho, dificuldade no transporte até o local, e mais especificamente algumas mulheres, por exemplo, não conseguem suporte de creches ou da família para deixar os filhos”, enfatiza a psicóloga.

De acordo com levantamento realizado online pela Harris Interactive, em 2013, com 3.484 trabalhadores e 2.099 gerentes de contratação dos Estados Unidos, as principais razões dos funcionários para faltar é que eles não têm vontade de ir para o trabalho (33%), porque precisam relaxar (28%), para ir ao médico (24%), para pôr o sono em dia (19%) ou executar tarefas pessoais (14%). Descobertos os reais motivos das faltas e atrasos, vale uma conversa com o colaborador para que, juntos, possam resolver a questão.

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Direitos assegurados: O artigo 473 da CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) determina que o trabalhador pode faltar ao serviço sem desconto de salário em casos de: •Falecimento do cônjuge, pai, mãe, filhos, irmão ou pessoa que viva sob sua dependência econômica (quando declarada na Carteira de Trabalho e Previdência Social) – até dois dias consecutivos; •Casamento – até três dias consecutivos; •Licença paternidade – até cinco dias consecutivos; •Doação voluntária de sangue, devidamente comprovada – 1 dia por ano.

Consequências do Absenteísmo: •Custos diretos; •Diminuição da produtividade e eficiência; •Aumento do custo da produção; •Desorganização das atividades; •Redução da qualidade do produto/serviço; •Problemas administrativos; •Limitação de desempenho; •Mau atendimento.

Causas do absenteísmo: •Por cúmplices pessoais internos: chefes e encarregados que não monitoram a presença ou ausência de seus subordinados no local onde deveriam estar; •Por cúmplices pessoais externos: chefias que justificam a ausência ou falta do funcionário ao setor por tempo maior que o necessário; médicos ou odontólogos que emitem atestados para outros fins que não sejam saúde; doação de sangue durante expediente de trabalho; •Por cúmplices ambientais internos: presença de cantina, cafezinhos, serviços médicos assistenciais cúmplices, refeições demoradas; •Por cúmplices ambientais externos: festas típicas, cultos religiosos, catástrofes etc.; •Por problemas socioeconômicos: baixos salários, ausência de plano de carreira; •Por problemas pessoais no trabalho: desavenças com chefes e encarregados, desentendimentos com colegas, ambiente psicopatológico de trabalho.

As desculpas mais esfarrapadas para as ausências: •O time de futebol favorito do empregado perdeu no domingo, então precisou da se-

gunda-feira para se recuperar; •Empregado está parando de fumar e estava “ranzinza”; •O empregado machucou a língua e não podia falar; •O funcionário alegou que um enxame de abelhas cercou seu veículo e ele não pôde sair do carro; •O empregado sentiu que estava com tanta raiva que se ele fosse trabalhar poderia machucar alguém; •O colaborador precisou terminar as compras de Natal; •O empregado se perdeu e acabou indo parar em outro estado; •O empregado não conseguiu decidir o que vestir. Fonte - Harris Interactive (EUA)


QUEROVOLTAR A TRABALHAR

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Apesar de cansativos, os primeiros meses na companhia da criança são deliciosos e passam rápido. Parece que, quando a mãe pega o jeito de cuidar do “filhote”, a licença-maternidade acaba e é hora de voltar à labuta. Esse é um momento difícil para elas. Será?

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dia das mães

AMO MEU BEBÊ, MAS


K

átia Oliveira Lima, de 30 anos, é mãe de primeira viagem e, apesar da tradicional “corujice” das inexperientes, ela não hesitou em voltar a trabalhar depois da licença. “Fiquei quatro meses afastada e mesmo durante esse período visitava a empresa para fazer algumas tarefas rápidas. Sempre fui acostumada a não ficar parada e por isso queria muito retornar”, explica a assistente administrativa. O mesmo aconteceu com Bianca Machado da Silva Costantini, de 34 anos, gerente regional em uma multinacional. Depois de cinco meses distante da rotina empresarial, ficou entusiasmada com o recomeço. “Uma ótima sensação foi passar um batom, perfume, colocar aquela roupa que há tempos não servia, saltos altos esquecidos... Foi gratificante e ajudou na autoestima. Me senti útil e me lembrei de que, além de mãe, sou esposa, filha, profissional, aspectos adormecidos na licença-maternidade”, desabafa.

