Jan/fev/março de 2020

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Revista da Associação Brasileira de Planos de Saúde, regional Minas Gerais

ANO IV Nº 25

JAN/FEV/MAR 2020

A LUTA CONTRA A BALANÇA É REAL Pesquisa do Ministério da Saúde traça perfil do brasileiro e indica que 53% da população está acima do peso; 45,8% praticam uma atividade física insuficiente

Presidente da Abramge-MG, dr. Fernando Rossi comemora retorno da revista, agora em versão online



editorial

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Estamos de volta, em nova versão! Diretoria da AbramgeMG, associados, amigos, caros leitores. É com muita honra e alegria que estamos recolocando para nossos associados, usuários dos planos de saúde e o público mineiro mais uma edição da nossa revista setorial. Esse canal tem o objetivo de levar ao mercado de planos de saúde mais informação, esclarecimentos e destacar o que há de mais importante para o exercício da medicina saudável, ou seja, a relação custo/benefício para toda a população das nossas Gerais. Trata-se de um esforço da nossa diretoria e dos nossos funcionários, que estão sempre à frente da associação buscando o melhor para nosso segmento. A partir de agora e trimestralmente, estará circulando nossa edição por meio de celulares, e-mails e todos os meios de comunicação online, seguindo o caminho que o mundo mostra no século XXI. Abordaremos temas médicos, de saúde plena, discussões políticas voltadas para nosso setor e de interesse de todos nós, mineiros. Agradeço ao nosso assessor e jornalista Juvercy Junior, que tem interesse em colocar esse projeto de pé para mostrar ao mercado nosso trabalho e nosso segmento. A todos o meu abraço e que tenhamos um 2020 bem melhor que o ano de 2019.

PRESIDENTE DA ABRAMGE-MG J. F ER N A N D O ROSS I

Presidente J. F e rn a n d o Ros s i Vice-presidente Julie Alexandra Malagon Ovalle Diretor secretário Ce lso D i lasc i o 2º secretário Ed ua rd o Gu i m a rães Diretor tesoureiro G i l b e rto G o n ça lves 2º tesoureiro H ugo Soares Conselho fiscal Lu cas Gu ed es e Re n a n A raú j o Jornalista responsável J u ve rcy J u n i o r - 1 2 3 31 / M G

Rua Cea rá , 19 5, sa la 3 0 1 Santa Efigênia, Belo Horizonte/MG C EP : 3 0 150 3 10 (3 1) 3 29 14810 a bra mge@a bra mgemg .co m . b r


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entrevista com especialista

Como se iniciou a pesquisa? A pesquisa teve início a partir da necessidade de entender melhor o processo de desenvolvimento e instalação do câncer hepático, uma das malignidades mais comuns e que mais mata mundialmente. O carcinoma hepatocelular, que representa 90% dos casos de câncer de fígado, tem várias causas, entre elas a exposição a agentes tóxicos, como consumo exagerado e prolongado de álcool, alimentos ricos em gordura, agrotóxicos, infecções pelo vírus da hepatite B (HBV) e hepatite C (HCV), dentre outros fatores. Diante da diversidade de etiologias que podem culminar neste tipo de câncer surgiu a necessidade de identificação de um marcador molecular universal, ou seja, um biomarcador que esteja presente no câncer hepático independente do fator desencadeador da doença. Sua pesquisa tem um peso enorme para a saúde pública. Isso é gratificante? Sim, uma vez que estamos falando do quinto câncer mais frequente no mundo e o quarto que mais mata. Estabelecer um marcador molecular comum e precoce ao surgimento do câncer de fígado, além de auxiliar na prevenção da enfermidade, no prognóstico e no risco de recidiva caso o paciente já tenha a doença, esta nova descoberta significa uma revolução na conduta clínica. Os resultados da nossa pesquisa representam também um retorno imediato para a sociedade, com impacto significativo na saúde pública. Este trabalho contou com apoio de agências nacionais e estadual de incentivo à pesquisa científica (CNPq, CAPES, FAPEMIG) e vem sendo realizada por alunos de graduação, pós-graduação, médicos e professores-pesquisadores da universidade pública, UFMG. Nosso objetivo é o bem social e esta descoberta e aplicabilidade da mesma, em conjunto,

Esta nova descoberta significa uma revolução na conduta clínica Em entrevista à Abramge, pesquisadora da UFMG, Dra. Maria de Fatima Leite, fala sobre descoberta que pode reduzir número de vítimas do câncer de fígado

tornam-se os esforços despen- Existem vários estágios que o didos muito gratificantes para fígado passa entre o fisiológitoda a equipe. co e o tumor hepático: saudável, esteatótico (gordura no O diagnóstico precoce é fígado), esteatohepatite (goralgo muito importante. dura e inflamação), fibrose Como funciona? (que pode ser leve, moderada,


entrevista com especialista

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Maria de Fátima Leite é professora Titular do Departamento de Fisiologia e Biofísica da UFMG. Possui doutorado em Biofísica pela UNIFESP (1995) com treinamento de pós-doutorado em Biologia Celular realizado na Universidade de Yale, EUA. Possui ampla experiência na fisiopatologia do fígado. Membro internacional do Howard Hughes Medical Institute (HHMI) 2007-2011 e atualmente coordena o Centro de Estudo do Fígado (Liver Center at UFMG).

