Revista InterfACE - Edição nº 70 (2021)

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Edição nº 70 • Maio 2021 • 1


Expediente

Informativo da Associação Comercial e Empresarial de Caraguatatuba Rua São Sebastião, 19 - Sumaré Caraguatatuba/SP Telefone (12) 3897-8822 www.acecaragua.com.br

• Palavra do Presidente

Diretoria • Presidente: Lucas Domingos Gallina - Madeireira Getuba 1º vice-presidente: Yuri costa Bellato - Laboratório Bellato 2º vice-presidente: Leandro Borella - Topcon Engenharia 1º secretário: Alexandre Marçal Stringari - Bela Vista Cemitério Parque 2º secretário: Leandro Santos Costa - Hidro Martin 1º tesoureiro: Eduardo Morio Yoshimoto - Eduardo Papelaria 2º tesoureiro: Evandro da Silva Ferreira - G&F Advogados Diretor de SCPC: Sávio luíz dos Santos - Sorveteria Sergio Conselho Deliberativo • Augusto Meyer Fontes - Litomaq Office • Francis Dermot Shortall - Hibernia English Course • Jeferson Silva Monteiro - Tio Coxinha • Mário Paulo Garcia - Restaurante Tapera Branca • Milene de Souza Castro Rodrigues - Auto Escola Objetivo • Roseli Aparecida Quinetti - Transportadora Quinetti • Thiago Nepomuceno de Carvalho - Ótica Ponto de Vista JORNALISTA RESPONSÁVEL: Clóvis Rotth - MTB 71.022 clovisrotth@gmail.com DIAGRAMAÇÃO E ARTE

IMPRESSÃO Gráfica Marmar (11) 99961-4414 CONSELHO EDITORIAL Debora Mezher Di Cuollo acecaragua@acecaragua.com.br

Idésio Hideru Kashiura gerencia@acecaragua.com.br

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Caríssimo amigo leitor,

Aqui estamos para mais uma edição da nossa Revista Interface. Ao que parece as coisas estão tomando forma novamente e ganhando musculatura para darmos sequência às ações necessárias para a retomada definitiva do comércio em nossa cidade. A Associação Comercial, como sempre, continua buscando as mais diversas alternativas para auxiliar nessa tarefa e, a partir de agora, já intensifica sua pesquisa e está desenvolvendo parcerias que possam agregar e gerar condições para que juntos, tenhamos um comércio mais forte ainda. Nesse sentido, o último mês foi marcado por uma série de reuniões internas, envolvendo colaboradores e fornecedores e também recebendo novas propostas para oferecer ao nosso associado, o máximo em apoio. Dentre as novidades, desenvolvemos novas opções no nosso APP, o ACE Caraguá, que trará a possibilidade de geração de novos negócios. Pensando na necessidade de novas contratações e fortalecimento das equipes de colaboradores nessa retomada, estamos implantando também um Banco de Currículos e ofereceremos diversos serviços ligados a essa iniciativa. E mais do que isso, visando colaborar com a profissionalização do setor, a ACEC já se adiantou e se disponibilizou junto à FACESP, para implantar um polo EAD da FAC-SP, Faculdade do Comércio do Estado de São Paulo, o que deve acontecer já a partir do segundo semestre. Ainda com foco no social, uma vez que certamente muitas pessoas irão necessitar, sem contar que esse é um setor que permanece vivo sempre, estamos criando um núcleo justamente para cuidar das questões de ações sociais que envolvam o comércio em benefício da população. Enfim, essas são algumas das novas possibilidades, mas muita coisa vem por aí, sempre com o foco na atenção ao nosso associado, beneficiando o comércio e valorizando o munícipe. Nesta edição você terá a oportunidade de acompanhar um pouco de tudo isso, entre outras matérias, como a da intervenção da Prefeitura na empresa Praiamar, que reflete diretamente no comércio. Por isso, desde já, desejo a todos uma boa leitura!


ACEC programa Implantação de Faculdade do Comércio em Caraguá Diante da possibilidade oferecida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, a FACESP, que está implantando a FAC-SP - Faculdade do Comércio do Estado de São Paulo em todo o estado, a Associação Comercial de Caraguatatuba sai na frente e não está medindo esforços para atuar como polo EAD da instituição. Ao se confirmar essa parceria, a ACEC será uma das pioneiras da região e a única do Litoral Norte a oferecer a oportunidade de graduação para sua população. Ao todo, serão cinco cursos à distância que estarão à disposição: Graduação em Administração de Empresas; Tecnologia em Gestão Logística; Tecnologia em Gestão Comercial; Tecnologia em Recursos Humanos e Sistemas para Internet. Na visão de Lucas Gallina, presidente da ACE Caraguá, essa é uma das mais importantes iniciativas da FACESP. “Sabemos o quão forte é o comércio na nossa região e contar com uma faculdade exclusivamente voltada para o setor, sem dúvida, trará benefícios ímpares, sobretudo, com a profissionalização acadêmica de determinadas profissões”, afirmou Lucas O Conselho Nacional de Educação (CNE), do Ministério da Educação (MEC), já aprovou o credenciamento da Faculdade do Comércio de São Paulo (FAC-SP) para a oferta dos cursos, que devem entrar em vigor já a partir do segundo semestre de 2021. O parecer favorável do CNE ocorreu na reunião ordinária de abril, realizada no último dia 13, e teve como relator o conselheiro Sergio Bruni, membro da Câmara de Educação Superior (CES). Com isso, a rede Facesp tem à disposição uma entidade educacional inovadora, tecnológica e arrojada, tendo como Diretor Acadêmico, o prestigiado professor Roberto Macedo. O pedido de credenciamento, tanto do EAD quanto da modalidade presencial, foi feito em 2018. Doze comissões e 36 avaliadores do MEC analisaram as solicitações da FAC. Os cursos presenciais, oferecidos na capital de São Paulo, foram aprovados

em dezembro de 2019, com notas máximas. O presidente da Facesp, Alfredo Cotait Neto, destaca que além de pertencer à rede das Associações Comerciais, a Faculdade do Comércio possui o DNA focado no público das ACs: comércio, varejo, empreendedores individuais, prestadores de serviços, entre outros. “A FAC tem a missão de capacitar, atualizar e tornar o comércio e os empreendedores mais competitivos”, afirmou Cotait. Todo trâmite de aprovação da EAD no MEC tem sido acompanhado de perto pela Facesp e pelo deputado federal e vice-presidente da Federação, Marco Bertaiolli. “A homologação era para ter saído antes, mas a pandemia também afetou estes prazos. Nossa expectativa é que, toda Associação que queira, se transforme em um polo da FAC. A Faculdade estará fisicamente na capital de São Paulo, mas a sala de aula permanecerá na cidade do empreendedor, vizinha a sua casa ou ao seu negócio e no alcance de um clique no celular e no computador”, afirmou Bertaiolli.

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COMO FUNCIONA A INTERVENÇÃO NA EMPRESA PRAIAMAR? Quase um mês se passou após a intervenção da Prefeitura de Caraguatatuba na empresa Praiamar Transportes, responsável pelo transporte público no município e os resultados positivos já estão aparecendo para a população. Mas o que é a intervenção em si e quais motivos levaram a administração pública tomar essa atitude? A intervenção na empresa Praiamar se dá após a piora constante da qualidade do transporte, de inúmeras multas aplicadas pela gestão municipal, descumprimento do contrato e de descumprimento de protocolos sanitários durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Pelo prazo de 180 dias (contando a partir do dia 08 de abril), a Prefeitura de Caraguatatuba assume diretamente a gestão da prestação do serviço de transporte público na cidade. Durante este período, a intervenção terá como um dos objetivos, apurar os motivos e razões do descumprimento de inúmeras cláusulas contratuais. Para realizar a apuração, o interventor

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já protocolou a abertura do processo administrativo no Paço Municipal. O documento, ao final, contará com todo o dossiê feito na intervenção, que apontará erros, falhas e o não cumprimento de metas e responsabilidades da empresa Praiamar. Desde o ano de 2017 a Prefeitura, com base nas regras previstas no decreto Nº 74/2006, vem fiscalizando, notificando e aplicando multas à empresa de transporte público. O decreto regulamenta a prestação de serviços da empresa Praiamar em Caraguatatuba, divide as multas em cinco grupos com infrações e penalidades pelo não cumprimento dos serviços de transporte público. De 2017 até 2021, a Prefeitura de Caraguatatuba multou a empresa Praiamar 381 vezes. No período de novembro de 2020 a abril de 2021, os agentes de fiscalização flagraram em seis ocasiões o descumprimento de falta de viagem, que é quando os ônibus não passam nos pontos estipulados. No mesmo período citado, a Praiamar foi oficiada ainda 70 vezes por descumpri-