DE VOLTA AO ESCRITÓRIO Tomar a decisão de retornar não é a única dificuldade para as mães. Uma vez no ambiente de trabalho, o desafio é se adaptar à rotina. “É praticamente começar de novo, do zero. O mundo corporativo é dinâmico e no início senti a necessidade de trabalhar em dobro para recuperar o ‘tempo perdido’ e entender o que ocorreu na ausência com maior agilidade”, relembra Bianca. Kátia ainda teve de enfrentar uma mudança de sistema na empresa durante seu período de afastamento. “Eu estando de volta, a responsabilidade automaticamente se concentrou em mim. Em dois meses, estou 90% atualizada. O bom é que a equipe toda precisou se adaptar também, então, não senti tanto a diferença”, finaliza.

Antes da volta, são necessárias algumas providências. “Eu sempre quis que meu filho fosse alimentado o máximo de tempo com leite materno. Assim o fiz até o retorno e por isso me preocupava com a aceitação dele com relação às frutas e papinhas. Deu tudo certo”, relata Kátia. Ter onde deixar a criança também foi um cuidado. “Não queria que o Luís Guilherme ficasse de um lado pro outro. Minha opção foi deixá-lo com minha família. Todos os dias na hora de meu almoço eu passo para dar banho e alimentá-lo”, afirma Kátia. Já Bianca optou por deixar o pequeno Augusto na escola. “Visitamos cinco locais e escolhemos com tranquilidade. Uma semana antes do fim da licença fiquei fora de casa no horário comercial, como uma espécie de adaptação, para que nós dois, após tanto tempo juntos, experimentássemos a distância. É importante não deixar as resoluções para a última hora, com antecedência tudo fica mais fácil de lidar”, ensina a gerente. A volta ao trabalho nunca trouxe sentimento de culpa para Kátia, porém os estudos a fazem viver um dilema. “Eu termino a faculdade em 2015. Já pensei muito em parar e ainda estou insegura quanto à continuidade. Minha família me incentiva, diz que a fase mais crítica já passou. Eu sei que nada falta ao meu filho, mas acho que qualquer choro é por causa de minha ausência”, lamenta.

Kátia voltou ao trabalho há dois meses, depois da licença-maternidade. Alimentação e local adequado para o bebê ficar foram as maiores preocupações antes do retorno às atividades


Não deixe que a comunicação seja um peso para você

MEDIA TRAINING – Comunicação em Público e com a Imprensa Você já hesitou diante do público? Já se negou a responder perguntas de jornalistas em momentos de crise? Então, chegou a hora de treinar as principais ferramentas de comunicação verbal e corporal. Falar com a imprensa ou expor determinado assunto para uma plateia requer competências técnicas e comportamentais. A boa notícia é que é possível se aprimorar para falar bem. É o chamado Media Training, um treinamento que prepara porta-vozes, políticos, executivos, profissionais liberais, artistas e atletas para aproveitarem da melhor maneira possível a exposição conseguida nos meios de comunicação, em congressos e eventos. Para treinamentos individuais ou “in company”

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P

ara comemorar o dia delas, a ACE Jundiaí está realizando uma campanha especial, na qual consumidor e lojista ganham. Os prêmios são: uma viagem para duas pessoas com destino a Porto Seguro (BA), tanto para o consumidor sorteado quanto para o lojista que o atendeu; dois smartphones Samsung Galaxy S4 mini; 10 vales-compras no valor de R$ 250 cada.

promove evento na Praça da Matriz, no dia 10 de maio. Entre 10h e 15h, a população poderá fazer consultas de nome gratuitas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito); hidratar a face; cortar os cabelos e aprender técnicas de maquiagem.

