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Editorial e carta dos leitores

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Entrevistando

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Editorial e Cartas de leitor

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É com muita alegria e satisfação que retomamos o Nosso Jornal, o jornal do Colégio Casimiro de Abreu! Produzir um jornal escolar é dar a leitura e a escrita uma função social a partir de uma prática real e concreta. Além disso, quando os alunos produzem seu próprio material jornalístico, com temas de interesse em comum, desenvolvem a criticidade em relação a produção midiática que circula em sociedade. A retomada da produção do informativo contou com a ilustre participação da turma do Itinerário de Humanas/Oralidade e escrita: Ana Julia Munhoz, Clara Madeira Canoletto, Giovanni Garcia, Wagner Lopes de Oliveira e Isabella Helena Bizaroli. Essa turma, coordenada pela prof. ª Gildete Silva, abraçou a ideia e, em conjunto com os alunos convidados, Victória Camargo Garcia (9ºEF), Arthur Santoro Garcia (1º EM), Jefferson Ferreira Junior (1º EM) e Mateus Marcelo Martins (2ºEM), escolheu temas a serem trabalhados, dividiu funções, organizou prazos e o resultado foi o melhor esperado: O Nosso Jornal. O nosso desejo é que todos apreciem e valorizem o resultado final e que o grupo sinta-se motivado para, em 2023, dar continuidades às publicações. Boa leitura!

Profª Gildete Silva

O que você acha sobre a volta do jornal da escola?

João 6° EF – “Eu acho bem interessante e muito bom para a gente se informar sobre a escola e os acontecimentos. É bem educativo e legal”. Isabelly Alves 1°EM - " Nunca estudei em uma escola que tivesse um jornal, acho muito legal a gente ficar sabendo das notícias e ter interação com os alunos. Muito sucesso!“.

Carol 9° EF- “Acredito que vai ser muito bom, principalmente, para a comunicação dos alunos com a escola, para sabermos o ponto de vista de todos e pode ser uma forma muito interativa com quem gosta de ler e estar presente nos assuntos . Todos podemos nos manter informados e até conseguirmos mais benefícios para a escola”. Kelly Wu 2°EM - " Acho legal e muito interessante pode divulgar os trabalhos da escola e dos alunos”.

Caio 2°EM - " acho uma ideia legal, as pessoas vão ficar mais cientes do que está acontecendo na escola, mais atualizadas”. Heitor 3°EM - " É bom, informar as pessoas, principalmente porque é fora das redes sociais, então, quem não acompanha pelas redes, consegue ver os projetos de dentro da escola“.

Murilo Sartorelli 3°EM - “Legal, gosto da ideia e acho divertido“.

Milena dos Reis 3° EM - " Acho bem interessante essa ideia, em nenhuma das escolas que eu estudei teve jornal e acho legal mostrar os projetos novos, informar, etc...”.

Kaiky Anacleto 1°EM- "É algo bem positivo, vai trazer benefícios para a escola , falando sobre os acontecimentos da escola e do mundo”.

MATÉRIA DE CAPA

O Novo Ensino Médio

Novo Ensino Médio, conta com a mudança das diretrizes e bases da educação nacional alterando o modelo de aprendizagem,. O projeto conta com 1,4 mil horas anuais (7 horas diárias), a carga horária total ao longo dos três anos passará de 2400 horas para 3 mil horas. Das 3 mil horas, 1200 horas são destinadas para os itinerários formativos, uma formação técnica e profissionalizante. Cada escola deve oferecer pelo menos uma opção complementar a formação do estudante. Mas, afinal, como o projeto funciona? Como serão feitas as mudanças? Quais são as mudanças e elas implicam em quais áreas?

O Projeto

A Lei nº 13.415/2017 institui alterações à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional , além do aumento de carga horária, estabelece maior integração e flexibilidade curricular e a oferta de itinerários formativos. É implantado um currículo mais flexível onde o aluno tem contato com um conteúdo de seu interesse profissional,. As áreas do conhecimento dos itinerários formativos são:

● Ciências da Natureza e suas tecnologias; ● Linguagens e suas Tecnologias; ● Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; ● Matemática e suas tecnologias; ● Formação Técnica e Profissional. Tais itinerários formativos serão oferecidos pelas instituições de ensino brasileiras, onde o aluno por sua vez deve selecionar a área que deseja seguir, tendo o poder de alterá-la uma vez.

