1 gnarus6 sumario e ao leitor

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G N A R U S |1

Equipe de Redação: Editores: Prof. Ms. Fernando Gralha (FIS/UCAM/UAB) Prof. Jessica Corais (FIS) Pesquisa: Prof. Germano Vieira (UGF/FIS) Profª Cindye Esquivel (FIS) Prof. Renato Lopes (UNIRIO) Graduando Rafael Eiras (UCAM)

Conselho Consultivo: Prof. Dr. Bruno Alvaro (UFS) Prof.ª. Ms. Daniele Crespo (FIS/UCAM) Profº. Felipe Castanho (UGF/FIS) Prof. Dr. Julio Gralha (UFF) Prof. Dr. Marcus Cruz (UFMT) Prof. Dr. Rodrigo Amaral (UCAM/FIS) Prof. Dr. Sérgio Chahon (FIS)

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Faculdades Integradas Simonsen (FIS) Centro de Memória de Realengo e Padre Miguel (CMRP) Grupo de Estudos da Licenciatura em História - GELHIS


GNARUS |2

Revista Eletrônica Acadêmica/Gnarus Revista de História. Vol.6, n.6 (jul – dez 2015). Rio de Janeiro, 2015 [on-line]. Semestral. Gnarus Revista de História Disponível no Portal Simonsen em: www.gnarusrevistadehistoria.com.br ISSN 2317-2002 1. Ciências Humanas; História; Ensino de História

Sumário

AO

LEITOR


S

e de início na sua história o homem

Esta é uma de nossas ambições, uma ode ao

necessita de crenças e juízos prontos

pensamento expresso na palavra, na linguagem.

(nas formas de senso comum ou mito)

Se a palavra, que distingue o homem de todos os

a fim de serenar a agonia diante do

outros seres vivos, se encontra fortalecida na

caos e adquirir garantias para agir, com o tempo

possibilidade de expressão, é o próprio homem

viu que ele seja capaz de “reintroduzir o caos”,

que se humaniza. Além disso, para que o

criticando as certezas e verdades sedimentadas,

distanciamento da ação seja possível, o homem

abrindo frestas e fendas no “já sabido”, de

faz uso da atividade coletiva, e na linguagem da

maneira a impetrar novas interpretações da

Gnarus que ao representar o mundo na palavra

realidade.

acadêmica, faz presente no pensamento o que a

está ausente e comunica-se com o outro, com o

esclerosar-se no costume, nos clichês, na

mundo e o homem. Assim sendo, nosso trabalho

superstição, no preconceito, no rigor das

se realiza então.

Todo

conhecimento

oferecido

tende

“escolas”, nas ideologias, no tempo. Esse

Nos trabalhos deste número, a palavra de

pela

nossos colaboradores nos leva a muitos mundos,

construção de novas hipóteses e pelo despertar

o dos vivos, o dos mortos, o dos heróis, das

de novas sensibilidades. É pelo empenho

mulheres, dos deuses, da barbárie, da música, da

resultante do questionamento, que o saber tende

política, dos pecados, dos guerreiros e muitos

a se tornar cada vez mais complexo, geral e

outros. Portanto buscamos somente um pouco de

abstrato, que a razão forma o trabalho de

ordem para nos proteger do caos. Nada é mais

conceituação. A atuação do homem, de início

doloroso, mais aflitivo do que um pensamento

fixada ao mundo, é lentamente esclarecida pela

que esquiva a si mesmo, ideias que escapam, que

razão, que consente “viver em pensamento” a

esvanecem apenas tracejadas, já desgastadas

circunstância que ele anseia compreender e

pelo esquecimento ou precipitadas em outras,

transformar.

que também não dominamos.

conhecimento

deve

ser

revigorado

Este processo se dá no campo da representação máxima que é a palavra, é pela palavra que somos capazes de nos colocar no tempo, lembrando o que aconteceu no passado e antecipando o

Venham mais uma vez a navegar rumo ao ALetheia.1

Fernando Gralha

futuro pelo pensamento. Se a linguagem, através da representação simbólica e abstrata, permite o distanciamento do homem em relação ao mundo, ao mesmo tempo é o que permitirá seu retorno ao mundo para modificá-lo. Logo, se não tem oportunidade de desenvolver e aprimorar a linguagem, o homem torna-se impossibilitado de compreender e atuar sobre o mundo que o cerca.

1 Sobre o A-Letheia ver “Ao Leitor” Gnarus, nº 1.


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