Revista Xonguila Nº2

Publicação mensal • Maio 2018 • Edição nº2 • Ano 01 • 250 mt • www.xonguila.co.mz

770261 666826

SUKUMA Em entrevista exclusiva In an exclusive interview

9

ISSN

0261-6661

STEWART 1 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

HOTEL RADISSON

Luxo e conforto na baía de Maputo Luxury and comfort in Maputo bay

SABATHA GONÇALO MABUNDA

Fotografia: Mariano Silva

2 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Arte Daqui

GONÇALO MABUNDA

“A minha inspiração provém do quotidiano de Moçambique” 3 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Rubrica - Arte Daqui

Arte Daqui

GONÇALO MABUNDA

Quem é Gonçalo Mabunda?

Sou filho de Febe Semione Vombe e Uachibumo Armando Mabunda, pais de 8 filhos.

Naturais de Gaza, mas que vieram para Maputo já há bastante tempo, onde eu acabei por nascer, em 1975.

trabalhos quero passar a mensagem de que não se pode ignorar a história do nosso país.

O mesmo material que tira vidas também pode servir para reflexão, e cada bala que utilizo nas minhas obras é uma vida que posso salvar.

Entre as várias formas de expressões artísticas, porquê as esculturas com armas?

E que percursos ou vivências te conduziram até aqui?

O estilo actual do meu trabalho começou devido a um projecto do Conselho Cristão cujo objectivo era transformar armas em obras de arte, algo por que me apaixonei e nunca mais deixei de trabalhar neste tema. Com estes

Onde nasce a tua inspiração?

A minha inspiração provém do quotidiano de Moçambique e das viagens que faço. Quando era mais novo, fazia obras apenas para os turistas levarem como recordação, mas, à medida que fui amadurecendo, apercebi-me de que os artistas são mensageiros, e que a minha missão era transmitir o que muitos não conseguem dizer ou opinar. Ultima-

4 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Rubrica - Arte Daqui

mente tenho-me debruçado sobre a corrupção em que a sociedade moçambicana se vê envolvida, tenho feito máscaras que representam a ocultação de uma realidade.

Que artistas influenciam a tua obra?

Artistas como o Chissano, Malangatana, Miro (que considero meu ídolo), serviram de inspiração para as minhas obras, assim como aquele que me ensinou a trabalhar o metal, o meu mestre, o artista sul-africano Andries Botha.

Em 1994, Botha realizou um workshop em Maputo e necessitou de um assistente.

Foi assim que nos conhecemos e os nossos caminhos se cruzaram.

A peça que idealizas inicialmente é a mesma que constróis no final?

Não, ela tem um desenvolvimento dinâmico, é como

a vida, não sabemos qual será o resultado final. O mais importante é começar.

Depois de estar focado, toma diversos rumos, sempre com o propósito de seguir em frente.

Como vês o mundo da arte no nosso país? É muito forte, mas o que precisa neste momento é de mais apoio, mais promoção, mais galerias. É necessário divulgar-se a arte em Moçambique, mas não nos podemos esquecer de levá-la também para fora, para destacar Moçambique além-fronteiras. Dever-se-ia investir mais na formação de modo a enriquecer a qualidade das nossas obras, e também em criar pontes educacionais com outros países. É possível viver da arte em Moçambique? É muito complicado. A cul-

5 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

tura nacional e os artistas deviam ser mais apoiados.

Como foi a reação da tua família quando decidiste envergar por este caminho?

Facilitadora ou uma barreira?

Essa pergunta é muito interessante. Quando vivia com os meus pais, foi um pouco complicado. A minha mãe questionava-me bastante e não acreditava em mim.

Comecei na pintura, fui continuando, aprendendo, melhorando. Mais tarde passei para a escultura e conquistei o meu público. Hoje ela tem uma opinião totalmente diferente. Penso que, tal como eu aprendi, acabei por ensinar a minha mãe a valorizar uma obra de arte. Nunca pensei chegar onde estou. Comecei no núcleo de arte em 1992, fui aprendendo e ganhando espaço em exposições.

Fotografia: Mariano Silva

Rubrica - Arte Daqui

Malangatana, Chissano e Miro foram a minha inspiração Já estiveste em diferentes países. Como foram essas experiências?

Todas muito positivas. A minha primeira experiência ocorreu quando tinha 18 anos. Fui para Durban, para casa de um artista branco no tempo do apartheid.

Os meus colegas tinham receio, mas ganhei coragem e fui, correu tudo muito bem. Mais tarde fui à Europa, à América e percorri os 5 continentes.

Qual consideras ter sido o ponto mais alto da tua carreira?

Foi o facto de ter sido convidado para participar no Africa Remix, onde reencontrei o meu mestre Andries Botha.

Esta iniciativa juntou mais de 100 artistas africanos e fez com que os meus trabalhos rodassem pelo mundo durante 5 anos. A obra que apresentei foi uma representação da Torre Eiffel construída em armas e munições.

Quais são os teus planos para o futuro?

Gostava de criar o espaço do artista, um local que promovesse o intercâmbio entre artistas de vários países e estilos diferentes. Onde pudessem partilhar técnicas e experiências, contribuindo para o aperfeiçoamento e inovação do trabalho de todos.

Fotografia: Mariano Silva 6 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Rubrica - Arte Daqui

7 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Rubrica - Arte Daqui

Arte Daqui

GONÇALO MABUNDA

ART FROM HERE

Who is Gonçalo Mabunda?

Among the various forms

Council’s project whose goal

I am one of Febe Semione

of artistic expression, why

was to turn weapons into

Vombe and Uachibumo Ar-

the sculptures made from

works of art, something that

mando Mabundaf’s 8 chil-

weapons? And what paths

I fell in love with and never

dren. My parents were from

or experiences have led you

stopped working on this

Gaza but came to Maputo

here?

theme. With this work I want

long time ago where I was

The current style of my work

to convey the message that

born in 1975.

began because of a Christian

we cannot ignore the history

8 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Rubrica - Arte Daqui

plunged in, I have made

Mozambique?

masks that represent the

It is very complicated.

concealment of a reality.

National culture and artists should receive more sup-

Which artists influence

port.

your work?

Artists like Chissano, Ma-

What was your family’s

langatana, Miro (whom I

reaction when you decid-

consider my idol), served

ed to go down this road?

as inspiration for my works,

Facilitator or a barrier?

as well as my master, the

“That is a very interesting

South African artist Andries

question. When I lived

Botha who taught me how

with my parents, it was a

to work with metal. In 1994

bit tricky. My mother ques-

Botha held a workshop in

tioned me a lot and did

Maputo and needed an as-

not believe in me. I started

sistant that is how our paths

painting, I continued, I

crossed.

learned, I improved. Later moved on to sculpting and won my audience. Today

designed the same as the

she has a totally different

one you build at the end?

opinion about my work.

No, it has a dynamic devel-

I think that, as I learned,

opment, it is like life, we do

I also taught her to val-

not know what the result

ue a work of art. I never

will be. The most important

thought I’d get where I

thing is to start. After being

am. I started in Nucleu

focused, it takes several

D’Arte in 1992, I was learn-

directions, always with the

ing and gaining space in

purpose of moving forward.

exhibitions.

I can save.

What do you think of the

You’ve had been to other

art in our country?

countries. How were

Where does your inspiration

It’s very strong, but what

those experiences?

you need right now is more

All very positive. My f irst

support, more promotion,

experience occurred when

more galleries. It must be

I was 18 years old. I went

promoted in Mozambique,

to Durban, to the home

but we cannot forget to also

of a white artist during

take it abroad, to showcase

apartheid. My colleagues

Mozambique across bor-

were af raid, but I got

ders. We should invest more

the courage and went,

in training in order to enrich

everything went very well.

the quality of our work, and

Later I went to Europe, to

to create educational bridg-

America and travelled the

es with other countries.

5 continents.

Fotografia: Mariano Silva

Is the piece you originally

of our country. The same material that takes lives can also serve for reflection, and every bullet I use in my works is a life

come from?

My inspiration comes from Mozambican daily life and the trips I take. When I was younger, my work was aimed at tourists to take as a souvenir, but as I matured, I realized that artists are messengers, and that my mission was to convey what many fail to say or give an opinion on. Lately I have been inspired by the corruption in which Mozambican society is

Is it possible to live of art in

9 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Rubrica - Arte Daqui

Fotografia: Mariano Silva

10 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Rubrica - Arte Daqui

My inspiration comes from Mozambican daily life What do you consider having been the highest point of your career?

It was the fact that I was invited to participate in Africa Remix, where I met my master Andrius Botha. This initiative brought together more than 100 African artists and took my work around the world for 5 years. The work I presented was a representation of the Eiffel Tower built on weapons and ammunition.

What are your plans?

I would like to create the space for artists, a place that promotes the exchange between artists from different countries and different styles. Where they can share techniques and experiences, contributing to the improvement and innovation of all our work.

11 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

SUMÁRIO CONTENTS

42

FRESH AIR

46

RELAXE / RELAX

54

AREIAS DE SONHO /

64

PALADARES À SOLVA /

Jardim dos Cronistas, um excelente local para ler um livro ou fazer um piquenique Jardim dos Cronistas, a great place to read a book or have a picnic

Sempre sonhou em passar férias num local deslumbrante? Então temos o destino para si Ever dreamed of a vacation in a dazzling place? Then we have destiny for you

16

SONS DA ALMA / SOUNDS OF THE SOUL

De Quelimane para o mundo From Quelimane to the world

DREAM SANDS

Vilankulo, céu e mar celestes Vilankulo, celestial sky and sea

PALATES ON THE LOOSE

Bom Garfo Rodísio Gourmet, uma aposta de sucesso.

Bom Garfo Rodísio Gourmet, a successful bet

FICHA TÉCNICA Propriedade: Veludo & Mentol, Sociedade Unipessoal Lda • Administração: Nuno Soares, Omar Diogo, Mariano Silva • Director: Nuno Soares • Colunistas: Hussein Hassan, Mafalda Henriques, Malaika Ribeiro, Nuno Azevedo, Milano, Neide Ussiana, Gonçalo Mendes, Ernesto Moamba • Capa: Mariano Silva (Fotografia) , Nuno Azevedo (Ilustração) • Fotografia: Mariano Silva, Vila Sol e Sal, Nuno Timóteo • Revisão linguística: Fátima Ribeiro (Português) • Tradução: Filipa Carreira (Inglês) • Paginação: Omar Diogo • Ilustração: Ana Gomes Pinto • Marketing: Omar Diogo, Nuno Soares, Ana Piedade, Nuno Lopes • Digital - Jorge Oliveira • Logística: Raquel Braz • Departamento Comercial: +258 84 295 39 07, geral@xonguila.co.mz • Registo de Propriedade Industrial: 3 5 0 6 5 / 2 0 1 7 - 3 5 0 6 6 / 2 0 1 7 ( 1 5 /0 1 / 2 0 1 8 ) • ISSN - 0261 - 661 • Registo:02/Gabinfo-dec/2018 Os artigos com assinatura reflectem a opinião dos autores e não necessariamente da revista.

Toda a transcrição ou reprodução, parcial ou total, requer a autorização expressa da empresa titular da revista.

32

YOU’RE INVITED

Radisson um hotel moderno cosmopolita Radisson a modern cosmopolitan hotel

Sumário

86

SHAPE YOUR WEDDING

90

SABIAS QUE...

94

CINEMA 35MM

106 112

Tendências 2018/19 por Neide Ussiana.

Trends 2018/19 by Neide Ussiana.

/ DID YOU KNOW...

A extinta praia da Polana The extinct Polana beach

Beasts of No Nation, uma produção ousada e ambiciosa Beasts of No Nation, a daring and ambitious production

76

MOMENTOS FASHION/ FASHION MOMENTS

Sabatha, da necessidade ao triunfo Sabatha, from need to triumph

INVESTIR NO TURISMO EM MOÇAMBIQUE Aspectos Fiscais Tax Aspects

SAÚDE E BEM ESTAR / HEALTH AND WELL-BEING

Treina regularmente? Temos excelentes dicas para si Do you train regularly? We have excellent tips for you

BIOS Property: Veludo & Mentol, Sociedade Unipessoal Lda • Administration: Nuno Soares, Omar Diogo, Mariano Silva • Director: Nuno Soares • Columnists: Hussein Hassan, Mafalda Henriques, Malaika Ribeiro, Nuno Azevedo, Milano, Neide Ussiana, Gonçalo Mendes, Ernesto Moamba • Cover: Mariano Silva (Photography) , Nuno Azevedo (Illustration) • Photography: Mariano Silva, Vila Sol e Sal, Nuno Timóteo • Copy Editing: Fátima Ribeiro (Portuguese), • Translation: Filipa Carreira • Page make-up: Omar Diogo • Illustration: Ana Gomes Pinto • Marketing: Omar Diogo, Nuno Soares, Ana Piedade, Nuno Lopes • Digital - Jorge Oliveira • Logistics: Raquel Braz • Commercial: Department: +258 84 295 39 07, g e r a l @ x o n g u i l a . c o . m z • Pr o p e r t y R e g i s t r a t i o n Industr y: 35065/2017 - 35066/2017 (15/01/2018) • I S S N - 0 2 6 1 - 6 6 1 • Registo: 02/Gabinfo-dec/2018 The articles reflect the authors opinion, and not necessarily the magazine opinion.

All transcript or reproduction, partial or total, requires 13 - Maio/May REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2 the authorization of the2018• company that owns the magazine

2

ARTE DAQUI/ ART FROM HERE

“Cada bala que utilizo nas minhas obras, é uma vida que posso salvar” “Every bullet I use in my works is a life I can save”

Editorial

Do Director / From the Director

C

aro leitor, em nome de toda a equipa da Revista Xonguila, venho manifestar o nosso grande orgulho pelo feedback recebido por parte do público após o lançamento da nossa primeira edição.