Todos que consumirem acima de R$ 100, entre 10 de abril e 17 de maio, recebem cupom para concorrer. As lojas participantes da promoção estão identificadas com cartazes.

Distribuição de pipoca e algodão doce, orientação sobre saúde bucal no consultório móvel da Uniodonto, sorteio de brindes e muita música completam o sábado com horário de funcionamento prolongado. As lojas abrem até as 18h.

Também para homenagear as mães, a ACE

No espaço destinado às crianças, haverá desenho para colorir e pintura facial.


acontece na ACE

ACONTECE NA ACE Lançamento da Varejo em Foco Para marcar a chegada da nova revista da ACE Jundiaí, a diretoria da entidade, anunciantes e parceiros se reuniram em um café da manhã no Restaurante Bonjardim – que apoiou o evento. A revista traz assuntos do dia a dia dos empresários, com ideias de como minimizar os problemas e melhorar as vendas, além de retratar a abrangência dos negócios.

Alfredo Rocha em Jundiaí

ACE e SEBRAE - SP

O palestrante mais assistido do Brasil esteve na cidade e ministrou a palestra Liderança e Gestão de Pessoas para, aproximadamente, 120 líderes, gestores e gerentes, no Hotel Serra de Jundiaí.

A ACE participou da 6ª Semana Nacional do Microempreendedor Individual e apresentou diversos serviços, como EmpregACE, SCPC e Junta Comercial, tanto na Praça da Matriz quanto no escritório do SEBRAE-SP.

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Pressão social, imediatismo, apatia, excesso de autoconfiança, renda insuficiente ou inexistente e desequilíbrio são os principais fatores que interferem na sua saúde financeira

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stima-se que 65% da população sofre de alguma patologia relacionada ao dinheiro, o que leva a pessoa a ter ansiedade, depressão e insônia, e, o pior, só perceber a situação quando as coisas já estão bem ruins. Segundo Pedro Braggio, educador e plane-

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SE U D INH EIRO O

jador financeiro de famílias e empresas há 18 anos, praticamente tudo hoje nos empurra na direção do consumo. “Empresas querem que compremos, pois isso significa mais lucro. O governo quer que compremos, pois o ato se traduz em mais impostos. Amigos, família e colegas de trabalho também acabam, de maneira voluntária ou involuntária, nos for-

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çando a consumir sempre mais”, explica. Nos Estados Unidos, há um ditado popular que diz “acompanhar os Jones” (keep up with the Joneses), e “Jones” é a maneira genérica (e pejorativa) de se referir aos vizinhos. A lógica é a seguinte: o vizinho comprou um carro novo, viajou para a praia, construiu uma piscina, então também devemos copiá-lo. “A pressão social afeta pessoas de todas as idades, gêneros e classes sociais. Entre os mais jovens os efeitos são mais visíveis. Se fulano não usa os tênis da moda ou não tem o smartphone de última geração, ele é considerado um perdedor em seu grupo social”, relata Pedro. As pessoas podem ser mais ou menos resistentes à pressão social, mas pouca gente é totalmente imune. “O extremo é colocar sua saúde financeira em risco, adquirindo coisas que estão totalmente fora de seu alcance apenas para cultivar uma imagem”, alerta.

brando ou faltando. Uma decisão comum é entregar a vida financeira na mão de outra pessoa, normalmente o cônjuge”, relata. Casos extremos de apatia financeira são frequentemente mencionados pela imprensa. Atletas ou celebridades aparecem na miséria porque deixam todo o dinheiro na mão de alguém que era “de confiança”. Autoconfiança também não é a melhor das qualidades quando o assunto é finanças. “O sujeito compra coisas que estão completamente fora de sua capacidade financeira e depois acredita que vai se virar para pagar”, define o educador. O autoconfiante tende também a negligenciar os riscos e assumir o pensamento de que coisas ruins só acontecem com os outros. “Essas pessoas nunca formam uma reserva financeira para emergências nem contratam apólices de seguros, e ficando permanentemente expostas a fatalidades inesperadas”, diz.

