AFC - ER de Centro - Reuniões de Rede

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Equipa Regional do Centro Reuniões de Rede Uma Escola em Mudança

reflexões e contributos Ebook

Janeiro 2021


Ficha Técnica Título: Uma Escola em Mudança, reflexões e contributos Edição: Equipa Regional do Centro Coordenação: Ana Botinas Organização: Ana Botinas, Maria José Mendes, Maria Manuela Jacinto, Fernanda Candeias e Paulo Monteiro Redação: Ana Botinas, António Lopes, António Nunes, Cristina Jorge, Cristina Simões, Elsa Santos, Fátima Rodrigues, Fernanda Candeias, Fernanda Pinheiro, Helena Cardoso, Helena Lopes, Inês Cravino; Isabel Fidalgo, Isabel Serra, João Paulo Resende Gomes, Joaquim Picado, José António Abreu, Lara Macedo, Lina Serra, Manuela Jacinto, Maria João Serrado, Maria José Mendes, Maria Martins Sousa, Olga Madanelo, Paulo Monteiro, Rosa Maia, Rosália Silva, Sónia Alves e Teresa Vigário Revisão: Maria José Mendes, Maria Manuela Jacinto Design Gráfico e Paginação: Fernanda Candeias e Paulo Monteiro Data: maio de 2021


Siglas e acrónimos AE – Aprendizagens essenciais AFC – Autonomia e flexibilidade curricular CAA – Centro de apoio à aprendizagem CD – Cidadania e desenvolvimento DAC – Domínios de autonomia curricular E@D – Ensino à distância EMAEI – Equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva ENEC – Estratégia nacional de educação para a cidadania ERC – Equipa regional do Centro PASEO – Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória PEE – Pais e encarregados de educação PI – Plano de inovação SPO – Serviços de psicologia e orientação



Índice

Nota de Abertura | 07

Uma Escola de Valores| 13

Uma Escola Participada| 31

Uma Escola que Decide| 45

Notas Finais | 69

Apêndices | 75



Nota de Abertura Ana Botinas Coordenadora da Equipa Regional do Centro para a Autonomia e Flexibilidade Curricular


As reuniões de rede no âmbito da Autonomia a Flexibilidade Curricular (AFC) têm-se constituído como oportunidades para alargar espaços de reflexão e debate dos Agrupamento de Escolas/Escolas não Agrupadas (aqui designados por Escolas), convidando os seus agentes a partilharem saberes e práticas com outras comunidades escolares. Este ano, as condições ditadas pela pandemia colocaram-nos num contexto de interação à distância, que subtrai, desde logo, a singularidade da interação presencial e a possibilidade de ver e compreender os “sinais” daqueles com quem nos estamos a relacionar: um olhar que questiona, um aceno de concordância, a inquietação de quem deseja contrapor, acrescentar uma ideia, partilhar a realidade da sua Escola... Foi na presença deste contexto que a Equipa Regional do Centro (ERC) se questionou sobre o que faria sentido trazer para o centro do debate. O que agora, talvez mais do que nunca, poderia promover reflexão sobre a importância que todos os atores da Escola desempenham nas decisões que devem ser tomadas, para garantir o direito de todos os alunos a melhores aprendizagens e sucesso educativo.

Nota de Abertura


Identificámos cinco eixos temáticos que, com esse propósito, teriam, no espaço das reuniões de rede, uma oportunidade para a reflexão e partilha de contributos sobre uma

Escola em Mudança. Deixamos o convite para que percorra o itinerário deste ebook, onde os cinco eixos/temas se encontram organizados em três dimensões: -

Uma Escola de valores . Oportunidades da autonomia e da flexibilidade curricular para uma escola inclusiva . Cidadania e Desenvolvimento (CD) como oportunidade para acompanhar alunos em tempo de pandemia

-

Uma Escola participada . A voz dos alunos

-

Uma Escola que decide . Gestão curricular . Organização semestral do ano letivo/das disciplinas

Nota de Abertura


O desafio lançado às escolas foi exigente: participar, com três elementos, em cada um dos Índice

cinco eixos temáticos concebidos para debater estas questões… o que se traduziu num impacto de quinze participantes por Escola. A resposta foi muito expressiva, evidenciando o elevado compromisso com a melhoria da educação, através da partilha entre pares: uma participação média de 11,3 intervenientes por Escola, num total de 147, em 148 unidades orgânicas, que a Equipa Regional do Centro acompanha. A pertinência do legado deixado nestas reuniões tornou claro que faria sentido partilhá-lo com outros atores, através de um livro digital. Procuramos, que este espelhasse, pelo seu rico e vasto conteúdo, a complexidade dos temas abordados e os desafios que sobre cada um se colocam. Queremos evidenciar a Escola que, envolvendo todos, se apropria do currículo e o mobiliza como instrumento, para que os educandos alcancem as competências inscritas no Perfil dos

Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO). Procuramos valorizar a Escola, que desenha soluções organizacionais, concebe práticas pedagógicas, didáticas e avaliativas inovadoras e motivadoras. E que por isso, é espaço de melhores aprendizagens para todos os alunos. Deixamos, assim, alguns contributos e reflexões sobre Uma Escola em Mudança.

Nota de Abertura




Uma Escola de Valores

Reuniões de Rede 2020-2021 | ERC


Uma Escola de Valores

Cidadania e Desenvolvimento (CD) Concretização do currículo para apoiar os alunos em tempo de pandemia

Das motivações… Tal como preconizado na Estratégia Nacional de

Nesta sessão temática pretendia-se que as Escolas

Educação para a Cidadania (ENEC) e no Decreto-Lei

partilhassem as suas experiências e relatassem os

n.º 55/2018, de 6 de julho, a componente

desafios sentidos na definição e implementação de

de

Cidadania e Desenvolvimento assume-se como um

estratégias,

espaço curricular privilegiado para o desenvolvimento

específicas dos alunos ao nível do bem-estar e da

de aprendizagens, com impacto tridimensional na

estabilidade emocional, em contexto de pandemia.

atitude

cívica

individual,

no

para

acompanhar

as

necessidades

relacionamento

interpessoal e no relacionamento social e intercultural.

ERC | janeiro de 2021

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Seria importante verificar de que modo, no âmbito de alguns domínios contemplados na ENEC, se concretizou a “educação dos afetos”. De que forma a Escola perspetiva a resposta às necessidades dos alunos? As soluções encontradas excederam as

Foram detetadas necessidades específicas ao nível da estabilidade emocional necessária à aprendizagem?