Foram inúmeras as mensagens de apoio que nos chegaram, e estamos por isso muito agradecidos. Juntamente com a missão de divulgar e promover Moçambique a que nos comprometemos, esta é a motivação para tentarmos fazer cada vez mais e melhor.

Convido-o a embarcar novamente numa viagem por Moçambique de mãos dadas com a nossa gente. Seja bem-vindo à edição nº 2 da Revista Xonguila, de que a alegria é a grande protagonista.

Maio começa celebrando-se o Dia Internacional do Trabalhador e, como uma coisa boa nunca vem só, comemora-se também, na área familiar, o dia da Mãe.

Nas nossas páginas irá encontrar os mais variados artigos sobre turismo, restauração, bem-estar, moda, informação, entretenimento, entre muitos outros temas que procuramos que sejam do seu interesse.

Se está a ler a revista pela primeira vez, encontrará bons motivos para continuar a seguir-nos, pois encontrará conteúdos deliciosos e várias boas surpresas.

Aproveite para saborear cada página e sinta o aroma a flores que paira no ar. Desejo-lhe uma boa leitura e agradeço por estar desse lado.

Dear reader, on behalf of the entire Xonguila Magazine team, I am very proud of the public’s feedback following the launch of our first edition. We are very grateful for all the messages of support we have received. Along with our mission to promote Mozambique, this positive response motivates us to try to do more and better.

I invite you to embark again on a journey through Mozambique hand in hand with our people. Welcome to Xonguila Magazine issue no. 2, where joy is centre stage.

May begins with the International Workers’ Day celebration and because good things always come in pairs we also celebrate Mothers’ Day. In this edition you will find a wide variety of articles on tourism, catering, wellness, fashion, information, entertainment, among many other topics that we hope tickle your interest.

If you are reading the magazine for the first time, you will find good reasons to continue to follow us as you will find delicious contents and several good surprises.

Take the time to savour each page and feel the aroma of flowers that hangs in the air. I wish you a good read and thank you for joining us.

Nuno Soares Director

A XONGUILA SENTE MOÇAMBIQUE. SINTA-O VOCÊ TAMBÉM.

14 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

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Rubrica - Sons da Alma

Sons da Alma

STEWART SUKUMA

Como surge o teu interesse pela música?

Tinha eu cerca de seis ou sete anos de idade quando recebi uma viola de plástico no Natal, oferecida pelos Caminhos de Ferro em Quelimane para o Natal dos Pobres, e eu fui contemplado. A partir daí esse bichinho deve ter ficado. Mas, anos depois, o meu interesse não passava necessariamente por tocar e cantar - eu dançava, pertenci a um grupo folclórico entre os meus dez e catorze anos e, na verdade, o interesse de começar a tocar surge exactamente quando estava nesse grupo. Havia uma banda que nos acompanhava e comecei a aperceber-me de que me era mais interessante estar no palco a tocar do que a cantar. Acabei por começar 16 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

a tocar viola nessa altura. Comecei por acompanhar declamadores de poesia na minha escola.

Quais são as tuas origens e quais foram as tuas maiores influências?

Os meus pais são de Erregele, uma localidade perto de Quelimane, e, não obstante eu ter nascido em Cuamba, considero-me mais quelimanense pela minha vivência. A minha adolescência foi quase toda vivida em Quelimane, de onde as minhas influências musicais e tradicionais são originárias. Acerca disso, recordo-me que todas as noites, antes de dormir, chegavam-me de longe os sons e cânticos de danças e batuques, e essa recordação nunca mais

Rubrica - Sons da Alma

um pouco de tudo, música pop, tradicional, clássica e originária de vários países, e estou, portanto, de algum modo sujeito a essa influência. A minha música tem por base uma componente tradicional moçambicana muito forte, mas com outras influências de tudo o que eu fui ouvindo ao longo da minha carreira.

Fotografia: Mariano Silva

Já passaste por alguma dificuldade que te fez pensar em desistir? Que dificuldades foram essas?

Os anos 80 foram complicados para todos os moçambicanos. Moçambique estava em guerra, as cidades estavam quase todas isoladas, as infra-estruturas destruídas. Não havia quase nada nas lojas, o povo vivia à base de um abastecimento regulado pelo governo e, não obstante a vontade de todos de produzir, era tudo muito controlado, fosse pela guerra ou pelo próprio sistema. A música não era nessa altura uma opção de sobrevivência.

Suspendi por um período a minha carreira, tirei um curso de gestão de stocks e fui trabalhar para um grupo de restaurantes. Foi uma opção só para ganhar tempo, para esperar por oportunidades que surgissem para fazer aquilo que mais amava.

se afastou da minha memória. No entanto, ao longo da minha carreira fui bebendo de outras culturas, da minha terra e de outros países no mundo, mas sempre com um interesse profundo na cultura tradicional desses lugares.

Em que momento decidiste que irias cantar profissionalmente? Tinhas alguma profissão antes de seguir a tua carreira musical?

Não, quando comecei a tocar e cantar, não me lembro de ter pensado em uma outra profissão, mas, se me perguntarem hoje o que eu escolheria, de forma consciente (porque a minha escolha foi inconsciente), a música estaria definitivamente entre as escolhas que eu faria, mas também estaria a cozinha, adoro cozinhar, adoraria ser chef. Gostaria também de ser actor de cinema ou de teatro, no fundo alguma profissão ligada às artes.

Como defines o teu estilo musical?

O meu estilo musical é a fusão de vários ritmos tradicionais moçambicanos com a música contemporânea do mundo, porque ao longo destes anos bebi muita música de todos os cantos do planeta. Eu ouço 17 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Qual a canção que sentes mais prazer em cantar?

(Risos) As canções são como os filhos, eu escrevo todas as canções com um certo carinho, não faço música para encher um repertório ou para encher um CD. Se calhar, por uma razão temática, poderia falar de “Moçambique”, música que faz parte do meu primeiro CD, “Afrikiti”, onde eu falo sobre o nosso país. Foi uma música que deixou de ser minha e passou quase a ser um hino, mas eu gosto de todas as músicas que escrevo.

Fazes muitos espectáculos por ano?

Durante os últimos oito anos e até 2014 eu agendava uma média de 50 shows por ano entre Moçambique e o resto do mundo. Daí para cá o número de shows foi diminuindo, por duas razões: uma delas foi porque o mercado mudou, consequência da situação financeira que o pais atravessa, e a outra foi porque eu próprio comecei a ser mais selectivo nos shows que faço, e neste momento sou mais selectivo ainda porque quero dividir o meu tempo com outros projectos meus relacionados com as artes e cultura.

Qual foi o espectáculo mais marcante na tua carreira?

Eu já toquei para muita gente e se calhar vou dividir as coisas da seguinte forma. Adorei fazer espectáculos para o povo que nem sequer eram shows pagos, e as pessoas ficaram-me no coração em muitas dessas vezes. Houve um show que se tornou quase inesquecível, e se não falar dele penso que muita gente vai ficar zangada. Foi o show no Coliseu dos Recreios. Foi um espectáculo importante, não só para mim como músico, porque deu algum brilho à minha carreira, mas também para os moçambicanos, porque a música moçambicana ainda não tem muita expressão no mercado português. Foi uma representação da música do nosso país numa das maiores catedrais da música em Portugal.

Rubrica - Sons da Alma

Como foi a sensação de cantar no Coliseu dos Recreios?

Eu fiz uma visita ao Coliseu ainda vazio. Entrei pelos bastidores e dirigi-me ao palco, deparei-me com uma plateia gigante, um cenário imponente e impressionante. Vou dizer que me deu uma dor no estômago, aquela dor de pânico que nos dá. O espectáculo já estava marcado, não havia como voltar atrás. Foi uma sensação de medo, mas ao mesmo tempo de confiança: não havia absolutamente nada a perder. Foi realmente um espectáculo monumental, graças à equipa luso-moçambicana de músicos, produtores, comunicadores que se juntou para levar a cabo aquele projecto que importava, de todas as formas, e até de uma forma política, que fosse um projecto vencedor.

Já cantaste com vários músicos. Quem foi aquele ou aquela com que te identificaste melhor em palco?

Foram muitos. Eu tive sempre o privilégio de quase sempre escolher parceiros que tivessem logo à partida uma afinidade comigo, o que me importava era termos uma química, a mesma linguagem e o mesmo objectivo musical, que é defender a música popular do pais de origem de cada um. Duetos com Luís Represas, Cuca Roseta, Ana Moura e JP Simões ou com Lee Ritenour, Ivan Lins, Gilberto Gil, Bonga e Paulo Flores, Tito Paris, Sara Tavares, Ana Bacalhau e Paulinho da Costa, com Hortêncio Langa, Isabel Novela, Sheila Jesuíta e Elizah Rodrigues foram combinações felizes a todos os níveis.

Que género musical é que ouves em casa? Quais os cantores ou bandas de que mais gostas?

Eu tenho um percurso musical impressionante relativo àquilo que eu escutei. Quando comecei a tocar, eu tocava e ouvia Pop Rock, Beatles, Rolling Stones e muitas outras bandas daquele tempo, mas depois os estilos foram-se misturando até chegar àquilo que eu sou hoje. Gosto de música clássica, ouço Beethoven, Mozart, Mendelssohn, mas também ouço salsa, fado e flamenco... Eu ouço de tudo um pouco. Mas, se me perguntarem o que eu gosto de ouvir de verdade, é a música tradicional desses países todos, porque se identifica com a minha linha de acção na música. Os músicos tradicionais e populares de Moçambique despertaram um interesse forte em mim nos anos 90.

Quem compõe as tuas músicas?

Eu escrevo 99% das músicas que canto e também escrevo para outros intérpretes, mas não me inibo quando não consigo escrever sobre um tema que me fascine, eu peço a alguém para me escrever. Por essa razão tenho num dos meus CDs o José Eduardo Águalusa, que me escreveu uma letra encomendada, e no CD Nkhuvu o Samito Matsinhe partilhou comigo quase 50% das músicas. Depois tem um outro caso do Luís Carlos Patraquim, onde trabalhámos juntos sobre uma letra original sua, mas também cantei e gravei músicas de outros cantores, como é o caso do Hortêncio Langa.

18 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Fotografia: Mariano Silva

Rubrica - Sons da Alma

19 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Entrevista realizada no Hotel Villa das Mangas

Rubrica - Sons da Alma

Entrevista realizada no Hotel Villa das Mangas

O que quer Stewart Sukuma que os políticos façam pela cultura no nosso país?

Primeiro, que a valorizem verdadeiramente. Temos que sair do discurso para a prática. A valorização tem de começar nas escolas, no ensino primário, com informação para que as gerações vindouras possam no futuro ter bases para valorizar as artes e cultura. Tornar a cultura uma fonte de rendimento implica um investimento substancial em conhecimento agora, para colhermos frutos num futuro próximo. A combinação entre as cadeias de valor é fundamental para o progresso e aproveitamento da cultura como uma mais valia para a economia do pais.

Os músicos do antigamente cantavam por determinadas causas, lutavam por ideais. Sentes esse sentimento nesta nova geração?

Não, não acho que haja. Existem um ou dois cantores que o fazem, mas dois cantores não formam um padrão no cenário actual da música moçambicana. De uma forma geral não acho que seja esse o padrão. Hoje o objectivo é a fama, o sucesso imediato, construído por cima de valores e princípios doentes e com uma sociedade pouco educada e 20 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

preparada para consumir produtos de qualidade.

Atenção que este fenómeno não é só em Moçambique! (Risos) Tens alguma recordação saudosa de alguma época da tua carreira?

A minha ambição foi sempre descobrir novos desafios, e eu sou uma pessoa “para a frente”, gosto de tirar partido do que vivi, mas o meu caminho é para a frente. A minha persistência ao longo dos meus 35 anos de carreira permitiu-me conseguir um espaço, tal como a reinvenção da minha imagem musical e pessoal dentro de cada contexto musical ao longo dos anos, mas a minha essência continua comigo. Fui-me adaptando aos cenários da música aos longo dos tempos, mas sempre com perspectiva no futuro. É possível viver somente da música em Moçambique?

Eu acho que é possível viver somente da música em Moçambique se nós nos empenharmos todos os dias em função disso. Continuo a pensar que temos que mudar a nossa mentalidade letárgica e ir em busca de uma atitude profissional organizada.

Rubrica - Sons da Alma

Fotografias: Mariano Silva

Há muitos campos não explorados nesta área. Há espaços na cadeia de valor que estão por preencher e, como disse anteriormente, precisamos de levar isso em consideração.

Conta-nos uma história interessante que se tenha passado em algum espectáculo?

No inicio dos anos 2000 fui convidado pelo Hotel Polana para inaugurar um hotel em Lisboa e, em conversa com um grupo de pessoas, alguém me perguntou porque é que o meu CD não estava a ser distribuído em Portugal. Eu respondi que estava a ser distribuído por uma companhia que não era propriamente da área e que a distribuição era fraquíssima…mal sabia eu que entre as pessoas que faziam parte do grupo estava um representante da companhia distribuidora. Fiquei completamente constrangido com essa situação (Risos) Numa outra ocasião, em Cabo Verde, acabava de aterrar no Sal e apercebi-me de que muita gente falava de mim, e eu muito orgulhoso e feliz, quando alguém ganhou coragem e me abordou perguntando se eu era um apresentador de televisão famoso, deitando por água abaixo a minha euforia pensando que era pela minha música. (Risos) 21 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Que sonho pretendes realizar como músico?

O meu sonho como músico é internacionalizar a música e a cultura moçambicanas, é pôr Moçambique na boca do mundo, seja por minha via ou por via de outros artistas.

Deixa uma mensagem para as pessoas que acompanham o teu trabalho.