A renda insuficiente ou “ nula pode ser o resultado

de circunstâncias que estão fora do controle da pessoa, associadas ao estado da economia e ao desemprego.

Outro fator determinante para o endividamento é o imediatismo. Viver o aqui e o agora é uma ideia tentadora e a publicidade explora bem isso usando chamadas como “você merece”. “A tendência ao imediatismo leva à dificuldade na acumulação de recursos e fica difícil convencer a pessoa a ter uma reserva de emergência, investir ou se preparar para a aposentadoria. Tudo se limita ao curto prazo”, lamenta Pedro.

Para o educador, o planejamento não serve para prever o futuro, e sim para dar rumo. “É uma maneira de nos descobrirmos, de conhecer nossas contas, nossos ganhos e nossos padrões de gastos”, avalia. Há também o paciente apático financeiramente, que tem medo até de olhar o extrato bancário para não ver o “estrago”. Normalmente, as contas estão em débito automático e as faturas nunca são conferidas, a fim de não haver irritação. “Infelizmente, os que têm apatia tendem a não saber se há dinheiro so-

Entre as reclamações dos endividados, está a desculpa de que não há renda ou então esta não é suficiente. Seja na forma de salário, comissões, lucro de empresas, mesada, a renda é a matéria-prima do consumo e da riqueza e pode vir até de pensões alimentícias ou mesadas, entretanto, a maioria das pessoas precisa trabalhar para obtê-la. Normalmente, as pessoas iniciam uma atividade profissional ou empresarial ganhando pouco dinheiro, até adquirirem experiência e qualificação para terem aumento.

“A renda insuficiente ou nula pode ser o resultado de circunstâncias que estão fora do controle da pessoa, associadas ao estado da economia e ao desemprego. A situação se agrava quando a pessoa não faz investimentos para aumentar a renda, como, por exemplo, estudar. É aí que começa o dilema: não ganho mais, pois não me aperfeiçoo e não consigo me aperfeiçoar porque não sobra dinheiro”, exemplifica. Para Pedro, a maioria dos problemas finan-


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ceiros da humanidade sumiria se as pessoas passassem a observar e seguir a regra: viver conforme as possibilidades. “Infelizmente não é o caso, o que mais vemos são pessoas extrapolando seus limites financeiros e, pior, nem sequer tendo noção disso”, lamenta.

plência. “Foram 230 entrevistados no guichê de atendimento da ACE. Só responderam ao questionário as pessoas com débitos registrados no banco de dados do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito)”, detalha o presidente da ACE Jundiaí, Reges Donatti Filho.

A cura financeira

O desemprego continua sendo a maior causa da inadimplência, 41% das pessoas assinalaram o item. “É preciso que as pessoas comecem a organizar suas finanças com o objetivo de guardar dinheiro para os momentos sem renda”, aconselha.

O consultor indica a terapia como solução para as doenças do dinheiro. Os problemas começam a ser resolvidos em alguns encontros, que podem ser individuais, familiares e até mesmo entre os sócios de uma empresa. “O primeiro passo do tratamento é o diagnóstico financeiro, que é fundamental para entender realmente como estão as finanças, depois disso, há a elaboração do orçamento doméstico”, explica. Durante a terapia, a pessoa recebe alguns “deveres de casa” para começar a mudar os hábitos e comportamentos financeiros aos poucos. À medida que os resultados vão sendo alcançados, não restam dúvidas de que a melhor escolha foi feita.