(Foto: sintero.org.br)

Os itinerários formativos

Os itinerários consistem em disciplinas, projetos, núcleos de estudos, etc. Aprofundando-se nas áreas do conhecimento, já listadas, como exemplo, o foco de um itinerário de linguagens será a oratória, escrita, interpretação e produção de textos. Cada instituição de ensino tem a autonomia para oferecer seus itinerários formativos.

O Novo Ensino Médio exclui disciplinas dos currículos?

A proposta atual da BNCC, aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), torna todos os componentes curriculares em desenvolvimento obrigatórios. A LDB inclui, no Ensino Médio, obrigatoriamente, estudos e práticas de educação física, arte, sociologia, filosofia e agora inglês, obrigatório desde o 6º ano do Ensino Fundamental até o Ensino Médio.

A formação de professores

A formação de professores para atuar na educação básica deve contar com formação em nível superior, em curso de licenciatura plena, admitida. Já a atuação dos profissionais com notório saber será exclusivamente para atender a formação técnica e profissional e devem possuir o devido reconhecimento pelos sistemas de ensino para ministrar suas aulas, sejam elas em rede pública ou privada.

O ENEM

A reforma também exige mudanças no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), o Ministério da educação entende que é necessária a adequação do Enem para com a BNCC. Além das questões objetivas, teremos as discursivas que têm relação com a área de conhecimento escolhida pelo estudante para avaliar os conhecimentos na prática e teórica, com a escrita. As suas mudanças devem ser graduais sendo implementadas até 2024. Estima-se que em 2024, o ENEM contemplará as matérias obrigatórias, Linguagens e Códigos, Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática e Redação.

(Foto: Arte/UOL)

Fonte: http://portal.mec.gov.br/ https://observatorio.movimentopelabase.org.br/

ARTIGO DE OPINIÃO

Novo Ensino Médio

Nos últimos cinco anos houve debates entre os congressistas e o ex-presidente Michel Temer sobre novas ideias de “reformas” no Ensino Médio, no entanto a ideia foi vista como um absurdo pelo Congresso e foi anulada. Então, como uma forma de “ludibriar” o Congresso, o ex-presidente Temer publicou uma Medida Provisória - lei que não necessita permissão do Congresso para entrar em vigor- e as “reformas” do novo Ensino Médio começaram a ser introduzidas pelo país adentro. Com a nova reforma, a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) mudou o caráter de suas “configurações”: Um aumento excessivo da carga horária que, inicialmente, passaram de 1,2 mil horas a 1,4 mil horas anuais e em até 2025 a carga horária passará a ser 1,8mil horas anuais, fazendo com que todas as séries Ensino Médio, passem a ser integrais. A nova obrigatoriedade imposta pela BNCC implica em somente quatro áreas do conhecimento: Matemáticas e suas Tecnologias; Linguagens e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas - o que torna subjetiva e ambígua a interpretação das outras disciplinas, tendo em vista que elas não são “obrigatórias”, mas sim “asseguradas” .

Muitos alunos e especialistas em educação defendem que o novo Ensino Médio torna exaustiva a condição escolar, por forçar demais as condições financeiras das escolas e colocar mais horas de aulas por dia - fator que escancara a diferença socioeconômica das diversas escolas públicas e privadas por todo o Brasil. Aumentar o tempo de aula não significa aumentar o conhecimento, e sim torná-lo “problemático” por desgastar ambos (professores e alunos) e prejudicar o ensino, principalmente daqueles com menor renda, pois trabalham e estudam.

Um dos poucos pontos positivos desta nova “reforma” é preparar os alunos para as novas provas de Vestibulares e ENEM e, dependendo de suas escolhas dos novos ensinamentos, prepará-los para as suas profissões futuras. Entretanto, a finalidade desses conhecimentos é focada mais nas provas de Vestibulares e não somente no conhecimento em si, o que provoca uma “industrialização” do ensino.

Concluindo, o novo Ensino Médio foi algo totalmente “inapropriado” e mal planejado, prejudicando as escolas pelo país, forçando-as ao seu limite e, em alguns casos, às mudanças extremamente drásticas em relação ao Ensino Médio e seu quadro curricular. É triste ver que muitas escolas particulares e, principalmente públicas, estão tendo extrema dificuldade em manejar os currículos. Fazendo com que um “investimento” do novo Ensino Médio seja parceria com instituições de “notório reconhecimento”, com pessoas de “notório saber”, sendo elas, pessoas sem nenhum tipo de aprendizagem pedagógica ou saber lidar com o futuro do nosso país.

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