Atravessamos um momento muito agitado pelas circunstâncias que todos conhecemos, pelo excesso de liberdade de expressão e pela interpretação dessa mesma liberdade. Primeiro gostaria que fôssemos todos mais tolerantes uns com os outros e com todos os aspectos da nossa vida. Saber ouvir, compreender o que acontece ao nosso redor, exige alguma capacidade de interpretação coerente e sensata de todos, desde compreender onde começa e acaba a liberdade de cada um de nós até à capacidade de executá-la. O que eu quero transmitir aos meus fãs é que não fomentem, de modo algum, qualquer atitude xenófoba, nem nenhuma atitude racista. Hoje nós somos cidadãos do mundo, para mim só há uma raça, que é a raça humana.

O respeito mútuo é a chave para o convívio de que precisamos para viver em paz e em comunhão.

Rubrica - Sons da Alma

Sons da Alma SOUNDS OF THE SOUL

STEWART SUKUMA Where does your musical interest come from?

I was about six or seven years old when I received a plastic guitar for Christmas, from the Quelimane Railways in the Christmas for the Poor event. From then on, this bug must have stayed.

But years later, my interest was not necessarily playing and singing - I danced, I belonged to a folk group between the ages of ten and fourteen, and in fact I became interested in playing when I was in that group. There was a band that accompanied us, and I began to realize that it was more interesting to be on the stage playing than singing. I ended up playing guitar at that point. I started by accompanying poetry declaimers at my school.

22 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

What are your origins and what were your greatest influences?

My parents are from Erregele, a locality near Quelimane, and although I was born in Cuamba, I consider myself more “Quelimanense” because of my experience. My adolescence was almost all lived in Quelimane, from where my musical and traditional influences originated.

About this, I remember that every night before I went to sleep the sounds and songs of dancing and drums came to me from afar, and this memory never left me. However, throughout my career I have been exposed to other cultures, from my land and from other countries in the world, but always with a deep interest in the traditional culture of these places.

Fotografia: Mariano Silva

Rubrica - Sons da Alma

When did you decide that you would sing professionally? Did you have a profession before following your musical career?

No, when I started to play and sing, I do not remember thinking about another profession, but if you asked me today what I would choose, consciously (because my choice was unconscious), singing would be among one of the choices, but so would be cooking, I love cooking, I would love to be a chef. I would also like to be a film or theatre actor, it would be something to do with the arts.

How do you define your musical style?

My musical style is the fusion of several traditional Mozambican rhythms with the contempo23 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

rary music of the world, because over the years I have been exposed to a lot of music from every corner of the planet. I hear a little of everything, pop music, traditional, classical and originating from several countries, and I am therefore somehow subject to this influence. My music is based on a very strong traditional Mozambican component, but with other influences of everything I’ve been listening to throughout my career.

Have you ever had any difficulty that made you think about giving up? What difficulties were these?

The 1980s were complicated for all Mozambicans. Mozambique was at war, the cities were

Rubrica - Sons da Alma

What song do you most enjoy singing?

(Laughter) Songs are like children, I write all the songs with some affection, I do not do music to fill a repertoire or complete a CD. Perhaps, for a thematic reason, I could speak of “Mozambique”, a song that is part of my first CD, “Afrikiti”, where I talk about our country. It was a song that stopped being mine and it was almost an anthem, but I like all the songs I write.

Do you do many shows a year?

During the last eight years and until 2014 I scheduled an average of 50 shows a year in Mozambique and the rest of the world. Since then, the number of shows has been decreasing, for two reasons: one was because the market changed,

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as a consequence of the financial situation that the country is going through, and the other because I started to be more selective in the shows I do, and in this I am more selective because I want to share my time with other projects related to the arts and culture.

What was the most remarkable show in your career?

I’ve played for a lot of people, so I will say this.

I loved doing shows for the masses that were not even paid shows, and I kept many of those people in the heart. There was a show that was unforgettable, and if I do not talk about it I think a lot of people will get angry. It was the show at Coliseu dos Recreios. It was an important show not only for me as a musician, because it enhanced my career, but also for Mozambicans, because Mozambican music still does not have much expression in the Portuguese market. It was a representation of the music of our country in one of the biggest cathedrals of music in Portugal.

What was the sensation of singing at the Coliseu dos Recreios?

I visited the Colosseum while it was still empty.

I walked backstage and walked to the stage, I

Entrevista realizada no Hotel Villa das Mangas

almost all isolated, the infrastructure destroyed.

There was almost nothing in the shops, the people lived of government-regulated supplies and, despite everyone’s desire to produce, everything was very controlled, whether by war or by the system itself. Music was not a sustainable option at the time. I suspended my career for a period, took a course in stock management and went to work for a group of restaurants. I was just biding time, to wait for opportunities to do what I loved most.

Rubrica - Sons da Alma

Fotografia: Mariano Silva

came upon a giant audience, an imposing and impressive scenery. I will say that it gave me a pain in the pit of my stomach, panic. The show was already set, there was no turning back. It was a feeling of fear, but at the same time of trust: there was absolutely nothing to lose. It was really a monumental spectacle, thanks to the Portuguese-Mozambican team of musicians, producers, communicators who came together to carry out that important project, even politically it was important that the show was a success.

You’ve sung with several musicians. Who did you identify with the most on stage?

There were many. I always had the privilege of almost always choosing partners with whom I would have an affinity, what mattered to me was that we had a chemistry, the same language and the same musical purpose, that is to defend the popular music of our country of origin. Duets with Luís Represas, Cuca Roseta, Ana Moura and JP Simões or with Lee Ritenour, Ivan Lins, Gilberto Gil, Bonga and Paulo Flores, Tito Paris, Sara Tavares, Ana Bacalhau and Paulinho da Costa, with Hortêncio Langa, Isabel Novela, Sheila Jesuit and Elizah Rodrigues were good 25 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

combinations at every level.

What kind of music do you listen to at home?

Which singers or bands do you most like?

I have an impressive musical trajectory in terms of what I listened to. When I started playing, I played and listened to Pop Rock, Beatles, Rolling Stones and many other bands of that time, but then the styles blended into what I am today. I like classical music, I listen to Beethoven, Mozart, Mendelssohn, but I also hear salsa, fado and flamenco ... I listen to a little bit of everything. But if you ask me what I really like to listen to, it’s the traditional music of these countries, because it relates to my line of action in music. The traditional and popular musicians of Mozambique aroused a strong interest in me in the 90s.

Who composes your songs?

I write 99% of the songs I sing and write for other performers, but I’m not embarrassed when I cannot write on a subject that fascinates me, I ask someone to write for me. That is why I have one of my CDs, José Eduardo Águalusa, who wrote me a letter, and on CD Nkhuvu Samito Matsinhe shared with me almost 50% of the

Rubrica - Sons da Alma

songs. Then there is another case of Luís Carlos Patraquim, where we worked together on his original lyrics, but I also sang and recorded songs by other singers, such as Hortêncio Langa.

What does Stewart Sukuma want politicians to do for culture in our country?

First, for them to truly value it. We must practice what we preach. Valuation must begin in schools, in primary education, with information so that future generations may in the future value the arts and culture. Making culture a source of income implies a substantial investment in knowledge now, so that we can reap the benefits soon. The combination of value chains is fundamental for the progress and use of culture as an asset for the country’s economy.

The older generation of musicians used to sing for certain causes, they fought for ideals. Do you feel it is the case with the new generation?

No, I do not think it is. There are one or two singers who do, but two singers do not form a pattern in today’s Mozambican music scene. I do not think that is the standard. Today, the goal is fame, immediate success, built on sick values and principles and with a society that is uneducated and unprepared to consume quality products. Please note that this phenomenon is not only in Mozambique! (Laughs)

Is it possible to live only from music in Mozambique?

I think it’s possible to live only from music in Mozambique if we strive every day for that. I continue to think that we have to change our lethargic mentality and go in search of an organized professional attitude. There are many untapped fields in this area. There are spaces in the value chain that are unfilled and, as I said earlier, we need to take this into account.

Tell us an interesting story of something that has happened in a show?

In the early 2000’s I was invited by Hotel Polana to open a hotel in Lisbon and, in conversation with a group of people, someone asked me why my CD was not being distributed in Portugal. I replied that it was being distributed by a company that was not exactly in the area and that the distribution was very weak ... Little did I know that among the people who were part of the group was a representative of the distribution company. On another occasion in Cape Verde, I had just landed in Sal and realized that a lot of people were talking about me, and I was very proud and happy when someone got the courage and approached me to ask if I was a famous television presenter, and me thinking it was recognised for my music. (Laughs)

Fotografia: Mariano Silva

Do you miss a specific period in your career?

My ambition has always been to discover new challenges, and I am a “forward” person, I like to take advantage of what I have lived, but my path is forward. My persistence over my 35-year

career has allowed me to achieve a space, just like reinventing my musical and personal image within each musical context over the years, but my essence remains with me. I have been adapting to the scenarios of music over the years, but always looking to the future.

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What is your dream as a musician?

My dream as a musician is to internationalize Mozambican music and culture, to put Mozambique on the map, either by myself or though other artists.

Leave a message for the people who accompany your work.

We are going through a very agitated moment due to well-known circumstances, due to the excess of freedom of expression and by the interpretation of that same freedom. First, I wish we were all more tolerant 27 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

of each other in all aspects of our lives. To know how to listen, to understand what is going on around us, requires some capacity for coherent and sensible interpretation of everyone, from understanding where each one’s freedom begins and ends and our capacity to enjoy it. What I want to convey to my fans is that they do not in any way promote any xenophobic or racist attitudes. Today we are citizens of the world, for me there is only one race, humanity. Mutual respect is the key to living together in peace and communion.

Fotografia: Mariano Silva

Rubrica - Sons da Alma

Rubrica - Sons da Alma

Sons da Alma SOUNDS OF THE SOUL

STEWART SUKUMA

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Fotografia: Mariano Silva

Rubrica - Sons da Alma

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“MAPUTO CIDADE FEITIÇO” por: Nuno Azevedo

Este poster integra-se na série “Maputo Cidade Feitiço”, criada para comemorar o Dia Mundial dos Gráficos sob o tema “Maputo Mais Criativo”.

This poster is part of the series “Maputo Cidade Feitiço”, created to commemorate the World Day of Graphics under the theme “Maputo Mais Criativo”.

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31 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

You’re Invited RADISSON BLU

ENTREVISTA COM NIKLAS JONSSON (GENERAL MANAGER) Em que segmento do mercado hoteleiro actua o Hotel Radisson?

Nós somos um Hotel 5 estrelas, os nossos clientes pertencem ao sector de negócios de alto nível.

O que diferencia o Hotel Radisson dos restantes hotéis da cidade?

A nossa estrutura icónica, as instalações de última geração e os altos padrões de serviço consistentes.

Quais os vossos planos de expansão em Moçambique?

Estamos à procura de parceiros para abrir nas principais cidades do Norte, assim como na Matola.

Como encara o cenário de crise vivido actualmente no país que diz respeito à expansão?

Estamos a falar de investimentos, significa que temos de pensar em como a economia será daqui a 4 anos. Acredito que esta crise seja temporária. Precisamos de estar preparados para o que o mercado se tornará no futuro.

O que procuram os vossos hóspedes?

Procuram padrões internacionais de marca. Serviço consistente personalizado. Isso fá-los sentirem-se seguros.

De onde são originários os vossos hóspedes?

Temos hóspedes de todos os cantos do mundo.

O Hotel Radisson Blue foi inaugurado em 2013. Que balanço faz desde a sua abertura?

Foi necessário muito trabalho árduo para chegar onde estamos hoje.

As pessoas podem aproximar-se de nós por curiosidade no início, mas só ficam connosco se cumprirmos com o que prometemos.

A evolução tem sido positiva, Moçambique foi muito acolhedor e nós retribuímos.

Existe espaço para mais hotéis em Maputo?

Definitivamente. Temos que estar prontos para futuros negócios em expansão. Ainda não temos em Maputo salas suficientes para receber grandes conferências. É importante que a cidade esteja preparada para receber eventos internacionais de alto nível. Estes eventos não virão para cá a menos que aumentemos a capacidade de quartos na cidade.

Deixe uma mensagem para os seus clientes.

Seja bem-vindo a Moçambique. Somos a melhor escolha para a cidade de Maputo.

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Fotografia: Mariano Silva

Rubrica - You’re Invited

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Rubrica - You’re Invited

You’re Invited

RADISSON BLU

“Disfrute de uma vista maravilhosa para o Índico” Situado na marginal da cidade, a apenas 7 km do centro de Maputo, este impressionante hotel contemporâneo prima pela qualidade e pelo requinte, com a vantagem de oferecer uma privilegiada vista da baía de Maputo.

O seu restaurante, o Filini, serve pratos italianos clássicos acompanhados por uma seleção de vinhos de qualidade.

Dispõe de um pool bar onde poderá relaxar e beber um cocktail sentindo a brisa do Oceano Índico.

O hotel conta com 154 quartos modernos com todos os recursos convenientes e instalações de última geração.

Tem um pequeno-almoço incrível e uma equipe simpática e atenciosa está sempre pronta para ajudar. Reúne todas as condições para uma estadia memorável.

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Fotografia: Mariano Silva

Rubrica - You’re Invited

O Chef sugere

Fotografia: Mariano Silva

Cachuti de Galinha Corta-se a carne aos bocados e tempera-se com um pouco de sal.

Num tacho leva-se a lume brando o óleo, a cebola e os dentes de alho picados.

Deixa-se refogar até a cebola amolecer sem alourar.

Junta-se a carne e a mostarda em grão, mexendo sempre. Deixa-se estufar um pouco.

Num recipiente põe-se o caldo quente, a amêndoa e o coco e bate-se durante 2 minutos com a varinha mágica.

Junta-se esta mistura à carne, assim como todos os outros ingredientes (excepto o vinagre e os coentros).

Deixa-se cozer, e em seguida adicionam-se o vinagre e os coentros.

Deixa-se ferver novamente, por 1 minuto.

Serve-se acompanhado com salada e arroz branco.