Entre os inadimplentes, 58% são do sexo feminino, enquanto 36% são homens. “Essa é a maior diferença já registrada, são 22 pontos percentuais. O dado reforça a maior participação das mulheres nas contas da casa, visto que são mais preocupadas em estar inadimplentes e, portanto, buscam por informações; Além disso, são mais abertas a responder a pesquisas e também podem apresentear certa dificuldade em cuidar das finanças”, analisa o presidente.

“É preciso que as pessoas comecem a organizar suas finanças com o objetivo de guardar dinheiro para os

Em relação à compra com o nome “sujo”, 87% dos entrevistados confirmaram a impossibilidade, contra 79% na pesquisa anterior, em outubro de 2013. “Essa é uma excelente notícia tanto para os comerciantes quanto para a ACE. Demonstra que os empresários entendem a importância de fazer a consulta ao SCPC antes da venda”, comemora.

momentos sem renda

“O papel do educador financeiro no processo é orientar para a negociação de dívidas, indicação dos melhores investimentos e opções de crédito, além de compartilhar um conhecimento que será usado pela vida inteira, fazendo com que a pessoa consiga dar continuidade sozinha e podendo passar os ensinamentos aos filhos, parentes e amigos”, finaliza.

Desemprego é maior motivo para inadimplência Dados foram computados pela ACE Jundiaí por meio de entrevista com 230 pessoas com débitos no nome, durante todo o mês de março

A pesquisa também aponta boas projeções de venda para Dia das Mães, Namorados e Copa do Mundo. “A necessidade de compra a prazo foi apontada por 64% dos inadimplentes que, antes do consumo e para voltar a ter poder de compra, devem também pagar suas pendências”, acredita. A próxima pesquisa programada pela ACE deve acontecer em setembro de 2014. “O mês é o mais apropriado para medir a projeção de vendas para o Natal”, finaliza Reges.

Entre os dias 1° e 31 de março, a ACE Jundiaí realizou a 9ª edição da Pesquisa de Inadim-

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PERFIL DO INADIMPLENTE EM JUNDIAÍ [março de 2014] Mulher (58%) 30 a 39 anos (28%) Com emprego (66%) Atividade formal (55%) Trabalha em empresa privada (41%) Desemprego foi o motivo da inadimplência (41%) Carnê foi a forma de pagamento (30%)

Possui de duas a cinco dívidas (49%) Está inadimplente há mais de três anos (29%) Renda mensal de R$ 501 a R$ 1.000 (25%) Não consegue comprar com o nome sujo (87%) Tem necessidade de comprar a prazo (64%) Pode pagar as dívidas nos próximos 30 dias (45%)

ENDIVIDAMENTO X INADIMPLÊNCIA Endividada é a pessoa que tem grande parte ou toda a sua renda comprometida com contas a pagar, como financiamentos, mensalidades, gastos fixos etc. Inadimplente é aquele que deixou de pagar alguma dívida. Pedro Braggio, educador e planejador financeiro de famílias e empresas


[LEITURA] [eSocial] O Livro Negro do Empreendedor, de Fernando Trias de Bes, traz o outro lado de trabalhar por conta própria. Em cada capítulo, o autor aborda, a partir de casos reais, fatores críticos de fracasso com uma visão diferente sobre empreender. Por meio da obra, é possível entender por qual motivo alguns objetivos não são alcançados e adaptar a realidade vivida.

É uma folha de pagamento digital que vai alterar a forma como todas as empresas do país lidam com as obrigações fiscais, tributárias, previdenciárias e trabalhistas. O objetivo do sistema é unificar o envio dos dados sobre trabalhadores para o governo federal e a transmissão será por meio eletrônico. Desde Microempreendedor Individual (MEI) até grandes empresas são obrigados a se adequar, e, para isso, a orientação é que a direção das companhias entenda os impactos da mudança e crie um grupo, formado por profissionais de diversas áreas (Recursos Humanos, Tecnologia, Financeiro, entre outras) a fim de validar a alteração. Tem dúvidas? Procure um contador preparado e de confiança.

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