Como fazer ECOCIDADE

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COMO FAZER ECOCIDADE

Nesse manual, compartilhamos o passo-a-passo do projeto ECOCIDADE de forma a que possibilite a troca de experiências entre grupos e organizações que encarem desafios similares e se interessem por esse tipo de solução. Alertamos aqui que recomendamos sempre que cada aspecto que colocamos deve ser analisado a partir da situação do novo lugar em que pretende ser aplicado e do contexto, e incentivamos a adaptação e customização levando isso em conta. Entendemos que esse é um material para a inspiração e que pode facilitar essa análise de pertinência – seja pra se aplicado a um outro bairro de São Paulo, ou em outra cidade ou país – e até o estabelecimento de políticas públicas nesse sentido.

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Fabíola Bergamo, Karen Martini, Laura Sobral, Marcella Arruda, Thaline Nunes Rocha e Beatriz Justo Organização: Marcella Arruda Revisão: Marcos Mauro Rodrigues Design gráfico e diagramação: Icaro Chagas Mapas: Thaline Nunes Rocha

Manual para inspiração Diagnóstico PontoProgramasdecultura alimentar Bike Hortasentregaurbanas

Mensuração

Curso comida | justiça | cooperação

Ficha Técnica

EcocidadeEquipe:

3632221414861828

A Cidade Precisa de Você instagram.com/acidadeprecisadevocefacebook.com/acidadeprecisadevoceacidadeprecisa.orgyoutube.com/acidadeprecisadevoce Contato contato@acidadeprecisa.org

Marcella Arruda Bruno

PublicaçãoConteúdo:

Plataforma digital

JoséHeloísaJulietaIcaroThalineKarenLauraFabíolaBorgesBergamoSobralMartiniNunesChagasRegazzoniSobralVieiradeAquino

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Sumário

ECOCIDADE - A Cidade Precisa de Agroecologia

da justiça climática

Desenvolvimento e apoio às práticas e tecnologias agroecológicas locais para impulso

Como estratégia, o projeto desenvolveu:

Essaslocais.

É também importante dizer que entender o espaço público como lugar de troca, de catalisador da transição justa e ecológica, traz vários benefícios para a comunidade: segurança alimentar, capacidade de resiliência, redes de solidariedade e cuidado das crianças, acesso a recursos por parte de integrantes mais vulneráveis da comunidade, aprendizado intergeracional, empregos verdes e geração de renda para os mais jovens, criação de novos mercados a partir de recursos antes vistos como resíduos.

digital para facilitar a comunicação e articulação da rede de iniciativas agroecológicas locais e os interessados em se articular com ela.

Esse caminho foi trilhado de modo a possibilitar um um modelo de trabalho mais justo em todos os pontos do sistema agroecológico local, para uma economia solidária e circular local, considerando um menor deslocamento entre todos os pontos da cadeia agroecológica, gerando assim uma diminuição de emissões de CO² em relação à situação anterior ao projeto.

- a prototipação de negócios ligados ao sistema alimentar, considerando formações de empreendedorismo para a geração de renda;

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manual para inspiração

Esse manual é para inspirar outros grupos que se interessem pela ideia de bairro circular, nesse caso focado no tema da agroecologia. Ele foi organizado a partir da experiência do A Cidade Precisa de Você no projeto ECOCIDADE – A Cidade Precisa de Agroecologia. O ECOCIDADE é um projeto que aconteceu em 2020 e 2021 no bairro da Brasilândia e arredores, nas bordas da porção Noroeste da cidade de São Paulo. Focando na transição agroecológica em áreas urbanas e vulneráveis, o projeto trabalha com a proposta da circularidade do sistema alimentar, desde a produção, a distribuição e a compostagem de alimentos orgânicos, a partir de espaços e equipamentos públicos e comunitários.