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INGREDIENTES: • 2 Kg de carne de frango • 150 g de coco ralado levemente torrado • 1 colher de café de açafrão • 1/2 colher de café de cominhos • 1/2 colher de café de cravinho em pó • 3 cebolas médias • 10 g de gengibre resco • 1 colher de café de paprika • 1/2 colher de café de canela em pó • 40 g de amêndoa torrado e moído • 2 dl de óleo • 4 dentes de alho • 1 colher de café de pimenta preta • 1 raminho de coentros • 1 malagueta pisada • 1 colher de café de mostarda em grão • 7,5 dl de caldo de carne • Sal e noz-moscada q.b

Rubrica - You’re Invited

You’re Invited

RADISSON BLU

INTERVIEW WITH NIKLAS JONSSON (GENERAL MANAGER) In which segment of the hospitality market does the Radisson Hotel act?

We are a 5-star Hotel, our clients belong to the high-level business sector.

What are your expansion plans in Mozambique?

We are looking for partners to open in major northern cities, as well as Matola.

What makes the Radisson Hotel different from the other hotels in the city?

Our iconic structure, state-of-the-art facilities and high consistent service standards.

How do you view the current crisis in the country regarding your expansion plans?

We are talking about investments, it means that we must think about how the economy will be in 4 years. I believe

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Fotografias: Mariano Silva

Rubrica - You’re Invited

this crisis is temporary. We need to be prepared for what the market will become in the future.

What are your guests looking for?

They seek international brand standards.

Consistent personalized service. This makes them feel safe.

Where do your guests come from?

We have guests from all over the world.

The Radisson Blue Hotel opened in 2013.

What has been your experience since then?

It took a lot of hard work to get where we are today. People may approach us out of curiosity at first, but only stay with us if we deliver on what we promise. The evolution has been positive, Mozambique was very 37 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

welcoming, and we reciprocated.

Is there room for more hotels in Maputo?

Definitely. We must be ready to expand business further. We do not have enough facilities in Maputo to host major conferences. It is important that the city is prepared to host high-level international events. These events will not come here unless we increase the capacity of rooms in the city.

Leave a message to your customers.

Welcome to Mozambique. We are the best choice for the city of Maputo.

Rubrica - You’re Invited

You’re Invited

HOTEL RADISSON

“Enjoy a wonderful view of the Indian Ocean”

The hotel has 154 modern rooms with all the convenient features and stateof-the-art facilities.

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Its Filini restaurant serves classic Italian dishes accompanied by a selection of fine wines. It offers a pool bar where you can relax, sip on a cocktail and savour the Indian Ocean’s breeze.

It has an impresive breakfast and the f riendly and helpful staff are always ready to help making your stay a memorable one

Fotografias: Mariano Silva

L

ocated on the waterfront only 7 km from the city centre, this impressive contemporary hotel stands out for its quality and refinement, with the advantage of offering a privileged view of Maputo Bay.

Rubrica - You’re Invited

Chef’s suggestion

Fotografias: Mariano Silva

Chicken Chacuti Cut the meat into pieces and season with a pinch of salt.

In a saucepan cook the chopped onion and garlic cloves in oil over low heat.

Let it cook until the onion softens without browning.

Add the meat and the mustard, always stirring.

Let it cool a little.

In a bowl put the hot broth, the almond and the coconut, mix using an electric blender for 2 minutes.

Add this mixture to the meat, as well as all other ingredients (except vinegar and coriander).

Let it cook, and then add the vinegar and coriander.

Let it boil again, for 1 minute.

Serve with salad and white rice.

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INGREDIENTS: • 2 kg of chicken meat • 150 g lightly roasted grated coconut • 1 teaspoon of saffron • 1/2 teaspoon cumin • 1/2 teaspoon of clove powder • 3 medium onions • 10g fresh ginger • 1 teaspoon of paprika • 1/2 teaspoon ground cinnamon • 40 g roasted and ground almond kernels • 2 dl of oil • 4 garlic cloves • 1 teaspoon black pepper • coriander • 1 crushed chilli • 1 teaspoon of mustard seed • 7.5 dl of broth

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Rubrica - Fresh Air

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Fotografias: Mariano Silva

FRESH AIR

Jardim dos Cronistas Este parque, situado no antigo Bairro dos Cronistas – de onde provém o seu nome –, actual Sommerchield, foi reabilitado poucos anos atrás, numa louvável iniciativa de colaboração entre o município e os moradores desta zona nobre da cidade.

Aqui encontra restaurantes bastantes agradáveis ao ar livre, onde poderá saborear um bom sushi e comida italiana diversa, entre outras especialidades.

Muito utilizado pelos moradores da zona para fazer actividades desportivas, passear os seus animais de estimação ou levar os mais pequenos a brincar, é também visitado por pessoas que desejam conhecer este simpático lugar.

No “Parquinho”, como é carinhosamente chamado, é comum verem-se ao fim-de-semana festinhas de aniversário, exposições sobre temas diversos, pessoas tirando fotografias ou andando de bicicleta.

As crianças adoram o seu playground, ali brincando e convivendo com outras crianças. É um excelente local para relaxar, ler um livro ou fazer um picnic.

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Rubrica - Fresh Air

T

he Jardim is located in the old Cronistas’ Quarter – hence the name -, today this area is known as Sommerchield. The park was rehabilitated a few years ago in a commendable initiative of collaboration between the municipality and the residents of this prime area of the city.

Here you will find a quite pleasant restaurant in the open air, where you can taste good sushi and diverse Italian food, among other specialties.

Widely used by locals for sporting

activities, walking their pets or taking the little ones to play, it is also visited by people who want to experience this friendly place.

“Parquinho” (small park), as it is affectionately referred to by locals, is a common venue for children’s birthday parties, various exhibitions people taking photographs or cycling on weekends. The children love their playground, where they play carefree with one another.

It is a great place to relax, read a book or have a picnic.

FRESH AIR

Jardim dos Cronistas 44 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2 Fotografias: Mariano Silva

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Rubrica - Relaxe

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Rubrica - Relaxe

Fotografias: Villa Sol e Sal

Relaxe Vila Sol & Sal

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Rubrica - Relaxe

Relaxe

O

Lodge Vila Sol & Sal é um espaço

de quartos, dependendo da procura, sempre

cuja arquitectura se assemelha aos

com objectivo de proporcionar aos visitantes

edifícios da região, diferenciando-

uma estadia relaxante e paradisíaca. Caso

-se, no entanto, pela sua decoração moder-

pretendam comemorar uma data especial,

no-contemporânea combinada com detalhes

seja qual for o propósito, ser-lhes-á criado o

locais de Vilankulo. Direccionada para hóspe-

ambiente perfeito.

des em lazer, trabalho ou negócios, oferece requinte com um sabor aprimorado a mar,

O lodge dispõe de um restaurante com um

paz e bom gosto.

serviço atencioso, customizado e profissional, numa atmosfera descomprometida. Pode-

Situa-se a 2 minutos a pé da praia e tem

rá degustar deliciosos sabores, numa fusão

para oferecer aos seus clientes vários tipos

da tradicional comida moçambicana com a

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Fotografias: Villa Sol e Sal

Bem-vindo ao Lodge Vila Sol & Sal

Rubrica - Relaxe

gastronomia internacional, ideal para uma refeição com a família, amigos ou mesmo em negócios. Existe ainda um íntimo e agradável bar junto à piscina.

A Vila Sol & Sal disponibiliza aos seus hóspedes um vasto leque de actividades para que tenham uma experiência completa. Poderão desfrutar de um incrível pôr-do-sol, a bordo de um cruzeiro, em grupo ou numa viagem

Fotografias: Villa Sol e Sal

romântica inesquecível. Também se organizam visitas às ilhas na periferia, por via marítima ou aérea. Passear a cavalo, observar as espécies de pássaros existentes, uma excursão à cidade ou desportos aquáticos serão também opções a explorar.

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Vila Sol & Sal é a prova viva de que os sonhos podem ser realizados

Rubrica - Relaxe

Relaxe RELAX

Welcome to the Lodge Vila Sol & Sal beach offering a variety of rooms to suit every visitor’s needs, always aiming to provide a relaxing and paradisiacal stay. If you want to celebrate any special occasion the perfect ambiance will be created to suit your every wish.

Fotografias: Villa Sol e Sal

T

The lodge has a restaurant with attentive, customized and profes-

Fotografias: Villa Sol e Sal

he Lodge Vila Sol & Sal architecture resembles the local buildings, with a fusion of modern-contemporary decor with a local touch. It caters for guests travelling for leisure, work or business, offering ref inement with a beach feel, peacefulness and good taste.

It is a 2 minutes’ walk f rom the

50 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

sional service and a relaxed atmosphere. You can delight yourself with the delicious flavours, a fusion of traditional Mozambican food with international cuisine, ideal for a meal with family, f riends or even a business lunch. There is also a cosy and discrete bar by the pool.

The Vila Sol & Sal offers its guests a wide range of activities for a complete experience. You can enjoy an incredible sunset, aboard a cruise, in a group or on an unforgettable romantic getaway. You can also visit nearby islands by sea or by air.

Horseback riding, birdwatching, a city tour or water sports are also available options.

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Vila Sol & Sal is living proof that dreams can come truth

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Rubrica - Areias de Sonho

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Fotografias: Villa Sol e Sal

Rubrica - Areias de Sonho

Praia Vilankulo

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PRAIA VILANKULO

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xiste um local de boa gente e águas magníficas no centro de Moçambique que muito tem despertado a atenção de residentes e turistas pelo mundo fora. É Vilankulo (ou Vilanculos), homónimo do régulo que lhe deu o nome, uma vila costeira a cerca de 700 quilómetros de Maputo, a capital do país.

Com um aeroporto internacional, e uma bela praia em frente da qual se estende o idílico arquipélago de Bazaruto, tem no turismo um dos principais motores económicos, graças a diversos empreendimentos feitos nos últimos anos na região. Ali encontrará actividades para todos os interesses: mergulho, kite surf e outros desportos aquáticos, pesca, safaris, entre muitas outras opções. Caso pretenda estar ainda mais próximo da natureza, poderá ir mar adentro, visitar Bazaruto, observar corais, popu-

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Fotografias: Nuno Timoteo

“Um mar que abraça a areia e faz as conchas brilhar”

Rubrica - Areias de Sonho

“O paraíso a 700 km de Maputo”

lações de baleias, tartarugas, golfinhos e algumas espécies em vias de extinção.

Quando visitar Vilankulo, terá ao seu dispor, na vila ou arredores, diversas estâncias hoteleiras, com quartos, cabanas nas dunas ou casas maravilhosas em cima do mar. As suas férias serão certamente aquilo com que sempre sonhou. Aproveite também para saborear marisco e peixe fresquíssimo, enquanto assiste ao movimento de barcos à vela em marés com cores especiais.

Paisagens únicas, areia branca, águas transparentes e gente bonita. Que mais quererá?

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Vilankulo Beach

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here is a place in the centre of Mozambique with good people and magnif icent waters that has attracted locals and tourists around the world. It is Vilankulo (or Vilanculos), namesake of the régulo (chief) that named it, a coastal town about 700 kilometres away f rom Maputo, the capital city.

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Various investments recently undertake in the region have contributed to tourism becoming one of its main economic driving forces. Vilankulo has an international airport and is home to a beautiful beach and the idyllic Bazaruto archipelago just of the coast, where you can enjoy activities for all tastes: diving, kite surf ing and other water sports, f ishing, safaris, are just some of the

Rubrica - Areias de Sonho

Fotografia: Nuno Timoteo

options available. If you want to be even closer to nature, you can go out to sea, visit Bazaruto, discover corals, whales, turtles, dolphins, and some endangered species.

When visiting Vilankulo, you will have at your disposal in town or surrounding area, several hotel resorts with rooms, cabins on the dunes, and wonderful houses on the

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sea. Your holiday will certainly be what you always dreamed of. Delight yourself with the f reshest f ish and seafood, while watching the sail boats come and go with the colourful tides.

Unique landscapes, white sand, clear waters and beautiful people. What more do you need?

Rubrica - Areias de Sonho

“MAPUTO CIDADE FEITIÇO” por: Nuno Azevedo

Este poster integra-se na série “Maputo Cidade Feitiço”, criada para comemorar o Dia Mundial dos Gráficos sob o tema “Maputo Mais Criativo”.

This poster is part of the series “Maputo Cidade Feitiço”, created to commemorate the World Day of Graphics under the theme “Maputo Mais Criativo”.

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Rubrica - Areias de Sonho

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PALADARES À SOLTA

BOM GARFO Rodízio Gourmet

Entrevista com Nídia Inaque Como nasce o vosso restaurante e porquê o nome Bom Garfo?

O nome já existia antes de termos o restaurante. Temos uma empresa de catering para eventos, que funciona já há mais de 10 anos.

Inicialmente estávamos na dúvida em relação a como iríamos denominar a nossa empresa, até que um dia, alguém disse: “Esta comida está tão boa, e eu sou um bom garfo!”.

Achámos bastante engraçado e acabámos por escolher esse nome. Como o número de empresas aumentou bastante em Moçambique, decidimos apostar numa nova linha, que não ficasse somente pelo catering. Para que os clientes que seguiam a nossa marca pudessem consumir os nossos produtos, em qualquer dia da semana, sem terem que esperar por um evento específico. Daí nasceu a ideia de abrirmos um restaurante.

Há quanto tempo existe o vosso restaurante?

O nosso estabelecimento já existe há 5 anos.

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Todos os vossos clientes optam pelo rodízio? Qual o vosso prato com maior sucesso e quais as razões para a sua preferência?

Quase toda a gente opta pelo rodízio. No entanto, existem também aqueles que nos visitam pelo bacalhau com natas ou pela comida típica moçambicana. Recomendamos que provem o nosso marisco sempre fresco e a diversa variedade de saladas.

Qual é a vossa inspiração?

