Zine Complexo em Movimento - n. 23 - novembro/2016

e l x p o em M m o C ANO II - EDIÇÃO Nº 23 SAMAMBAIA, DF

Quanto você investe na sua banda, para ficar to-

cando de graça sempre?

novembro/2016

ovimento

Izzo Maia

e no chão Não me jologu de comunicação Sou um veícu Se não me quer mais, a. passe-me para outra pesso

Informes

Conselho de Cultura Samambaia

E m r e s u m o : - 2 4 3 ª R E U N IÃO O R D I NÁ R IA D O C O N S E L H O D E C U LT U R A S A M A M BA IA

Dia 07/11/2016, o Conselho Cultura Samambaia foi à Universidade Católica de Brasília, depois de exato um ano de diálogo com essa instituição, onde se discute uma parceria para elaboração do REGIMENTO INTERNO, ESTATUTO da entidade gestora e PLANO de GESTÃO do Complexo Cultural. Espera-se que estes documentos estejam prontos em meados de 2017.

A primeira fase das obras do Complexo Cultural conclui-se em 2017 também. O conselho de cultura se movimenta agora para conseguir verba para aquisição do mobiliário do Complexo, como também equipamentos de sonoplastia, iluminação etc, para o seu teatro (Teatro Verônica Moreno). Nas reuniões do Conselho, iniciou-se discussão sobre o planejamento da programação de inauguração do Complexo. Discute-se também nas reuniões, sobre a gestão do Complexo Cultural.

As reuniões acontecem quinzenalmente, no auditório da Administração de Samambaia, sempre numa terça-feira. Esta reunião ocorreu dia 08/11/2016.

Acesse o relatório em http://blogccs.wordpress.com

Izzo Maia

I

zzo maia, iniciou seus estudos em 2012, no núcleo de flauta transversal da Escola de Música de Brasília, se formando em 2013, tendo participado de grupos de câmara, orquestras e pequenos grupos populares. Com frequência, vem se apresentando em eventos e cerimônias, como instrumentista e compositor. É instrutor, ministra aulas particulares de teoria musical, flauta doce, flauta transversal e violão, além de participar de grupos musicais, que vão desde o chorinho à musica instrumental, ou até mesmo apresentando suas canções próprias. Atualmente está no último semestre do curso de licenciatura pela faculdade Paulista Claretiano.

www.facebook.com/IZZOMAIA

S

omos artistas independentes, levando o sonho de um dia ser reconhecido de alguma maneira, em algum meio, sendo ele underground ou pop.

Nossas influências são inúmeras, uma vez que vão do nosso Sertanejo raiz ao mais escroto progressivo, ou seja, nosso som não tem fronteiras, a fusão do Rock com outros elementos nos fascina. Dentre as apresentações mais recentes constam, o 85o Sarau Complexo, Bar Saloon Red Rock, e o evento Piquinique com

arte. A banda já possui um primeiro CD, intitulado Devaneios de Uma Trupe Arretada e Porreta (disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Zh84qiawhe0&t=66s), desse primeiro álbum já produziram um clipe da faixa Modo Aleatório (disponível em: https:// www.youtube.com/watch?v=ec58ym1DPeg). Para 2017, já preparam seu segundo CD que terá o nome de Altar das Lamentações.

www.facebook.com/seuroquetupinamba

Quanto você investe na sua banda,

para ficar tocando de graça sempre?

A

Já parou para p ens ar niss o?

ndré Cau, do Movimento de Valorização dos Músicos (MVM), esclarece o que acontece quando um músico ou uma banda toca de graça.

Imaginemos que um músico leva um ano ou seis meses para dominar um instrumento e tocar numa banda. Se pagou um curso para isso, algo em torno de R$ 150,00 mensais, e que outros três integrantes da banda também tenham investido em capacitação em seus instrumentos, isso totalizaria um investimento em torno de R$ 3.600,00. Considerando que o guitarrista da banda tenha comprado uma guitarra por R$ 1.500,00 e uma pedaleira com valor aproximado de R$ 1.000,00, mais um amplificador bacana por R$ 1.500,00. Só o guitarrista aqui, investiu uns R$ 4.000,00. Um baxista, que pagou R$ 1.500,00 num baixo e R$ 1.500,00 num amplificador (R$ 3.000,00). O baterista também uns R$ 3.000,00. O vocalista com equipamentos de voz para treinar em casa, dentre mesa, microfone, amplificador, cabos, vai algo em torno de R$ 3.000,00 também.

Levando em conta o tempo que se dedicam para banda, para ensaios em grupo e individuais, reuniões e demais atividades comuns que uma banda demanda, se dividir por 365 dias, a média anual, seria uma hora por dia para a banda. Esse tempo, multiplicado pelos quatro integrantes equivale a 1.460 horas dedicadas à banda. Imagine se estas horas tivessem sendo utilizadas em um outro trabalho remunerado, que seja de pelo menos um salário mínimo. Juntando todos os integrantes da banda, esse valor totalizaria em R$ 16.060,00 ao ano, com os encargos.

Ainda, se ensaiassem uma vez por semana em um estúdio, pagando R$ 60,00 por duas horas de ensaio. Em seis meses, isso custaria R$ 1.560,00. E que ainda se investissem algo em torno de R$ 200,00 com material e recursos de divulgação para a banda. Acrescenta-se ainda no período de seis meses, um gasto com transporte estimado em torno de R$ 836,00, considerando a maneira mais simples para se deslocar, que seria de ônibus, pagando uma passagem de R$ 4,00.

Somando tudo, em um ano seria algo em torno de R$ 32.556,00 (trinta e dois mil, quinhentos e cinquenta e seis reais). Esse valor para um pai de família, que ganha um salário mínimo, significa mais de três anos de trabalho, ou seja, muito dinheiro investido.