Para isso, o ECOCIDADE apoiou as iniciativas que trabalham em todo o ciclo do alimento localmente, criou sistemas logísticos que dão apoio ao ciclo agroecológico local e articulou uma rede de moradores envolvidos nas iniciativas locais agroecológicas. Fortalecemos os produtores de alimentos saudáveis, as cozinheiras que usam essa produção para fazer comida saudável, fomentamos um coletivo de entregadores autônomos, e organizamos melhores estruturas para mestres composteiros

propostas miraram o fortalecimento da capacidade da comunidade para construir um futuro mais justo e sustentável na cidade e a promoção da soberania e justiça alimentar de modo a contribuir para um sistema alimentar circular local e regenerativo, chave para o desenvolvimento local sustentável.

- a criação de sistemas de entrega de alimentos e coleta de -resíduos;umaplataforma

- o fortalecimento de capacidade comunitária através de cursos e assessoria técnica em diversas temáticas, e atuação em rede para criação de soluções para a resiliência urbana;

- a construção de intervenções de melhoria de infraestrutura verde e azul de espaços públicos e comunitários com iniciativas agroecológicas;

5. Indicadores qualitativos procuram revelar a percepção das pessoas em relação aos resultados através de pesquisas feitas geralmente a partir de entrevistas e podem nortear as etapas seguintes do projeto.

2. Quais são as iniciativas de produção de alimentos no território? É muito importante saber onde estão esses espaços — podem ser usadas ferramentas de geoprocessamento ou o mapeamento pode ser feito pelo Google My Maps, por exemplo. Nessa pesquisa, vale adicionar características dos espaços, como o perfil, tipo de uso, se a produção é agroecológica ou se o produtor possui interesse em fazer a transição.

3. O território possui outros espaços com potencial para produção de alimentos? Se a intenção é a produção em escala para oferecer alimentos a mais pessoas, talvez seja necessário ampliar os espaços de produção. Existe o incentivo a produção em espaços subutilizados, como terrenos com linhas de transmissão. Pode-se propor parcerias com espaços públicos, como escolas, UBS (Unidades Básicas de Saúde) e praças. A busca pode ser feita através dos bancos de dados públicos e, também, localmente.

2. Após a identificação dos espaços agroecológicos, é necessário realizar uma entrevista com os respectivos líderes sobre as necessidades de cada lugar: regularização fundiária; instalação de infraestruturas verdes; falta de colaboradores no manejo da horta, etc.

O que e como pode ser mapeado, em termos de potencialidades do território:

3. É importante identificar quais problemas estão presentes de forma consistente nos diversos grupos que fazem parte do projeto. No caso do ECOCIDADE, percebemos que os agricultores não tinham acesso a assessoria técnica, o que fazia com que a produção não fosse totalmente aproveitada, gerando prejuízos e desperdícios.

1. A utilização de mapas e dados históricos é importante para mapear a situação do território e estabelecer as bases do projeto. No caso do ECOCIDADE, recorremos a bases de dados abertas disponíveis online como, por exemplo, no site GeoSampa, de modo a identificar a necessidade de geração de renda local e a falta de acesso a uma alimentação saudável.

4. Parcerias são instrumentos potentes para a consolidação do projeto. Procure sempre fazer a interlocução, principalmente com o setor público. Pesquise quais agentes possuem uma proximidade maior com a causa e com território.

diagnóstico

Quais os desafios que podem ser identificados, e como:

Para entender o cenário inicial onde se desenvolverá o projeto, é essencial conhecer a realidade local, o que pode ser feito por meio de várias ferramentas de diagnóstico. Este passo também permite que se entenda o impacto do projeto no local, através de métodos de monitoramento, avaliação e aprendizado.

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1. Fazer contato com coletivos e lideranças que atuam no local: a busca nas redes sociais pode auxiliar na identificação e localização desses grupos.

Definição do perímetro do projeto Mapas

Cenário zero

Cadeia Produtiva

Mapeamento

Local alimentaresDesertosAtores

Identificar desafios - geração de renda; - espaços sem regularização fundiária; - falta de conexão entre às iniciativas; - demanda maior do que oferta; - fomento a novos espaços de produção; - falta de assessoria técnica aos produtores.

Mapear potencialidades - presença de iniciativas agroecológicas; - engajamento da comunidade; - atores interessados na proposta do projeto; - espaços com potencial para produção; - boa interlocução com setores públicos;

Através de Geosampa, IBGE, Instituto Escolhas e mapeamento ativo.