O nosso negócio surge num momento de aflição e necessidade. Eu estava a trabalhar e o meu contrato estava quase a findar. Não tinha qualquer perspectiva dali para a frente. Como sempre gostei de cozinhar, decidi investir e comecei a fazer comida por encomenda. Quando vimos que tinha boa aceitação, decidimos apostar no nosso próprio espaço.

Fotografia: Mariano Silva

Fotografia: Mariano Silva

Rubrica - Paladares à solta

Qual foi a história mais interessante presenciada no vosso estabelecimento?

Quando estávamos a começar tivemos algumas situações um pouco constrangedoras.

Em Maputo existiam somente dois restaurantes que serviam rodízio e a procura era demasiado grande, por isso nós optamos por só funcionar com reservas. Um dia, chegou um cliente, uma das funcionárias perguntou se tinha reserva, e ele disse que não. A funcionária fez notar que o restaurante estava bastante cheio e que o cliente deveria ter feito uma reserva previamente. O senhor insistiu e disse que em Maputo não havia essa necessidade e acabou por ir-se embora muito chateado.

Voltou passado uns meses, desta vez acompanhado. A mesma funcionária perguntou novamente se havia efectuado reserva. Tal como da primeira vez, não tinha feito e o restaurante estava lotado. No entanto, como já havia acontecido aquela situação uma vez, a funcionária decidiu falar com o gerente para saber se existia a possibilidade de colocar o cliente numa mesa que estivesse para vagar, e foi o que aconteceu. O senhor jantou e

por fim pediu para falar com os donos do estabelecimento.

Eu fui falar com ele, primeiro não acreditou que eu era a dona do restaurante. Depois questionou-me se eu, ou meu marido, eramos estrageiros ou se tínhamos vivido no exterior, disse que não e que eramos 100% moçambicanos. Ele ficou perplexo a olhar para mim e deu-me os parabéns, pela qualidade e pelo rigor, pois disse que cá não era comum.

O restaurante possui clientes fiéis? Quais os motivos que identificam para manter essa relação?

Sim, acredito que fidelizamos os nossos clientes graças à qualidade da comida e do serviço. No entanto, temos uma atenção especial para com os nossos clientes fixos, cada um tem uma faca própria identificada, e, ao fim de algum tempo, acabamos mesmo por lhes oferecer essa faca. Queremos que se sintam em casa, que tenham algo no nosso restaurante que lhes pertença e somente eles utilizem.

Consideram difícil a tarefa de inovar como forma de conquistar novos clientes?

Antes era mais fácil, não exis-

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tia tanta oferta em Maputo.

Hoje há muita gente a fazer boa comida, sentimos cada vez mais a necessidade de apostar na formação para que possamos oferecer novos conceitos. Temos de estar sempre atentos.

Existe algum dia específico da semana que tenha mais clientes?

Sim, sexta-feira ao jantar e domingo ao almoço pois neste dia prolongamos o rodízio até ligeiramente mais tarde, 16h00.

Qual é o vosso maior desafio no dia-a-dia?

O nosso maior desafio consiste em procurar a perfeição e deixar o cliente satisfeito a todos os níveis. Queremos garantir sempre um serviço de elevada qualidade.

Uma mensagem aos vossos clientes.

Gostaríamos de deixar o nosso enorme agradecimento por continuarem connosco, pela força que nos têm dado e por apoiarem este produto nacional. Continuem a visitar-nos pois haverá muitas surpresas boas para breve.

Rubrica - Paladares à solta

Interview with Nídia Inaque

How old is your restaurant?

We opened 5 years ago.

Do all your customers opt for the rodizio?

What is your most successful dish and what are the reasons for the client’s preference?

64 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

“Almost everyone chooses the rodizio. However, there are also those who visit us for creamy cod or for typical Mozambican food. We recommend you sample our always fresh seafood and the diverse variety of salads.

What is your inspiration?

“Our business started at a time of distress and need. I had a job but knew my contract was almost over. I did not know what was going to happen next. I had always liked cooking so I decided to invest and began to make food to order. When we saw that it was doing well, we decided to get our own space.

What was the most interesting story from the restaurant?

“When we were just getting started we had some awkward situations. In Maputo there were only two restaurants serving rodizio and demand was too great, so we opted to work on a reservation basis. One day a customer came in, the hostess asked if he had a reservation, and he said no. She noted that the restaurant was quite full, and that the customer should

Fotografia: Mariano Silva

How was your restaurant born and why the name Bom Garfo?

The name already existed before we had the restaurant. We have a catering company for events, that has been running for more than 10 years. Initially we were unsure as to what to call our it until one day someone said: “ This food is so good, and I am a Bom Garfo! (meaning Foody which literally translated from Portuguese is a Good Fork”. We thought it was funny and the name stuck as the number of companies increased significantly in Mozambique, we decided to venture into a new line of business, not just catering. This way the clients loyal to our brand could savour our products any day of the week instead of having to wait for an event. That is how the idea for a restaurant was born.

PALADARES À SOLTA

PALATES ON THE LOOSE

BOM GARFO

Fotografia: Mariano Silva

Rodízio Gourmet

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Rubrica - Paladares à solta Fotografia: Mariano Silva

have made a reservation beforehand. He insisted that in Maputo there was no such need and left very upset. He returned a few months later, this time accompanied. The same hostess asked again if he had made a reservation.

As before he had not and the restaurant was full. However, since the situation had already happened once, the hostess decided to speak with the manager to see if there was any possibility of putting the client on a table that was about to become vacant. The gentlemen finished his meal and asked to speak with the owner. So, I obliged him, at first, he did not believe that I was the owner of the restaurant, then he asked if my husband or I were foreign or had lived abroad, I replied that we had not and that we are 100% Mozambican. He looked perplexed and congratulated me, on the quality and the rigor of

our service, according to him these were not common here.

we can offer new concepts.

We must always be attentive.

Does the restaurant have loyal customers? What do you think keeps them coming back time and again?

Yes, I believe we have loyal customers thanks to the quality of food and service. We pay special attention to our fixed customers, each one has their own identified knife, and, after a while, we even offer it to them. We want them to feel at home, have something in our restaurant that belongs to them and is only used by them.

Is there a specific day of the week that has more customers?

Yes, Friday dinner time and Sunday at lunch time so we extended serving hours slightly until 4 pm.

Do you find it difficult to innovate to win new customers?

It used to be easier, there was not so much on offer in Maputo. Today there are many people making good food, we feel more and more the need to invest on training so that

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What is your biggest challenge in everyday life?

Our biggest challenge is to seek perfection and make the customer happy on all levels.

We always want to ensure a high-quality service.

A message to your customers.

We would like to thank you very much for continuing to support us, for the strength you have given us and for supporting this national product. Continue to visit us as there will be many good surprises soon.

Rubrica - Paladares à solta

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CAPIRINHA DE MARACUJÁ PASSION FRUIT CAIPIRINHA

RECEITA / RECIPE

2 Maracujás

2 PassionFruit

60g de açúcar 60g sugar

Cachaça q.b.

Gelo picado Crushed ice

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Fotografia: Mariano Silva

Seja responsável, se conduzir não beba.

Sugarcane liquor

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Fotografias: Mariano Silva

Rubrica - Acontece

ACONTECE Quinta Acústica no Fishmonger com DILON

DJINDJI

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Rubrica - Acontece

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Rubrica - Acontece

Fotografias: Mariano Silva

72 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Rubrica - Acontece

Fotografias: Mariano Silva

ACONTECE Exposição Moçambique na Galeria Kulungwana de

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JOSÉ CABRAL

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Rubrica - Momentos Fashion

MOMENTOS FASHION Sabatha 76 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Fotografia: Mariano Silva

Rubrica - Momentos Fashion

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Rubrica - Momentos Fashion

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Fotografia: Mariano Silva

Rubrica - Momentos Fashion

Sabatha Entrevista com Carmen Lara X Como nasceu a Sabatha?

Vivi em Espanha durante 16 anos, e decidi voltar para Moçambique quando surgiu uma oportunidade através de uma empresa espanhola. Esta empresa tinha a intenção de mandar para cá material em contentores, e ofereceram-se para enviar também as minhas coisas. Entreguei-lhes tudo, mas infelizmente eles não cumpriram com o combinado e acabei por ficar sem os meus pertences. Comecei a fazer roupa de capulana por necessidade, para poder ir trabalhar. Toda a gente elogiava as minhas roupas. Mais tarde, decidi fazer alguns modelos para amigas. Comecei a ter bastantes pedidos e decidi criar a minha própria marca. A Sabatha nasce assim, de forma totalmente espontânea, por necessidade.

O que significa Sabatha?

Sabatha é o nome do meu avô e também da minha mãe, Arménia Sabatha. Os meus pais são divorciados e a figura paterna que sempre tive ao meu lado foi o meu avô, então decidi fazer-lhe uma homenagem. Sabatha significa

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sábado na língua da família dele, que é originária de Goa, na Índia.

Como surgiu a tua paixão pela moda? Quem é a tua fonte de inspiração?

Quando tinha 4 anos de idade, tinha duas vizinhas que eram hospedeiras da LAM. Adorava vê-las vestidas sempre que saíam para trabalhar. Corria para a varanda para vê-las à espera do autocarro. Acredito ter sido aqui que surgiu a minha paixão pela moda. As minhas fontes de inspiração são a minha mãe, a Audrey Hepburn e Agatha Ruiz de la Prada.

Quantas pessoas trabalham para a Sabatha e quais as suas funções?

Na Sabatha trabalham actualmente quatro pessoas, eu, a D. Fernanda, que é a senhora que me ajuda no que se refere a lavar e engomar. Temos também o Sr. Tiago, que é o costureiro que me ajuda a juntar as peças, e depois temos o Jonas, que é o meu companheiro. É ele que me ajuda com toda a parte de edição de fotografia, vídeo e partes técnicas.

Rubrica - Momentos Fashion

Quais são os maiores desafios para a tua marca no nosso país? E qual foi a situação mais difícil por que passaste?

Penso que o maior desafio consiste na divulgação. Apesar de trabalhar bastante com fotografia e nos média em geral, creio que ainda não estou a alcançar totalmente o público que gostaria. Vejo que o meu produto é algo de que as pessoas gostam, inclusive alguns concorrentes tentam replicá-lo. Essa é uma das coisas negativas de ter muita exposição, no entanto, segundo os chineses, se alguém te copia é porque estás a fazer um bom trabalho. A situação mais difícil pela qual passei, foi decidir manter-me no mundo da moda, pois é um mercado que já se encontra muito saturado.

Inicialmente as pessoas questionavam-me porque iria fazer roupa de capulana, se já havia muita gente a fazê-lo. Demorei um pouco a tomar a decisão, foi um momento de reflexão difícil mas bastante importante.

Todos os vossos artigos são fabricados em Moçambique?

Sim, todos, apesar de a capulana não ser fabricada em Moçambique, o corte e a confecção são totalmente feitos em Moçambique, 100%, e por moçambicanos.

Conta-me uma história interessante que tenhas vivido nesta actividade ou qual foi o momento mais marcante que tiveste com a Sabatha.

Há muitos momentos marcantes, no entanto os que considero mais gratificantes são os que decidi chamar de “salário emocional”. Acontecem quando os clientes mandam um whatsapp ou um SMS depois de utilizarem o vestido e contam a experiência que tiveram e os elogios que receberam por vestirem uma peça Sabatha. Para mim, esse 80 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

salário emocional é o momento mais feliz.

Alguma história interessante que queiras partilhar?

O primeiro vestido Sabatha que vendi foi a uma violinista japonesa que veio actuar em Moçambique para uma orquestra moçambicana que se chama Xiquitsi. Todos iam vestidos de capulana, era esse o dress code. Ela contou-me que toda a gente ficou a olhar para ela, a questionar-se sobre como tinha uma roupa japonesa feita em capulana, e ela disse que não era japonesa, mas sim moçambicana da marca Sabatha. Como ninguém me conhecia, toda a gente ficou perplexa. Outro momento interessante foi quando conheci a Kika Matarula, que acabei também por vestir.

Que sonho pretendes realizar com a tua marca, as tuas metas e objectivos?

Inspirar! Ninguém vive para sempre e todos iremos morrer um dia, então gostaria de deixar um legado, deixar tudo o que sei e tudo o que estou a aprender para as gerações futuras para que isto não morra comigo.

Deixa uma mensagem para as pessoas que acompanham o teu trabalho.

Para os meus clientes, deixo o meu muito obrigado pela confiança. Para as pessoas em geral, gostaria de dizer que cada um de nós possui um talento e temos que acordar e perceber o que temos e viver para esse talento. Quando fazemos essa descoberta, somos imparáveis. É isso que acontece com a Sabatha: eu vejo-me a fazer isto 25 horas por dia, 8 dias por semana, 32 dias por mês, porque acredito que este é o meu destino. Espero que a vida me dê muitos dias e muitas capulanas para vestir muita gente.

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Rubrica - Momentos Fashion

Fotografia: Mariano Silva Fotografia: Mariano Silva

MOMENTOS FASHION

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Rubrica - Momentos Fashion

Sabatha

Interview with Carmen Lara X How was the Sabatha born?

I lived in Spain for 16 years and decided to return to Mozambique when an opportunity arose through a Spanish company. The company had the intention of sending material here in containers, and they offered to send my things too. I gave them everything, but unfortunately, they did not comply with the arrangement and I ended up without my belongings. I began to make capulana clothes out of necessity, so I could go to work.

Everyone complimented my clothes. Later, I decided to make some outfits for friends. I started getting quite a few requests and decided to create my own brand. And Sabatha was born, quite spontaneously, out of necessity.

What does Sabatha mean?

“Sabatha is my grandfather’s and mother’s name, Armenia Sabatha. My parents are divorced, and the father figure I always had at my side was my grandfather, so I decided to pay him homage. Sabatha means

Saturday in his family’s language who are originally from Goa, India.

How did your passion for fashion come about? Who is your source of inspiration?

