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Lesões Musculares

Parte 2

Dor Muscular Tardia (DMT) – É um fenômeno frequente que acomete indivíduos que iniciaram uma atividade física após um período de inatividade, reiniciaram a atividade com volume ou intensidade desproporcionais ao condicionamento físico, ou mesmo naqueles sem o hábito de praticar esportes, que realizaram uma carga de exercício muscular vigoroso.

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O desconforto e a dor se iniciam geralmente algumas horas após o término da atividade física, sendo mais intensos ao redor de 24 a 48 horas.

Laceração Muscular – São resultantes de traumatismos graves em sua maioria penetrantes e menos frequentemente acometem os praticantes de esportes.

Estiramento Muscular – Estão entre as lesões mais comuns registradas nos membros inferiores no esporte e resultam em tempo de afastamento significativo dos treinamentos, dor, limitação funcional e redução do rendimento esportivo. É considerado uma lesão indireta, caracterizada pelo alongamento das fibras além dos limites normais (fisiológicos).

fatores de risco

– Fadiga muscular

– Pouca flexibilidade

– Deficiências de força

– Músculos biarticulares (que atuam em mais de um movimento de articulação (coxa e quadril ou coxa e joelho, por exemplo)

– Tipos de fibras musculares sintomas

A história clínica é marcada por dor súbita localizada, de intensidade variável, algumas vezes acompanhada de um estalido audível, mas pode também ocorrer de maneira insidiosa.

Ocorre geralmente durante um movimento de corrida, salto ou arremesso e culmina com a interrupção do mesmo. A dor pode estender-se por todo o comprimento do músculo lesionado, e piorar durante a contração ativa e ao alongamento passivo.

O exame físico revela edema localizado, tensão aumentada do tecido ao redor e possibilidade de um defeito (área de depressão local) visível ou palpável. A presença de equimose (mancha de sangue) ou hematoma tem o significado de uma lesão de maior extensão e gravidade, pois houve sangramento tecidual.

A contração contra resistência revela dor local e impotência funcional, caracterizada pela incapacidade de se mover a articulação.

gelo ou calor?

Essa é uma d ú vida importante quando se fala sobre alguma lesão muscular. Quando se deve usar uma bolsa de gelo ou de calor no local da lesão?

Lembre-se: gelo deve ser utilizado quando há inflamação. Isto é, quando há sinais como dor, inchaço, vermelhidão, aumento da temperatura do local e diminuição das funções de força e/ou movimento. O gelo ajuda a reduzir o inchaço e a dor, além de limitar a extensão da lesão. A bolsa de água quente serve somente em casos de tensão crônica da musculatura. Isto é, quando há tensão muscular que provoca dor e a diminuição da mobilidade. O calor alivia temporariamente a contração muscular excessiva apenas temporariamente.

Vale lembrar que antes do uso prolongado – tanto as bolsas de gelo ou de calor –deve ser investigado e diagnosticado e tratado por um profissional.

Tratamento

Em geral, o tratamento abrange uma sequência de objetivos. O primeiro deles é o controle da dor e do processo inflamatório, reduzir, consequentemente o espasmo muscular, auxiliar na regeneração e reparação tecidual, recuperar a flexibilidade pregressa, recuperar a função contrátil, restaurar a função normal do músculo, minimizar o risco de relesões e preparar o indivíduo para o retorno às atividades nas condições ideais. Veja alguns dos principais recursos utilizados para tratar a fase aguda da lesão:

Medicamentos – Medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios não-esteroides e miorrelaxantes são utilizados largamente no controle da dor, da inflamação e do espasmo do tecido muscular, porém devem ser utilizados por curtos períodos.

PRICE – Os princípios do tratamento das lesões musculares na fase aguda seguem o método PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão local e elevação do membro acometido).

Fonte: SBOT – Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia