Calor latente kacau tiamo

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CAPÍTULO SEIS Eu não parava de pensar na festa do maldito. Será que eu conseguiria fazer tudo aquilo? Agradeci por ter a Jú para me dar forças e levantar o meu astral! Liguei para ela, para saber como estavam as coisas. – Oi, Jú, e aí? Tudo indo? – Tudo, Jess. Você se importaria se eu tomasse a liberdade de fazer uma petição ao juiz? Estava aqui pensando e acho que o Tony não vai levar isso tudo numa boa, e que precisamos nos precaver contra um ataque de ira, da parte dele. – Disse Júlia, preocupada. – Não me importo não, Jú. Você é a profissional e confio plenamente que você vai fazer as escolhas certas por mim. Carta branca, amiga. – Fico aliviada em ouvir isso, pois já me adiantei e fiz o que deveria fazer. Já está tudo pronto pra sábado. Às cinco, eu chego aí. – Ok, preciso ir ou vou me atrasar pra academia. – Academia, é? O que tem de tão bom nessa academia, hein? Você não perde um dia! – Perguntou, com uma diversão mal disfarçada na voz. – Nem te conto, amiga, nem te conto! Um dia você vai ver. Agora eu tenho mesmo que ir. Obrigada por tudo! Não sei o que seria de mim sem você nessas horas. – Ah, para com isso. Você sabe que eu estou aqui pra você, sempre que precisar. – Aham, eu também estou aqui pra você. Você é a irmã que eu nunca tive. – Vamos parar com isso, antes que uma de nós comece a chorar. Vai lá pra sua academia e não se preocupe com nada mais por aqui. Já está tudo certinho. Agora é só esperar. Beijocas, linda. – Até mais. Beijo – Desliguei o telefone. Olhando o relógio, percebi que eu precisava mesmo correr para não perder a aula de dança… e Patrick. Um sorriso grudou no meu rosto, ao pensar nele. Ele era tão bonito! E tão grande! E parecia gostar de mim, o que já era uma sorte grande, se fosse pensar bem. Parecia gostar até de minha barriguinha, já que passava as mãos em mim de um jeito tão gostoso, parecendo que queria me comer viva… Terminei de me arrumar e saí correndo. Chegando na academia, fui direto para a sala de dança. Engraçado, havia umas cadeiras espalhadas pela sala, um cabide com camisas, gravatas, boás fofinhos coloridos… o que será que iríamos ter hoje? As pessoas foram entrando na sala, olhando tão espantadas quanto eu para tudo aquilo. Andréia, uma mulher gordinha como eu, loira de olhos verdes, aparentando seus 30 anos, que fazia aula comigo, se aproximou, olhando o cabide com certo receio. – Menina, o que será que vamos ter aqui hoje, hein? – Não faço a menor ideia. – Sorri para ela. – Já ouviu falar em dança sensual? Acho que é isso que teremos aqui hoje, pelas coisas que estão ali e essas cadeiras… – Falou baixinho, sorrindo de volta. A sala era um burburinho só, todos sussurravam, alguns riam, outros olhavam com receio. E


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