When I was 4 years old, two of my neighbours were LAM’s airhostesses. I loved to see them dressed up for work. I would run to the porch to watch them waiting for the bus. I believe that it was then that my passion for fashion began. My sources of inspiration are my mother, Audrey Hepburn, and Agatha Ruiz de la Prada.

How many people work for Sabatha and what are their functions?

Four people are currently working at Sabatha, me, Mrs Fernanda, who helps me with washing and ironing. We also have Mr. Tiago, the couturier who helps me put the pieces together, and then we have Jonas, my partner. He helps me with all the photography, video editing and technical parts.

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What are the biggest challenges for your brand in our country? And what was the most difficult situation you’ve been through?

I think the biggest challenge is promoting the work. Although I work a lot with photography and the media in general, I believe that I am not yet fully reaching the audience that I would like. I see that my product is something that people like, even some of my competitors try to replicate it. This is one of the negative things about having too much exposure, however, according to the Chinese, if someone copies you it’s because you’re doing a good job. The most difficult situation for me was to decide to stay in the fashion world, because it is a market that is already very saturated. Initially people were asking me why I would do capulana clothes, if there were already many people doing it. It took me a while to make the decision, it was a difficult but rather important moment of reflection.

Are all your articles made in Mozambique?

Yes, all of them, although the capulana is not manufactured in Mozambique, the cut and the confection are totally made in Mozambique, 100%, and by Mozambicans.

Tell me an interesting story that you have lived while carrying out this activity or what was the most remarkable moment you had with Sabatha.

There are many highlights, but what I consider most rewarding are the ones I decided to call “emotional salary”. They happen when customers send a WhatsApp or SMS after they wear the dress and tell of the experience they had and the praise they received for wearing a Sabatha. For me, this emotional salary is the happiest moment.

Any interesting story you want to share?

The first Sabatha dress I sold was a Japanese violinist who came to Mozambique for a Mozambican orchestra called Xiquitsi. Everyone was dressed in capulana, that was the dress code. She told me that everyone was staring at her, wondering how she had a Japanese outfit made in capulana, and she said she was not Japanese, but Mozambican Sabatha brand. As nobody knew me, everyone was puzzled. Another interesting moment was when I met Kika Matarula, who I also ended up dressing.

Leave a message to the people who accompany your work.

For my clients, I would like to thank you for the trust. For people in general, I would say that each of us has a talent and we must wake up and realize what it is and live for that talent. When we make this discovery, we are unstoppable. This is what happens to the Sabatha: I see myself doing this 25 hours a day, 8 days a week, 32 days a month, because I believe this is my destiny. I hope life gives me many days and many capulanas to dress many people.

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Fotografia: Mariano Silva

What is your dream for your brand, your goals and objectives?

To inspire! Nobody lives forever, and we will all die one day, so I would like to leave a legacy, leave everything I know and everything I am learning for future generations, so this does not die with me.

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Rubrica - Shape Your Wedding

Shape Your Wedding F

Vestidos de noiva e tendências de 2018/2019

alar em moda para noivas pode parecer algo absurdo, mas existem as suas próprias tendências. Por exemplo, o modelo princesa é um clássico sempre presente, que faz lembrar as princesas mais modernas, as princesas da Disney e o sonho de grande parte do público feminino, independentemente da sua idade.

Mas são os pequenos detalhes que, reformulados, fazem no final toda a diferença para que as noivas enlouqueçam e encontrem, no meio de milhares de opções, um vestido feito à medida e do tamanho dos seus sonhos. Nas linhas que se seguem iremos, por isso, falar dos detalhes que se têm destacado dentro e fora das passerelles.

As luvas estão a voltar aos poucos, mas ligeiramente diferentes, mais curtas, com alguns detalhes e acompanhando vestidos mais curtos. Esta será a marca de muitas noivas irreverentes e com um toque forte de personalidade.

Detalhes dourados no vestido, discretos ou não, trazem todo um glamour. É uma tendência que começa a surgir de forma tímida, mas que se acentuará em vestidos para noivas que gostam de marcar uma certa sofisticação.

Os decotes mais altos são uma tendência que já vem de anos anteriores e que irá continuar nesta temporada. Decotes com tela em rede, menos abertos, têm-se mostrado paixão de estilistas e noivas. Em modelos mais sensuais, ou outros mais discretos, os decotes mais fechados vieram para ficar.

Mangas cheias de detalhes é a grande mudança das novas coleções. Depois de anos em que os vestidos sem alças e de alça única reinaram, agora é a vez das mangas que trazem todo um novo estilo aos vestidos de noiva, deixando-os cheios de charme e glamourosos.

O branco e derivados sempre foram a marca dos vestidos de noiva, mas agora o Rosé e o Nude começam a quebrar esse costume e trazem aos vestidos um ar de modernidade e delicadeza. Noivas mais ousadas têm adorado esta tendência.

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As capas também têm conquistado o seu espaço, em vários formatos e, com os mais variados tipos de detalhes, elas vieram para deixar os vestidos mais arrojados e únicos. Irão substituir os véus e trarão imponência aos vestidos.

Vestidos com flores em 3D dão a todos os modelos um ar muito romântico e aparecem inclusive nos vestidos nude e rosé.

São uma tendência que tem apaixonado as noivas mais atentas e românticas.

As calças começam a ser tendência para as noivas mais despojadas e são perfeitas para cerimónias mais intimistas. Calças com detalhes rendados ou lisas acompanhadas de capas trabalhadas começam a ganhar espaço entre as fashionistas.

Vestidos simples e de corte simples, sem rendas e bordados, são também uma tendência desta temporada para noivas mais minimalistas. São modelos com poucos detalhes, mas extremamente bonitos.

A nova tendência para vestidos de noiva é, sem dúvida, muito romântica e cheia de presença para todos os tipos de noiva.

Espero que se tenham sentido inspiradas.

Neide Ussiana

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Shape Your Wedding S

Wedding dresses trends for 2018/2019

peaking of bridal fashion, it may seem absurd, but there are also trends in this niche. For example, the princess style is an ever-present classic, reminiscent of the most modern princesses, Disney princesses and the dream of most women, regardless of their age.

the dresses.

The higher necklines are a trend from previous years that will continue this season.

Lace necklines, less open are the passion of designers and brides alike. On more sensual styles, or more discreet ones, the more discrete necklines are here to stay.

But it’s the little details that reinvented, ultimately make all the difference for the brides to go crazy and find, amid thousands of options, a dress tailor made and the size of their dreams. So, we are reviewing the details that are turning everybody’s head, on and off the catwalks.

Sleeves embellished with intricate details is the big change of the new collections. For years the strapless and single-strap dresses reigned, now it is the turn of the sleeves that bring a whole new style to the wedding dresses, giving them charm and glamor.

The gloves are making a slow come back but with a twist, shorter, with some details and accompanying shorter dresses. This will be the hallmark of many irreverent brides with a strong personality.

White and its variants have always been the hallmark of wedding dresses, in a break with tradition Rosé and Nude shades give the dresses a hint of modernity and softness. Bolder brides are in love with this trend.

Golden details on the dress, discreet or not, give a touch of glamour. It is a trend that is starting to take hold accentuating dresses for brides who like a touch of sophistication.

The capes have also conquered their space, in various formats and, with the most varied types of details, making the dress more bold and unique. They will replace the veils and bring grandeur to

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Dresses with 3D flowers give every style a very romantic touch and even be found in the in dresses in Rosé and Nude shades. It is a trend embraced by the more romantic and sweetest brides.

Pants are beginning to trend, appealing to the more simplistic brides and are perfect for more intimate ceremonies. Solid pants or those with lace details matched with adorned capes are becoming a trend among fashionistas.

For the minimalist brides this season we have the simple dresses with simple cuts, doing away with any lace or embroidery. These are styles with very little detail are equally exquisite.

The new wedding dresses trends are very romantic and will render any type of bride the centre of attention.

I hope you are feeling inspired.

Neide Ussiana

A

A Praia da Polana

antiga Praia da Polana localizava-se entre o Caracol e o Clube Naval da antiga Lourenço Marques, hoje Maputo, no sopé da Barreira, uma elevação que se erguia 45 metros acima do mar.

Dispunha de uma rede para proteger os banhistas de eventuais ataques de tubarões. De lado existia uma ponte para os pescadores exercerem a sua actividade e, no centro, uma torre de saltos, onde tristemente vários banhistas, dela saltando na maré baixa, perderam a vida.

Apesar de a área estar delimitada, o acesso era livre. Pagava-se somente o aluguer de cadeiras de praia ou sombrinhas. Os dias de maior afluência eram os domingos e feriados, e cada evento que ali ocorresse mobilizava milhares de pessoas. O ambiente cosmopolita da cidade feitiço estava bem patente nesses acontecimentos e na qualidade da sua organização.

No início dos anos 20, e com o objectivo de servir de apoio aos banhistas, foi ali construído um Pavilhão de Chá, que, segundo se diz, custou na altura mais de 20.000 libras. Mais tarde mudou de nome, passando a chamar-se Restaurante Oceânia, já dotado de um salão de dança.

Quando a maré subia, atingia o nível dos primeiros degraus das escadas de cimento, e alagava completamente a parte inferior do edifício, em todo o seu comprimento.

Bastantes clientes frequentavam o local, procurando refrescar-se com a brisa do mar. Condenado estava, porém, o edifício.

Por afunilar a estrada da marginal, forçada a passar entre o prédio e a Barreira, dificultava a circulação, e acabou por ser demolido.

Com o passar do tempo, erosões e outros acontecimentos fizeram a praia desaparecer totalmente.

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* Mapa: A traço-ponto vê-se que o Pavilhão de Chá era servid Existia também, na actual avenida Julius Nyerere, outra linha sesse usar para se dirigir à praia da Polana tinha necessariam

* Map: The dot-dash shows that the Tea Saloon was served by today is avenue Julius Nyerere, another tram line headed for Beach had to walk the Caracol up and down by foot.

T

The Polana Beach

he old Polana Beach was located between Caracol and Clube Naval in the old Lourenço Marques, today Maputo, at the foot of the Barreira, an elevation that rose 45 meters above the sea. The beach had a net to protect beachgoers from possible shark attacks. Next to it there was a bridge for fishermen and in the middle, there was a diving tower, where sadly many swimmers, lost their lives diving during low tide.

Although the area was delimited, access was free. Only rental of beach chairs or umbrellas was paid. The busiest days were on Sundays and public holidays, and any event that took place there mobilized thousands of people. The cosmopolitan atmosphere of the “spell city” was clear in these events and in the quality of its organization.

In the early 20’s, and to better cater for beach goers’ a tea saloon was built, which is said to have cost at the time more than 20.000 pounds. Later it changed name to Restaurant Oceania, which included a dance hall.

do por uma linha de eléctrico vinda da Baixa da cidade. a de eléctrico que seguia para o Hotel Polana, mas, quem a quimente que subir/descer o Caracol a pé.

y a tram line coming from downtown. There was also, in what the Hotel Polana, but whoever wanted to go to the Polana

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When the tide rose, it reached the first steps of the cement stairs, and completely flooded the lower part of the building in its entirety. Quite a few customers frequented the place, trying to cool off with the sea breeze. But the building was doomed. It created a bottleneck on the Marginal road, cars were forced to pass between the building and the Barreira, obstructing circulation, so it was eventually demolished.

Over time, erosion and other events made the beach disappear completely.

TENDÊN ELE E P

TRENDS FOR H

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NCIAS PARA PARA ELA

HIM AND FOR HER

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CINEMA

35MM

BEASTS OF NO NATION

D

Sugestão Xonguila

evido à grande procura das plataformas on demand, estas decidem investir cada vez mais em produções próprias, não só no que diz respeito a séries, mas também a longas-metragens. Em Outubro de 2015 a Netflix lança em simultâneo na sua plataforma e em salas de cinema selecionadas a sua primeira grande produção, o filme “Beasts of no nation”. Foi uma aposta vencedora de imediato, uma vez que esta película conseguiu conquistar grande parte da crítica internacional.

Trata-se de uma história brutal sobre as consequências de uma guerra civil, com foco principal nas crianças. A narrativa decorre numa cidade africana não especificada, onde conhecemos Agu (Abraham Attah), um menino que, após um ataque ao seu humilde bairro, se perde no meio de uma floresta, e é encontrado por um grupo de rebeldes que se aproveita da sua fragilidade emocional para o transformar num selvagem soldado do seu bando. O grupo é liderado por um cruel, mas simultaneamente carismático comandante, representado por Idris Elba. É baseado no romance do autor descendente de nigerianos Uzodinma Iweala, e tem como director o excepcional Cary Fukunaga (True Detective). O drama que Agu vive serve para retratar toda a barbaridade que muitos grupos rebeldes têm perpetuado ao longo dos anos no continente africano.

O guião é bastante realista e

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violento, diferente de muitas produções actuais, que optam por suavizar determinadas cenas, com o objectivo de diminuir a classificação etária do filme, e, consequentemente, aumentar os lucros de vendas de bilheteira.

A sensação de alerta eminente e perigo constante está presente em toda obra cinematográfica. Um fenómeno que alguém que já esteve em algum local em conflito jamais esquecerá.

O estreante Abraham Attah, que dá vida a Agu, consegue transmitir toda a carga dramática que o personagem requer, cumprindo exemplarmente a sua missão neste filme de forte carga emocional. Importa salientar também que Idris Elba faz do seu papel uma aula interpretativa, conseguindo que o líder que representa tenha uma imagem quase religiosa e extremamente manipuladora.

São impressionantes os seus discursos hipnotizantes e os seus gestos quase paternais.

Cary Fukunaga, o director, fez de Beasts of no Nation uma obra forte e de difícil digestão, lavando-nos a reflectir sobre a capacidade que o ser humano tem de exercer actos tão cruéis e bárbaros para com os seus semelhantes.

Esta produção encontra-se disponível na plataforma Netflix, tendo sido considerada na altura uma possível candidata aos Óscares de 2016. Embora tenha conquistado vários prémios internacionais, não arrecadou qualquer Óscar.

