Fauna Característica da Restinga

Estes são alguns animais que podem ser encontrados na restinga de Camburi.

Anu-branco - Guira guira

Conhecido por rabo-de-palha, quiriru, pelicho, pipiriguá, anum-branco e cigana, é uma ave sociável que anda sempre em bando. Gosta de sol, de tomar banho de poeira e de se aglomerar à noite para se aquecer. É comumente observada em áreas campestres nativas e antropizadas no Brasil. A ave possui dificuldades para voar, e por isso é vítima frequente de atropelamentos e arrastes no

Anu-preto - Crotophaga ani

O Anu-preto ocorre em todo o Brasil, mas é conhecido por outros nomes, como anu-pequeno, coró-coró, ou simplesmente anu. A ave vive em pequenos bandos e não voa muito bem. Por isso, é comum encontrá-la caminhando no solo ou saltitando pelos galhos das árvores.

mar por ventos fortes.

Bem-te-vi - Pitangus sulphuratus

Possui diversos nomes populares, como bem-te-vi-de-coroa, bem-te-vi-verdadeiro e cirino. É considerado o pássaro mais popular do Brasil, sendo comum em áreas urbanas e rurais do sudeste, em áreas de florestas densas, orlas de matas, córregos, margens de lagoas, várzeas, campos e pomares. Seu canto assemelha-se às sílabas bem-te-vi, que dão nome à espécie

Coruja-buraqueira - Athene cunicularia

Conhecida também como caburé-do-campo, coruja-do-campo, coruja-mineira, corujinha-do-buraco, guedé, urucuera e urucuréia. É uma espécie muito abundante no Brasil, com ampla distribuição do oeste da América do Norte ao sul da América do Sul. É terrícola, de hábitos diurnos e noturnos. Constrói seus ninhos no solo em cavidades abandonadas por tatus ou feitas por ela mesma. Suas tocas são muito bem escavadas e servem de abrigo para o grupo de corujas por muitos anos.

É uma ave de rapina muito importante para o controle biológico, pois se alimenta de aranhas, escorpiões, pequenos roedores, répteis e anfíbios.

Gambá-de-orelha-preta - Didelphis aurita

Em outras regiões do Brasil é conhecido também como saruê, timbu, mucura ou cassaco. É a única espécie de gambá no estado do Espírito Santo. O gambá-de-orelha-preta se alimenta de invertebrados (carrapatos, caracóis, aranhas, escorpiões, baratas, etc.), vertebrados (pequenos mamíferos, aves, répteis, anfíbios) e frutas. São animais dispersores de sementes e também polinizadores, sendo imunes ao veneno e peçonha de diversos animais.

Gavião-carijó - Rupornis magnirostris

Também é conhecida como Inajé, Indaié e Gavião-pega-pinto, é uma ave de rapina bastante comum no território brasileiro. É um ótimo caçador, com audição e visão altamente aguçadas. Possui pernas fortes para segurar suas presas e bico afiado para ajudar na alimentação. Se alimenta de outras aves menores, roedores e pequenos répteis.

Guruçá - Ocypode quadrata

Leva outros nomes populares, como maria-farinha, caranguejo-fantasma, vaza-maré, aguarauçá e garuçá. É uma espécie de caranguejo que ocorre em todo o litoral brasileiro, transitando em ambientes aquáticos e terrestres. São mais ativos à noite ou ao amanhecer, devido a necessidade de proteção contra predadores.

Sabiá-da-praia - Mimus gilvus

Também é conhecido como sabiá-da-restinga, sabiá-piri e tejo-da-praia. É uma espécie restrita a áreas litorâneas, podendo ser encontrada nos ambientes de restinga de todas as praias brasileiras. O Sabiá-da-praia tem uns dos cantos mais bonitos das espécies da Avifauna, e consegue mudar sua vocalização para imitar o canto de outras aves. Sanhaçu-de-coqueiro - Tangara palmarum

Conhecida popularmente como sanhaço-verde e pipira-verde, é uma ave de coloração esverdeada com uma faixa mais clara nas penas da asa. A espécie costuma ser ativa em horários de clima mais ameno, quando aproveita para pousar nas partes mais altas da vegetação. Alimenta-se de néctar, frutos e da caça de insetos. Frequentemente está associada a palmeiras, pousando nas partes mais altas da vegetação, com voos longos sobre rios ou áreas abertas.

Teiú - Salvator merianae

É popularmente conhecido como teiú, tejuaçu, jacuraru e caruaru. O Teiú ocorre em quase todo o território brasileiro, sendo o maior lagarto do país. É uma animal de hábitos forrageadores muito ativo nas horas mais quentes do dia, como no final da manhã e início da tarde.

A restinga também abriga uma enorme diversidade de insetos (abelhas, borboletas, besouros, etc.), que atuam principalmente como polinizadores e auxiliam no

Como preservar a Restinga?

desenvolvimento da vegetação de restinga. Conhecer e entender as fragilidades e a importância ambiental da restinga é o primeiro passo para promover a conservação de suas áreas remanescentes.

Algumas atitudes podem contribuir com a causa, como:

Não jogar lixo em local inapropriado (ruas, calçadas, praias, mar, restinga). Sempre procure uma lixeira e, caso não encontre, reserve o lixo para descartá-lo em casa.

Evitar o pisoteamento da vegetação, respeitando os cercamentos que delimitam as áreas de restinga. Apesar da vegetação nativa ser muito resistente a ventos fortes, variações de temperatura, solo com poucos nutrientes, escassez de água e salinidade, é muito sensível ao pisoteamento.

Evitar a perturbação da fauna local. Ao avistar um animal nativo, evite se aproximar, não tente tocar ou pegar. O animal pode se estressar e abandonar seu ninho/toca.

Ao levar o seu cachorro para passear na praia e ou no calçadão, tomar muito cuidado para que ele não ataque ou assuste nenhum animal nativo. Ande com ele na guia.

Legislação/ Normas da APA

Como a Praia de Camburi está situada dentro de uma Área de Preservação Am biental, algumas normas de uso preci sam ser seguidas.

Visando a proteção e ordenamento das diversas atividades na APA Baía das Tar tarugas, garantindo assim, a preserva ção dessa área e de toda riqueza ambien tal existente nesse ecossistema costeiro, o poder público instituiu algumas legis lações proibitivas e de orientação:

Lei 8.993/2016 - Lei que estabelece nor mas de proteção e controle das ilhas cos teiras que constituem sítios reprodutivos de aves marinhas no município de Vitó ria. Essa lei estabelece o controle de de sembarque nas Ilhas Galheta de Dentro e Galheta de Fora, bem como as demais ilhas costeiras do município.

Lei 9.077/2017 - Lei que estabelece nor mas de proteção do ambiente marinho e estuarino, proibindo a pesca com qual quer tipo de rede na baía do Espírito San to e baía de Vitória.

Lei 8.480/13 - 8.568/13 (dá nova redação ao artigo 1° da Lei 8.480/13)

Lei que proíbe pesca de arremesso (pesca de linha e anzol) nas praias do município de Vitória onde exista a concentração de banhistas, no horário compreendido de 06:00 ás 19:00 horas.

Lei 9.687/2020 - Lei que estabelece normas e restrições ao uso excessivo de som ou aparato que produza som audível, das embarcações náuticas e moto aquáticas fundeadas na APA Baía das Tartarugas, que perturbam o ecossistema.

Lei 7.774/2009 - Lei que proíbe distribuição de materiais de publicidade nas praias, como panfletos, folhetos, cartazes, comunicados ou material impresso, distribuído manualmente a transeuntes.

Defeso do Sururu - Instrução Normativa do IBAMA nº105/2006 - Lei que protege esse molusco filtrador que é encontrado nos costões rochosos, sendo importante também para a cadeia limentar, no ambiente marinho.

Decreto municipal nº17.342, de 3/5/2018 - Cria a Área de Proteção Ambiental Municipal Baía das Tartarugas.