#20 Storytelling

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CARREIRA | LIDERANÇA

Preparado para liderar? -

por ginka toegel e jean louis barsoux

| imagem shutterstock

Descubra qual é o papel da sua personalidade para uma liderança mais eficaz e veja como os exageros de certas características podem minar esse desenvolvimento.

A

luta dos líderes com alguns elementos de sua personalidade é muitas vezes subestimada. A verdade é que a maioria dos líderes

eficazes – mesmo aqueles considerados “natos”, como Richard Branson ou Indra Nooyi, da PepsiCo – tiveram que trabalhar bastante para administrar seu perfil e chegar onde estão hoje. Há incontáveis traços que nos distinguem uns dos outros – alguns herdados, outros aprendidos ao longo da vida –, mas pesquisas recentes têm resumido essas características em cinco amplas dimensões, as quais chamamos de “Big Five”. Infelizmente, os traços que auxiliam os executivos em um determinado cargo de liderança nem sempre ajudam em outro. Ao avançar na carreira, chegando a novas posições ou ambientes, executivos precisam fortalecer ou encarar diferentes aspectos de sua personalidade. Em qualquer nível, os líderes ficam sob intensa pressão para ir mais rápido e além. Quanto mais alto o cargo, maior será sua influência sobre os outros e mais será sua colocação à prova – portanto, a autoadministração dos traços de sua própria personalidade torna-se essencial para o sucesso. A seguir, delineamos as armadilhas da liderança que todo 24

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abril/maio 2013

executivo deve estar ciente referente às dimensões de personalidade do “Big Five”.

1. Necessidade de estabilidade

A estabilidade emocional é um recurso valioso para executivos, ajudando-os a lidar com o estresse, contratempos e incertezas. Ser uma pessoa estável transmite profissionalismo aos outros, mas ser estável demais também pode transmitir que o executivo é emocionalmente monótono, excessivamente confiante ou que lhe falta um senso de urgência. Por outro lado, ser inflamado ou impaciente pode levar a um resultado contrário. O método mais simples para evitar a exacerbação é verbalizar emoções negativas. É comum os executi-

vos temerem que mostrar a emoção vá fazê-los parecerem fracos, quando na verdade mostram confiança.

2. Ser extrovertido

A extroversão pode ser vantajosa na liderança, mas também tem seus efeitos negativos. Em demasia pode desencadear a percepção de que o executivo é muito dominador ou que não ouve bem os outros. Da mesma forma, aqueles bastante enérgicos podem aumentar a energia dos outros e inspirá-los, mas podem também intimidar os introvertidos. Líderes com tendências de extroversão precisam estar cientes de que sua disposição pode criar tensões entre os colegas introvertidos, pois muitas vezes os extrovertidos são vistos como


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