Tratamento fisioterap utico na sensasão e dor fantasma

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TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA SENSAÇÃO E/OU DOR FANTASMA EM PACIENTES AMPUTADOS DE MEMBROS INFERIORES TIAEN M¹, ABREU NCO¹, AZANHA GV¹ ¹Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo- SP 1. Objetivos: Observar os efeitos da intervenção fisioterapêutica sobre a dor e a sensação fantasma de pacientes amputados de membro inferior. 2. Materiais e Métodos: Tipo de estudo: Estudo de casos. Sujeitos: 11 pacientes amputados de membros inferiores em tratamento na Clínica Escola de Fisioterapia da UMESP com amputação transfemoral ou transtibial com queixas de sensação e/ou dor fantasma Avaliação Física Geral: condições dos cotos e dos pacientes. Questionário sobre dor fantasma e sensação fantasma: presença, intensidade e freqüência da dor fantasma e da sensação fantasma. Intervenção Fisioterapêutica: 22 semanas (2X/sem.) com cinesioterapia (ativa e resistida); dessensibilização no coto com a utilização de diversos objetos com os olhos vendados e abertos; massagem no coto e orientações (enfaixamento do coto, evitar posturas inadequadas, uso de meias compressivas ao vestir a prótese, exercícios domiciliares, uso de calçados adequados e observação diária da região plantar do pé). Após, todos os pacientes foram reavaliados com os mesmos protocolos. Materiais utilizados: faixa elástica de diversas resistências, bastão, alteres, mini trampolim, escadas, rampas. Materiais utilizados para dessensibilização do coto: bolas de diferentes texturas, água gelada e em temperatura ambiente, gel, espaguete e kit individual de propriocepção (objetos de diferentes tamanhos, pesos e texturas). 3. Resultados e Discussão: Dos 11 pacientes, 4 sofreram amputações transfemoral, 6 transtibial e um bilateral (um membro TF e outro TT), na faixa etária entre

50 a 74 anos. A maioria (9 pacientes) sofreu a amputação por doença vascular periferia e/ou diabetes concordando com PITTA (2003). Todos obtiveram diminuição da intensidade da dor fantasma em pelo menos algum grau e da freqüência da dor fantasma após o tratamento fisioterapêutico concordando com JENSEN et al. (1993). Oito pacientes obtiveram diminuição da freqüência da sensação fantasma e 3 pacientes mantiveram a mesma freqüência desde o inicio do tratamento fisioterapêutico segundo CARVALHO a sensação fantasma tende a regredir progressivamente e desaparecer meses ou anos após a amputação. A sensação fantasma pode ser caracterizada como coceira, formigamento, parestesia, pressão, dormência, presença do membro fantasma, alteração de temperatura (WILKINS et al, 1998) como referiram os pacientes. 4. Conclusões: A intervenção fisioterapêutica foi benéfica para diminuir a intensidade e a freqüência da dor e da sensação fantasma nos pacientes amputados de membros inferiores estudados. 5. Referências Bibliográficas: [1] Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado.Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. [2] Jensen TS, Krebs B, Nielsen J, Rasmussen P. Phantom limb, phantom pain and stump pain in amputees during the first 6 months following limb amputation. Pain 1983;17:243-256. [3] Carvalho JA. Amputações de Membros Inferiores: Em busca da plena reabilitação. 2º ed. São Paulo: Manole; 2003. [4] Wilkins KL, McGrath PJ, Finley GA, Katz J. Phantom limb sensations and phantom limb pain in child and adolescent amputees. Pain1998;78:7-12.


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