PODA EM CAFEEIROS IRRIGADOS E NÃO IRRIGADOS SOB DIFERENTES SISTEMAS DE PLANTIO

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PODA EM CAFEEIROS IRRIGADOS E NÃO IRRIGADOS SOB DIFERENTES SISTEMAS DE PLANTIO Myriane Stella Scalco – msscalco@dag.ufla.br Rubens José Guimarães Carlos Henrique Mesquita de Carvalho Alberto Colombo Rodrigo Marinho Reis Gleice Aparecida Assis


PROJETO: Definição de técnicas para controle da irrigação e seu efeito no consumo de água em diferentes sistemas de produção do cafeeiro (convencional e adensado) irrigado na região sul de Minas Gerais.


Caráter

multidisciplinar:

avaliação

de

pragas e doenças, fisiológicas, nutrição mineral, perdas de nutrientes, qualidade pós-colheita,

características

parte aérea e sistema radicular.

anatômicas


ANTECEDENTES E JUSTIFICATIVA

O uso de novas tecnologias como forma de maximizar a produtividade da lavoura cafeeira é cada vez mais comum entre cafeicultores. Dentre as técnicas aplicadas pode-se citar: a prática de redução de espaçamento com manejo de poda e a irrigação tanto em caráter complementar como permanente.


ANTECEDENTES E JUSTIFICATIVA

OBJETIVO: Este estudo teve por objetivo avaliar a produtividade de café beneficiado de cafeeiros antes e após poda por esqueletamento e decote, irrigados e não irrigados em plantios adensados e não adensados.


MATERIAL E MÉTODOS LOCAL: área experimental da Universidade Federal e Lavras – MG PLANTIO: cultivar Rubi MG-1192, realizado em janeiro de 2001 e poda por esqueletamento (0,40 m do caule) e decote (1,40 m) ocorreu em setembro de 2007. TRATAMENTOS Irrigado BHC (balanço hídrico climatológico – software Irriplus (BHC) e não irrigado (desde a implantação); Densidades: 2500 (4,0 x 1,0 m), 3333 (3,0 x 1,0 m), 5000 (2,0 x 1,0 m) e 10000 plantas ha-1 (2,0 x 0,5 m); Épocas: antes e após poda (duas ultimas e duas primeiras ).


Delineamento experimental: blocos casualizados em esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições

Sistema: gotejamento, gotejadores autocompensantes, vazão de 3,78 litros h-1, espaçados de 0,4 m formando uma faixa molhada ao longo da fileira de plantas.

Dados meteorológicos: coletados diariamente de uma estação meteorológica μmetos localizada na área experimental.

Software Irriplus: Eto (evapotranspiração de referência) - Penman Monteith® (ALLEN et al., 1998).


Coeficiente de cultura (Kc)

Antes da poda: crescentes em função do crescimento das plantas, corrigido a cada três meses, e em função da densidade populacional, (Santinato et al., 1996).

Até um ano após a poda: Kc estipulado de 0,75 para todas as densidades de plantio.

Após este período: ajustado para cada densidade de plantio em função das características fitotécnicas de altura e diâmetro copa (Vila Nova et al., 2001).


Adubação Via fertirrigação, segundo recomendações de Guimarães et al. (1999) e corrigida para cafeeiros irrigados (Santinato & Fernandes, 2002).


Avaliou-se a mĂŠdia das produtividades de beneficiado (sacas ha -1)

das duas Ăşltimas safras antes da poda (2006 e 2007) e das duas primeiras apĂłs a poda (2009 e 2010). 2500 plantas ha-1 ( 4x1 m)


10000 plantas ha-1 ( 2,0x0,5 m)


RESULTADOS E DISCUSSÃO 2500 e 3333 plantas ha-1: aumentos da ordem de 75% e 92,9% nas

produtividades de cafeeiros irrigados e de 40% e 30% para não irrigados 5000 plantas ha-1: a poda se mostrou benéfica quando associada à irrigação com aumento da ordem de 14%. 10000 plantas ha-1: a poda não proporcionou aumentos significativos Produtividade (sacas beneficiadas ha-1)

80,0 a

70,0

a

60,0

a

a

a

50,0 a

40,0 30,0

b

b

a

a

a

a

a

b b

b

20,0 10,0 0,0

BHC

Não irrigado

BHC

Não irrigado

BHC

Não irrigado

BHC

Não irrigado

2500 plantas ha-1

3333 plantas ha-1

5000 plantas ha-1

10000 plantas ha-1

ANTES DA PODA

26,0

26,2

26,9

36,2

46,8

53,6

65,4

55,4

APÓS A PODA

45,5

36,6

51,9

46,8

53,2

50,0

60,6

61,0


As precipitações médias anuais ocorridas após a poda = condições mais favoráveis de disponibilidade hídrica (>275 mm) .

Tendência de maiores aplicações com o aumento do número de plantas por área. Lâminas médias aplicadas e precipitações anuais (junho a junho)

Ano

2006 2007 Média 2009 2010 Média

Lâminas aplicadas (mm) nas densidades de plantio (plantas ha-1) 2500 465,6 460,0 462,8 245,0 570,8 407,9

3333 601,2 594,5 597,85 267.6 652,7 326,35

5000 776,1 759,5 767,8 290.4 749,3 374,65

10000 913,8 864,2 889 423.7 749,7 374,85

Chuva (mm)

1526,0 1461,0 1493,5 1763,2 1774,0 1768,6


CONCLUSÕES Nas condições do experimento (irrigação desde a implantação, após cinco anos de produção na região sul de Minas Gerais) O manejo de poda por esqueletamento e decote é recomendável como opção de recuperação para sistemas irrigados e não irrigados quando são utilizados espaçamentos mecanizáveis na lavoura cafeeira.

Em densidades de 2500 (4,0 x 1,0 m) e 3333 plantas ha-1 ( 3,0 x 1,0 m) o manejo de poda por esqueletamento e decote é mais eficiente em lavouras irrigadas podendo gerar aumentos de produtividade da lavoura em até 93%.


CONCLUSÕES Em densidade de 5000 plantas ha-1 (2,0 x 1,0 m), lavouras

irrigadas respondem melhor ao efeito da poda que lavouras de sequeiro, aumentando a produtividade em até 14%.

Em plantio superadensado de 10000 plantas ha-1 a poda pode não proporcionar os esperados aumentos de produtividade, tanto com ou sem o uso da irrigação.


Obrigada Myriane Stella Scalco

msscalco@dag.ufla.br



Densidade Agua

2010

2009 media 2007

2006 media

2500

0

37.9

35.3 32.0

38.7

13.7 24.7

2500

BHC

34.2

56.8 43.1

49.2

3.0 32.5

3333

0

33.8

59.9 42.0

33.7

38.5 38.0

3333

BHC

28.4

75.5 40.9

49.6

4.2 36.1

5000

0

45.0

54.9 50.6

70.5

36.7 58.8

5000

BHC

33.4

73.1 49.4

87.2

6.4 58.1

10000

0

51.0

71.1 58.8

82.4

28.4 71.6

10000

BHC

43.4

77.7 51.3

115.3

15.4 78.7


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