ANAIS 2009

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Resumos dos Trabalhos 9º ABO-Jovem | 2011 HORÁRIO DA APRESENTAÇÃO: Nome do apresentador(a): Tema: Categoria:

09h00 BÁRBARA MORAIS ARANTES Diagnóstico e tratamento de Neuralgia do Trigêmio em paciente com e perda da Dimensão Vertical de Oclusão funcional – Relato de Caso Caso Clínico

Resumo: Neuralgia do Trigêmio é uma patologia bem descrita, geralmente tratada de maneira cirúrgica ou com medicamentos anticonvulsivantes. Ambas são modalidades que não tratam a causa, e sim os sintomas. Apesar de ser uma relação pouco estudada, é uma ocorrência frequente em pacientes portadores de Desordens Craniomandibulares (DCM). Paciente do gênero masculino, 68 anos, queixou-se de dor intensa e lancinante em forma de choque no lado esquerdo da face, desencadeada por ações cotidianas, como se alimentar, ou se barbear, tendo evolução de dois anos. Após consultas médicas, suspeitou-se de Neuralgia do Trigêmio. Foi indicado o uso diário de Tegretol®, tendo, após isso, desenvolvido zumbido. Ao exame clínico observou-se sinais de perda da Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) funcional, entre eles sulcos naso-labiais profundos, queilite actínica em ângulo labial, próteses desgastadas e com DVO deficiente. Exames anestésicos forneceram diagnóstico de Neuralgia dos ramos mandibular e infra-orbitário. Suspeitou-se de perda da bainha de mielina, devido à presença de agentes de inflamação crônica causada pela contratura das fibras do músculo masséter, em consequência da perda da DVO fisiológica e colapso posterior. O tratamento foi: suspensão do uso de Tegretol®; administração de vitamina B1 e B12, 02 vezes ao dia, por 2 meses; e reabilitação oral sendo, primeiramente, a confecão de um teto acrílico sobre os dentes das próteses antigas, para determinação da DVO fisiológica e registro da melhora gradu al do quadro, e posterior confecção de novas próteses. O paciente apresentou melhora parcial do quadro após três meses de intervenção (teto acrílico), e melhora total após seis meses. Está em observação há um ano, sem sintomatologia dolorosa. Este relato mostra que em pacientes com DCM e sintomatologia de Neuralgia do Trigêmio é imprescindível di agnosticar e tratar a causa, ao invés de realizar tratamentos invasivos ou com medicações por tempo prolongado, que apenas reduzem os sintomas. HORÁRIO DA APRESENTAÇÃO: Nome do apresentador(a): Tema: Categoria:

09h20 FERNANDA FRANÇA DE SOUZA Equilíbrio do Sistema Estomatognático como Tratamento Complementar da Artrite Reumatóide Caso Clínico

Resumo: A artrite reumatóide é uma doença auto-imune que leva a deformidade e destruição das articulações por erosão do osso e cartilagem. Com a progressão da doença os indivíduos desenvolvem incapacidade de realização de suas atividades di árias e profissionais. A remissão completa dessa patologia é dificilmente alcançada, pois as articulações são frequentemente submetidas a carga. Paciente gênero feminino, 59 anos, compareceu ao Projeto de Pesquisa e Extensão em Desordens Temporomandibulares e Dor Orofacial Faculdade de odontologia da Universidade Federal de Goiás com queixa de cefaléia diária e dor intensa na região das Articulações Temporomandibulares (ATM). Foi relatado que estava em tra tamento para artrite reumatóide e que houve remissão da sintomatologia associada nas articulações em geral, exceto nas ATM. Ao exame clínico observou-se cervicalgia, dorsalgia, hiperatividade dos músculos da mastigação, ausência dos dentes 36, 37, 38, 46, 47 e inclinação para mesial do dente 48. O diagnóstico clínico foi de sobrecarga nas ATM por co lapso oclusal posterior. O tratamento proposto constou de reabilitação protética, para restabelecer os dentes perdidos e com isso uma oclusão equilibrada, resgatando a DVO fisiológica e reduzindo a carga nas ATM. O paciente foi acompa nhado por dois anos, sem remissão da sintomatologia. Este relato mostra que, quando existe influência de fatores oclu sais na progressão de danos as estruturas da ATM associado à artrite reumatóide, o tratamento odontológico pode ser recomendado como terapêutica complementar.

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09h40 FERNANDO HENRIQUE DE QUEIROZ Escleroterapia química para tratamento de hemangioma: Relato de caso clínico Caso Clínico

Resumo: As lesões vasculares consistem em anomalias na morfogênese dos vasos sangüíneos e linfáticos. São manifestações clínicas que sempre geram dúvidas com relação às intervenções odontológicas, devido à sua complexidade e à possibilidade de ocorrência de hemorragia. Os hemangiomas são formações benignas de vasos sanguíneos, que podem se ma nifestar tanto na pele quanto em mucosa. Alguns hemangiomas têm origem congênita e outros aparecem no decorrer da vida. Após anos de evolução clínica, essa lesão pode apresentar alterações em sua coloração, atingindo tom vermelho escurecido. Existem várias formas de tratamento, dentre elas a escleroterapia química, em que diversos estudos demonstraram bons resultados. Este trabalho tem como objetivo relatar o caso de uma paciente do gênero feminino de 19 anos, que procurou a Clínica Odontológica da Universidade Católica de Brasília. Foi verificado a presença de lesão na mucosa jugal, com diâmetro aproximado de 5mm e cor avermelhada escurecida. Foi realizada diascopia para auxílio do diagnóstico, cujo resultado foi de isquemia tecidual, que conforme a literatura são características compatíveis com o hemangioma. O tratamento escolhido foi esclerose com Oleato de monoetanolamina a 5% (Ethamolin®), injetando 1 mL da solução na região central da lesão com o auxilio de uma seringa descartável estéril. Após 12 horas da aplicação, a paciente relatou a presença de sinais como febre, edemaciamento localizado, dor e formação de um nódulo facial que permaneceu durante 8 dias. Após 7 dias da aplicação, houve regressão considerável, cuja região apresentou coloração se melhante a mucosa jugal saudável adjacente, tendo resultado positivo após 21 dias mediante avaliação clínica, verificado pela ausência da lesão. O uso de Oleato de monoetanolamina a 5% contribuiu no tratamento do hemangioma bucal, sendo obtido o sucesso clínico verificado pela regressão total da lesão.

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10h00 KARLA GOMES TIAGO BORGES Tratamento reabilitador em paciente com Bruxismo seguindo os princípios da oclusão – Relato de Caso. Caso Clínico

Resumo: O bruxismo consiste em um hábito parafuncional de apertar e/ou ranger os dentes, podendo causar dores musculares e perda das estruturas dentárias. Paciente gênero masculino, 42 anos de idade, queixou-se de desgaste dentário e dores em músculos da mastigação. Durante o exame clínico relatou acordar cansado, com os maxilares “travados” e hábito de apertar os dentes várias vezes ao dia. Ao exame físico foi possível observar: sensibilidade de músculos mastigatórios es querdos, incluindo masseter, pterigóide lateral, pterigóide medial, esfenomandibular e temporal; desgaste de dentes anteriores com envolvimento de esmalte e dentina; diferença de 05 mm entre as posições de Relação Central e Oclusão Habitual; contato deflectivo na cúspide mésio-palatina do dente 17; desvio para anterior e direita da mandíbula em movimentos funcionais. O paciente foi moldado, e os modelos montados em Articulador Semi Ajustável, para tomada de re gistro das relações intermaxilares, ensaio diagnóstico e proposição do plano de tratamento. Unindo os dados coletados, confirmou-se o diagnóstico de bruxismo devido a uma hiperatividade e espasmos dos pterigóides laterais. O tratamento constou de equilíbrio oclusal, composto por ajuste oclusal por desgaste seletivo, e em seguida por reabilitação oral com realização de restaurações em resina composta. O período de proservação constou de quatro anos, sem apresentar recidiva dos sinais e sintomas. Este relato sublima a importância de se determinar um tratamento que respeita os princípios da oclusão, equilibrando o sistema estomatognático e devolvendo qualidade de vida ao paciente portador de bruxismo.

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10h20 ARYANE MORAIS VIEIRA DE CASTRO NEVES Equilíbrio Oclusal no tratamento de Oclusão Traumática. Trauma Oclusal Primário – Relato de Caso. Caso Clínico

Resumo: Uma das principais preocupações na Odontologia é a distribuição correta de forças oclusais para que haja equilíbrio en tre os elementos do sistema estomatognático. Quando as forças oclusais excedem o limite fisiológico dos tecidos, ocorre injúria dos tecidos periodontais decorrente do trauma oclusal. Paciente CMO, compareceu à Pesquisa de Oclusão e Dor Orofacial da FO-UFG com quadro clínico de cefaléia, sensibilidade nas ATM, dor e reabsorção óssea na distal do dente 33. Ao exame clínico detectou-se 2mm de diferença entre as posições de RC e OH, com interferência entre os dentes 28 e 38, promovendo projeção mandibular para anterior e para direita. O dente 33 não apresentava bolsa periodontal e res pondeu positivamente ao teste de vitalidade pulpar. Concluiu-se que a dor e a mobilidade foram causadas por interferên cia existente entre os terceiros molares, fazendo com que o canino fosse pressionado distalmente, caracterizando trauma oclusal primário. Para eliminar o contato prematuro, o tratamento indicado foi o ajuste oclusal por desgaste seletivo. Fo ram necessárias dez sessões para obtenção de uma oclusão equilibrada. Após três meses de acompanhamento obser vou-se ao exame radiográfico, neoformação óssea entre os dentes 33 e 34, com desaparecimento da mobilidade e de toda sintomatologia associada. Este trabalho teve por objetivo discutir a indicação do ajuste oclusal por desgaste seletivo como tratamento de injúrias às estruturas periodontais causadas por trauma oclusal. Concluiu-se que o ajuste oclusal por desgaste seletivo pode ser indicado em casos de trauma oclusal, pois consegue promover igualdade de incidência de forças em todos os elementos dentários.

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10h40 WELIDA RODRIGUES FERNANDES Ozonioterapia em Odontologia, Tratamento Clínico. Caso Clínico

Resumo: Introdução: O objetivo deste trabalho é apresentar um caso clínico de um paciente com osteorradionecrose e mucosite, induzidos por radioterapia e tratado por ozonioterapia. A radioterapia induz hipovascularização, hipooxigenação e hipo celularidade na região irradiada, podendo ocorrer exposição óssea e tem dificil tratamento, podendo ocorrer também mucosite. Os tratamentos convencionais para a osteorradionecrose incluem irrigação com clorexidina e eventualmente antibioticoterapia, e oxigenio hiperbárico, com resultados que nem sempre proporcionam uma cura satisfatória. O ozônio é um gás com grande poder oxidante, em grandes concentrações, e estimulador de reparo tecidual, em pequenas concen trações, necessitando de baixo custo para sua administração. Relato do caso: O paciente JMP, genero masculino, feo derma, de 46 anos, ex-etilista, e ex-tabagista, foi diagnosticado com carcinoma espino celular de Língua sendo submetido a sucessivas sessões de quimioterapia e radioterapia. Como consequencia ocorreu a presença de mucosite bucal e após exodontia pós radiação, exposição óssea com demora na cicatrização, compatível com um quadro de inicio de os teorradionecrose nessa região de extração dental. Optou-se pelo tratamento ozonioterápico no centro de cirurgia BucoMaxilo-Facial da Odontoclínica do Hospital Universitário de Brasilia- HUB. Conclusão: Com o uso da ozonioterapia o paciente JMP apresentou reversão total dos quadros infecciosos da região bucal, bem como redução total das lesões pós operatórias provocadas pela exodontia e ausência de sitomatologia dolorosa correlacionada a mucosite.

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11h00 DENISE FERREIRA VIEIRA Desordem Temporomandibular como fator etiológico de tontura: relato de caso clínico. Caso Clínico

Resumo: Manifestações otológicas, como zumbido, tontura, vertigem e otalgia, são comumente relatadas por pacientes que apresentam Desordens Temporomandibulares (DTM). É um assunto controverso, porém, bastante estudado, que busca explicações de base anatômica e fisiológica. A tontura é relatada como sensação de desequilíbrio corporal, flutuação, oscila ção e ascensão. Os autores deste trabalho propõem apresentar um caso clínico de DTM e discutir os aspectos de diagnóstico e tratamento. O paciente NRS, 67 anos, cuja queixa principal era de tontura severa, apresentando ainda zumbido e deslocamento de disco, procurou o Núcleo de Estudos em Oclusão da Faculdade de Odontologia da Universidade Fe deral de Goiás para diagnóstico e tratamento. Exame clínico evidenciou espasmo dos músculos pterigoideos laterais bilateralmente e diferença entre as posições de Relação Central (RC) e Máxima Intercuspidação Habitual (MIH) de 5mm. Suas relações maxilomandibulares foram registradas em Articulador Semi-ajustável e o plano de tratamento proposto com o objetivo de restabelecer o equilíbrio oclusal. Foi realizado ajuste oclusal, na posição de relação central, por desgaste seletivo inicialmente no contato deflectivo na cúspide mésio-palatina do dente 17, seguindo pelos demais dentes de acordo com o surgimento de novos pontos de deflexão. Esse tratamento foi realizado até a obtenção de pontos de contato suficientes para o equilíbrio da oclusão. O paciente apresentou melhora gradativa da sintomatologia dolorosa após a primeira intervenção, sendo eliminada a queixa ao final do tratamento de 8 meses. Foi acompanhado semestralmente durante dois anos sem apresentar recidiva. Este relato mostra que existe relação entre a Articulação Temporomandibular e o ouvido, e que em casos de disfunções, pode causar sintomas otológicos. Assim, o desgaste seletivo, quando indicado, pode ser tratamento eficaz devolvendo qualidade de vida, forma e função adequadas para o paciente.

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11h40 WALKIRIA MENDES DE LIMA Avaliação da Halitose em Adultos Jovens e sua associação com o Bullying Pesquisa Científica

Resumo: Halitose é o termo usado para definir o odor desagradável emitido através do ar expirado, o qual pode estar sinalizando uma condição patológica, fisiológica ou adaptativa. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) este problema atinge 40% da população mundial. A maior parte dos indivíduos que apresentam esta alteração experimenta desconforto pessoal, embaraço social e angústia emocional. A etiologia da halitose é multifatorial, mas sua causa principal advém do resultado da ação bacteriana proteolítica sobre a matéria orgânica estagnada na cavidade bucal, gerando compostos à base de enxofre. O uso do aparelho ortodôntico pode ser um agente relacionado ao desenvolvimento dessa alteração, uma vez que favorece o acúmulo de resíduos orgânicos, a descamação epitelial, a inflamação gengival, além de dificultar a higiene local. O tratamento da halitose está diretamente relacionado à causa, por isso é importante o diagnóstico correto, o mais rápido possível. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a halitose em pacientes portado res de aparelho ortodôntico e também o possível estabelecimento do bullying, relacionado a tal evento em adultos jovens com idade variando de 18 a 24 anos, estudantes da Universidade Paulista de Brasília. Para avaliação da halitose foram realizados os seguintes testes: mensuração organoléptica, mensuração com monitor portátil Halimeter® e a sialometria. A possível relação com o bullying foi avaliada através de questionário específico. Sete pacientes apresentaram halitose quando avaliados através do teste organoléptico e dois pacientes apresentaram halitose quando avaliados através do halimeter. Todos os pacientes com aparelho ortodôntico apresentaram biofilme lingual visível e somente 69% dos pacientes sem aparelho ortodôntico apresentaram biofilme lingual visível. Já em relação ao bullying os resultados foram que o bullying esteve presente na vida de muitos entrevistados, porém não necessariamente por causa do hálito.

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12h00 AMANDA DE OLIVEIRA PONCE Estudo radiográfico da inter-relação dos guias condilar e anterior em pacientes com oclusão fisiológica Pesquisa Científica

Resumo: Os guias condilar e anterior são importantes pontos de análise para o estudo da oclusão, porém há grande divergência quanto a sua inter-relação direta. Buscou-se avaliar radiograficamente a possível inter-relação dos guias condilar e ante rior em pacientes com oclusão fisiológica. Foram selecionadas telerradiografias laterais de 74 pacientes, divididos em dois grupos distintos, estudo e comparação. O grupo estudo, constituído de 56 pacientes, apresentava trespasse horizontal igual a zero e oclusão fisiológica. O grupo comparação, composto de 18 integrantes, apresentava trespasse hori zontal diferente de zero. Foi realizada uma análise cefalométrica relacionando o plano de Frankfurt e a parede anterior da superfície articular do osso temporal e da face palatina dos incisivos superiores. Para analisar a relação dos tecidos moles e duros foram feitos traçados em uma folha de acetato fixada sobre a telerradiografia posicionada em um negatoscópio. Os respectivos ângulos foram anotados. No grupo estudo, 52 pacientes (92,86%) apresentaram coincidência entre o guia condilar e o guia anterior e 04 (7,14%) não tiveram os guias coincidentes. No grupo comparação, 17 pacientes (94,44%) apresentaram guia anterior diferente do guia condilar, e um paciente (5,56%) apresentou coincidência entre os guias. Estes dados proporcionam um parâmetro fisiológico e individual na reconstrução ou posicionamento do guia ante rior em tratamentos de reabilitação oral e ortodôntico. Concluiu-se que os guias condilar e anterior apresentam uma interrelação direta.

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12h20 ELAINE NAYARA GOMES SANTANA Desequilíbrio oclusal como fator etiológico da cefaléia tipo tensional Pesquisa Científica

Resumo: A cefaléia do tipo tensional é um sintoma frequentemente relatado por pacientes portadores de Desordens Temporoman dibulares (DTM). Avaliou-se a inter-relação das DTM com o desequilíbrio oclusal e cefaléia tipo tensional. Participaram deste estudo 85 pacientes de ambos os sexos, com idade variando entre 24 e 60 anos, sendo selecionados aqueles que apresentaram desequilíbrio oclusal, cefaléia e musculatura da mastigação e postural sensível à palpação. Todos os pacientes foram tratados por equilíbrio oclusal, conforme a necessidade de cada caso, incluindo desgaste seletivo, próteses dentárias e tratamento ortodôntico. O acompanhamento foi realizado durante 24 meses. Neste período de avaliação constatou-se que sessenta e nove pacientes (81,18%) não apresentaram cefaléia nem sensibilidade à palpação da mus culatura da mastigação e postural. Nos outros 16 observou-se a presença de sintomatologia no período de acompanhamento. Frente aos resultados, pode-se concluir que a desequilíbrio oclusal é um importante fator etiológico da cefaléia tipo tensional e que o equilíbrio oclusal foi um procedimento eficaz no tratamento deste tipo de cefaléia.

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12h 40 SARAH ROZETTE TEIXEIRA Estudo do diagnóstico e tratamento de Disfunção Temporomandibular em pacientes com Sintoma de Baixa Visão Pesquisa Científica

Resumo: A Disfunção Temporomandibular (DTM) pode ser o fator etiológico de alguns casos de dor ocular e baixa visão, principal mente associada à hiperatividade dos Músculos Esfenomandibulares (MEM). Procurou-se verificar associação entre ca sos de DTM associada à hiperatividade dos MEM com sintoma de baixa visão. Para tal 227 pacientes do Projeto de Pesquisa e Extensão em Desordens Temporomandibulares e Dor Orofacial foram divididos em dois grupos conforme critéri os de inclusão. O grupo tratamento (GT) compôs-se de 119 pacientes com diagnóstico de DTM, sintoma de baixa visão e hiperatividade dos MEM. O grupo controle (GC) compôs-se de 108 pacientes com as mesmas características, exceto a hiperatividade dos MEM. Todos receberam tratamento para a DTM, conforme a causa e foram acompanhados por dois anos. A resposta ao tratamento foi avaliada mediante questionário de opinião, que verifica a presença de baixa visão. O sintoma foi considerado eliminado em 90 (76,5%) pacientes do GT, sendo que os outros 29 (23,5%) permaneceram com baixa visão, porém sem hiperatividade dos MEM. No GC apenas 16 pacientes (14,8%), relataram estarem sem o sintoma visual queixado na consulta de avaliação. Tem-se que, devido ao posicionamento dos MEM intimamente junto às órbitas, em casos de hiperatividade, pode ocorrer sintomatologia ocular dolorosa ou baixa visão. Estudar essa relação é importante para propor tratamento e devolver qualidade de vida ao paciente portador de DTM. Este estudo mostrou que a hi peratividade dos músculos esfenomandibulares está significativamente associada à presença de baixa visão.

