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Fortaleza sempre recebeu os turistas de braços abertos. Agora também está recebendo com um cartão-postal novinho! A primeira parte da Beira Mar foi revitalizada para encantar ainda mais quem vem fazer uma corrida, dar uma voltinha de bike ou levar as crianças para dar um passeio. É o nosso jeito de dizer pra você se sentir em casa. Fique à vontade e aproveite. A nova Beira Mar também é sua. www.vemtambem.com - REVISTA VEMTAMBÉM
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RITMO DE FESTA Aniversários são datas importantes. São momentos de revisão, quando lembramos de tudo o que temos feito de correto e repensamos sobre nossos desafios, de modo a nos preparar para o futuro. Por esse motivo, decidimos comemorar o aniversário da VemTambém com uma revista especial, onde as grandes estrelas são as matérias e roteiros que mais fizeram sucesso em nossas oito edições anteriores. Nossa decisão, no caso, foi criar uma coleção imperdível de dicas, passeios e curiosidades dos melhores destinos por onde nossa equipe passou, passeou, conheceu e vivenciou. Foi um prazer imenso poder revisitar, ao longo do processo de edição, lugares, pessoas, monumentos e jornadas que nos encantaram tanto ao longo de dois anos. É um orgulho olhar para trás e perceber o quanto crescemos desde nosso primeiro número, figurado aqui com a matéria de Jericoacoara, até esta nona edição comemorativa. Além destas, temos mais dois relatos de passeios inéditos que fizemos no último mês, às vésperas do fechamento da revista. A convite da TACV, ficamos encantados em conhecer este país tão rico. De lá, pela própria companhia aérea, fomos a Portugal colher informações para uma matéria especial sobre a Região do Rio Douro. Ambas as reportagens podem ser conferidas nesta edição, juntamente com todo o material complementar presente em nosso Instagram (@vemtambem_). Nossa proximidade com Cabo Verde e Portugal fazem parte de um novo posicionamento de nossa equipe de distribuição, que alça, a cada três meses, novos voos para levar nosso conteúdo mais longe. A VemTambém começa agora a ser distribuída em três continentes (África, Europa e América do Sul), além das diversas cidades do Nordeste brasileiro e nosso próximo passo é espalhá-la por todo o território nacional. E, como surpresa já adiantada no editorial da revista anterior, este aniversário de dois anos é também um momento especial de crescimento: ele marca o lançamento de nosso aplicativo para celular e tablet – que conterá notícias, informações, dicas, roteiros e o acesso a todas as edições anteriores da revista virtual. Além deste, damos início ao nosso Clube de Vantagens VemTambém, onde os leitores poderão ter acesso a promoções e descontos especiais de nossos parceiros. São passos importantes para um veículo que começou como um site de viagem de família, que agora se transformou em uma revista de circulação internacional e, além das páginas impressas, também aterrissa nos mais diversos tipos de tela em sua versão digital. Gostaríamos de prestar nossas homenagens aos parceiros e anunciantes, que confiam em nosso veículo para divulgar sua marca. Sem eles, dificilmente conseguiríamos ter alcançado o número de nove edições. Por fim, gostaríamos de agradecer imensamente a colaboração do grande artista e amigo querido, Mano Alencar, que realizou a pintura que ilustra nossa capa. É uma honra e um presente de aniversário que não temos palavras para exprimir o quanto deixou toda a nossa redação feliz. Esperamos que os leitores recebam esta revista como um verdadeiro mimo de nossa equipe para o personagem principal que nos faz continuar trabalhando e melhorando a cada ano: você, viajante! Vem Também!