ERC | janeiro de 2021

Questões orientadoras

De que modo a Cidadania e Desenvolvimento tem sido ou pode ser mobilizada para a promoção da “educação dos afetos”?

expetativas. Que outras estratégias/ferramentas nos disponibiliza o currículo para responder a estas necessidades/questões?

15 15


Da Reflexão…

Necessidades identificadas O diagnóstico feito pelas Escolas aos seus alunos,

-

durante o período de confinamento do ano letivo

relativamente

transato, revelou notórias situações de instabilidade

nomeadamente, na área artística.

emocional,

comprometedoras

da

aprendizagem

consoante os ciclos/níveis de ensino, contexto social e geográfico.

Os

presentes

nas

várias

sessões

destacaram: - Dificuldade dos alunos em lidar com as emoções, o stress, a violência, a insegurança e a iliteracia no acesso à aprendizagem através da internet.

Concretização do currículo para apoiar os alunos em tempo de pandemia

Frustração

e às

desencanto suas

de

alguns

perspetivas

de

alunos futuro,

- Acompanhamento dos pais e encarregados de educação (PEE) quer na gestão da informação e das emoções decorrentes da situação pandémica, quer no acompanhamento escolar aos filhos/educandos. - Fragilização social dos alunos, tornando-os mais dependentes de apoios sociais e educativos.


outra

dimensão,

foi

salientada

ERC | janeiro de 2021

Numa

a

premência de garantir a igualdade de acesso à rede on-line, a computadores ou a outras tecnologias de informação e comunicação, tanto para alunos, especialmente os mais desprotegidos

socialmente,

como

para

docentes, constituiu-se como um foco de atenção e preocupação das Escolas e seus parceiros.

Na concretização das aprendizagens em E@D revelaram-se, igualmente impactantes, as lacunas ao nível das competências digitais e a ausência de autonomia na gestão das aprendizagens evidenciadas pelos alunos.

17 17


Resposta às necessidades identificadas

A identificação do sentimento vivido e a expressão das emoções constituíram momentos que a Escola utilizou para minimizar o desconforto emocional dos alunos: “ouvir os alunos nas primeiras semanas de aulas após o confinamento”. Manter a ligação dos alunos à Escola, ao seu grupoturma e das famílias à Escola, foram identificados como alguns dos grandes desafios que a pandemia coloca.

Concretização do currículo para apoiar os alunos em tempo de pandemia

A escola foi “uma almofada emocional”, um meio para recuperação dos tempos de solidão.


- Aprofundar a relação entre Escola e família e a ação

- Valorizar a ação do professor-tutor e do programa de

colaborativa entre alunos, professores e famílias.

mentorias,

- Criar dinâmicas de interação e proximidade entre alunos, professores e famílias. - Atender às questões emocionais e sociais, tendo em vista a promoção da assiduidade e do sucesso escolar

entre

pares,

enquanto

modelos

de

ERC | janeiro de 2021

Resposta às necessidades identificadas

comportamento e prevenção de riscos. - Realizar atividades em todos os níveis de ensino, planificadas colaborativamente, para promover hábitos de higiene, saúde e bem-estar.

dos alunos, nomeadamente através da ação dos

- Dar voz aos alunos, através de assembleias de turma,

diretores de turma, docentes, assistentes sociais,

ou de outras formas de expressão e linguagens.

serviços de psicologia e orientação (SPO), mediador sociocultural e animador social. - Disponibilizar planos semanais de trabalho para que as famílias acompanhem e apoiem os educandos.

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Índice

Foi constatado pelos intervenientes nas várias sessões que o trabalho de projeto continua a ser uma estratégia utilizada para explorar a temática da solidariedade. Outras

dinâmicas,

potenciadoras

de

aprendizagens

múltiplas em contexto pandémico, incluíram o recurso ao visionamento de vídeos, à leitura de artigos e à audição de histórias, sobre temáticas atuais, para posterior reflexão e debate.

Concretização do currículo para apoiar os alunos em tempo de pandemia




Uma Escola de Valores

Oportunidades da Autonomia e Flexibilidade Curricular para uma Escola inclusiva

Promovida a partir de questões orientadoras e outros reptos, a discussão centrou-se no essencial, numa visão pragmática, e foi evidente o desejo e até

Das motivações…

necessidade

de

aprofundar

as

reflexões,

em

momentos posteriores. Sobressaiu a riqueza da partilha, efetuada pelos A motivação para a escolha desta temática advém

docentes das várias Escolas, que participaram

do reconhecimento que a Inclusão é um pilar da

ativamente

Autonomia e Flexibilidade Curricular e é o caminho

perceção de que AFC e Educação Inclusiva deve ser

para promover uma melhor educação para todos.

uma construção única.

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na

reflexão

e

transmitiram

uma

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Questões Orientadoras

De que forma a autonomia e a flexibilidade curricular é mobilizada para a efetiva inclusão?

Que opções curriculares e dinâmicas pedagógicas são operacionalizadas para promover a inclusão?

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Da Reflexão…

Contributos da AFC para uma Escola inclusiva De forma unânime, observou-se que existe uma

Embora cada Escola desenvolva práticas diferentes,

relação direta entre a AFC e a Educação Inclusiva,

em geral, os docentes consideraram que todos os

estando os princípios consignados na legislação a

alunos têm lugar dentro da sala de aula. Nestes

serem aplicados às realidades das Escolas. Estas

ambientes

evidenciaram que os Decretos-Leis n.º 54/2018 e n.º

pedagógica

55/2018,

aprendizagens

de

6

de

julho,

permitem

respostas

de

aprendizagem,

permite realizadas

maior pelos

a

diferenciação

qualidade

das

discentes

com

diferenciadas para todos os alunos. Foram relatadas,

adaptações curriculares significativas, no sentido de

entre outras, experiências com alunos oriundos de

atingirem as áreas de competência preconizadas pelo

diversas proveniências territoriais e culturais, alunos

PASEO.

vulneráveis pela sua situação socioeconómica, uma vulnerabilidade causada pela pandemia.

Oportunidades da Autonomia e Flexibilidade Curricular para uma Escola inclusiva


O professor de educação especial é visto como um motor das práticas inclusivas, um consultor, que tem fomentado o trabalho colaborativo. Os novos recursos organizacionais das escolas - Equipas Multidisciplinares de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI) e os Centros de Apoio à Aprendizagem (CAA) – foram referidos

como

estruturas

que

mobilizam

as

oportunidades da autonomia e flexibilidade curricular.