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CINEMA

35MM

BEASTS OF NO NATION

D

Xonguila suggestion

ue to the great demand of the platforms on demand, they decide to invest more and more in their own productions, not only in the series, but also in the feature films. In October 2015, Netflix simultaneously launched on its platform and selected movie theatres its first major production, the movie “ Beasts of No Nation”. An investment that payed off immediately, since the film managed to conquer many international critics.

It is a brutal story about the consequences of a civil war, with a primary focus on children. The narrative unfolds in an unspecified African city, where we meet Agu (Abraham Attah), a boy who, after an attack on his poor neighbourhood, gets lost in a forest, and is found by a group of rebels who take advantage of his emotional fragility to turn him into one of their wild child soldiers. The group is led by a ruthless and charismatic commander, represented by Idris Elba.

It is based on, Nigerian descendent, Uzodinma Iweala’s novel and is directed by the exceptional Cary Fukunaga (True Detective). The drama that Agu lives portrays all the barbarity that many rebel groups have perpetuated over the years on

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the African continent.

The script is quite realistic and violent, unlike many current productions that choose to smooth out certain scenes, to reduce the film’s rating to increase ticket sales profits.

The sense of eminent alertness and constant danger is ever present in this cinematographic work. A phenomenon that anyone who has been in a conflict zone will never forget.

New comer Abraham Attah, plays Agu conveying all the drama that the character requires, exemplarily fulfilling his mission in this emotionally charged film. Idris Elba makes his role an interpretative class, portraying a fanatical and manipulative leader whose speeches are hypnotising, while his mannerism is paternalistic.

Cary Fukunaga, the director, made Beasts of the Nation a heavy film, difficult to digest forcing us to reflect on our capacity as humans to carry out cruel and barbaric acts against our fellow men.

This production is available on Netflix, having been considered a possible candidate for the 2016 Oscars. Although it did not take home the Oscar it won several international awards.

97 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Rubrica - Paladares à solta

“MAPUTO CIDADE FEITIÇO” por: Nuno Azevedo

Este poster integra-se na série “Maputo Cidade Feitiço”, criada para comemorar o Dia Mundial dos Gráficos sob o tema “Maputo Mais Criativo”.

This poster is part of the series “Maputo Cidade Feitiço”, created to commemorate the World Day of Graphics under the theme “Maputo Mais Criativo”.

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T O D A A A G E N D A C U LT U R A L D E M A P U T O D I S P O N Í V E L E M

w w w . f a c e b o o k . c o m /

maputolivecity 99 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

O XIQUENTO Sobre o meu estômago Amarfanhado Vislumbra-se xiquento frio, da cacana E xima das manhãs Que da boca goteja até os meus fios de cabelo.

Brancos e velhos Como a cinza do carvão Que esquenta a minha preferida refeição Sempre que o meu estômago Choraminga no vazio.

Xiquento meu Que me alimenta no inverno E nas madrugadas do verão.

Xiquento fabricado com a velha panela De barro sob a fogueira da lenha Extraída nos Brejos.

E nas rubricas do meu silencioso bairro.

Que sacia meu estômago Solto e faminto.

Ernesto Moamba (Filho da África)

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HORÓSCOPO MAIO CARNEIRO Não mexa em feridas do passado. Não haja sem ponderar todos os prós e contras.

TOURO Defina melhor os seus sentimentos e peça que façam o mesmo consigo. Enriqueça os seus conhecimentos para poder progredir.

GÉMEOS Está numa fase em que precisa de receber mais do que dar. A vida profissional não está nos melhores dias, poderá ficar isolado.

CARANGUEJO

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Terá sinais de grande estabilidade na vida sentimental. Bons retornos dos seus investimentos e de todos os actos.

LEÃO Poderá ter uma divergência grave com um colega e o clima irá ficar pesado. Período de cautela.

VIRGEM Faça um exame lúcido à sua vida sentimental. Irá passar por um período de tensão que o poderá impedir de ser eficaz.

BALANÇA Irá sentir-se muito bem no que diz respeito à sua vida a dois ou em família. Caso faça investimentos, tenho o cuidado de não se exceder.

ESCORPIÃO Não adie a tomada de decisões por mais que estas sejam penosas. Poderá perder o controlo em questões profissionais e económicas.

SAGITÁRIO Novas responsabilidades serão assumidas.

Um assunto com novos contornos vai exigir mais de si.

CAPRICÓRNIO Deve enfrentar os problemas da sua relação.

Mostre o que pensa sobre os assuntos apresentando soluções práticas.

AGUÁRIO Um novo amor dará início a um excelente período na sua vida. Não baixe os braços perante desafios.

Abandonar situações poderá ser uma má opção.

Para mais informações: geral@xonguila.co.mz 102 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

PEIXES Dedique o máximo de tempo à sua relação.

Não terá dúvidas do que deve ser feito, siga o seu instinto. Mês de saldos positivos.

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103 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

HOROSCOPE MAY ARIES Do not touch wounds of the past. Do not act without weighing all the pros and cons.

TAURUS Define your feelings better and ask others to do the same with you. Enrich your knowledge to evolve.

GEMINI You’re at a stage where you need to receive more than you give. Professional life is not at its best, you may become isolated.

CANCER Believe in the advice given to you. Invest in your professional life.

LEO You may have some serious divergences with a colleague and tensions will be heavy.

Caution period.

VIRGO Take a lucid examination of your sentimental life. You will go through a period of tension that may prevent you from being effective.

BALANCE You will feel very well with regard to your life as a couple or family. If you make investments, take care not to exaggerate

SCORPIO Do not put off making decisions no matter how painful they are. You may lose control on professional and economic matters.

SAGITTARIUS New responsibilities will be taken on. A new subject will require more of you.

CAPRICORN You must face the problems of your relationship.

Express your opinion by presenting practical solutions.

AQUARIUS A new love will usher in a great period in your life.

Do not throw your arms up in the face of challenges.

Walking away from situations may be a bad option.

PIECES Dedicate most of your time to your relationship. You will not have any doubts on what should be done, follow your instincts. It is the month of positive balances.

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Rubrica - Investir no Turismo

Investir no Turismo em Moçambique ASPECTOS FISCAIS

Moçambique é um país rico em história, com um grandioso mosaico cultural e que tem um enorme potencial turístico ao oferecer uma combinação de turismo de praia e cidade com uma excelente diversidade de flora, fauna e ecoturismo.

Neste diapasão, deparamo-nos com um número crescente de turistas a visitar Moçambique e de potenciais investidores interessados em fomentar o crescimento do turismo, o que realça a importância da criação de condições atractivas para os investidores que pretendam cá desenvolver empreendimentos susceptíveis de revolucionar o turismo em determinadas regiões do país.

A Política do Turismo define como principais objectivos do Governo o desenvolvimento de um turismo responsável e sustentável, com vista a colocar Moçambique no ranking dos melhores destinos turísticos a nível mundial, sempre aliado à conservação e protecção da biodiversidade e preservação dos valores culturais.

No presente artigo iremos somente focar-nos em matérias fiscais que consideramos essenciais para os investidores neste sector.

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Fotografias: Mariano Silva

Notas Gerais

depa co nú cre de a Moç

Rubrica - Investir no Turismo

Benefícios Fiscais Os projectos turísticos beneficiam de quatro regimes principais de incentivos fiscais:

aramo-nos om um úmero escente turistas visitar çambique

1. Incentivos fiscais genéricos (i) Isenção de direitos aduaneiros e IVA na importação de bens da classe K da Pauta Aduaneira, (ii) Crédito fiscal por investimento dedutível à colecta do IRPC, (iii) Amortizações e reintegrações aceleradas, (iv) Dedução de determinados custos específicos à matéria colectável.

2. Regime Específico para Hotelaria e Turismo (i) Benefícios genéricos indicados nas alíneas (ii) a (iv) do ponto 1. acima, (ii) Isenção de direitos aduaneiros e IVA sobre determinados bens espe- cíficos indispensáveis para a construção e apetrechamento dos estabe lecimentos de hotelaria e turismo.

3. Zonas de Estâncias de Turismo Integradas (ZETI) (i) Isenção de direitos aduaneiros e IVA na importação de determina dos bens, (ii) Regime fiscal especial que concede a isenção do IRPC e a redução da taxa deste imposto por determinado período para os operadores e empresas de ZETI.

4. Projectos de Grande Dimensão (i) Benefícios genéricos indicados nas alíneas (ii) a (iv) do ponto 1. acima. (ii) Isenção de direitos aduaneiros e IVA na importação de materiais de construção, máquinas, equipamentos, acessórios, peças sobressalentes e outros bens destinados à actividade.

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Rubrica - Investir no Turismo

Panorama do sistema fiscal de Moçambique Em poucas linhas, o sistema fiscal de Moçambique pode ser resumido nos termos abaixo: Principais Impostos e Taxas

• IRPC - 32% (residentes) / 20% (não residentes)

• IRPS - 10% a 32% (residentes) / 20% (não residentes)

• IVA - 17%

• Imposto sobre Consumo Específico - Taxas fixas e ad valorem

• Imposto do Selo - 0.04% a 20% / 200,00 MT a 2.500,00 MT

• Impostos Municipais - Vários

• SISA - 2% / 10%

• Segurança Social - 7% (4% pelo trabalhador e 3% pela

entidade empregadora)

• ISPC - 3% Tratados de Dupla Tributação Moçambique tem uma rede de 9 Tratados de Dupla Tributação em vigor, com Portugal, Maurícias, Itália, EAU, Macau, África do Sul, Vietnam, Botswana e Índia, sendo os mais vantajosos os das Maurícias e dos EAU.

Moçambique tem, no geral, um regime fiscal atractivo Considerações Finais Consideramos que Moçambique tem, no geral, um regime fiscal atractivo para o sector de hotelaria e turismo, que está em linha com os objectivos principais definidos na Política do Turismo.

Urge, no entanto, uniformizar procedimentos e garantir que a aplicação prática da legislação do sector e outra relacionada é feita da melhor forma possível e em conformidade com a intenção do legislador e do Governo moçambicano.

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Fotografias: Mariano Silva

Rubrica - Investir no Turismo

Rubrica - Investir no Turismo

Invest in tourist activity in Mozambique TAX ASPECTS

General Notes Mozambique is a country rich in history, with a cultural mosaic enhancing the great tourist potential by offering a combination of beach and urban tourism, an excellent diversity of flora, fauna and ecotourism.

We are witnessing a growing number of tourists visiting Mozambique and potential investors interested in fostering tourism growth, which highlights the importance of creating attractive conditions for investors who wish to develop businesses that can revolutionize the sector in certain regions of the country.

The Tourism Policy def ines as the main objectives of the Government the development of responsible and sustainable tourism, aiming to place Mozambique in the ranking of the best tourist destinations worldwide, always linked to the conservation and protection of biodiversity and preservation of cultural values.

In this article we will only focus on tax matters that we consider essential for investors in this sector.

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Tax benefits

Tourism projects benefit from four main tax incentive schemes: 1. Generic tax incentives

(i) Exemption from customs duties and VAT on

the importation of goods of class K of the Cus-

toms Tariff,

(ii) Investment tax credit deductible to IRPC tax collection,

(iii) Accelerated depreciation and reintegration,

(iv) Deduction of certain specific costs to the ta-

xable amount.

2. Specific Regime for Hospitality and Tourism

(i) Generic benefits indicated in points (ii) to (iv) of

item 1 above,

(ii) Exemption of customs duties and VAT on

certain specific goods indispensable for the con-

struction and equipping of hotel and tourism stablishments.

3. Zones of Integrated Tourism Resorts (ZETI)

(i) Exemption from customs duties and VAT on

the importation of certain goods,

(ii) Special tax regime granting the IRPC exemp-

tion and the reduction of the tax rate for a certain

period for ZETI operators and companies.

4. Large-scale projects

(i) Generic benefits indicated in points (ii) to (iv) of

item 1 above,

(ii) Exemption of customs duties and VAT on the

importation of construction materials, machinery,

equipment, accessories, spare parts and other

goods intended for the activity.

Rubrica - Investir no Turismo

Overview of the Mozambican tax system In a few lines, the Mozambican tax system can be summarized as follows:

Main Taxes and Fees

• IRPC - 32% (residents) / 20% (non-residents) • IRPS - 10% to 32% (residents) / 20% (non-residents) • VAT - 17% • Specific Consumption Tax - Fixed and ad valorem rates • Stamp duty - 0.04% to 20% / 200.00 MT to 2,500.00 MT • Municipal Taxes - Miscellaneous • SISA - 2% / 10% • Social Security - 7% (4% for the worker and 3% for the employer) • ISPC - 3%

Double taxation treaties Mozambique has a network of 9 Double Taxation Treaties with Portugal, Mauritius, Italy, UAE, Macau, South Africa, Vietnam, Botswana and India, the most advantageous being those of Mauritius and the UAE.

Mozambique has, in general, an attractive tax regime Final considerations We consider that Mozambique has, in general, an attractive tax regime for the hotel and tourism sector, which is in line with the main objectives defined in the Tourism Policy.

However, there is a need to standardize procedures and ensure that the practical application of sector and related legislation is done in the best possible way and in accordance with the intention of the legislator and the Mozambican Government.

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Rubrica - Saúde e Bem-Estar

SAÚDE E BEM-ESTAR Nutrição Por: Mafalda Henriques - Heal th Coach

Caros leitores,

Pastéis de peixe com esparregado (4 pessoas)

• Pastéis de peixe • 400 g de peixe cozido • 200 g de batata-doce cozida • 1 cebola média • 4 dentes de alho • 1 ovo • 1/2 molho de coentros • 1 colher de sopa azeite/óleo de coco/ óleo de abacate (20g) • Sal e pimenta q.b.

• 1/2 molho de coentros Comece por refogar levemente a cebola e o alho bem picados com uma colher de sopa azeite (ou óleo de coco ou óleo de abacate).