A partir desta análise então, quando forem fechar algum trabalho em alguma casa noturna ou com um produtor de eventos, e a pessoa vier com o argumento de que não poderá pagar cachê por serem uma banda iniciante e coisa e tal, mostrem a eles estes números como forma de comprovação de que a banda também tem seus custos.

Uma casa de shows, que abre pelo menos três vezes por semana, tem pelo menos 156 oportunidades para amortizar o custo que terá investido na apresentação da sua banda. Então, não toquem sempre pensando na recorrente proposta de visibilidade para a banda, pense no quanto custou em tempo e dinheiro, dedicação e cansaço, para a banda chegar a ter qualidade suficiente para se apresentar em público.

Para mais informações, visitem o site

www.mvmdf.com

O

dia 20 de novembro faz menção à consciência negra, a fim de ressaltar as dificuldades que os negros passam há séculos. A data é em homenagem a Zumbi, o último líder do Quilombo dos Palmares, em consequência de sua morte. Zumbi foi morto por ser traído por Antônio Soares, um de seus capitães.

A localização do quilombo ficava onde é hoje o estado de Alagoas, na Serra da Barriga. O Quilombo dos Palmares abrigava escravos fugitivos, pois muitos não suportavam viver tendo que aguentar maus tratos e castigos de seus feitores. O local abrigou uma população de mais de vinte mil habitantes.

Nem mesmo estando doentes eram tratados de forma diferente, com respeito e dignidade. Ficavam sem remédios e sem atendimento médico, motivo pelo qual inventaram medicamentos com ervas naturais, ações aprendidas com os índios brasileiros.

Algumas leis foram criadas para defender os direitos dos negros, pois muitas pessoas não concordavam com a escravização. A Lei do Ventre Livre foi a primeira delas, criada em 1871, concedendo liberdade aos filhos dos escravos nascidos após a lei. No ano de 1885, criaram a Lei dos Sexagenários, dando liberdade aos escravos com mais de sessenta anos de idade.

Porém, com a Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888, foi que os escravos conquistaram definitivamente sua liberdade.

O grande problema dessa libertação foi que os escravos não sabiam realizar outro tipo de trabalho, continuando nas casas de seus patrões, mesmo estando libertos.

Com isso, a tão esperada liberdade não chegou por completo.

As oportunidades de vida que tiveram eram limitadas apenas aos trabalhos pesados, como não haviam estudado e não aprenderam outros ofícios além dos braçais, porém, alguns conseguiram emprego no comércio.

O dia da consciência negra surgiu para lembrar o quanto os negros sofreram, desde a colonização do Brasil, suas lutas, suas conquistas. Mas também serve para homenagear àqueles que lutaram pelos direitos da raça e seus principais feitos.

Na data são realizados congressos e reuniões discutindo-se a história de preconceito racial que sofreram, a inferioridade da classe no meio social, as dificuldades encontradas no mercado de trabalho, a marginalização e discriminação, tratando-se também de temas como beleza negra, moda, conquistas, etc. http://mundoeducacao.bol.uol.com.br

ISA- Instituto Solid’art/ Movimento Samamba Rock O rock de Brasília não para. Em todas as cidades satélites existem dezenas de bandas de rock independentes, e mais outras tantas sendo criadas, sem um palco para mostrar seu trabalho, sem uma visão profissional de sua produção cultural.

O Festival Samamba Rock fomenta e promove a cidadania e a integração de artistas das Regiões Administrativas do DF através de suas ações de entretenimento, educação, oficinas, inclusão social, e ainda, apoio a outros projetos semelhantes, combatendo de forma preventiva situações de risco e ou vulnerabilidade social, alimentando a autoestima do artista e do público, valorizando sua identidade e de seus parceiros, através da promoção e revitalização da cena do rock autoral no Distrito Federal. O Festival é uma verdadeira ponte entre o público e dezenas de bandas de rock que em muitos casos já existem há anos e nunca tiveram acesso a nenhum tipo de política pública e, com a edição do festival, terão uma justa valorização de seus trabalhos

autorais. O projeto se justifica em virtude de o Festival ser a voz do rock autoral para o público das cidades do DF e entorno, transformando antes humildes grupos de pessoas apenas com um instrumento na mão e ideias na cabeça, em antológicas bandas de rock.

O Festival Samamba Rock é um evento autoral e independente, criado em outubro de 1998, na cidade-satélite de Samambaia, além de ser um marco na história do rock autoral no DF, é fundamental para a criação e manutenção de novas e velhas bandas autorais de rock. Mantido pelo Ponto de Cultura Instituto Solid’Art (ISA), o Festival Samamba Rock deu início ao Movimento Samamba Rock, onde militamos e fomentamos o rock autoral brasiliense, pela manutenção da formação de bandas de rock, um ato já cultural no DF. Em quase 2 (duas) décadas de existência, realizamos 15 (quinze) edições contemplando mais de 200 (duzentas) bandas autorais. Em 2014, a banda MATANZA encerrou a edição do festival, no qual tivemos um público de mais de 7000 pessoas. Depois desses quase 20 anos de existência, o Movimento Samamba Rock quer galgar desafios maiores, ao espalhar sua ideologia cultural para mais cidades do DF e entorno. Hoje somos o maior festival de rock fora do Plano Piloto e um dos maiores do DF, tudo feito com muita dedicação, com muita raça e vontade, pois nós que trabalhamos pelo festival, acreditamos no pensamento que promovemos.

Expediente: Idealizador: Demontiez Marques (61 8586-4869) Editoração: Ilton Barbosa (61 8474-2193), Revisão: Danne Strauss (61 9610-4680)

Todas as edições disponíveis em: https://issuu.com/zinecomplexoemmovimento