“Todos os professores são gestores do currículo, socorrendo-se da diferenciação pedagógica para responder à individualidade de todos os alunos, colocando a ênfase nas suas potencialidades e talentos...”

Para a construção de uma Escola inclusiva, foi igualmente enfatizada

a

articulação

entre

o

conselho

de

turma/conselho de docentes, a EMAEI e os PEE, havendo atualmente um esforço para envolver ativamente as famílias nas tomadas de decisão.

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Contributos da AFC para uma Escola Inclusiva opções

Várias são as Escolas que atuam de forma preventiva,

organizacionais, curriculares e dinâmicas pedagógicas,

fazendo acionar, ao sinal das primeiras dificuldades no

promotoras da Educação Inclusiva: o desenvolvimento

acesso às Aprendizagens Essenciais (AE), o potencial

dos domínios de autonomia curricular (DAC), a

das medidas universais, diminuindo a incidência de

introdução de novas disciplinas de complemento

alunos com medidas seletivas e medidas adicionais,

artístico e/ou experimental, diferentes modalidades

muitas vezes tidas como abusivamente utilizadas,

do desporto escolar, projetos que envolvem a

tendo sempre em vista a abordagem multinível. Da

biblioteca escolar, a implementação da ENEC, as

vasta atuação permitida pela utilização das medidas

equipas educativas, o trabalho de projeto…

universais, considerou-se que a maioria assenta na

Os

participantes

apresentaram

diversas

A Educação Inclusiva implica o trabalho colaborativo e cooperativo (apoio direto na sala de aula, consultoria pelos docentes de educação especial…).

diferenciação

pedagógica,

nas

acomodações

curriculares e na intervenção com foco académico ou comportamental em pequenos grupos.

Oportunidades da Autonomia e Flexibilidade Curricular para uma Escola inclusiva


Observou-se, igualmente, que houve necessidade de

Evidenciou-se uma tendência para agrupar alunos

se adaptarem respostas, em tempos de pandemia,

em função das dificuldades ou de circunstâncias

para que os alunos com adaptações curriculares

situacionais,

significativas continuassem a desenvolver o seu

relativamente à opção pela criação de grupos

plano individual de transição, a maioria realizada nos

heterogéneos de aprendizagem, à dinamização da

espaços da Escola.

sala de aula com estratégias multinível e ao

Na

fundamentação

das

práticas

partilhadas,

que

dificultam

a

aprendizagem,

desenho universal para a aprendizagem.

constatou-se, ainda, a dominância de um enfoque nas dificuldades de alguns alunos relativamente ao esforço de autotransformação da Escola para a melhoria das aprendizagens de todos os alunos, evidenciando a necessidade de se recentrarem nas orientações

definidas

dos

Decretos-Leis

n.º

54/2018 e n.º 55/2018, de 6 de julho e demais documentos da AFC. ERC | janeiro de 2021

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Oportunidades da Autonomia e Flexibilidade Curricular para uma Escola inclusiva

Enfoques reflexivos . Referência às “antigas Unidades” ou às “ex-Unidades” – salientou-se que as unidades se mantêm, sempre que se justifique. . Existência de mais do que um centro de apoio à aprendizagem na mesma Escola – explicitou-se que cada Escola tem apenas um CAA. . Existência de várias disciplinas ministradas em pequenos grupos para alunos com adaptações curriculares significativas (Português funcional, Espanhol funcional, ...) – foi relembrado que a aplicação desta medida adicional não implica a criação de disciplinas, mas antes a introdução de aprendizagens substitutivas que devem ter como quadro de referência as AE e o PASEO. . Conceção de projetos diferentes e direcionados exclusivamente para alunos com adaptações curriculares significativas – lançou-se o desafio para que estes sejam reduzidos, aumentando-se os projetos das (e entre) turmas, com todos os alunos a participar.

Índice

Uma Escola de Valores



Uma Escola Participada

Reuniões de Rede 2020-2021 | ERC

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Uma Escola Participada

Das motivações… Foi dada a voz a alunos das Escolas da região Centro, tendo presente que estas devem, na definição das suas prioridades e

A Voz dos Alunos

opções curriculares, promover o envolvimento dos alunos,

definindo

procedimentos

regulares

de

auscultação

e

participação dos alunos no desenho de opções curriculares e na avaliação da sua eficácia na aprendizagem (Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho). A qualidade do sucesso está profundamente vinculada às crescentes exigências de promoção de uma cidadania mais participativa, crítica, envolvida por ambientes de aprendizagem pedagogicamente mais estimulantes e desafiadores para a diversidade dos alunos, o que é particularmente desejável no atual contexto pandémico em que vivemos. ERC | janeiro de 2021

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Questões orientadoras Procurou-se, com esta temática dar tempo e espaço aos alunos para que se pudessem expressar sobre as suas experiências de participação escolar, sobre o que desejam da Escola e como a sentem.

Em que medida os alunos têm voz nas decisões tomadas pela Escola? Que necessidades sentem os alunos para assegurar o seu sucesso escolar? Como

responde

necessidades?

a

escola

às

suas


Pretendíamos conhecer…

As metodologias, estratégias de ensino e contextos de aprendizagem, que melhor promovem o seu sucesso escolar. Os espaços, os contextos e as estruturas existentes para expressão dos alunos

As caraterísticas da Escola que os alunos desejam. .

Uma Escola Participada

As metodologias utilizadas na avaliação das suas aprendizagens.

O impacto das suas opiniões e contributos nas decisões tomadas pela Escola


A Voz dos Alunos aluno e à família, no restabelecimento do equilíbrio emocional dos alunos no atual contexto pandémico, bem como os assistentes operacionais, enquanto agentes educativos disponíveis para os escutar.

Gestão das escolas

Professores e Diretor de Turma

Associação de Estudantes e…

Documentos estruturantes das escolas

Programa de mentorias e…

Representação no conselho geral. Abordagem direta à direção.

Com uma relação de proximidade e de confiança muito importante

Assembleias de escola, de delegados e subdelegados de turma, ou através do cargo de Diretor

No orçamento participativo jovem

Parlamento dos Jovens, Eco-escolas, Escolíadas. (…)

Jovem

No processo de autoavaliação da escola…

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Pela voz dos alunos foram abordadas diferentes formas da sua participação. Destacaram a ação dos SPO e do gabinete de apoio ao

.

35


Foi rica a partilha de opiniões sobre os fatores que contribuem para o sucesso escolar dos alunos. Estes deixaram diversos contributos relacionados quer com as metodologias/estratégias de ensino e contextos de aprendizagem, quer com a avaliação das aprendizagens.

Uma Escola Participada

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Um ensino que apele menos à memorização, que recorra a aulas menos teóricas e mais práticas. Aulas mais dinâmicas, em que os alunos sejam promotores da sua aprendizagem e o professor se assuma, principalmente, como um guia, como orientador. Aulas em que os alunos possam refletir sobre as suas aprendizagens, e as desenvolvam de forma mais autónoma, interativa e colaborativa. Uma maior articulação entre o conhecimento de diferentes disciplinas.

A Voz dos Alunos

O recurso a metodologias ativas (trabalhos de grupo, experiências, projetos, apresentações, workshops, jogos), com estratégias que promovam o desenvolvimento das competências inscritas no PASEO.

ERC | janeiro de 2021

Fatores que contribuem para o sucesso escolar dos alunos

A utilização, com maior regularidade, dos recursos tecnológicos e digitais, como quadros interativos, computadores, tablets e podcasts. Realização de mentorias entre alunos do mesmo ano ou de diferentes anos de escolaridade. Introdução de temas da realidade e atualidade como veículo facilitador e enriquecedor das aprendizagens.

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Fatores que contribuem para o sucesso escolar dos alunos

Existência de coadjuvações e de salas de estudo, com professores que apoiam e orientam os alunos e, ainda, de apoios diversificados, em particular para as disciplinas sujeitas a exame nacional. Necessidade de um horário semanal que lhes disponibilize tempo para estudar, principalmente, em anos de exames. Abordagem a temáticas, que lhes serão úteis, para o exercício da sua cidadania, como a literacia financeira. Importância do ensino artístico para o desenvolvimento da capacidade de comunicação, de organização e resiliência.

A Voz dos Alunos

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Relativamente à avaliação das aprendizagens, os alunos deixaram as seguintes perspetivas: •

Persiste ainda uma valorização dos testes na avaliação, o que constitui,

Uma Escola Participada A Voz dos Alunos

para muitos, um fator de demasiada pressão. •

A diversificação das práticas e processos de avaliação permite ir ao encontro de diferentes perfis de aprendizagem, permitindo “tirar um retrato mais fiel do que o aluno realmente sabe” (trabalhos de pesquisa, relatórios, apresentações orais, debates,…).

O reforço da avaliação formativa, contínua e sistemática.

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Uma Escola Participada A Voz dos Alunos

Relativamente à avaliação das aprendizagens, os alunos deixaram as seguintes perspetivas: •

A necessidade e a importância da autoavaliação, da avaliação formativa e do feedback (atempado) após os momentos de avaliação/realização de tarefas, como forma de os ajudar a ultrapassar dificuldades.

A necessidade de uma maior clarificação dos critérios de avaliação. Foi referido que nem sempre os professores são muito objetivos e claros quando questionados sobre a avaliação que efetuaram.

A importância de reduzir as injustiças na avaliação sumativa: “subir de um

15,3 para um 16 é muito difícil, mas de um 7 para um 9 ou 10, já não”.


Os apoios integrados nos horários

Os serviços de psicologia e orientação

Os espaços que a Escola promove para que possam ser ouvidos

ERC | janeiro de 2021

Como tem a Escola respondido às necessidades apresentadas pelos alunos?

As aulas coadjuvadas

Respostas identificadas na Voz dos Alunos

As tutorias e as mentorias As palestras temáticas

As salas de estudo e de apoio ao estudo

A biblioteca escolar

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Colaborativa e cooperativa Inclusiva e integradora Promotora de diversidade

Dinâmica Uma escola que motiva e apoia Respeitadora Proativa Acessível

Lúdica Participada e participativa Que dá aos alunos a oportunidade de crescer

Que dá feedback

Que concretiza sonhos

Uma Escola Participada

Índice

Quando os alunos são desafiados a caracterizar a Escola que desejam…

Sustentável

Tecnológica e mais digital Criativa e que desenvolve a criatividade Um espaço de partilha e convívio

Aberta Que promove a aprendizagem

Promotora de desafios e oportunidades

Que se preocupa com a

saúde mental dos alunos

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Uma Escola que Decide


Uma Escola que Decide

Das motivações… A base da mudança, no contexto da autonomia e flexibilidade curricular, situa-se a nível organizacional e

Desafios e Oportunidades da Gestão Curricular

pedagógico, através de processos contextualizados de gestão e articulação curricular. Valoriza-se a autonomia centrada no currículo, surgindo Escolas e professores como construtores do currículo, com vista à consolidação de aprendizagens significativas para todos os alunos. É dada às Escolas a possibilidade de participarem no desenvolvimento curricular, estabelecendo prioridades na sua

apropriação

contextualizada

e

assumindo

a

diversidade nas opções que melhor se adequem aos desafios dos Projetos Educativos.


A

temático intitulado Gestão Curricular constituiu-se

abrangência dos objetivos da sessão:

como um espaço privilegiado de reflexão guiada, segundo

um

participação.

modelo Os

atores

semiestruturado envolvidos

de

e

complexidade

do

tema

expressa-se

na

Identificar opções curriculares e dinâmicas pedagógicas, constantes do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, e da

incluíram

Portaria n.º 181/2019, de 11 de junho, mobilizadas para a

diretores de Escolas, lideranças intermédias e outros docentes.

riqueza

ERC | janeiro de 2021

Na operacionalização desta problemática, o eixo

gestão curricular. •

Destacar propósitos que presidiram à criação de novas disciplinas, entendidas como estratégias de integração curricular.

Explicitar fundamentos e práticas de reorganização do ano letivo, como a semestralização.

Uma Escola que Decide

47

47


Distinguir DAC da criação de novas disciplinas.

Destacar práticas de integração de projetos no currículo.

Explicitar o trabalho das equipas educativas.

Refletir sobre a criação de percursos formativos próprios do ensino secundário.

Detetar dificuldades e limitações na operacionalização desta política educativa.

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Questões Orientadoras

Da reflexão…

Que opções curriculares e dinâmicas pedagógicas

Após uma fase de partilha pelos atores educativos

constantes do DL nº 55 foram mobilizadas para a

sobre

gestão curricular?

pedagógicas, a reflexão foi orientada para dimensões

Que necessidades/propósitos presidem à criação de domínios de autonomia curricular e de novas

as

opções

curriculares

e

dinâmicas

como a cultura organizacional, intenções subjacentes aos projetos e às práticas pedagógicas.

disciplinas?