<< Da direita para a esquerda: • Maria de Fátima Leite, professora titular do Departamento de Fisiologia e Biofísica da UFMG, coordenadora do Liver Center at UFMG. • Antônio Melo, aluno de doutorado, Programa da Fisiologia e Farmacologia, UFMG • Cristiano Lima, Hepatologista e Professor Associado da Faculdade de Medicina, UFMG • Paula Vidigal, Patologista, Profa Associado da Faculdade de Medicina, UFMG • Marcone Santo, aluno de mestrado, Programa de Biologia Celular, UFMG • Andressa França, aluna de doutorado, Programa de Medicina Molecular, UFMG

grave), cirrose (compensada ou descompensada) e câncer. Até fibrose a progressão é reversível. A molécula que identificamos na nossa pesquisa científica, aparece no tumor de fígado, mas também em estágios anteriores ao câncer, ou seja, durante o desenvolvimento da doença. Conseguimos detectar a molécula em biópsias de fígado com fibrose moderada, que como mencionado é um estágio anterior ao câncer hepático e com potencial de reversão. Assim, os pacientes positivos para este biomarcador devem ser acompanhados mais próximos para evitar a não evolução para o câncer e caso evoluam, estes pacientes terão mais estratégias e opções de tratamento, pelo simples fato de um diagnóstico precoce.

taotohepatite, visando a possibilidade de diagnóstico em estágio cada vez mais precoce da progressão da doença.

A ideia é ajudar na prevenção à doença? Sim, uma vez que já constatamos o aparecimento desta molécula em casos anteriores ao câncer, por exemplo, em fibrose hepática. Assim, a equipe médica poderá estabelecer estratégias que venham prevenir a instalação do câncer nos pacientes. No momento, estamos investigando a presença deste mesmo biomarcador em estágios que precedem a fibrose, por exemplo num quadro de es-

Qual a principal dica que você dá para pessoas que já têm a doença? Procurar uma equipe médica especializada para fazer avaliação de enzimas de função hepática, análise da quantidade de gordura do fígado, dentre outros exames de avaliação do fígado. É importante ressaltar que todos estes exames devem ser indicados por médicos especializados e que apenas eles darão diagnóstico definitivo e irão traçar estra-

Alguns hábitos podem potencializar o surgimento da doença? Infecções pelo vírus da hepatite B (HBV) e hepatite C (HCV), bem como consumo crônico de álcool e alimentação inadequada com agrotóxicos, conservantes e muita gordura, por exemplo, podem levar ao câncer de fígado. Além disso, há risco aumentado para pacientes com obesidade e diabetes, ambos fatores de complicação metabólica no paciente que podem levar a um quadro clínico conhecido como esteatohepatite, que também pode resultar em câncer de fígado.

tégias de tratamento. A ideia é expandir e levar a pesquisa para o exterior? Sim, pois apesar da alta incidência no Brasil, o câncer de fígado tem também alta incidência mundial. Este trabalho foi feito em parceria com pesquisadores dos Estados Unidos e publicado em revista de alto impacto científico, facilitando assim a internacionalização do conhecimento para o exterior. Como está o custeio da sua pesquisa, já que o governo federal vem cortando as verbas, mesmo de importantes trabalhos, como o seu? Estamos em um momento muito delicado neste país onde o apoio para a educação pública e o desenvolvimento da pesquisa científica estão sendo atacados pelas lideranças políticas, ou seja, na contramão de qualquer tentativa de progresso para o país. Estamos condenados ao fracasso, se neste caminho persistirmos. Cada vez recebemos menos investimento e uma das consequências disto, a curto prazo, será a falência da saúde da população brasileira. Precisamos de uma política séria e continuada que permita a ciência transitar desde a pesquisa básica até o leito do paciente.


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viver bem

Um país

ACIMA DO PESO POR JUVERCY JUNIOR

Brasil segue longe das metas da Organização Mundial da Saúde para diminuir o sedentarismo Levantamento realizado pelo Ministério da Saúde aponta que 53% dos brasileiros se encontram acima do peso ideal, ou seja, um número que eleva a preocupação de autoridades e que pressiona o governo federal a realizar campanhas para redução do sedentarismo da população. Apesar do Brasil ser um dos países com o maior número de academias no mundo, isso não resulta em bons números para a saúde da população. Prova disso é que 45,8% dos brasileiros praticam atividades físicas, mas em quantidade insuficiente, o que faz com que o sobrepeso seja mantido em grande parte das pessoas. O estudo do Ministério da Saúde, para ser mais abrangente e retratar a realidade, envolveu entrevistas feitas por meio de telefone – a campanha contou com a participação da Associação Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Para se ter uma ideia do problema que o país atravessa em relação à obesidade, basta ver a meta da Organização Mundial da Saúde.

