5 minute read

Análise urbana

LOCALIZAÇÃO

O Jardim Celeste é um bairro localizado na zona sudeste de São Paulo, no distrito do Sacomã, pertencente a Subprefeitura do Ipiranga. Foi escolhido como local para a proposição do projeto por uma questão de vínculo já estabelecido previamente com a comunidade, através de um trabalho de iniciação científica, e também por conta da presença de uma respeitada liderança feminina e um engajamento cívico inspirador dos moradores.

Advertisement

Recorte de projeto

Figura 4: Mapa Localização Fonte:Elaborado pela autora a partir de base e dados do Geosampa.

HABITAÇÃO E RISCO GEOLÓGICO Figura 5: Mapa Habitação e Risco Geológico Fonte:Elaborado pela autora a partir de base e dados do Geosampa e Habitasampa. Como dito anteriormente, o histórico do bairro acarreta consigo uma intensa trajetória ligada à União dos Movimentos de Moradia da Grande São Paulo, portanto, os conjuntos habitacionais são uma parte significativa do contexto. É possível notar que as áreas que sofrem maior risco geológico são as próximas ao córrego Ourives e possuem favelas sobre elas, tal fato, é extremamente alarmente e precisa de atenção sob ele.

Córrego Ourives Recorte de projeto

Considerando o lento processo para regularização fundiária da área, não foi possível obter um levantamento de densidade exato. No entanto, se for levado em conta o seu entorno imediato, pode-se observar um alto adensamento, que provavelmente, por se tratar de conjuntos habitacionais, adentra o bairro em questão. Em um levantamento realizado pela Associação de Moradores da Região Sudeste (2007), estima-se que nas 1076 unidades existentes morem aproximadamente 5000 pessoas.

Figura 6: Mapa Densidade Demográfica Fonte:Elaborado pela autora a partir de base e dados do Geosampa. Recorte de projeto

Através dos dados de vulnerabilidade, é possível notar os limites tênues das desigualdaes socias. Nota-se população que vive em situação de extrema vulnerabilidade ao lado de pessoas que em situação baixa, ou até baixíssima.

Figura 7: Mapa Vulnerabilidade Fonte:Elaborado pela autora a partir de base e dados do Geosampa. Recorte de projeto

Em relação ao uso do solo, é bastante notória a predominância do residencial. No entorno imediato do Jd. Celeste, destaca-se o uso residencial horizontal de baixo e médio padrão, contrastando-se com o residencial vertical de médio e alto padrão também existente nas imediações. Com a situação de irregularidade da área, para completar a análise foi necessário o complemento do mapa pela autora, através de observações realizadas por ferramentas como o Google Street View, pôde elaborar um uso atual. social.

Figura 8: Mapa Uso e Ocupação do Solo Fonte:Elaborado pela autora a partir de base e dados do Geosampa. Recorte de projeto

O Jardim Celeste, apesar de ter suprido a necessidade de alguns equipamentos urbanos, como educação e saúde, segundo a análise dos dados disponíveis para pesquisa, apresenta uma falta de equipamento de cunho cultural.

Figura 9: Mapa Equipamentos Urbanos Fonte:Elaborado pela autora a partir de base e dados do Geosampa. Recorte de projeto

Um dos principais acessos ao Jardim Celeste, é Avenida do Cursino, uma via arterial. A carência de um grande modal próximo, como o metrô (as estações mais próximas são a Sacomã e a Jabaquara, cerca de mais de 5km de distância), mostra a dificuldade de conexão entre o bairro e a cidade. Há apenas linhas ônibus que circundam a área, fato que leva os moradores a buscarem outros meios de locomoção, como o carro particular.

Figura 10: Mapa Transporte e Sistema Viário Fonte:Elaborado pela autora a partir de base e dados do Geosampa. Recorte de projeto

Figura 11: Mapa Legislação / Zoneamento Fonte:Elaborado pela autora a partir de base e dados do Geosampa. Segundo a atual Lei nº 14.402/16 de zoneamento, a área analisada para o projeto corresponde à uma ZEIS, mais especificamente à uma ZEIS 1, que se caracteriza por um perímetro que contém loteamentos irregulares, favelas, e com predominância de população de baixa renda.

O vigente Plano Diretor, Lei nº 16.050/14, traçou algumas estratégias em um Plano de Urbanização destinadas a essa específica zona, tais estratégias que serão levadas em consideração na elaboração das intervenções urbanas propostas pelo trabalho, e que buscarão se apropriar dos atuais instrumentos urbanísticos. Participação popular,

Figura 12: Zona Especial de Interesses Social Fonte: PDE Texto Ilustrado, 2014, p.61.

soluções para viabilizar a criação de emprego e renda, intervenções urbanísticas para recuperação física da área, são exemplos de algumas metas estabelecidas por esse Plano de Urbanização, e que como o Plano Diretor prevê, deverão ser asseguradas por um Conselhos Gestores (composto pelos moradores de ZEIS, sociedade civil, e poder público).

Figura 13: Mapa Legislação / Plano Regional Fonte:Caderno de Propostas dos Planos Regionais das Subprefeituras, 2016, p.19t . Recorte de projeto

OBJETIVOS:

• Atender a demanda por equipamentos e serviços públicos sociais, especialmente de saúde, de educação e de assistência social; • Atender a demanda por espaços livres públicos de lazer e esporte; • Promover a recuperação e conservação ambiental dos cursos d´água e das encostas; • Solucionar os problemas de saneamento ambiental, em especial esgotamento sanitário e manejo de águas pluviais (drenagem); • Melhorar a acessibilidade e mobilidade local e regional; • Promover o atendimento habitacional e a regularização fundiária de acordo com as diretrizes do Plano Municipal de Habitação - PMH;

• Melhorar a segurança pública local.

Fonte: Caderno de Propostas dos Planos Regionais das Subprefeituras, 2016, p.18. A subprefeitura do Ipiranga em seu Plano Regional (2016) estabeleceu uma proposta que abrange o perímetro da pesquisa, intitulada como Pai Meninos Ampliado, com o intuito de promover diretrizes de melhoria para o local, o plano é uma ação que se caracteriza por abordar áreas precárias com alta vulnerabilidade, falta de equipamentos urbanos, acessibilidade, mobilidade e moradia digna.

É importante ressaltar, que essa região não faz parte de nenhuma Operação Urbana e nenhum trecho de Estruturação da Transformação Urbana.

This article is from: