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Silva E. et al (2020) Perception of elderly caregivers about old meaning, Journal of Aging & Innovation, 9 (2): 77- 85 ARTIGO ORIGINAL: Silva E. et al (2020) Perception of elderly caregivers about old meaning, Journal of Aging & Innovation, 9 (2): 77- 85

 Artigo Original

Percepção de cuidadores idosos sobre significado da velhice Percepción de los cuidadores mayores sobre el significado de la vejez Perception of elderly caregivers about old meaning Emília Pio da Silva1, Simone Caldas Tavares Mafra2, Alessandra Vieira de Almeida3, Francely de Castro e Sousa4, Kemille Albuquerque Leão5, Marli do Carmo Cupertino6 1

Fisioterapeuta - PhD, Professora do Curso de Fisioterapia da Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga.

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Economista Doméstica - PhD, Professora Titular do Departamento de Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa 3 Economista Doméstica - PhD em Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa 4

Fisioterapeuta - PhD, Professora do Curso de Fisioterapia da Faculdade Dinâmica do Vale do. Farmacêutica - CNS, Professora do Curso de Farmácia da Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga. 6 Médica Veterinária - PhD, Professora dos Cursos de Saúde da Faculdade Dinâmica do Vale do Piranga 5

Corresponding Author: emiliapiosilva@yahoo.com.br Resumo Introdução: Envelhecer passa ser pejorativo sobre a mente humana, fazendo com que muitos lutem contra a ideia de se identificar como idosos, especialmente aqueles que convivem de perto com esta realidade, como os cuidadores de idosos. Objetivo: analisar a percepção de cuidadores de idosos sobre o significado da velhice. Materiais e Métodos: a amostra foi constituída por cuidadores informais de idosos, o instrumento de coleta de dados utilizados foi a entrevista semiestruturada. Para análise dos dados foi utilizado o IRaMuTeQ e os resultados avaliados com base na teoria das representações sociais. Resultados: a maioria dos cuidadores entrevistados não sabiam o que responder ou não sabiam o que é ser velho, percebeuse a dificuldade dos cuidadores informais de significar a velhice. Conclusão: essa fase da vida foi percebida apenas no outro; não sendo algo que se pensava viver ou que se pretendia viver. Palavras-chave: Atenção Integral ao Idoso, Senescência, Cuidador de Idoso.

Abstract Introduction: Aging becomes pejorative on the human mind, causing many to struggle against the idea of identifying themselves as elderly, especially those who live closely with this reality, such as caregivers for the elderly. Objective: to analyze the perception of elderly caregivers about the meaning of old age. Materials and Methods: The sample consisted of informal caregivers for the elderly, the data collection instrument used was the semi-structured interview. For data analysis, IRaMuTeQ was used and the results evaluated based on the theory of social representations. Results: most of the interviewed caregivers did not know what to answer or did not know what it is to be old, it was noticed the difficulty of informal caregivers to signify old age. Conclusion: this phase of life was perceived only in the other; not something that was thought to live or intended to live. Keywords: Comprehensive Health Care, Aging, Elderly Caregiver

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1. INTRODUÇÃO

O perfil etário da população brasileira vem se transformando nos últimos anos, há algum tempo o Brasil deixou de ser um país de jovens. As projeções demográficas são enfáticas ao demonstrar o envelhecimento populacional. De acordo com o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (2018) no período entre 2012 e 2017 houve um aumento de 4,8 milhões de pessoas idosas na população brasileira, o que corresponde a um aumento de 18% desse grupo etário. De acordo com projeções do referido instituto o número de idosos vai ultrapassar o de jovens em 2031, quando haverá 42,3 milhões de jovens (0-14 anos) e 43,3 milhões de idosos (60 anos e mais), ou seja, haverá 102,3 idosos para cada 100 jovens. Essa é uma realidade prevista e já determinada, o convívio intergeracional é inevitável, contudo, os mais jovens ainda não se percebem idosos e preferem não pensar nesta fase da vida. Negar a velhice pode ser uma forma de lidar com o seu lado sombrio, já que muitas pessoas relacionam essa fase da vida com fragilidade, decadência, dependência e finitude. Envelhecer passa ser pejorativo sobre a mente humana, fazendo com que muitos lutem contra a ideia de se identificar como idosos, especialmente aqueles que convivem de perto com esta realidade, como os cuidadores de idosos. Cuidar de uma pessoa idosa é uma tarefa complexa, já que a maioria das pessoas que necessitam de cuidado são portadoras de uma ou mais doença crônica não transmissível (DCNT) que geram dependência e incapacidade ao final da vida. “As doenças crônicas representam um dos maiores entraves à qualidade de vida dos indivíduos, especialmente idosos. Acarretam um declínio lento e gradual na sua autonomia e independência, sendo alguns declínios administráveis, e outros, não” (CAMARANO, 2010). O que leva a pessoa idosa demandar de cuidado. No Brasil há predomínio do cuidado informal, realidade também encontrada no estudo em questão. O cuidado informal é aquele prestado por um membro familiar, que segundo Camarano (2010) as famílias cuidam ou “descuidam” de seus idosos perante sua dependência física e muitas vezes cognitiva. Assim os cuidadores passam a conviver diariamente com a negatividade da velhice e acabam acreditando que nesta fase da vida não há nada de positivo, nada

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de belo e produtivo. O velho é então tido como um peso, já que precisa de ajuda para realizar as principais e mais simples atividades de vida diária como banho, vestir-se, alimentar-se dentre outras tarefas. O cotidiano faz então, os cuidadores desprezarem o seu “eu”, e assim não conseguem se imaginar na mesma condição do idoso, ou seja, doente, dependente, depressivo, solitário e incapaz. Devido a relevância objetivou-se analisar a percepção de cuidadores de idosos sobre o significado da velhice.

2. METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa e de caráter descritivo. O estudo foi realizado no munícipio de Viçosa, estado de Minas Gerais, que fica localizado na Zona da Mata Mineira. De acordo com o documento Retrato Social de Viçosa, publicado em 2014, as pessoas idosas representavam 17% da população viçosense. Tal porcentagem chama atenção porque Viçosa é uma cidade universitária, muitas vezes conhecida pela sua juvenilidade, já que muitos jovens e adultos vivem no munícipio em função de estudar na Universidade Federal de Viçosa e nas faculdades privadas. A amostra da pesquisa foi constituída por 19 cuidadores informais. Empregouse a técnica de amostragem não probabilística, denominada snowball sampling (bola de neve), onde o participante inicial identificado em programa de terceira idade do município, indicou um novo participante, e que por sua vez, foi indicando outros e assim sucessivamente até que foi alcançado o ponto de saturação. A estratégia de coleta de dados utilizada foi a entrevista semiestruturada. A mesma foi realizada individualmente na residência do idoso, de acordo com a disponibilidade de data e horário do cuidador. Teve-se o cuidado de não realizá-la na presença da pessoa idosa, garantindo assim que o participante não ficasse constrangido ao responder qualquer pergunta e nem constrangesse aquele de quem cuida. Solicitou-se, ainda, que os entrevistados falassem o que para eles seria “ser velho”, sendo essa questão o cerne dessa pesquisa. Para análise da pergunta “na sua opinião o que é ser velho?” foi utilizado o IRaMuTeQ (Interface de R para Análise Multidimensional de Textos e Questionários), que é um software gratuito que permite diferentes processamentos e análises

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estatísticas de textos. Dentro das análises permitidas pelo referido software aplicouse a “nuvem de palavras”. Para Camargo e Justo (2013), a “nuvem de palavras” promove o agrupamento e a organização gráfica das variáveis em função da sua frequência. Constitui uma análise simples, porém, graficamente interessante, pois colabora com a evidenciação dos argumentos que explicam o fenômeno estudado. Os resultados encontrados foram avaliados com base na teoria das Representações Sociais, tendo em vista que toda realidade pode ser representada ou reapropriada pelo indivíduo, além de poder ser reconstituída no seu sistema de valores, baseando-se na sua história e nos contextos ideológico e social em que se vive (ABRIC, 2000). Jodelet (2001) afirma que as representações são construções e expressões do sujeito, do ponto de vista psicológico e social. Acrescenta ainda que as representações são formas de saber prático (conhecimento) que ligam o sujeito ao objeto e que norteiam a ação sobre o mundo e sobre o outro, podendo estar ligadas à atividade mental de um grupo ou coletividade e aos efeitos ideológicos dessa. O projeto foi submetido e aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos, da Universidade Federal de Viçosa, de acordo com o parecer 1.956. 277. Foi garantido aos participantes o anonimato, o respeito, o sigilo das informações e a possibilidade de desistir de participar da pesquisa a qualquer momento. Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO O recurso “nuvem de palavras” foi utilizado para análise da pergunta “o que é ser velho para você?”. As palavras mais evocadas foram “não” e “velho”. Os entrevistados remeteram e apropriaram-se dessas palavras para mostrar que não tinham conhecimento considerado suficiente para descrever esse ciclo de vida (Figura 1). Figura 1 – Nuvem de palavra representativa do significado da velhice para cuidadores de pessoas idosas.

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Fonte: Pesquisa de campo, 2017. A “nuvem de palavras” evidenciou que a maioria dos cuidadores entrevistados não sabiam o que responder ou não sabiam o que é ser velho, conforme declararam: “Não penso nisso, não sei o que é ser velho” (Entrevistado 5). “Não sei isto, eu não sei responder não” (Entrevistado 11). “Nunca pensei nisso” (entrevistado 10). Os trechos das entrevistas trazem uma realidade interessante e que demanda uma discussão mais aprofundada. Pessoas que cuidam de idosos não pensam nesta fase da vida? Não se percebem ou não se enxergam velhos? Seria medo de envelhecer? Considerando estas indagações, pode-se inferir que pensar na velhice é também pensar nas debilidades que se pode enfrentar e que já podem ser notadas na convivência com a pessoa idosa dependente do cuidado, o que leva à fuga da provável realidade. Os estudos de Concone (2018) mostraram que, “velho” ou da “terceira idade” é sempre o outro. Percebe-se então o reforço da negação de fato, onde se está negando ou protelando o que parece inevitável. Dentro desse contexto, torna-se prudente parafrasear o escritor moçambicano Mia Couto que diz “não penso na velhice, tenho medo que a velhice pense em mim”(2016). Sabe-se que o cuidado pode ser representado por sentimentos, pensamentos, valores, emoções e significados que permeam a vida de quem cuida. Deste modo, ressalta-se que o “não penso nisso”, o “não sei responder” pode também representar aspectos importantes, dentre eles, a abnegação, a necessidade do vigor e da disposição cotidianas e o medo da velhice, por exemplo. A abnegação ou a renúncia de si mesmo exigida no ato cuidativo “não permite” ao cuidador pensar em si, ou seja, parar, olhar e se perceber velho e até mesmo dependente de certos cuidados. Por

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outro lado, o vigor e a disposição necessários, manifestados no esforço diário das atividades de cuidado, o “impede” inclusive de imaginar o que é ser velho, já que a velhice pode remeter a fraqueza e impotências e, isso, eles “não poderiam” ter diante da função desempenhada. Além disso, o medo de envelhecer pode ser também uma realidade, tendo em vista o que se pode vivenciar em termos de debilidades e desafios nessa fase. As representações encontradas permitem conhecer o universo dos cuidadores, apontando para suas necessidades, dificuldades, anseios, medos, entre outros fatores, que abrange a relação de cuidado. De acordo com Lavinsky e Vieira (2004), as representações construídas em torno do ato de cuidar são resultados de um contexto da vida repleto de histórias que despertam os sentimentos e pensamentos orientadores dos comportamentos. Segundo Araújo et al. (2005), embora haja componentes cognitivos inerentes às representações, no que se trata do processamento e acomodação dos fenômenos re-apresentados, ou seja, apresentado outra vez, conforme a maneira que o ator social interpreta, em que os valores, crenças, sentimentos, estereótipos são inerentes, esse fenômeno é também visto como social, histórico e cultural, nos quais se forma a representação. Considerando, então, que as representações podem ser vistas como fenômeno sócio histórico cultural, o fato de não pensar na velhice e nem mesmo saber falar sobre isso, ainda pode estar atrelado a uma construção social arraigada em nossa sociedade, de que essa fase da vida é negativa e improdutiva, uma vez que a sociedade visa o jovem, o forte, ou seja, quem produz e gera lucro. Por isso, Hudson et al. (2018) afirmaram que precisa ocorrer uma revisão dos valores e significados da vida em todas as faixas etárias, pois se percebe a necessidade de compreender que o envelhecimento faz parte da vida, que é um processo natural, é uma fase da vida que continua e que necessariamente não está sedimentada e não significa doença, ou qualquer sentimento relacionado a algo negativo. Embora grande parte dos entrevistados não tenha conseguido responder a pergunta sobre “o que é ser velho”, observou-se determinados significados nas falas de alguns cuidadores. Moscovici (2009) afirma que as representações sociais são constituídas a partir do modo em que o sujeito chega à compreensão das coisas e dos fatos que estão a sua volta, estabelecendo significados baseados em suas JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, AGOSTO, 2020, 9 (2)  ISSN: 2182-696X  http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v9i2-7

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experiências diárias. Desta forma, primeiramente, verificou-se que “ser velho” significava experiência. As falas dos Entrevistados 17 e 18 revelaram tal percepção: “Ter experiência de vida” (Entrevistado 17). “Um sinal de experiência de coisas ruins e boas já vividas, sinônimo de experiência” (Entrevistado 18). O significado de ser velho ligado à experiência também ficou evidente nos estudos de Concone (2018) que afirmou que o idoso é respeitado em função da experiência e da sabedoria acumulada. O estudo de Hudson et al. (2018) foi realizado com adolescentes e também evidenciou esta perspectiva. Segundo os adolescentes, com o avançar da idade as pessoas se tornam sábias, e a sabedoria, por sua vez, é resultante da experiência vivida nos anos de vida que se acumula ao envelhecer. Ao observar a Figura 1 foi possível verificar que os entrevistados também significaram o envelhecimento a partir da palavra “saúde”, no que se refere à falta de saúde (entrevistado 9) e à necessidade da mesma para se chegar a velhice: “É uma pessoa que está muito mal de saúde [...]” (Entrevistado 9). “Quando tem saúde é muito bom, e é um processo natural, tem que agradecer quando chegar” (Entrevistado 14). A doença passa a fazer parte da vida das pessoas idosas e também de seus cuidadores; nessa perspectiva, a preocupação surge justamente porque muitas das doenças experienciadas nesta fase da vida são doenças crônicas e degenerativas, que tendem a aumentar com a idade ou mesmo porque estão convivendo com amigos e parentes doentes (SILVA et al. 2018). Neste estudo o envelhecimento foi referenciado como experiência. Verificou-se que os entrevistados ainda não vivenciaram e nem pensaram viver essa fase da vida, questões de saúde na velhice que podem levar à senescência ou à senilidade. Apesar disso, os dados revelados neste estudo permitiram descrever a tarefa do cuidado no âmbito familiar. Verificou-se que esta é uma tarefa complexa, que envolve vários fatores, inclusive o fato do cuidador não ter escolhido este papel, mas tê-lo assumido em função do dom da dádiva, ou seja, pela vontade de Deus.

4. CONCLUSÃO Nesta pesquisa percebeu-se a dificuldade dos cuidadores informais de significar a velhice. Essa fase da vida foi percebida apenas no outro; não sendo algo que se pensava viver ou que se pretendia viver. O que demonstra a importância de estudos nesta vertente para ampliar as discussões de cuidado no processo de JOURNAL OF AGING AND INNOVATION, AGOSTO, 2020, 9 (2)  ISSN: 2182-696X  http://journalofagingandinnovation.org/ DOI: 10.36957/jai.2182-696X.v9i2-7

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envelhecimento. Percebeu-se que a atividade de cuidar gera “empoderamento”, “controle” sobre algo, o que permite vincular tais sentimentos à perspectiva da negação da própria velhice. Nesse sentido, se se cuida de algo ou alguém, o cuidador não se qualifico como alguém que necessita de cuidado. Logo, não pode ainda, a seu ver, ser considerado uma pessoa idosa.

5. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem a Capes e Fapemig o aporte financeiro recebido para realização da pesquisa. Aos cuidadores de pessoas idosas que nos emprestaram suas vozes para ajudar descrever a tarefa do cuidado.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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