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Editor: Clovis Belbute Peres O ano de 2020, já marcado pela pandemia da Covid-19, traz duas datas históricas para a Contabilidade brasileira: os 10 anos do falecimento do mestre Antônio Lopes de Sá (7 de junho) e os 20 anos da promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal (4 de maio). As duas resenhas seguintes são um tributo a essas efemérides. Boa leitura!

Livro: História Geral e das Doutrinas da Contabilidade Autor: Antônio Lopes de Sá Ed: Atlas Ano: 1997

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Não é necessário elogiar qualquer obra do professor Antônio Lopes de Sá. Em todas, há originalidade e profundidade, e essa não seria exceção. Em pouco mais de 180 páginas, o autor nos guia pela História da Contabilidade de forma objetiva, mas enciclopédica.

O título da obra indica sua divisão didática. A Parte I denomina-se História Geral da Contabilidade e os diferentes períodos do conhecimento contábil desde a pré-história ao período pré-científico no início do século XIX. A parte II, intitulada História das Doutrinas da Contabilidade, inicia o estudo científico do conhecimento contábil, avança pelo Patrimonialismo, Contismo, Aziendalismo. Como esperado, Lopes de Sá dedica especial atenção à vertente que o consagrou, o Neopatrimonialismo.

Em uma seção mais ao final da obra, o professor nos relembra como a separação do curso de Contabilidade daqueles de Economia e Administração, aos quais estava atrelado, foi fundamental para gerar a massa crítica de intelectuais que hoje existe em nossas escolas de contabilidade e que impulsiona o aperfeiçoamento e engrandecimento da profissão. São 180 páginas que você não vai conseguir deixar de lado uma vez que comece!

Livro: Orçamento. Contabilidade e Gestão no Setor Público Autor: Diana Vaz de Lima Ed: Atlas Ano: 2018

A professora Diana Vaz nos brinda com uma obra que, embora produzida em 2018, é apta a celebrar os 20 anos da Lei de Responsabilidade Fiscal, em 2020. O assunto não poderia ser mais atual, pois o noticiário associado à Covid-19 está repleto de expressões tais como “teto de gastos”, “orçamento de guerra” e “equilíbrio fiscal”. O pano de fundo é, sem dúvida, a Contabilidade Pública.

A estrutura é de livro texto, mas não será estranha ao profissional interessado. Há riqueza de diagramas, exemplos e lançamentos. O texto é moderno: enfatiza a importância das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCASP) e traz um capítulo separado sobre a Estrutura Conceitual da Contabilidade aplicada ao Setor Público. O capítulo sobre os lançamentos contábeis traz inúmeros exemplos, e o texto todo possui exercícios oriundos de exames atuais, com gabarito.

Por fim, ressaltamos que, em linha com a proposta holística da obra, o último capítulo sai da técnica contábil e trata da gestão no setor público. Relembra-nos, em uma de suas seções, do contexto em que a LRF surgiu e de sua importância para a superação dos desequilíbrios que ameaçavam os primeiros anos pós Plano Real. A obra é prova de que a contabilidade pública segue viva no orçamento e na gestão governamental.