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Valdir e Samara Fernandes
Diretores da Revista VemTambém
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JERICOACOARA
A LINDA E DOCE PRAIA CEARENSE QUE CONQUISTOU O MUNDO INTEIRO
ÍNDICE
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FORTALEZA
A CAPITAL DO SOL E DOS AFETOS
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sobral
linda e cosmopolita
70 beleza: pele saudável na viagem 72
rota das emoções
libere suas emoções em uma rota entre o ceará, o piauí e o maranhão C
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viva são joão
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um passeio pelas melhores festas juninas do nordeste brasileiro
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pelos caminhos do velho chico
uma matéria especial com um super roteiro pelas margens do rio são francisco 132
aracati
riqueza lapidada pela história
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144 gastronomia os sabores do são joão do porto 150 viagem de luxo os melhores hotéis do mundo 156
região do douro
um passeio por uma das regiões mais emblemáticas de portugal 166
cabo verde
o relato da viagem de nossa equipe explorando a beleza de um dos países mais bonitos do continente africano
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A LINDA E DOCE
JERICOACOARA Aclamada internacionalmente como um dos lugares mais belos do planeta desde a década de 80, a praia de Jericoacoara é, até hoje, um tranquilo refúgio onde a natureza e a civilização encontraram a simbiose perfeita
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Nadar em lagoas de águas cristalinas, visitar viveiros de cavalos-marinhos e curtir a aventura de um passeio de buggy entre um mar de dunas são apenas algumas das atrações guardadas para os visitantes deste paraíso
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nvolta por mais de 200 km² de dunas douradas, mangues e lagoas de água cristalina, Jericoacoara - ou Jeri, como é conhecida por seus adoradores - está localizada a aproximadamente 300km da capital cearense e pode ser considerada uma verdadeira joia do litoral brasileiro. O lugar, mesmo tendo se tornado um gosto mundial, consegue manter sua identidade. Prova disso, são as ruas de areia e a vida regida pela cultura da pesca. Lá, ainda se conserva o mesmo clima delicioso encontrado por jornalistas do jornal americano Washington Post, em 1987, quando deram à Jeri o adjetivo de “must see” internacional.
Apesar de, na matéria original o veículo não ter feito nenhum tipo de ranking de praias, foi a partir dessa menção que Jericoacoara tornou-se conhecida pela imprensa internacional, recebendo visitas de profissionais do Huffington Post e do New York Times, por exemplo, que apontaram a praia do litoral cearense como uma das 10 praias mais lindas do mundo. Mesmo com algumas urbanidades, Jericoacoara continua a ser um
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tesouro rústico e a natureza ainda tem sua liberdade. Apesar da inerente globalização, o progresso das grandiosas edificações e ruas tumultuadas, ainda não é uma realidade por lá. Os segredos para se conseguir isso? Podem-se apontar como principais: o acesso difícil – as areias que circundam o lugar dificultam a passagem de veículos motorizados – e a transformação da região em Área de Proteção Ambiental (1984) e, posteriormente, em Parque Nacional (2002), possibilitando-se assim, o desenvolvimento de um verdadeiro cinturão de isolamento formado por belezas naturais a perder de vista. As dunas de Jeri, que pela ação do vento movem-se entre oito e dez metros ao ano, refletem uma cor dourada ao pôrdo-sol. Essas gigantes de areia dividem o olhar dos visitantes, que também
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A Lagoa do Paraíso, um oásis de água límpida no meio das dunas de Jeri
contempla um mar sempre calmo, lagos formados pelas chuvas e pedras esculpidas pelo vento.
acesso à vila, pode ser bem complicado se o seu veículo não possuir tração nas quatro rodas.
Por falar em duna, a mais famosa delas é um dos pontos altos da visita a Jericoacoara. A Duna do Pôr-doSol oferece um clima romântico para casais, de aconchego para famílias e de paz para pessoas sozinhas que buscam uma linda paisagem de final de tarde. O majestoso monte de areia é um presente da natureza, que coroa o lado esquerdo de uma enseada que desafia constantemente o oceano.
Os pontos de acesso mais usuais são aqueles que ficam próximos à rodovia estadual CE-085 – localidades de Jijoca de Jericoacoara e Preá, a 20 e 27km de distância do destino, respectivamente – e é necessário o auxílio de guias. As associações de condutores de turistas dispõem desse serviço e sabem, com precisão, identificar os lugares para um melhor acesso.