O órgão pretende reduzir a inatividade física em 15% até 2030 em todo o planeta. O Brasil, com o crescimento do sedentarismo nos últimos anos, segue no caminho inverso do que prevê a OMS. Na avaliação do endocrinologista Eduardo de Barros, muitos fatores contribuem negativamente para o sobrepeso. “Milhões de pessoas passam todo o dia fora de casa, seja trabalhando ou estudando. Com isso, a alimentação fica desequilibrada, o que potencializa o peso. Aliado a isso, o sedentarismo, já que muitas dessas pessoas sequer têm tempo para se exercitarem. E para piorar, aqueles que fazem atividades, não fazem de forma correta. O certo é sempre procurar um especialista, traçar uma meta de vida, se alimentar de forma correta e ter uma saúde plena. Não é um caminho fácil, mas precisa ser adotado para que os números alarmantes de obesidade caiam no Brasil”, afirmou. A situação citada pelo endocrinologista se encaixa perfeitamente com a vida do administrador Rafael de Oliveira, de 36 anos. “Trabalho em dois empregos e passo todo o dia na rua. Depois que parei de correr e pedalar para trabalhar dobrado, ganhei muito peso e entrei na estatística dos gordinhos. (rsrsrs). Isso não é motivo de orgulho e tenho que mudar minha rotina para recuperar minha saúde”, declarou.


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pesquisa

O termômetro da

SAÚDE O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) divulgou sua pesquisa bianual sobre planos de saúde. A pesquisa foi realizada com beneficiários e não beneficiários, em oito capitais do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Manaus e Brasília. Foram 3.200 entrevistas no total. Considera-se a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança da pesquisa é de 95%.

SATISFAÇÃO, RECOMENDAÇÃO E FIDELIDADE A satisfação com os planos de saúde se manteve estável nos últimos anos:

A possibilidade de recomendação do plano atual para um amigo ou familiar também se manteve estável:

MUITO SATISFEITO + SATISFEITO

COM CERTEZA RECOMENDARIA + PROVAVELMENTE RECOMENDARIA

2019

80%

2019

82%

2017

80%

2017

80%

2015

75%

2015

79%

QUEM NÃO TEM, GOSTARIA DE TER Aumentou o percentual dos que já tiveram assistência particular e hoje não a possuem mais:

83%

89%

74% 2015

LEGENDA:

45%

89%

74% 2017

Valorizam ter

50%

Gostariam de ter

73% 2019

Já possuíram

54%


editoria

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Empresas associadas ABRAMGE-MG • Abertta Saúde – Acelor Mittal ANS 31466-8 Metropolitana de Belo Horizonte (31) 3308-4352 - Belo www.aberttasaude.com.br • Amil ANS 30287-2 Metropolitana de Belo Horizonte Belo Horizonte • Ampara ANS 32546-5 Sul e Sudoeste de Minas (35) 3531-6939 / 3531-3600 São Sebastião do Paraíso www.ampara.com.br • Arnaldo Gavazza ANS 32394-2 Zona da Mata (31) 3819-5017 - Ponte Nova www.plamhag.com.br

• Plamedh ANS 41355-1 Campo das Vertentes São João del Rei • PlamHuv ANS 41850-1 Zona da Mata (31) 3891-1800 - Viçosa www.plamhuv.com.br • Plancel Zona da Mata Manhuaçu • Plasc ANS 34280-7 Zona da Mata (32) 3257-9050 - Juiz de Fora www.plasc.org.br • Premium ANS 41.782-3

• Ceam Brasil ANS 31147-2 Sul e Sudoeste de Minas Varginha

• Promed ANS 34880-5 Metropolitana de Belo Horizonte Belo Horizonte

• Cedplan ANS 41874-9 Campo das Vertentes (32) 3339-6260 - Barbacena https://cedplanonline.com.br/

• ProntoMed ANS 30172-8 Oeste de Minas (37) 3512-3200 - Divinópolis www.prontomedmg.com.br

• Climepe total ANS 34301-3 Sul e Sudoeste de Minas (35) 3722-4004 - Poços de Caldas www.climepetotal.com.br

• Samp ANS 34647-1 Metropolitana de Belo Horizonte (31) 3076-9001 / 3076-9031 Belo Horizonte www.sampminas.com.br

• CTS • Extremamedic ANS 41186-8 Sul e Sudoeste de Minas (35) 3435-4442 - Extrema www.extremamedic.com.br

• Santa Casa ANS 33387-5 Sul e Sudoeste de Minas (35) 3521-8600 / 3521-8622 - Passos

• HC Saúde ANS 40031-9 Zona da Mata - Cataguases

• Santa Casa de Montes Claros ANS 36368-5 Norte de Minas (38) 3229-2020 - Montes Claros www.santacasamontesclaros.com.br/ index.php/home

• Metropolitan ANS 41413-1 Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (34) 3334-8000 - Uberaba www.rnsaude.com.br

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