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13h00 RENATA LEMES PORTO Avaliação da inter-relação da hiperatividade dos músculos Pterigóides Laterais e diferença entre de Relação Central e Oclusão Habitual. Pesquisa Científica

Resumo: Avaliação da inter-relação da hiperatividade dos músculos Pterigóides Laterais e diferença entre de Relação Central e Oclusão Habitual. Porto RL, Arantes BM, Vieira DF, Borges RN, O sucesso e a longevidade de um procedimento reabilitador ou restaurador depende, dentre outros fatores, da ausência de sintomatologia dolorosa dos músculos da mastiga ção e Articulações Temporomandibulares (ATM). Quando os côndilos estão em uma posição de estabilidade ortopédica em relação às fossas articulares, existe uma probabilidade menor de se desenvolver qualquer tipo de sintomatologia em estruturas do Sistema Estomatognático. Este estudo teve como objetivo avaliar a relação entre a hiperatividade dos mús culos pterigóides laterais e a diferença ou deslize entre as posições de relação central (RC) e oclusão habitual (OH). Foram avaliados 175 indivíduos, dos quais 103 haviam recebido tratamento ortodôntico. Ao exame clínico a sensibilidade dos músculos pterigóides laterais e a diferença entre RC e OH foram avaliadas. No grupo de pacientes que haviam rece bido tratamento ortodôntico, 66% (68) apresentavam RC diferente de OH, destes, 79% (54) possuíam os músculos pteri góides laterais sensíveis à palpação. Dos 72 indivíduos não submetidos ao tratamento ortodôntico, aproximadamente 60% (43) apresentavam diferença entre RC e OH. Destes, 72% (31) possuíam sensibilidade no músculo avaliado. Com os dados obtidos conclui-se que mesmo após a finalização do tratamento ortodôntico existe uma grande porcentagem de indivíduos com diferença entre as posições de RC e OH e, consequentemente, sensibilidade nos músculos pterigóides laterais. A sensibilidade desses músculos, relacionada à hiperatividade, pode ter consequências, tais como limitação dos movimentos mandibulares e desenvolvimento de sinais e sintomas de Disfunção Temporomandibular.

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13h20 BÁRBARA MORAIS ARANTES Apresentação de uma modificação na técnica de moldagem com casquete. Pesquisa Científica

Resumo: A obtenção de modelos de trabalho precisos e detalhados depende da moldagem realizada. Preparos em nível subgengival necessitam de afastamento da gengiva para garantir a entrada do material no sulco gengival e a cópia perfeita do tér mino do preparo, podendo causar danos ao epitélio juncional. Os pesquisadores do Projeto de Pesquisa e Extensão em Desordens Temporomandibulares e Dor Orofacial modificaram a técnica de moldagem com casquete, visando uma moldagem fiel e a redução da agressão aos tecidos do epitélio juncional. A sequência técnica consiste em: após exame clíni co e atendimento básico (profilaxia), dá-se a moldagem para confecção da peça reabilitadora, sendo confeccionado um casquete de resina acrílica autopolimerizável. A modificação consiste na perfuração da face oclusal/incisal do casquete com o calibre da ponta de inserção da seringa de moldagem. O material é inserido com o casquete posicionado no dente até o extravasamento, copiando todo o preparo até o sulco cervical, a partir do princípio de que a pressão exercida pela injeção de elastômero empurra a gengiva marginal livre, permitindo a cópia fiel. A moldagem de arraste é realizada de maneira convencional. Segue-se assim, a confecção do troquél de trabalho, obtenção do modelo e, posteriormente, da peça reabilitadora. Todos os casos em que há a necessidade de confecção de coroas totais ou parciais do projeto são moldados com essa técnica modificada, obtendo 100% sucesso na adaptação da restauração e longevidade do tratamento, visto que todos os pacientes são acompanhados por até cinco anos. Pode-se observar que é um procedimento fácil, atraumático, econômico, rápido e preciso, tornando desnecessário o procedimento de afastamento gengival.

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