A equipe VemTambém chegou em Jericoacoara na tarde de uma sextafeira. Partindo de Fortaleza, o grupo dividiu-se em dois carros comuns, o que dificultou o acesso à localidade. Atravessar o trecho de areia, que todos os visitantes precisam cruzar para ter
Não se recomenda fazer o caminho sozinho, visto o risco que a quantidade de areia pode oferecer e o desconforto dos solavancos de um carro que não esteja preparado para o terreno difícil. O serviço dos guias para motoristas é eficaz e custa R$70 para um ou mais
carros que estejam em um mesmo grupo. Eles são uma opção muito prática, já que podem dar detalhes sobre clima, opções de visitas ou lugares para comer durante a sua estadia. Alguns deles – os guias – chegam a recomendar que o condutor faça os passeios pelo Parque Nacional em seu próprio veículo, o que é possível. Mas, há boas e econômicas opções de passeio oferecidas por empresas locais. Melhor deixar o carro no estacionamento do local, que custa R$10 a diária e curtir seus programas com a segurança de estar acompanhado por quem trilha estes caminhos diariamente e conhece os trajetos. E, convém lembrar: Em Jeri, veículos não autorizados não podem circular pelas ruas. A fiscalização, neste aspecto, é bastante severa. Portanto, você que não quer passar por
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À noite, Jeri se transforma em um badalado espaço de lazer, onde música de excelente qualidade embala refeições e drinks quase à luz da lua
algum tipo de transtorno pode escolher maneiras mais confortáveis de aproveitar Jericoacoara: existem diversas empresas de turismo receptivo que oferecem serviço de transfer, saindo de Fortaleza em carros apropriados e com duração média de 4 horas. Diariamente, a empresa Fretcar, por exemplo, oferece esse percurso em diversos horários. Com saídas do Terminal Rodoviário João Tomé ou do Aeroporto Pinto Martins em ônibus climatizados até Jijoca de Jericoacoara, e de lá até o centro de Jeri em caminhões de transporte (os típicos paus-dearara). Esse percurso completo, dura em média 7 horas. É recomendável comprar sua passagem com antecedência, para evitar problemas. No site da companhia (www.fretcar.com.br) é possível comprar os bilhetes on-line. A VemTambém recomenda essa opção, principalmente se sua viagem for acontecer num feriado ou em alta temporada. A média de custos é de R$ 50. É possível aproveitar as principais excursões oferecidas em Jericoacoara em poucos dias. A equipe VemTambém, auxiliada pelos serviços da operadora Jeri Férias, fez passeios imperdíveis em apenas dois dias. Mas, é válido lembrar, Jericoacoara é um lugar para ser visitado com calma e tempo suficiente para viver manhãs de brisa e noites dançantes, em meio aos grupos mais diversos que lotam as ruazinhas.
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Sim, porque Jeri não é um destino diurno. Parte do encanto da visita reside no contato com as mais diversas pessoas que escolhem o local como refúgio de um mundo conturbado, mas que adoram sair para badalar e conhecer gente nova. A pouca quantidade de luzes elétricas à noite garante um clima muito especial, deixando as estrelas mais visíveis. Para alimentação, a variedade de restaurantes é muito grande. Eles resguardam um clima rústico e têm apresentação de música ao vivo. As cores das luminárias e dos enfeites dos locais transformam os ambientes em caleidoscópios. Em Jeri a noite é tão colorida quanto o dia. Quando o sol se põe e a noite cai, várias barraquinhas de bebidas são montadas no final da Rua Principal, junto da praia. Famosos, os drinks que mais atraem as pessoas são o “capeta” e as caipifrutas ou caipirinhas. Em redor das barracas, as pessoas desfrutam das bebidas e conversam. Experimentar a ausência de stress na simplicidade da natureza bruta de Jericoacoara – empolgante dia e noite – é o maior convite que podemos fazer a você.
