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o país nórdico considerado o mais feliz do mundo. O que faz a diferença? O viajante

A Lapónia é conhecida por ser a terra do Pai Natal. Desde a minha chegada que rapidamente percebi o porquê da Finlândia ganhar pelo 5º ano consecutivo o prémio de país mais feliz do mundo. As palavras-chave para a felicidade dos finlandeses são: educação, empatia e muito respeito pelo próximo.

O nível de educação na Finlândia é extremamente alto e a população é extremamente simpática e empática estando sempre disponível para ajudar. Os finlandeses sabem que o bem comum deve - rá sempre prevalecer sobre o bem individual e que todos juntos conseguem criar um país melhor para se viver.

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Vivem sobretudo na natureza, num estilo de vida calmo. São um povo de poucas conversas, mas quando falam tentam alimentar conversas sobretudo positivas, uma vez que sabem que conversas positivas criam ambientes positivos.

O nível de segurança é altíssimo. Sempre deixei o carro ligado quando ia ao supermercado para não arrefecer, nunca utilizei a chave de casa, simplesmente estava sempre aberta.

O nível de corrupção é baixo em todos os estratos da sociedade.

A desigualdade social é baixa, mas independentemente da condição social os finlandeses adotam um estilo de vida minimalista pelo que é perfeitamente normal os finlandeses com alto poder econômico manterem o seu velhinho automóvel e viver na sua pequena casa de madeira. São um povo que vive sobretudo para experiências.

Faltavam poucos dias para viajar para a Lapónia e um misto de emoções surgiam, entre o entusiasmo do novo e o medo da difícil adaptação criavam um turbilhão de emoções dentro de mim. d iogo c Ruz

A Lapónia é a região mais a norte da Finlândia. Em busca de uma nova experiência, tive oportunidade de viver numa região com 22 horas de noite, temperaturas a rondar os -30ºC, 2 meses sem ver o sol. Vi auroras boreais, vivi numa região praticamente de neve e gelo numa casa de madeira com colegas de várias nacionalidades, fiz ski, fiz sauna todos os dias e sempre que possível mergulhava nos famosos lagos de gelo que efetivamente relaxam o nosso corpo e a mente.

Mas o mais importante, desenvolvi novas competências numa cultura nada comum à minha. Recordo-me na noite de 24 de Dezembro ficar com o carro bloqueado no meio da neve e passar uma boa parte da noite de natal sozinho a desbloquear o carro, uma experiência no momento pouco agradável, mas com certeza que irei sempre recordar.

Diogo Cruz tem 29 anos e é licenciado em Gestão. É natural de Ribeirão, mas desde jovem que o mundo é o seu lugar. Tem um gosto especial em viajar e em viver além-fronteiras. Adotou um estilo de vida simples a partir do momento que a sua mochila passou a ser a sua casa. Turismo é claramente a sua área de profissão e também o seu estilo de vida.

Gostei muito da cultura finlandesa e os finlandeses adoram a nossa cultura. Sempre que se falava de Portugal elogiavam as nossas horas de sol, a nossa vida social, a nossa forma genuína de ser e acolhedora, a nossa comida, a nossa simpatia bem como o quanto a família é importante na nossa cultura.

Uma experiência fantástica, mas como todas as viagens que faço o que mais gosto no final é sempre de voltar a casa e às minhas origens enquanto ribeirense.

Um bem-haja para todos os ribeirenses que vivem em qualquer parte do mundo.

Nos últimos anos tem abraçado projetos relacionados com a sustentabilidade. É fã do minimalismo e de ter novas experiências que o desenvolvam pessoalmente. Gosta de estar na natureza e considera-a o local ideal para colocar a sua criatividade em ação. Tem um gosto especial por conhecer pessoas de diferentes culturas, idiomas, nacionalidades e com diferentes formas de pensar. Para além do português fala inglês, espanhol, italiano e algumas palavras em finlandês e catalão. Acredita que com pequenas atitudes pode contribuir positivamente para um mundo melhor.