ERC | janeiro de 2021

49

49



Desafios e Oportunidades da Gestão Curricular Gestão da Matriz Curricular

As opções de gestão curricular, enquadradas pelos Decretos-Leis n.º 54 e 55/2018, ambos de 6 de julho, têm

sido

operacionalizadas

através

do

E@D

e

presencial, com as dificuldades e desafios inerentes à sua alternância e combinação. As intervenções dos participantes destacaram a importância crucial da fase do planeamento das opções de gestão curricular e os seus efeitos na distribuição de serviço

docente.

Educativos,

as

Tendo Escolas

por

base

desenham

os

Projetos

cenários

de

reconfiguração da matriz curricular e procuram inovar em termos da Oferta Complementar de Escola. ERC | janeiro de 2021

51 51


Organização semestral de disciplinas

Domínios de Autonomia Curricular

A semestralização de disciplinas tem sido objeto de

A dinamização de DAC foi destacada e valorizada pela

análise e reajustes ao longo do recente processo de

maioria dos participantes. O tempo necessário à

operacionalização. Por um lado, a concentração da

apropriação do conceito e sua operacionalização faz

carga horária de uma disciplina num semestre parece

emergir as potencialidades desta opção nas práticas de

potenciar a implementação de metodologias ativas de

autonomia e flexibilidade curricular. Uma forma de

ensino e aprendizagem e a autorregulação das

trabalho interdisciplinar apelidada de “ponto forte” da

aprendizagens face a práticas consideradas mais

gestão curricular, pela sua dimensão sistémica e

tradicionais de avaliação. Por outro lado, parecem

competências holísticas que promove nos alunos e

emergir algumas dificuldades na articulação curricular,

professores. Desta forma, procede-se à articulação

em concreto na criação e implementação de DAC.

curricular e a abordagens inter e transdisciplinares, proporcionam-se

oportunidades

de

realização

de

aprendizagens significativas e de autorregulação das aprendizagens.

Uma Escola que Decide

52 52


Medidas de diferenciação pedagógica

Criação de novas disciplinas

Os participantes destacaram a importância da criação

Foi salientada a relevância das novas disciplinas

de Percursos Curriculares Alternativos para alunos em

criadas no âmbito da Oferta Complementar e

risco de insucesso e/ou abandono escolar, ao abrigo da

Complemento à Educação Artística como resposta às

Portaria n.º 181/2019, de 11 de junho.

necessidades dos alunos, surgindo, por vezes,

Outra medida inclusiva surge associada ao Português

interligadas a projetos locais e regionais.

Língua Não Materna, como disciplina curricular ou de apoio semanal, que devia ser potenciada, uma vez que é considerada uma ferramenta crucial da Escola Inclusiva. As tutorias mereceram ainda destaque, na sua dimensão interna e externa à escola, como medida eficaz na promoção das aprendizagens.

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Percursos formativos próprios no ensino secundário A implementação de percursos formativos próprios no ensino secundário ainda não é uma prática organizacional generalizada. Os participantes, que optaram por oferecer esta opção curricular, identificaram, como potencialidades, a capacidade de dar resposta aos interesses, motivações e expetativas dos alunos, permitindo ainda a sua fixação em territórios

de

baixa

densidade

populacional.

Os

constrangimentos identificados na aplicação de percursos formativos próprios devem-se, sobretudo, a questões organizacionais relacionadas com sobreposição de horários de alunos e professores.

ERC | janeiro de 2021

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Uma Escola que decide

Desafios e Oportunidades da Gestão Curricular

Metodologias ativas de ensino e aprendizagem Os participantes destacaram uma diversidade de opções

Outras metodologias ativas de aprendizagem incluem o

organizacionais associadas a práticas mais centradas no

recurso ao trabalho de projeto, na dinamização de

aluno e na aprendizagem.

projetos interciclos, como os promotores da integração de

A promoção de competências transversais é potenciada, por exemplo, através do recurso a metodologias de

Content and Language Integrated Learning, de duas ou mais disciplinas, lecionadas em língua estrangeira, a projetos

ancorados

na

ENEC,

nos

planos

das

Comunidades Intermunicipais e outras iniciativas (inter)

saberes na área das ciências no âmbito da Ciência Viva. Alguns dos projetos interdisciplinares surgem ainda da articulação com clubes de diferentes áreas curriculares e de intenções e práticas expressas em documentos de planeamento curricular, produzidos a nível departamental e de conselho de turma.

nacionais.

55


Gestão e funcionamento das Equipas Educativas O investimento na promoção das aprendizagens e

No que diz respeito ao âmbito de atuação, as equipas

sucesso escolar surge, também, associado à criação de

educativas tendem a situar-se a nível organizacional e

equipas educativas, múltiplas e diversificadas. Os

pedagógico, quer nos departamentos curriculares, quer na

participantes destacaram a importância destas novas

prática da coadjuvação em sala de aula.

funções

espaço

Salientou-se que esta prática colaborativa interpares

educativo, associadas, por vezes, a um professor-

procura minimizar as dificuldades de aprendizagem, já

coordenador. Este é um elo agregador de redes de

diagnosticadas

trabalho colaborativo, e revela-se particularmente

comprovadas pela investigação educacional, sobretudo,

significativo em contextos com estabelecimentos de

na

ensino geograficamente distantes.

operacionalização ocorre por turmas, ano ou ciclo, entre

profissionais,

que

emergem

no

transição

pelos entre

profissionais ciclos

de

da

educação

ensino.

A

e sua

docentes de áreas curriculares similares ou diferentes, e exige uma gestão meticulosa da distribuição do serviço docente. ERC | janeiro de 2021

56 56


Reuniões de Rede 2020-2021 | ERC

57


Reuniões de Rede 2020-2021 | ERC

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Das motivações…

Uma Escola que Decide

A escolha do tema Organização semestral do ano

escolar/das disciplinas, à semelhança dos outros temas abordados nas reuniões de rede, foi resultado de uma reflexão crítica por parte de todos os elementos da Equipa Regional, na convicção de que estas duas opções curriculares/organizacionais, conferidas às escolas no âmbito do atual desenho curricular, seriam do seu interesse. A sessão foi organizada, privilegiando a reflexão e partilha de práticas entre as Escolas presentes.

Organização semestral do ano letivo/das disciplinas


Uma Escola que decide

Organização semestral do ano letivo/das disciplinas

A organização do funcionamento das disciplinas de um

A

modo semestral ganhou adeptos, desde o ano de

semestralização de disciplinas, importa mencionar

implementação

igualmente

do

Projeto

de

Autonomia

e

par

dos

aspetos

positivos

apontados

à

constrangimentos de natureza diversa

Flexibilidade Curricular, no ano letivo de 2017/2018.

identificados pelos participantes, os quais passam pela

Pelo testemunho deixado pelos participantes, esta

dificuldade de concretizar a articulação curricular

organização tem tido impacto na melhoria do ensino, da

(nomeadamente, entre disciplinas a funcionar em

aprendizagem e da avaliação. Foram também exemplo

semestres distintos), pela ausência de contacto com a

disso os relatos que vieram em defesa desta opção

disciplina durante um longo período de tempo (mais

curricular, na medida em que ela promove, entre outros

problemático

aspetos, a integração curricular e a diversificação de

dificuldade que pode gerar nas aprendizagens do aluno

práticas pedagógicas.

quando este é transferido de Escola.

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nas

línguas

estrangeiras)

e

pela

60 60


A organização semestral do ano escolar começou por ser adotada por Escolas que implementaram o Projeto Piloto de Inovação Pedagógica e, posteriormente, por Escolas que têm, para o efeito, vindo a conceber Planos de Inovação (PI). Independentemente do caminho para a implementação da semestralização da avaliação, estamos perante uma medida ainda muito residual nas Escolas da região Centro. Foi transmitida a perceção, por parte dos agentes educativos, de que a alteração do calendário escolar tem sido benéfica ao nível da alteração de práticas e processos avaliativos,

incrementando

momentos

de

avaliação

formativa e de feedback, de diversificação de processos de recolha de informação, potenciando a participação dos alunos na avaliação (auto/coavaliação), tendo ainda efeitos positivos nos resultados escolares dos alunos.



Da reflexão… Foi

reveladora

a

perspetiva

Questões Orientadoras deixada

sobre

a

semestralização das disciplinas, que é tida como: ▪

Catalisadora de um aprofundamento do contacto com os alunos e consequente planeamento e tomada de decisões pedagógicas mais adequadas.

Oportunidade de mudança/diversificação das práticas pedagógicas, permitindo uma maior consistência e qualidade das aprendizagens.

Estratégia que permite uma valorização da

Que necessidades/propósitos presidiram à instituição de uma organização semestral do ano letivo/disciplinas? De que modo se tem/têm revelado uma estratégia para a melhoria de qualidade das aprendizagens? Que oportunidades desencadeia(m) para a gestão flexível do currículo?

avaliação formativa e um feedback de qualidade, logo potenciadora de uma maior diversificação dos processos de recolha de informação.

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Conducente a uma diminuição do stresse dos alunos, que passam, na prática, por menos momentos de avaliação, com fins classificatórios.

Conducente a menor pressão sobre as questões de avaliação, com fins classificatórios, proporcionando mais tempo para avaliação formativa.

Promotora

de

uma

maior

interajuda

entre

professores e entre alunos. ▪

Fomentadora de projetos (maior facilidade na gestão do tempo).

Uma Escola que Decide

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ERC | janeiro de 2021

Do debate em torno desta opção curricular, resultaram ainda outros aspetos: A existência de um reporte qualitativo aos pais e encarregados de educação na interrupção do Natal. A realização, no início de fevereiro, de uma reunião intercalar para concretizar uma avaliação quantitativa, que é dada a conhecer aos PEE pelo diretor de turma. O sucesso da semestralização de algumas disciplinas depende do grau de maturidade dos alunos. É uma opção curricular relevante para disciplinas com menor carga horária semanal, porque permite que os professores tenham menos turmas, maior disponibilidade, o que facilita a diversificação das práticas pedagógicas e o melhor conhecimento dos alunos.

.

Considerando o longo período em que os alunos ficariam sem comunicar em língua estrangeira, reconheceu-se que esta organização não seria benéfica para as disciplinas de línguas estrangeiras. Uma Escola que Decide

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Do debate em torno desta opção curricular, resultaram ainda outros aspetos: Foram identificados como constrangimentos a existência de uma organização diferente entre Escolas, que dificulta a integração dos alunos no caso de mudança de estabelecimento de ensino, e a dificuldade em estabelecer momentos de articulação curricular. Permite reduzir o número de disciplinas no horário dos alunos. Disciplinas a funcionar em semestres distintos podem dificultar a articulação curricular; Combinações Naturais/Física

de e

disciplinas Química,

como.

História/Geografia,

TIC/Cidadania

e

Ciências

Desenvolvimento,

TIC/Oferta de Escola (oficina criativa, oficina de expressão dramática, …) e TIC/Educação Tecnológica, foram exemplos partilhados.

Uma Escola que Decide

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Semestralização do ano escolar

Escolas onde esta opção organizacional está a ser implementada

Os representantes destas Escolas revelaram-se particularmente entusiastas na partilha da sua

Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro

realidade, tendo sido notório que há diversas Escolas que se encontram a desenvolver um

Agrupamento de Escolas de Penacova

processo

Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Paiva

possibilidade

Agrupamento Estevão

de

Escolas

José

Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente Escola Secundária Palmeiras

Uma Escola que Decide

Quinta

das

de

reflexão de

interna

concretizar

sobre

esta

a

opção

organizacional. Foi afirmado que a semestralização do ano escolar não deveria estar condicionada pela conceção de um PI, já que são tidas como respostas a necessidades diferentes..

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Foram diversas as mais-valias identificadas: ●

Importância

de

metodologias

mudar

rotinas,

(necessidade

de

práticas

e

“agitar”

a

Diversificação de instrumentos de avaliação.

Compromisso com a elaboração de reportes de avaliação (dois qualitativos e dois quantitativos),

comunidade educativa). ●

claros e de fácil entendimento por alunos e PEE.

Possibilidade de realizar as aprendizagens até ao

final do ano escolar, sem os constrangimentos de um 3.º período temporalmente reduzido. ●

Promoção

do

trabalho

colaborativo

do

desenvolvimento de DAC. ●

por parte de alunos e professores. ●

e

Diminuição da pressão no processo de avaliação,

Possibilidade

de

construção/decisão

sobre

o

calendário escolar (pausas e férias). ●

Elaboração,

com

alguma

frequência,

de

uma

Diversificação das práticas pedagógicas, centradas

monitorização,

na avaliação formativa - feedback de qualidade

questionário, permitindo obter informação para

(valorização do processo face ao produto).

ações futuras.

Uma Escola que Decide

através

de

inquérito

por

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Índice

Redução da indisciplina em sala de aula.

Maior

envolvimento

dos

atores

educativos

(associações de pais e encarregados de educação, assembleias

de

representantes

de

pais

e

encarregados de educação por turma, delegados e subdelegados,

conselho

geral,

conselho

pedagógico, autarquia, entre outros) no processo de reflexão alargada para aferir a adequação das decisões.

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69



Notas Finais


As reuniões de rede sobre o processo de Autonomia a Flexibilidade Curricular, que se realizaram em janeiro, concretizaram-se com uma participação muito expressiva por parte das Escolas. A Equipa Regional do Centro propôs um olhar reflexivo e crítico sobre o(s) caminho(s) da Autonomia e Flexibilidade Curricular, que as Escolas têm vindo a construir, com foco em cinco áreas temáticas, organizadas, neste livro digital, em três dimensões. Um olhar que nos mostra uma realidade, inevitavelmente, marcada pela pandemia, decorrente do novo coronavírus. Preocupada em manter a estabilidade emocional dos alunos, a Escola teve na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento um espaço promotor de debate e momentos de reflexão conjunta, do envolvimento das famílias, do incentivo à solidariedade entre pares e na comunidade através de diversas parcerias para promover o bem-estar físico, emocional e social dos alunos. Neste contexto, sublinhou-se a relevância do desenvolvimento de diversos projetos como o Eco-escolas, Educação para a Saúde, Parlamento dos Jovens, o programa de mentorias, entre outros. Partilhou-se a visão de que através da mobilização da autonomia e flexibilidade curricular, a Escola se constrói cada vez mais, como um espaço de efetiva inclusão. Um trabalho que exige uma diversidade de atores educativos, envolvidos num percurso não linear e sobre o qual importa continuar a refletir, debater e clarificar, tendo em vista a partilha de valores e práticas pedagógicas inclusivas.

Nota Finais


Chamados a participar, os alunos deram expressão à sua voz com entusiasmo e responsabilidade. Salientou-se a importância de uma atitude pró-ativa junto dos seus representantes e a abertura, disponibilidade e incentivo das direções das Escolas e dos professores para os escutar e procurar concretizar as suas propostas. Revelou-se o sentido crítico sobre diferentes formas de aprender, de ensinar e de avaliar. Foi reconhecida a importância de uma Escola que promove aprendizagens significativas, em ambientes ativos e inovadores, capaz de preparar os alunos para o futuro, uma Escola onde é possível aprender… fazendo. Alunos preparados para resolver problemas e responder a novos desafios, mobilizando a informação, o conhecimento, recorrendo ao espírito crítico, à criatividade, a competências de análise, de integração e articulação de saberes. O que partilharam e a forma como se expressaram tornou possível acreditar que as Escolas se sentirão mais comprometidas em continuar a valorizar a participação dos seus alunos como um importante contributo para a tomada de decisão. Desafios e oportunidades da gestão curricular revelou ser uma temática abrangente. O debate evidenciou, entre outros aspetos, que pelo exercício da Autonomia e Flexibilidade Curricular, a Escola concretiza práticas de diferenciação pedagógica, novas formas de planear e integrar o currículo, abordagens inter e transdisciplinares das aprendizagens, seja através de domínios de autonomia curricular, de projetos e/ou temas aglutinadores. Salientou-se a relevância da constituição de equipas educativas, múltiplas e diversificadas na promoção das aprendizagens e do sucesso escolar dos alunos.

Nota Finais


As opções de âmbito curricular e organizacional permitem às Escolas decidir, também, ao Índice

nível do funcionamento das disciplinas e sobre a organização do ano escolar. Estas possibilidades emergiram como condições facilitadoras de melhoria no processo de ensino, aprendizagem e avaliação, não se assumindo, todavia, como condições imprescindíveis para que essas melhorias ocorram. Destacou-se que qualquer uma destas medidas não tem ainda uma expressão significativa, pelo que poderá ser necessário um caminho de reflexão para uma boa concretização, com maior dimensão, destas opções nas nossas Escolas.

Nas dez sessões, em que se concretizaram as reuniões de rede, demostrou-se que a Escola permanece determinada em continuar a contribuir para a qualidade das aprendizagens e sucesso de todos os alunos, ajustando-se e reinventando-se perante uma realidade nunca vivenciada. Com este livro digital, a Equipa Regional do Centro procurou dar visibilidade aos momentos de partilha, reflexão e debate proporcionados pelas reuniões de rede e estimular, em quem o venha a “folhear”, outras reflexões sobre uma Escola em Mudança.

Nota Finais




Apêndices


QUESTIONÁRIO DE SATISFAÇÃO DADOS GERAIS


79

1676

NÚMERO DE PARTICIPANTES

1545 ~~

NÚMERO DE RESPONDENTES 92% do total dos participantes

2,3

MÉDIA DE PARTICIPANTES DAS ESCOLAS POR SESSÃO

11,4

MÉDIA DE PARTICIPAÇÃO POR ESCOLA

147

NÚMERO DE ESCOLAS PRESENTES


PARTICIPANTES/SESSÕES Gestão Curricular

Cidadania e Desenvolvimento 11%4%3% 4%

0% 10% 30%

80

60%

78%

A Voz dos Alunos 1%

Docente Elemento da Direção Coordenador Departamento / CP Representante AFC

Docente Elemento da Direção Coordenador ECD Psicologo

30% 59%

10%

Organização Semestral 30%

Docente

8% 62%

Docente Elemento da Direção Coordenador Departamento / CP

Elemento da Direção

Aluno

Outro

AFC- Escola Inclusiva 18% 17%

65%

Docente Elemento da Direção EMAEI / SPO


AVALIAÇÃO DAS SESSÕES

81

ERC | janeiro de 2021

(Escala de 1 a 4) OPORTUNIDADE TEMPORAL DA SESSÃO

PERTINÊNCIA DO CONTEÚDO DA SESSÃO

3,43

3,73

3,50

RELEVÂNCIA DA REFLEXÃO PROMOVIDA PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE

3,56 ADEQUAÇÃO DA METODOLOGIA DA SESSÃO 81


AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS E ESCOLAS NÃO AGRUPADAS REGIÃO CENTRO