mento de ordem, que é o não cumprimento do número de frotas determinado para trafegar na cidade. No dia 9 de setembro de 2020 o Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) havia multado a concessionária em R$ 21.156,36 por obrigar os passageiros idosos a baixarem a máscara para fazer o reconhecimento facial na roleta, ao invés de realizar somente a leitura do cartão, como ocorria antes da pandemia. Em função disso, o Ministério Público de Caraguatatuba ingressou com uma Ação Civil Pública contra a Praiamar Transportes pedindo a condenação por danos morais coletivos e abstenção de práticas abusivas, além de R$ 100 mil em indenização a serem revertidos para o Fundo Municipal do Idoso. Por tudo isso apresentado, a Prefeitura de Caraguatatuba realiza essa ação de intervenção, com o objetivo de oferecer um serviço de transporte público de qualidade para a população, colocando fim ao descaso apresentado pela empresa. Em menos de um dia de interven-


ção a Prefeitura de Caraguatatuba pagou os vales alimentações atrasados dos funcionários da Praiamar. Ao todo, foram repassados R$ 55.181,85 reais em VR, para 124 funcionários. Os trabalhos na intervenção Desde o começo da intervenção, a administração municipal já ampliou o número de ônibus que circulam no município e começou a aprimorar as linhas para um melhor atendimento à população. Antes da Prefeitura de Caraguatatuba assumir a gestão do transporte público na cidade, a empresa operava apenas com 33 ônibus, bem abaixo da obrigatoriedade que o contrato entre as duas partes exige, que é de 45 ônibus (100% da frota). Logo no início da intervenção, durante a primeira vistoria, foram identificados 11 ônibus com problemas mecânicos, sendo três com defeitos graves que colocavam em risco os passageiros. Em poucas semanas, o número de carros rodando pelo município saltou para 40. Consequentemente, com o aumento de ônibus circulando pela cidade, o número de viagens diárias foi ampliado. Indo de 280 para 320, a expectativa é que nas próximas semanas, as viagens por dia passem de 400. Linhas e horários Quase que imediatamente, a Prefeitura de Caraguatatuba, iniciou estudos para adequação e aprimoramento das linhas de ônibus, com base nas demandas da população. Com isso, a Secretaria de Mobilidade Urbana e Proteção ao Cidadão iniciou os estudos das linhas na Região Sul, com objetivo de trazer melhorias para a população. Com base nesse estudo, a partir do sábado (08/05), a região norte, além de receber uma linha completamente nova, com nome de “Tabatinga Direto”, ganhará aprimoramento em duas rotas. A primeira é a linha “Tabatinga via Massaguaçu”, que será ampliada a quantidade de oferta de horários. A

média é que em cada 20 minutos, um ônibus da rota fique disponível para os passageiros. Já a linha “Massaguaçu via Getuba”, que além de atender os bairros que leva o seu nome, é utilizado pelos moradores do Sertão dos Tourinhos, será reformulada para atender os munícipes tanto na ida, como na volta. De acordo com a Prefeitura de Caraguatatuba, a linha funciona apenas no sentido Centro. Para cumprir as novas linhas e aumento da frota atuante, a empresa iniciou a contratação de novos motoristas. Ao todo, cinco já foram contratados e outros sete estão em processo de contratação. Até o momento, nenhum funcionário da empresa Praiamar foi demitido. Além das contratações, todos os funcionários passarão por treinamentos e constantes capacitações para que possam prestar um atendimento de qualidade ao passageiro. Segundo a empresa Praiamar Transportes, o aplicativo de rastreio dos ônibus, que poderá ser utilizado pela população para encontrar em qual local o próximo carro de sua linha está localizado, entrou em testes internos. A expectativa é que até o próximo mês, o serviço esteja disponível para os passageiros.

Justiça nega fim da intervenção O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo indeferiu na quinta-feira do dia 23/04, o pedido de Agravo de Instrumento da Praiamar Transportes, na qual a empresa pedia o fim da intervenção. Essa foi a segunda derrota da empresa judicialmente. O próprio tribunal reafirmou a legalidade da intervenção e permitiu a continuidade na realização de auditorias e melhoria imediata nos serviços. Higienização Toda a frota passa, diariamente, por um rigoroso processo de higienização e sanitização, visando controle de pragas e reduzir o contágio por COVID-19, medida que não estava sendo cumprida anteriormente. A empresa responsável pelo serviço esclarece que realizará a desinfecção ambiental que irá esterilizar os ônibus com nebulização a frio, automatização e pulverização. Esclarece ainda que utilizará quarternário de amônio que é capaz de combater microrganismos patogênicos, capaz de eliminar bactérias, ácaros, esporos de fungos e vírus, inclusive o do Novo Coronavírus (Covid-19). Decreto 74/2006: http://www.legislacaocompilada. com.br/caraguatatuba/Arquivo/Documents/legislacao/image/D742006.pdf

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Como patrão e empregado enxergam a empresa no pós-pandemia Levando em consideração que o assunto pandemia deve continuar por um bom tempo, o momento agora já é o de avaliar como ficarão as empresas depois que tudo terminar. A partir de uma matéria no Diário do Comércio, assinada pela jornalista especializada em economia e negócios, Fátima Fernandes, a Revista Interface Empresarial, entendeu o quão importante é abordar esse assunto no exato momento em que estamos vivendo. Até aqui, temos vivido situações absolutamente inusitadas, algumas delas inclusive exigiu um olhar mais clínico, demandou estudos e novos aprendizados. Foram transformações abruptas dentro da maioria das empresas no Brasil, o que não deixa mais dúvida a ninguém. No caso do varejo, a venda pela internet ou por redes sociais chegou

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a ser a salvação de milhares de comerciantes, que antes só atendiam o cliente no balcão. Mas as mudanças decorrentes da pandemia nas relações de empresas com seus fornecedores e clientes também estão sendo exigidas no mundo do trabalho. Uma pesquisa da multinacional Ernst Young, ou simplesmente EY, como é conhecida, realizada com empregadores e empregados de sete países da América Latina, incluindo o Brasil, revela alguns caminhos em direção ao futuro. No relatório final da pesquisa, consta que o discurso de ‘grandes tendências’ foi acelerado. O desafio é desconstruir a cultura relacionada ao trabalho físico, engajando as pessoas para abraçar as mudanças com modelos híbridos de trabalho. Tecnologia, análise de dados e ciência comportamental também apa-

recem na pesquisa como desafios para as empresas em tempos pós-covid-19. O QUE PENSAM OS EMPRESÁRIOS 65% consideram que não estão preparados para atender às novas demandas de clientes. 44% entendem que os seus negócios estão em “grande perigo” por causa da covid-19. 62% acreditam que as lições da pandemia serão incorporadas ao Business as Usual (BAU). 83% acham que o impacto de aprendizado contínuo na agenda de negócios será amplo e/ou moderado. O QUE PENSAM OS EMPREGADOS 46% afirmam que seus empregadores ainda não estão 100% preparados para as adaptações comportamentais esperadas de clientes e colaboradores no pós-covid-19.


85% do total dos consultados e 94% dos respondentes do Brasil - avaliam que a demanda por inovação deve aumentar significativamente. Com base nas respostas de cerca de 2.000 pessoas, a EY constatou acordos e desacordos entre patrões e empregados a partir da pandemia do novo coronavírus. Uma das desconexões foi observada na questão custo, item muito mais observado pelas companhias a partir dos efeitos da pandemia. Para o empregador, a reavaliação de custos passa por redução de processos manuais, automatização e melhoria de modelos organizacional e operacional. Para os empregados, essa diminuição passa por criar alternativas para flexibilização de horas de trabalho, novos formatos de remuneração e revisão de política de descanso. “Se empregador e empregado não correm na mesma direção em relação a desafios e perspectivas é um problema para a empresa”, afirma Miguel Assunção, sócio da EY para a área de Reestruturação Organizacional, Eficiência Operacional e Ágil. Patrões e empregados já parecem alinhados quando se trata de modelos de trabalho e de gestão mais digital. 87% dos empregadores estudam formas de aprimorar – ampla ou moderadamente – seu portfólio de ferramentas digitais. 93% deles planejam ações amplas/moderadas nos protocolos de segurança no trabalho. 80% dos empregados esperam por melhores ferramentas digitais suporte e treinamentos. CLIENTE E FUNCIONÁRIO Ter o cliente no centro da operação, de acordo com Assunção, tornase cada vez mais importante, assim como o colaborador.

Se empregador e empregado não correm na mesma direção em relação a desafios e perspectivas é um problema para a empresa” No caso do varejo, atender bem o cliente é ter processos que lojistas acreditam ser os melhores, modelando a operação de sortimento, atendimento e processos de SAC. A pandemia do novo coronavírus, diz o sócio da EY, mostrou que não existe uma linha reta na condução dos negócios e que é preciso estar preparado para reveses. E os empregados, de acordo com ele, devem estar juntos nesta empreitada. Vale destacar também, que há algum tempo, o retorno financeiro era critério para avaliar uma empresa, hoje, os investidores também analisam o engajamento dos colaboradores e dos consumidores com o propósito da marca. A tecnologia adotada pela empresa para suportar o formato de trabalho e os cuidados com a sustentabilidade como um todo também são muito mais observados, finaliza Assunção.

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LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais Em vigor desde 18 de setembro de 2020, representando um passo importante para o Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) estabelece diretrizes importantes e obrigatórias para a coleta, processamento e armazenamento de dados pessoais. Ela foi inspirada na GDPR (General Data Protection Regulation), que entrou em vigência em 2018 na União Europeia, trazendo grandes impactos para empresas e consumidores. Com isso, passamos a fazer parte de um grupo de países que contam com uma legislação específica para a proteção de dados dos seus cidadãos. Diante dos atuais casos de uso indevido, comercialização e vazamento de dados, as novas regras garantem a privacidade dos brasileiros, além de evitar entraves comerciais com outros países. A legislação se fundamenta em diversos valores e tem como principais objetivos: Assegurar o direito à privacidade e à proteção de dados pessoais dos usuários, por meio de práticas transparentes e seguras, garantindo direitos fundamentais. Estabelecer regras claras sobre o tratamento de dados pessoais. Fortalecer a segurança das relações jurídicas e a confiança do titular no tratamento de dados pessoais, garantindo a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa das relações comerciais e de consumo. Promover a concorrência e a livre atividade econômica, inclusive com portabilidade de dados. ENTENDA A LEI A Lei Geral de Proteção de Dados além da regularização do tratamento dos dados pessoais, estabelece justificativas para que as empresas busquem o consentimento do usuário para tratar as informações, definindo parâmetros máximos do que é legal e ilegal na utilização dos dados. Não há meio termo. A Lei determina que a autorização ou consentimento dado pelo usuário

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para tratar seus dados pessoais, deve ser inequívoco, ou seja, tem que estar claro para o usuário que ele está autorizando seus dados de serem tratados por terceiros. •Dado: é o que identifica o indivíduo. É o que diz respeito à pessoa natural. •Dado Pessoal: é o nome, RG; CPF; CNH; endereço, telefone; e-mail, dados bancários; familiar. •Dado Sensível: Raça; cor; religião; opção sexual; algum tipo de deficiência; doenças; tudo o que pode individualizar determinada pessoa, e ou causar qualquer tipo de discriminação ou preconceito. •Tratamento de dados inclui toda operação realizada com dados pessoais, como: Coleta; Produção; Recepção; Classificação; Utilização; Acesso; Reprodução; Transmissão e Distribuição; Processamento; Arquivamento; Armazenamento; Eliminação; Avaliação ou controle da informação; Modificação; Comunicação; Transferência; Difusão ou extração. OS DIREITOS DO TITULAR DOS DADOS Toda pessoa natural tem assegurada a titularidade de seus dados pessoais e garantidos os direitos fundamentais de liberdade, de intimidade e de privacidade. O titular dos dados pessoais tem direito a obter do controlador, os dados por ele tratados, a qualquer momento e mediante requisição.

um material explicativo e também oferecerá treinamento sobre o assunto em breve.