Objetivo do Mapeamento

Reconhecimento e levantamento de dados para a mensuração de “Cenário zero” para posterior análise de impacto do projeto.

Relatório

Pontos de cultivo, distribuição, compostagemcomercialização,edestinaçãodosresíduos.

12 13 FAZERCOMO ECOCIDADE FAZERCOMO ECOCIDADE diagnóstico

Hortas, IniciativasColetivos,cidadãs

Resultados

Definição de parceirosatores Indicadores

pontos de atenção

desafios e recomendações

o que é? Um Ponto de Cultura Alimentar (PCA) é um espaço de troca e distribuição de alimentos, que articula produtores e moradores de uma região de forma a promover uma cultura alimentar sustentável, trazendo atenção a quais são os atores e processos envolvidos no ciclo da comida. Pode ser também um espaço de produção de alimentos orgânicos.

2. Demanda muita organização e comprometimento dos envolvidos.

2. É fundamental desenvolver um projeto de comunicação voltado à conscientização sobre cultura alimentar agroecológica

impacto pretendido:

Um projeto de bairro circular baseado no sistema agroecológico local pode ser desenvolvido segundo programas complementares, cada um endereçando diferentes etapas – produção, condicionamento, entrega, consumo, compostagem:

programas

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para quê? O PCA promove uma cultura alimentar sustentável, através do incentivo aos pequenos produtores agroecológicos locais, fornecimento de alimentação de qualidade a um preço justo, disseminação de práticas e tecnologias agroecológicas, e promoção de debates e diálogos sobre como os alimentos chegam na mesa das pessoas.

1. Trocas em uma escala local são viáveis e aumentam o impacto do Ponto de Cultura Alimentar

ponto de cultura alimentar

1. Dificuldade na formação de um grupo de consumo e clientes em relação aos produtos agroecológicos.

3. É importante realizar uma análise da viabilidade financeira antes de tentar começar um modelo de negócios

É importante ter um modelo de sustentabilidade financeira, garantindo que as pessoas que cuidam deste espaço tenham suas necessidades supridas em relação à geração de renda.

É necessário investir em esforços de formação de uma cultura que valorize este tipo de empreendimento.

aprendizados

o objetivo é de criar redes e possibilidades de troca, logística e articulação entre produtores agroecológicos e grupos de consumo responsável; incentivar a manutenção da cultura alimentar e a alimentação adequada a partir de alimentos in natura, prezando pela relação entre todos os atores da cadeia de produção.

Importante analisar todas as possibilidades de negócios antes de implementar

OportunidadesLocais CoordenadorEquipeLocal

Se os grupos mapeados forem muito pequenos é possível abrir chamada para mais participantes

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de cultura alimentar

Fundamental para assegurar continuidadeadoprogramaConsumidores

Reuniões semanais de balanço fazem o acompanhamento e auxiliam na tomada de decisões

Adequação Mobilização Estudo de viabilidade financeira - Normas sanitárias - Equipamentos Articulação com agroecológicosprodutores

ponto

Feira QuentinhasLivre Assessoria MonitoramentoTécnica CateringCestas EstratégiaCapacitação

Plano de Negócios Comunicaçãonome,materiaislogo, MapeamentoPessoas

Importante um bom plano de divulgação e conscientização dos consumidores em potencial

1. É importante respeitar o processo e o tempo de cada grupo para a sua organização.

2. Os clientes locais nem sempre estão familiarizados com usar o serviço de ciclo-entrega.

2. O processo é facilitado se há estabelecimento de uma base física que funcione como ponto de apoio aos entregadores e a base administrativa do coletivo

É necessária a conscientização dos possíveis clientes locais nesse sentido.

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desafios e recomendações

Pode-se usar bicicletas elétricas, fazer um bom treinamento de segurança para os ciclistas e elaborar um plano de roteirização das entregas buscando caminhos mais acessíveis.

aprendizados

impacto pretendido: do ponto de vista ambiental, a utilização de bicicletas reduz a emissão de poluentes, e não produz ruídos sonoros. Essa iniciativa acende a discussão sobre a condição da mobilidade nas áreas periféricas das grandes cidades, dada a falta de acessibilidade e de ciclovias, e fortalece os movimentos que lutam por políticas públicas voltadas ao transporte ativo, tanto quanto movimentos de entregadores que buscam autonomia das empresas que mediam as entregas e subvalorizam esse trabalho.