De seguida, junte esse preparado, no processador, com a batata-doce, o peixe, o ovo e os coentros. Tempere a gosto, faça 16 pastéis com a ajuda de duas colheres e leve ao forno para ficarem dourados.

112 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Fotografia: Mariano Silva

E

spero que estejam tão motivados e empenhados na mudança do vosso estilo de vida como eu estou!

Hoje trago-vos um dos problemas dos meus pacientes que facilmente ficou resolvido com esta receita que vos sugiro.

A questão era: Como transformar restos de peixe cozinhado numa receita boa ou o que fazer para que as crianças consigam comê-los sem ficarem aborrecidas.

A solução está na receita abaixo! Deliciem-se!

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Para mais informações: geral@xonguila.co.mz

113 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

Rubrica - Saúde e Bem-Estar

SAÚDE E BEM-ESTAR Nutrição Por: Mafalda Henriques - Heal th Coach

• 400 g espinafres (aproximadamente 3 molhos) • 1/2 cebola • 1 Dente de alho • 1 Colher de chá de óleo de coco

(sem cheiro nem sabor) • 1 Colher de chá de farinha de aveia (opcional) Refogue a cebola e o alho na gordura, junte os espinafres e deixe tudo cozinhar. Moa levemente o preparado com a ajuda de uma varinha mágica e acrescente a aveia caso precise de engrossar.

Usando produtos locais e tão nutritivos como estes nunca foi tão fácil alimentar-se bem!

Fotografia: Mafalda Henriques

Esparregado

Exercício Físico Por: Gonçalo Mendes - Fisiologista de Exercício Treina regularmente?

Então esta mensagem é para si!

E

ntre as variáveis de intensidade, destaco sempre dois factores: a amplitude de movimento e, inversamente proporcional, a determinação da carga a aplicar naquele gesto.

Claro está que esta preocupação vem a seguir à certificação de que se está a cumprir um planeamento que respeita a especificidade de cada um, bem como as metas.

Deste modo, ao invés de se discutir o número de repetições, é importante perceber-se quantos segundos teremos

114 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

o músculo em tensão, em trabalho efetivo. Para isso, devemos executar cada movimento de forma sólida, na maior amplitude possível (entenda-se, dentro do conforto da articulação que se move), com controlo em ambas as fases de contracção (quando se vence a carga e quando se resiste à mesma, voltando à posição inicial, para nova repetição), com a mente focada no trabalho que se está a desenvolver.

Só assim conseguiremos tirar o melhor partido de cada repetição, cada série, cada exercício... cada treino. Porque resultados sem planeamento, mais do que raros, são um acaso.

NÓS TEMOS

O PRAZER DE

ENSINAR

115 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

(+258) 21492479 (+258) 823170470 contacto@tvcabo.co.mz Rua de Tchamba nº 49 1º dto Maputo - Moçambique

116 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

SAÚDE E BEM-ESTAR

HEALTH AND WELLNESS

Nutrition by: Mafalda Henriques - Heal th Coach Dear reader, I hope you are as motivated and committed to changing your lifestyle as I am!

Today I bring you one of my patients’ problems that is easily solved with this recipe.

How to turn the cooked fish leftovers into a tasty recipe that even children enjoy eating without getting bored.

The solution is in the recipe below! Enjoy!

Fish cakes with spinach cream (4 people) • 400 g boiled fish • 200 g boiled sweet potato • 1 medium onion • 4 garlic cloves

• 1 egg • 1 coriander bunch • 1 tbsp. of olive oil / coconut oil / avocado oil (20g) • Salt and pepper to taste

Start by lightly sautéing the onion and the finely chopped garlic with a tablespoon of olive oil (coconut oil/avocado oil).

Then place it in a food processor adding the sweet potato, fish, egg and coriander.

Season to taste, make 16 cakes with the help of two spoons and bake to golden brown.

Spinach Cream • 400 g spinach • 1/2 onion • 1 garlic clove

• 1 tsp coconut oil (odourless and taste- less) • 1 tsp oatmeal flour (optional)

Sauté the onion and garlic in the oil, add the spinach and let it cook blend it lightly with an electric blender and add oatmeal flour to thicken if needed.

Eating healthy has never been so easy, use local products that are highly nutritious

Do you train regularly?

Then this message is for you!

A

mong the variables of intensity, I always emphasize two factors: the range of motion and, inversely proportional, the determination of the load to be applied in that movement.

This is very important only second to following a personalised plan with customized goals.

So instead of discussing the number of repetitions, it is important to realize how many seconds the muscle is flexing. For 117 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

this, we perform each movement solid form, the fullest range possible (meaning within the comfort of the joints engaged) to control in both phases of contraction (when overcomes the load and when it resists to the original position, to a new repetition), with the mind focused on the work that is being executed.

Only in this way will we be able to make the most of every repetition, every series, every exercise ... every workout.

Results without planning, more than rare, are a fluke.

Fotografias: Mariano Silva

Physical exercise by: Gonçalo Mendes - Exercise Physiologist

As nossas províncias Our provinces

Niassa • Localiza-se no extremo noroeste de Moçambique.

• Limita-a, a norte, a Tanzânia, através do rio Rovuma; a sul, as províncias de Nampula e Zambézia; a este, Cabo Delgado e, a oeste, o Malawi. Pertence-lhe parte do grande e belo Lago Niassa, que estreitamente a liga aos dois países vizinhos.

• A capital é Lichinga, a cerca de 2.800 km de Maputo.

O nome deriva de N’tchinga, designação original da zona em que actualmente se encontra localizada a cidade.

• Tem uma área de 129.056 km2 (incluindo a superfície do lago). Está dividida em 16 distritos e tem 1.865.976 habitantes, segundo os resultados preliminares do censo de 2017. Apesar de ser a maior província do país, é a que tem menor densidade populacional.

• Os seus habitantes são predominantemente dos gru- pos etnolinguísticos macua, ajaua e nianja.

• O clima da província é tropical frio, resultado da sua situação geográfica e altitude.

• De localização remota, distante da capital e das zonas costeiras, era “o longínquo Niassa”, mas o desenvol- vimento de vias e meios de comunicação têm vindo a melhorar a sua integração no país e com os países vizinhos. Quem ali chega desfruta de um pôr-do-sol africano incrível e fica totalmente deslumbrado pelas paisagens oferecidas pelo Lago Niassa e montanhas.

• As principais produções da província são algodão, feijão, milho, batata rena, batata-doce, madeiras, sor- go e pedras semipreciosas.

• Com uma rica variedade de espécies animais de grande porte e uma extensão de aproximadamente 42.000 Km², a Reserva Nacional do Niassa é um dos cartões de visita da província. Podemos considerá-la o destino ideal para os amantes de fotografia e safaris.

• A dança Muganda é uma referência da cultura tradi- cional das etnias da região.

Niassa, na língua chinyanja, significa lago.

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Sanga

Ma

Lago

Muembe

Ma

Lichinga Ngauma

Mandinba

C

Mecanhelas

Niassa province • It is located in the far northwest corner of Mo- zambique.

• It is south of Tanzania, separated by the Rovuma River; limited to the south by the Nampula and Zambezia provinces; to the east

by Cabo Delgado province and, to the west

by Malawi. It is the home of the magnificently beautiful Lake Niassa, which closely links it to the two neighbouring countries.

• Its provincial capital Lichinga is about 2.800 km from Maputo. Its name derives from

Mecula

avago

N’tchinga, original name of the area in which the city is currently located.

• The province has an area of 129,056 km 2 (including the surface of the lake). It is divided into 16 districts and according to the prelim- inary results of the 2017 census it has a pop- ulation of 1.865.976 inhabitants. Despite being the largest province in the country, it has the lowest population density.

• The inhabitants predominantly belong to the Macua, Ajaua and Nianja ethnolinguistic groups.

Marrupa

• The climate is tropical cold, as a result of its geographical position and altitude.

• Due to its remote location, far from the capital and coastal areas, it was known as

ajune

“far Niassa”, but the development of roads and means of communication have facilitated the integration of the province in the country

Maua

and with its neighbouring countries. There

Nipepe

Metarica

you can enjoy an incredible African sunset and be totally dazzled by the Lake Niassa and mountains landscape.

• The province mainly produces cotton, beans, corn, potatoes, sweet potatoes and sorghum, it is also rich in woods and semiprecious

Cuamba

stones.

• The Niassa National Reserve is a must see, home to rich variety of large animal species and extending over approximately 42. 000 km². It is considered an ideal destination for photography and safari lovers.

• The Muganda dance is a cultural reference of the culture of the region.

Niassa means lake in the Chinyanja language.

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“MAPUTO CIDADE FEITIÇO” por: Nuno Azevedo

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121 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

122 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

123 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

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Polícia - Police

Hospitais - Hospitals

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Polícia Fixo 119

Hospital Central de Maputo Av Eduardo Mondlane, Maputo +258 21 320 828

Hertz Rent-a-car Av. Julius Nyerere, Hotel Polana +258 21 494 473 www.hertz.co.mz

Instituto do Coração Av. Kenneth Kaunda, Nº: 1111 +258 21 411 000

Imperial Car Rental Aeroporto Internacional de Maputo +258 21 465 250 www.imperialcarrental.co.mz

Polícia Celular 112 Polícia Machava +258 21 751 412 Polícia Sala de Operações Maputo +258 21 325 031 PRM +258 21 311 195

Bombeiros - Fire Department Bombeiros - Chamadas de socorros 197 Bombeiros +258 21 322 222 | +258 21 322 334

Transportes - Transport Taxi Novo 843 275 000/863 275 000/823 275 000 Taxi Marcelo 847 575 758

Picket Águas/Water Águas da Região de Maputo +258 21 308 855

Hospital Privado de Maputo Rua do Rio Inhamiara, nº 1100 +258 21 488 600 | +258 843 012 711 Clínica Sommershield Rua Pereira do Lago, nº 52 ,Sommerschield, Maputo +258 21 493 924/5/6 Hospital Psiquiátrico de Infulene +258 21 470 623 Hospital Geral da Machava +258 21 758 147 Hospital Geral de Chamanculo +258 21 400 094 | +258 21 400 086

Avis Maputo Av. Mao Tse Tung, nº 1 +258 21 321 243 www.avis.com/ EuropCar Av. Julius Nyerere, nº 1418 +258 21 497 339 www.europcar.com RentMaputo +258 829 162 320 | +258 43 352 880 www.rentmaputo.com Sixt Car Rental Aeroporto Internacional de Maputo +258 21 465 250 | +258 21 465 250 www.sixt.com

Hospital Geral José Macamo +258 21 400 045/6

Win Car Rental Av. Guerra Popular, nº 1666 +258 829 162 320 | +258 843 162 320 info@win.co.mz www.win.co.mz

Centro de Saúde Shifaa Av. Maguiguane, nº 1949 +258 21 407 903 | +258 829 632 330

Car Premium Aeroporto Internacional de Maputo +258 21 401 713 www.carpremium.co.mz

124 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

or ganização de eventos fór uns conferências decor ação de inter iores

125 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2

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Câmbio - Exchange houses SA Câmbios Avenida Kwame Nkrumah, nº 501. +258 21 488 830 Africâmbios Avenida 25 Setembro, nº 1339 R/c +258 21 428 605 Mundial Câmbios Avenida 24 Julho, nº 1830 +258 21 310 867 Acácio Câmbios Avenida Patrice Lumumba, nº 658 - R/c +258 21 312 263 Coop Câmbios Lda Avenida Maria J Albuquerque, nº 70 - R/c +258 21 414 357 Executivo Câmbios Lda Avenida Samora Machel, nº 26 - R/c +258 21 310 432 Manusso Câmbios Lda Rua Consiglieri Pedroso, nº 79 +258 21 325 303 Mundo de Câmbios Lda Avenida Mao T Tung, nº 278 +258 21 499 995

Aeroportos - Airports Aeroporto de Inhambane Avenida OJM-Inhambane, nº 509 +258 29 320 312 Aeroporto Internacional da Beira Rec Aeroporto-Beira +258 23 301 071/2 Aeroporto Internacional de Maputo Aeroporto Mavalane-Maputo +258 21 465 827/8 Aeródromo de Pemba Aeroporto de Pemba, Cabo Delgado +258 27 220 312 Aeródromo de Inhambane Cidade de Inhambane +258 29 320 312 Aeroporto Internacional de Nampula Avenida do trabalho A, 418, Nampula +258 6 213 133/213 100 Aeroporto de Angoche Ilha de Angoche Aeroporto de Cuamba Aeroporto de Cuamba, Cuamba Aeroporto de Nacala Aeroporto de Nacala, Avenida do trabalho A, 418, Nampula +258 26 213 100 Aeródromo de Tete/Chingodzi Unidade Albano, Chingozi Estrada Nacional 7, Tete +258 522 312

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Aeródromo de Quelimane TM 146, Quelimane +258 24 213054 Aeródromo de Chimoio TM 200, Chimoio +258 25 122 242 | +258 82 598 162 Aeródromo de Lichinga Lichinga +258 27 120 127 | +258 27 121 594 | +258 826 401 776 Aeródromo de Vilankulo Cidade de Vilankulo, Inhambane +258 23 822 07

Bancos - Banks Banco de Moçambique Sede: Av. 25 de Setembro, nº 1679 2º +258 21 354 683/4 Millennium BIM Sede: Rua dos Desportistas, nº 873/879, 6º Andar +258 21 350 035 Moza Banco SA Sede: Rua dos Desportistas, Jat 5.3 +258 21 342 000 BCI Sede: Av. 25 de Setembro +258 21 353 700 Banco Único SA Sede: Av. Julius Nyerere, nº 585 +258 21 488400 Banc ABC Sede: ABC House, Avenida Julius Nyerere, nº 999 +258 21 482 100

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128 - Maio/May 2018• REVISTA XONGUILA © ™ Ed. 2