ERC | janeiro de 2021

82 82


Agrupamento de Escolas de Gafanha da Encarnação, Ílhavo Agrupamento de Escolas de Gafanha da Nazaré, Ílhavo Agrupamento de Escolas de Góis Agrupamento de Escolas de Gouveia Agrupamento de Escolas de Guia, Pombal Agrupamento de Escolas de Ílhavo Agrupamento de Escolas de Mangualde Agrupamento de Escolas de Manteigas Agrupamento de Escolas de Marrazes, Leiria Agrupamento de Escolas de Mealhada Agrupamento de Escolas de Meda Agrupamento de Escolas de Mira Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho Agrupamento de Escolas de Mortágua Agrupamento de Escolas de Mundão, Viseu Agrupamento de Escolas de Murtosa Agrupamento de Escolas de Nelas Agrupamento de Escolas de Oliveira de Frades Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital Agrupamento de Escolas de Oliveirinha, Aveiro Agrupamento de Escolas de Ovar Agrupamento de Escolas de Ovar Sul Agrupamento de Escolas de Paião, Figueira da Foz Agrupamento de Escolas de Pardilhó, Estarreja Agrupamento de Escolas de Pedrógão Grande Agrupamento de Escolas de Penacova Agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo Agrupamento de Escolas de Pinhel Agrupamento de Escolas de Pombal Agrupamento de Escolas de Porto de Mós Agrupamento de Escolas de Proença-a-Nova Agrupamento de Escolas de Sabugal Agrupamento de Escolas de Santa Comba Dão Agrupamento de Escolas de Santa Cruz da Trapa, São Pedro do Sul

Agrupamento de Escolas A Lã e a Neve, Covilhã Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, Guarda Agrupamento de Escolas Afonso de Paiva, Castelo Branco Agrupamento de Escolas Águeda Sul Agrupamento de Escolas Amato Lusitano, Castelo Branco Agrupamento de Escolas Caranguejeira - Santa Catarina da Serra, Leiria Agrupamento de Escolas Coimbra Centro Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste Agrupamento de Escolas Coimbra Sul Agrupamento de Escolas D. Dinis, Leiria Agrupamento de Escolas da Lousã Agrupamento de Escolas da Sé, Guarda Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Foz Agrupamento de Escolas de Águeda Agrupamento de Escolas de Albergaria-a-Velha Agrupamento de Escolas de Almeida Agrupamento de Escolas de Alvaiázere Agrupamento de Escolas de Anadia Agrupamento de Escolas de Ansião Agrupamento de Escolas de Arganil Agrupamento de Escolas de Aveiro Agrupamento de Escolas de Batalha Agrupamento de Escolas de Branca, Albergaria-a-Velha Agrupamento de Escolas de Canas de Senhorim, Nelas Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal Agrupamento de Escolas de Castro Daire Agrupamento de Escolas de Celorico da Beira Agrupamento de Escolas de Colmeias, Leiria Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova Agrupamento de Escolas de Eixo, Aveiro Agrupamento de Escolas de Esgueira, Aveiro Agrupamento de Escolas de Esmoriz/Ovar Norte Agrupamento de Escolas de Estarreja Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo Agrupamento de Escolas de Figueiró dos Vinhos Agrupamento de Escolas de Fornos de Algodres

ERC | janeiro de 2021

83 83


Agrupamento de Escolas José Estêvão, Aveiro Agrupamento de Escolas José Sanches e S. Vicente da Beira Agrupamento de Escolas José Silvestre Ribeiro, Idanha-a-Nova Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria, Cantanhede Agrupamento de Escolas Marinha Grande Nascente Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva, Cantanhede Agrupamento de Escolas Martim de Freitas, Coimbra Agrupamento de Escolas Martinho Árias, Soure Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, Castelo Branco Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade, Oleiros Agrupamento de Escolas Padre José Augusto da Fonseca, Aguiar da Beira Agrupamento de Escolas Pedro Álvares Cabral, Belmonte Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã, Covilhã Agrupamento de Escolas Rainha Santa Isabel, Carreira, Leiria Agrupamento de Escolas Rainha Santa Isabel, Pedrulha, Coimbra Agrupamento de Escolas Ribeiro Sanches, Penamacor Agrupamento de Escolas Rio Novo do Príncipe, Cacia, Aveiro Agrupamento de Escolas Verde Horizonte, Mação Agrupamento de Escolas Viseu Norte Escola Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, Aveiro Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra Escola Básica e Secundária Quinta das Flores, Coimbra Escola Profissional Agrícola Quinta da Lageosa, Aldeia do Souto, Covilhã Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Vagos Escola Secundária Adolfo Portela, Águeda Escola Secundária Afonso Lopes Vieira, Leiria Escola Secundária Alves Martins, Viseu Escola Secundária Avelar Brotero, Coimbra Escola Secundária Campos de Melo, Covilhã Escola Secundária D. Dinis, Coimbra Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho, Figueira da Foz Escola Secundária Emídio Navarro, Viseu Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, Leiria Escola Secundária Infanta D. Maria, Coimbra Escola Secundária José Falcão, Coimbra Escola Secundária Quinta das Palmeiras, Covilhã Escola Secundária Viriato, Abraveses, Viseu

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84 84

Índice

Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul Agrupamento de Escolas de Sátão Agrupamento de Escolas de Seia Agrupamento de Escolas de Sertã Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga Agrupamento de Escolas de Tábua Agrupamento de Escolas de Teixoso, Covilhã Agrupamento de Escolas de Tondela Candido de Figueiredo Agrupamento de Escolas de Tondela Tomaz Ribeiro Agrupamento de Escolas de Trancoso Agrupamento de Escolas de Vagos Agrupamento de Escolas de Valongo do Vouga, Águeda Agrupamento de Escolas de Vieira de Leiria, Marinha Grande Agrupamento de Escolas de Vila de Rei Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Paiva Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão Agrupamento de Escolas de Viso, Viseu Agrupamento de Escolas de Vouzela Agrupamento de Escolas de Vouzela e Campia Agrupamento de Escolas do Fundão Agrupamento de Escolas Domingos Sequeira, Leiria Agrupamento de Escolas Dr. Bissaya Barreto, Castanheira de Pera Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus, Leiria Agrupamento de Escolas Dr. Guilherme Correia de Carvalho, Seia Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento, Aveiro Agrupamento de Escolas Escalada, Pampilhosa da Serra Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro, Coimbra Agrupamento de Escolas Figueira Mar, Figueira da Foz Agrupamento de Escolas Figueira Norte, Figueira da Foz Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto, Covilhã Agrupamento de Escolas Gândara-Mar, Tocha, Cantanhede Agrupamento de Escolas Gardunha e Xisto, Fundão Agrupamento de Escolas Grão Vasco, Viseu Agrupamento de Escolas Gualdim Pais, Pombal Agrupamento de Escolas Henrique Sommer, Maceira, Leiria Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique, Repeses, Viseu Agrupamento de Escolas Infante D. Pedro, Penela



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