Uma organização local de ciclistas, organizada de forma cooperativa, responsável pelo transporte e logística local de resíduos orgânicos para compostagem, entrega de alimentos agroecológicos para a comunidade, coleta de recicláveis, e transporte de insumos como serragem e poda.

para quê? Os coletivos de entrega local estimulam a geração de renda de uma comunidade e fortalecem a economia circular, realizando o transporte dos insumos e fluxos localmente, sendo uma alternativa ao transporte motorizado e muitas vezes precarizado. Também ao utilizar majoritariamente a bicicleta (ainda que elétrica, se necessário) como meio de entrega de mercadorias pela cidade, incentiva outros cidadãos a refletirem sobre este meio de transporte, o que pode gerar cada vez mais impacto para uma cidade que preza pela mobilidade ativa.

Uma forma de manter os membros ativos até que o coletivo comece a gerar renda é o oferecimento de bolsas auxílio.

1. Para criação de um coletivo, é necessário uma construção de vínculos entre os membros e um bom modelo de geração de renda.

3. Existem muitos ciclistas de áreas periféricas que trabalham em coletivos de entrega nas zonas mais centrais, então há um potencial para que estes coletivos se organizem também na periferia.

3. Certos bairros possuem uma topografia acentuada, condições inadequadas das ruas e falta de ciclovias, que dificultam a locomoção e geram riscos aos ciclistas.

o que é?

bike entrega

20 21 FAZERCOMO ECOCIDADE FAZERCOMO ECOCIDADE bike entregabike entrega Estratégia Importante analisar o que dá aimplementarpracurto,médioelongoprazo - Construção de vínculo - Empreendedorismo e ciclologística - Mecânica convencional e kit elétrico - Gestão financeira e plano de negócios - Criação de frota e ferramentas básicas para manutenção de bicicletas, capacetes, mochilas e roupas de chuva Mapeamento FeirasHortasLivresComércios Locais Grupos

com experiência na região? Existem

Existem ciclistas coletivos

na região? Diagnóstico Estudo de viabilidade Mobilizaçãofinanceira Entregasbicicletariaaulas Divulgação Plano de negócios Articulação com possiveis clientes Comunicaçãonome,materiaislogo, Monitoramento CapacitaçãoSuporte

impacto pretendido: contribuir para o desenvolvimento sustentável da região e a preservação ambiental, promover a conscientização e a segurança alimentares, gerar renda para a comunidade local através da comercialização produção e de parcerias com o setor público e privado, incentivar a produção agroecológica dentro da cidade, reduzindo a cadeia de produção e fechar a cadeia alimentar do território recebendo e transformando resíduos orgânicos em composto.

hortas urbanas

2. É difícil o acesso dos produtores a insumos tanto na fase do plantio quanto para a compostagem.

É importante avaliar formas e mecanismos legais que abram caminho para a regularização e possam dar suporte aos grupos.

desafios e recomendações

Promover a formação de uma rede entre os diversos pequenos produtores é uma forma de dar mais força ao grupo facilitando o acesso a insumos.

para quê?

3. Muitas hortas tem dificuldade em conseguir mão de obra comprometida com a sua manutenção.

aprendizados

o que é?

Uma rede de hortas agroecológicas tem potencial de transformação social, permitindo que a população tenha a possibilidade de uma alimentação saudável de forma mais justa e acessível, além disso, podem promover a requalificação de áreas subutilizadas, fortalecer a comunidade e oferecer espaços de educação ambiental e de troca de saberes.

1. Existe uma dificuldade na regularização fundiária das terras, criando insegurança sobre a permanência no espaço.

2. É bem importante oferecer o acesso à assessoria técnica para planejar a produção, já que os produtores têm dificuldade em terem taxas de produtividade satisfatórias

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Hortas urbanas são locais de cultivo de diversos alimentos, como legumes, hortaliças e ervas, localizadas dentro da cidade. Quando alinhadas aos princípios agroecológicos, podem ser importantes instrumentos para o aumento da qualidade da vida urbana e da proteção ambiental, respeitando a natureza e minimizando os impactos no processo de produção.

A participação comunitária é fundamental, e facilita o engajamento para que se tenha pessoas cooperando e trabalhando nos espaços de plantio.

1. É possível desenvolver hortas em vários lugares como nas sedes dos PAVS (Programa Ambientes Verdes e Saudáveis), praças, parques, centros comunitários, escolas e UBS (Unidades Básicas de Saúde)

24 25 FAZERCOMO ECOCIDADE FAZERCOMO ECOCIDADE hortasDiagnósticourbanas MobilizaçãoCapacitaçãoEstudodeviabilidade financeira Planejamento conjunto da produçãoMonitoramento- Instalação do sistema de irrigação - Preparo e reforma de canteiros - Construção de composteira - Compra de uma picotadeira Mapeamento Venda, consumo ou doação Definição da destinação dos alimentos cultivados Articulação com Ponto de Cultura Alimentar, entregadores e comunidade da região Plantio e Manutençãoadubaçãocotidiana da horta DistribuiçãoColheita Adequação EstratégiaPlanodenegócios Grupos Locais Comunicaçãonome,materiaislogo,

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Prover os estudantes com cartões de internet, utilizar plataformas que facilitem o acesso como Google Meet e pactuar horários que possam conciliar as tarefas domésticas com as aulas, são algumas possíveis ferramentas. aprendizados

ocooperaçãoqueé?

2. Em encontros online, questões como a falta de acesso a internet de qualidade, analfabetismo digital, e demandas domésticas (como cuidar dos filhos), afetam a participação dos alunos.

O programa promove a autonomia das iniciativas, através do conhecimento de técnicas, troca de experiências, mentorias e ações mão-na-massa, capacitando e fortalecendo representantes dos espaços de produção que compõem a rede de hortas agroecológicas e pessoas que tenham interesse na área do desenvolvimento sustentável local.

comida |

desafios e recomendações

impacto pretendido: promover a troca de conhecimentos e as colaborações no território por meio da aproximação das iniciativas do território, fortalecendo a luta dos pequenos produtores, permitindo o encontro intergeracional entre adolescentes, jovens e idosos, além do incentivo à troca de saberes, insumos e colaboração mútua.

Um programa pedagógico voltado a conteúdos relacionados à agroecologia, economia circular, empreendedorismo social e desenvolvimento local sustentável. Pode acontecer on-line, presencialmente ou de forma híbrida, contando com formações práticas.

|

curso justiça

1. É essencial combinar aulas teóricas com atividades práticas que permitam a aplicação dos conhecimentos

2. É possível formar um território educador ao considerar o que cada lugar e cada parceiro tem a ensinar e aprender. Os participantes não devem ser vistos apenas de forma passiva, mas reconhecidos no que têm a contribuir.

É importante manter a frequência de encontros, criando uma base de confiança com os estudantes bem como um sistema de bolsas e auxílio financeiro

1. A frequência dos participantes depende de muitos fatores e oscila durante os módulos.

para quê?

Implementação de ajustes no próximo módulo Encontros de escuta ativa e avaliação do módulo

Estruturação do formato

Durante as mentorias você pode trabalhar em como infraestruturaferramentasaplicarensinadasnocursoemrespostaàsdemandasdoterritório,eentãoimplementá-lasematividadespráticascomoosmutirõesdeconstruçãodeverdesdoECOCIDADE

30 31 FAZERCOMO ECOCIDADE FAZERCOMO ECOCIDADE

cursoDesenvolvimento

do programa pedagógico

Importante considerar diferentes formatos de aulas, como atividades on-line, imersões, atividades práticas, aulas presenciais e mentorias

MentoriasAtividadespersonalizadaspráticasAulasteóricas

Divulgação por site, redes sociais, whatsapp e contato direto

Mapeamento de educadores da região, envolvidos em iniciativas cidadãs locais

Estabelecimento de parcerias com instituições de ensino

Co-criação com lideranças locais e mapeamento das Provernecessidadesosestudantes com cartões de Internet, utilizar plataformas de fácil acesso, pactuar horários que possam conciliar as tarefas domésticas e trabalho com as aulas ou oferecer um sistema de bolsas pode ser necessário para a permanência

Balanço final e certificaçãoparticipaçãode Mobilização chamamentoe Realizaçãomódulosdos

aprendizados

1. É possível automatizar digitalmente processos mecânicos que demandam muito tempo, como as diversas agendas, divulgação de ações e necessidades de cada grupo

É necessário fazer um trabalho de capacitação para o uso do sistema, para ampliar o processo de cadastramento, é necessário pessoas em campo como auxílio.

2. é necessário estabelecer responsáveis pela gestão e manutenção do sistema a médio/longo prazo.

É possível eleger um responsável da comunidade e de cada programa pela gestão futura do sistema, para que ele possa ser gerido pela comunidade após o término do projeto.

2. Relações locais de troca e venda já existem e podem ser estimuladas e sistematizadas

Mobilização chamamentoe

Reuniões com plataformasParceriacomunitáriasliderançascomoutraspararealizaçãodevendasdeprodutos

34 35 FAZERCOMO ECOCIDADE FAZERCOMO ECOCIDADE plataforma digital Ajustes e Divulgaçãomonitoramentoeengajamento

Desenvolvimento da plataforma Mapeamento ColetivosLocais

funcionalidadesConstruçãocoletivadeerequisitos

Vídeos tutoriais, material impresso de apoio, ações de esclarecimento de dúvidas Hackathon com lideranças comunitárias e organizações - definição de funcionalidades - design dos módulos - integração com SMS e WhatsApp - realização de testes de usabilidade e ajustes DisponibilidadesDemandaderecursos

Mutirões de cadastramento Lançamento e divulgação

Quais as trocas já realizadas entre os organizaçãoNecessidadecoletivos?dedeagenda

mensuração

Para monitorar o impacto do projeto no território onde se insere, é preciso fazer uso de métodos de avaliação e aprendizado, considerando as dimensões social e ambiental, e as dimensões: individual, comunitário e ambiental. Podem ser utilizados métodos distintos, tanto quantitativos quanto qualitativos. Entrevistas em profundidade, grupos focais, grupos de controle, medição quantitativa e qualitativa das relações que se deram a partir do projeto na comunidade (número de pessoas atendidas, mudas plantadas, número de alimentos produzidos e vendidos, número de quilos de alimento compostado, número de km rodados com veículos não poluentes, etc), além da medição da quantidade de CO² capturada ou que deixou de ser emitida.

36 FAZERCOMO ECOCIDADE

Para avaliar de forma qualitativa se as ações do projeto atingiram os objetivos, devem ser realizadas pesquisas em três momentos: uma medição inicial no diagnóstico; uma medição intermediária e uma medição final. Por fim, é realizada uma análise dos dados - recomenda-se a divisão do público em perfis, facilitando a leitura e compreensão das opinões dependendo da relação da pessoa com o projeto. No ECOCIDADE, foi dividido em comunidade (indivíduos que orbitam ou se beneficiam do projeto), colaborador (pessoa que participou ativamente dos programas do projeto) e liderança comunitária (indivíduos que coordenam iniciativas-chave do projeto).

Fortalecimento da capacidade comunitária Beneficiários diretos: público impactado

Integração e coesão da rede de iniciativas do território ImpactosDefiniçãoambientaisdeindicadores

Fortalecimento de iniciativas locais

Formação de mobilizadores/ difusores do conhecimento

Sustentabilidade: capacidade dos impactos continuarem após o fim do projeto

Definição do impacto desejado do projeto Impactos sociais

mensuração

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- aumento da produção de alimentos agroecológicos; - aumento do volume de resíduos compostados; - diminuição da emissão de CO² a partir da diminuição das distâncias com caminhão; - alto índice de queima de combustíveis fósseis; - diminuição da escala de resíduos não tratados e levados para aterro sanitário.

Medição de percepção e de mudança de hábitos

São Paulo, 2022

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