A História da Terapia Comunitária na Atenção Básica em João Pessoa/Pb: Uma Ferramenta de Cuidado.

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76 as equipes de Saúde da Família com relação à questão da Saúde Mental. Assim, o primeiro olhar de interesse foi por conta da Saúde Mental que nos fez mais sensível ao dispositivo da Terapia. Fizemos a primeira turma de formação, que foi dada através de uma cooperação técnica com o IBDPH e foi coordenada por Selma, juntamente com o pessoal da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com o qual fizemos uma parceria importante. Nesse momento, foi quando conheci pessoalmente o Adalberto. Então conversamos, e ele apresentou a Terapia como instrumento importante do qual poderíamos estar nos apropriando dentro da Gestão. Como Gestão, tivemos vários cargos de direção envolvidos nessa formação da primeira turma de terapeutas. Durante a formação os profissionais ficaram longe do trabalho, porque o Adalberto tem um pouco dessa metodologia para evitar interrupção na Terapia Comunitária. Selecionamos pessoas de cargos chaves, que atuariam bem, como facilitadores para implantar a Terapia Comunitária para o restante da rede. Dando continuidade ao processo já fizemos mais uma turma de formação em 2008. Estou muito otimista com essa implantação. Há um envolvimento de todos os segmentos dentro da gestão, tem odontólogo, enfermeiros, participando, médico, técnico, comunidade, agente comunitário de saúde. Já temos dentro da rede 125 terapeutas formados e 73 grupos em funcionamento até agora, espalhados por todos os Distritos Sanitários com uma média de 15 pessoas participando em cada grupo. Isso é um quantitativo importante na rede. A Terapia Comunitária tem tido aos nossos olhos muita importância porque percebemos facilmente que onde tem essas rodas, tem ocorrido uma interação, um aumento do vinculo entre a própria equipe, equipe/comunidade, comunidade/equipe. Acho que um dos grandes problemas de instabilidade que temos nas Unidades e na rede como um todo, é devido ao não vínculo construído, pois quando não temos a construção de vínculos, nos desobrigamos da responsabilidade com o outro, e nem enxergamos muitas vezes o outro, o problema é do outro. Mas com o processo de construção de vinculo passamos a estar sensíveis ao outro e a termos mecanismos de co-responsabilização importante para a construção de uma rede de saúde que trabalha com humanização. Visitei um desses grupos que está acontecendo no Distrito Sanitário III na área do Valentina e observei que até os apoiadores técnicos, que são profissionais que


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