10 PASSOS PARA IMPLANTAR A LGPD NAS EMPRESAS

DA RESPONSABILIDADE E DO RESSARCIMENTO DE DANOS O controlador ou o operador que, em razão do exercício de atividade de tratamento de dados pessoais, causar a outrem dano patrimonial, moral, individual ou coletivo, em violação à legislação de proteção de dados pessoais, é obrigado a repará-lo.

1.Estudo da LGPD e demais leis que regulamentam o negócio; 2.Mapear a entrada e o tratamento dos dados pessoais; 3.Rever todos os documentos e onde são utilizados dados pessoais; 4.Mapear os riscos do tratamento; 5.Elaborar o Relatório de Impacto; 6.Criar a política de proteção de dados e adaptar os documentos internos e externos; 7.Treinamento das equipes que tratam dados pessoais; 8.Gerenciar os pedidos dos titulares e dos órgãos; 9.Exigir o compliance (conformidade) de proteção de dados de seus fornecedores; 10.Eleger Operador, Encarregado e um DPO (Data Protetion Officer) com conhecimentos jurídicos e regulatórios sobre proteção de dados.

A LGPD é algo novo e ainda merece maior atenção de seus especialistas, por isso, a ACEC coloca à disposição

Mais informações podem ser obtidas diretamente na própria Associação Comercial de Caraguá.


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Associação dos Aposentados e Pensionistas de Caraguatatuba faz um apelo ao comerciante local

A AAPC é uma entidade sem fins lucrativos, que completará 30 anos no mês de outubro de 2021 e vive um momento muito delicado, talvez um dos mais difíceis de sua história. Doutora Sandra Mascari, que é advogada, está exercendo a função de presidente da entidade pela terceira vez e afirma que se orgulha muito desse cargo, que considera honroso. Porém, diante das dificuldades, entende também que é o momento de pedir para o empresariado local, que prestem auxílio, no sentido de reerguerem a AAPC. Declarada utilidade pública em junho de 1992, a AAPC chegou a contar, em seus áureos tempos, com aproximadamente 4.000 associados. Uma realidade muito diferente dos dias de hoje. Desde sua criação, considerada “casa das leis”, ela vem oferecendo aos seus associados ampla assistência jurídica, previdenciária, civil e comercial, além de vários benefícios como médicos, laboratórios, óticas, farmácias e comércio em geral, mediante a concessão de descontos expressivos. 10 • Informativo da Associação Comercial e Empresarial de Caraguatatuba

Disponibiliza lazer, cursos, passeios, ginástica, yoga, palestras, viagens e excursões, além de suas famosas domingueiras - reuniões dançantes realizadas todos os domingos que era sua principal fonte de renda, garantindo o pagamento do aluguel. Em 1999 a AAPC recebeu em doação da Prefeitura de Caraguatatuba, um terreno localizado no Pontal Santa Marina para construção de sua sede própria e com recursos próprios conseguiu levantar apenas uma pequena edícula. Mas, com iniciativa de voluntários, ela possui um projeto completo que lhe permite a construção paulatina, fase por fase, de uma sede dotada de salão de festas, áreas de recreação e esportes, descanso, entre outros. Em março de 2020, em razão da pandemia do Covid 19, a AAPC teve que fechar as portas, pois seus associados, na grande maioria idosos, portanto, do grupo de risco, ficaram impedidos de circular e de conviver em razão das medidas de distanciamento social e proibição de reuni-

ões, fato que lançou a AAPC em grave crise financeira. Foi aí que, pressionada pelas circunstâncias, a diretoria decidiu mudar-se para a humilde casa que possuía, enfrentando todas as dificuldades para resgatar as suas raízes, recomeçando do zero. Doutora Sandra comenta que, mesmo tendo conseguido fazer algumas melhorias no imóvel, a AAPC necessita do apoio das pessoas e empresas em geral para dar continuidade ao projeto. “Todos podem contribuir doando materiais de construção ou ajuda financeira, possibilitando-nos a realização dos nossos sonhos, divulgando nossos projetos e resgatando os sócios que a abandonaram”, diz a presidente. “Apesar do sacrifício imposto, a nossa diretoria acredita que alcançará êxito nessa empreitada, contando com a ajuda do comércio local neste desafio. De antemão, agradecemos aos empresários que possam nos ajudar e ratificamos nossa gratidão, de todo coração, a boa vontade das pessoas que já vem nos ajudando”, finaliza.


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