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“Oh céus, oh vida, oh azar... isso não vai dar certo”

“OH CÉUS, OH VIDA, OH AZAR...ISSO NÃO VAI DAR CERTO”

Foto: Divanildo Silva

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(77) 9 97005331 Lá pelos idos dos anos 70 e 80 o desenho Lippy e Hardy fazia grande sucesso. O leão Lippy era a expressão do otimismo, ao contrário da Hiena Hardy que tornou famoso o bordão “Oh céus, oh vida, oh azar...isso não vai dar certo”. Hardy, que em inglês significa pesado, é um personagem nervoso, angustiado, mal-humorado, melancólico e pessimista. Conhece alguém assim?

A Síndrome da Hiena entrou no vocabulário dos profissionais da saúde mental para definir pessoas de comportamento reclamão, ranzinza e mal-humorado. Estas pessoas podem esconder um tipo de depressão crônica pouco falada, diagnosticada e tratada: distimia, a doença do mau-humor.

Trata-se de uma depressão que costuma ser confundida com a personalidade do paciente. O Hardy era assim: sua visão de mundo era pautada no “isso não vai dar certo”, assim como as pessoas que vivem no “e se não der certo”. O pessimismo constante não impede que a pessoa viva e realize suas atividades, mas impacta na sua qualidade de vida e na das pessoas que convivem com ela.

O distímico pode perder o interesse por situações que antes eram normais, apresentando humor e autoestima rebaixados, queda na produtividade, sentimentos de desesperança e de inadequação. Trata-se de indivíduo excessivamente crítico, exigente e com capacidade reduzida para o lazer.

Os sintomas da distimia têm idas e vindas ao longo de anos e sua intensidade varia no tempo. Acomete crianças, jovens e adultos, podendo ocorrer concomitantemente a outras patologias, o que costuma dificultar mais ainda seu diagnóstico. O tratamento tem como objetivo resgatar o otimismo do paciente para que ele saia do modo Hardy e caminhe em direção ao modo Lippy.

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