Revista ACIM

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Recursos humanos

Ivan Amorin

Alexandre Buch veio de Santa Catarina assumir o cargo de gerente de gestão de pessoas no Sicoob; na foto, ele e consultora Fabiana Cristina de Azevedo, também entrevistada nesta reportagem

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gerenciais e, de novo, a falta de investimentos, por parte da empresa, em qualificação. Martins desconfia se a busca por profissionais aptos a assumir cargos gerenciais em outros estados é a melhor solução para as dificuldades locais. “Nem sempre o profissional que vem de fora tem o perfil adequado. Também podem ocorrer restrições em comparação a um profissional local, como estabilidade e custo de moradia, relacionamentos incipientes e demora na adaptação da cultura local”, pondera. Novas atitudes Fabiana Azevedo é headhunter da De Bernt Entschev, empresa de capital humano de São Paulo com filiais em cinco capitais, incluindo Curitiba. O trabalho da headhunter é rastrear pelo Brasil executivos alinhados às necessidades do cliente. Uma das condições para contratação muito em voga é que esse profissional seja trazido de outra praça, exigência que ex34

Revista

Maio 2012

De Joinville para Maringá Alexandre Buch foi “caçado” e trazido para assumir a gerência de gestão de pessoas do Sicoob Central Paraná, em Maringá, há pouco tempo. Antes ele ocupava o mesmo cargo em uma empresa de automação industrial em Joinville, Santa Catarina, seu estado natal, onde trabalhou cinco anos. Responsável pela reestruturação do departamento de recursos humanos cuja meta era reter os talentos na empresa catarinense, Buch alcançou o propósito de tornar a empresa um dos melhores lugares para se trabalhar no Brasil. “Foi uma ótima experiência, mas depois da implantação me senti pouco motivado, pois o objetivo tinha sido cumprido. Estava em uma zona de conforto e segurança. Se não tivesse vindo para

Maringá, estaria trabalhando até hoje na empresa”, conta. Até ser contatado pela headhunter, Buch só conhecia Maringá de ouvir falar muito bem. A primeira e única visita antes da contratação deu-se no dia da entrevista. “Gostei da cidade e do desafio”, revela. Buch reconhece que o interior tem dificuldades para trazer bons executivos. Fazendo uma comparação entre Joinville e Maringá, cidades com infraestrutura parecida, a primeira fica em vantagem por estar próxima do litoral e a duas horas de Curitiba, comportar um parque industrial bem servido, remuneração média boa e alto índice de empregabilidade. A região, no entanto, peca pela falta de instituições de ensino superior, neste momento uma das prioridades da família do executivo e, segundo ele, o fiel da balança em sua escolha.


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