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GABARITO - QUESTIONÁRIOnº 1 (*) 1 — As GRAVURASnº 1 e 2, apesar de serem do mesmo Autor e da mesma época, são bem diferentes. A GRAVURA n° 1 mostra um cenário do interior do Brasil, em que um grupo de indígenas está sendo catequizado por um missionário. Observe a presença da civilização dos brancos: as construções, as ferramentas, as roupas, o próprio missionário e os trabalhadores negros no fundo. O importante é que o índio está em liberdade. Já a GRAVURAnº 2 apresenta uma cena da vida urbana, um castigo em praça pública do Rio de Janeiro. A atenção se volta para a condição dos negros escravos, submetidos aos castigos, cercado pelos edifícios, meios de transporte e tipos sociais da cidade. A escravidão é o tema principal deste cenário. 2 — 0 castigo era frequentemente aplicado aos escravos que fugiam do cativeiro ou praticavam alguma irregularidade (roubo, por exemplo). A gravura não dá o motivo, que aliás poderia ser o simples capricho do senhor, mas evidencia o seu lado aviltante, desumano, o sentido de um espetáculo de advertência, que atrai muitas pessoas. Na GRAVURAnº 2, pelo contrário, o índio está numa situação bem melhor, protegido pelo missionário. Vive em contacto com a natureza, conserva alguns de seus costumes (enfeites e o trabalho em comum, por exemplo) e não exerce uma atividade importante para os donos das terras. Veja, no segundo plano, que os trabalhos são executados por negros. 3 - Sim. Na GRAVURA n° 1, nota-se a presença do missionário branco e, ao fundo homens e mulheres de cor negra trabalhando. Na GRAVURAnº 2, há uma variedade de tipos sociais da paisagem urbana no início do Século XIX (no Rio de Janeiro): padres, militares, funcionários públicos, aristocratas (na carruagem). São facilmente identificados pela sua cor (brancos), suas roupas e atitudes. E há outras figuras de negros e mulatos, com trajes e ocupações diversas, muitos deles na condição de escravos, e outros livres, como o feitor que está aplicando o castigo. 4 - Sim, a partir das observações extraídas das gravuras. Percebe-se que o índio não foi escravizado por dois motivos: 19— está sob a proteção do missionário (portanto, da Igreja). 29— vive no meio da natureza, em organização tribal, e tem-se a impressão de que é impróprio ("vive na inocência") ao trabalho obrigatório. (*)

Este gabarito deverá ser fornecido em tantas vias quantos forem os alunos.


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