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A Árvore da Preguiça, na Praia do Preá, é um símbolo de resistência muito procurado por visitantes que se aventuram em excursões pela natureza do lado leste de Jeri
Lagoa Azul
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Lagoa do Paraíso
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LITORAL LESTE N
o Parque Nacional das Dunas de Jericoacoara, a equipe VemTambém passou por três cartões-postais: a Lagoa Azul, a Lagoa do Paraíso e a Lagoa do Coração - a menor delas, atualmente seca devido a estiagem que atinge a região. Apesar de diferentes em tamanho, estrutura e distância da vila, todas têm em comum o fato de serem profundamente cristalinas, devido o acúmulo da água da chuva em reservatórios naturais nas areias brancas das dunas. A Lagoa Azul, isolada no meio da vegetação litorânea, é a mais preservada. Vale atravessála para ter acesso a um bar, que fica numa ilhota no meio de suas belezas. Na Lagoa do Paraíso, que acumula uma paleta de tons entre o verde esmeralda e um azul profundo, a estrutura turística está mais concentrada, com serviços diversos de restaurantes e esportes. Você pode comer bem, brincar com os peixinhos ou descansar nas redes que os estabelecimentos estendem sobre a água. É no lado leste do parque que se localizam duas das paradas mais famosas entre os visitantes de Jericoacoara: a Árvore da Preguiça e a Pedra Furada. A Árvore da Preguiça, localizada na Praia do Preá, a apenas 30m do mar, recebeu esse nome por conta de sua forma, com galhos retorcidos estirados pelo chão, deitados sobre uma cama de areia branca. Seu jeito sinuoso foi moldado pelos ventos, comuns no Preá. Devido ao seu isolamento e as adversidades
que venceu para continuar verde, a árvore virou um símbolo de coragem e ousadia, e um passeio pelo local não está completo sem uma foto ao lado de suas raízes. Esculpida pelas ondas do mar, a Pedra Furada é uma formação rochosa encravada na Praia da Malhada, a 4 km do centro de Jeri. Este monumento natural é considerado um dos pontos turísticos mais conhecidos do estado do Ceará e sua silhueta já estampou capas de diversas revistas de turismo ao redor do mundo (incluindo a nossa). Chegar até ela, no entanto, é um exercício que exige disposição. O mais próximo dela que um carro pode chegar, indo pelo parque, é 1,5 km, que precisa ser percorrido a pé. Na maré baixa, o percurso pode ser feito pela orla, a partir da própria vila, atravessando a Praia da Malhada – o local de banho preferido da população nativa. Na maré alta, no entanto, quem decide ir sem a ajuda de um carro, tem que subir e descer o serrote que protege a rocha. Nessas condições, o caminho é bem mais árduo, mas a visão da Pedra Furada do alto é magnífica. No mês de julho, inclusive, a população local faz jornadas a pé até lá só para ver o sol se pôr pelo buraco da pedra. Se topar encarar a aventura, lembre-se: é proibido subir no monumento, ou fazer qualquer outra coisa que possa degradar o espaço.
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LITORAL OESTE O Aventurar-se em um passeio de buggy, escorregar em dunas grandiosas, conviver com a fauna local e conhecer a relação de coragem entre a natureza e o homem na antiga vila de Tatajuba são pontos altos da viagem pelo lado oeste do Parque Nacional das Dunas de Jericoacoara
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lado oeste de Jericoacoara também guarda tesouros naturais de beleza inestimável. Atravessando os quilômetros de areia depois da Duna do Pôr-Do-Sol, as excursões fazem diversas paradas até atingir a Lagoa da Nova Tatajuba. A primeira destas paradas é no Mangue Seco, um santuário de preservação ambiental, onde cavalos-marinhos nadam livremente pelas bordas de um rio sinuoso. O passeio é imperdível e vale vencer o medo de embarcar em uma canoa de pescadores junto com um grupo de turistas. A aventura dura 30 minutos e desce o rio até o local onde os cavalos-marinhos costumam viver, uns 500m além do embarcadouro. Os guias, que conduzem as canoas movidas a remo, contam histórias divertidas no caminho. Enquanto isso, o grupo é surpreendido por uma fauna exuberante, formada em grande parte
por siris, caranguejos, cobras d’água e garças-azuis. A cooperativa de canoeiros cobra R$10 pelo trajeto e pelo aluguel dos equipamentos de segurança. O horário perfeito para a visualização dos cavalosmarinhos é o de maré baixa. Dando continuidade ao percurso, fazse uma travessia de balsa em um braço de mar, na comunidade de Guriú, onde encontra-se uma floresta de raízes aéreas em uma área de mangue – um momento tranquilo para repor as energias, beber água, tirar fotos e se preparar para as surpresas seguintes. À frente, há a antiga Vila de Tatajuba, que foi engolida pelas dunas móveis daquela região do parque. No local, a equipe VemTambém encontrou Dona Antônia, uma simpática senhora que guarda registros e histórias de como os antigos moradores tiveram que lidar
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Fronhas Cearenses
Mangue Seco
com as forças da natureza e migrar para uma nova comunidade. São relatos emocionantes, que Dona Antônia faz questão de manter vivos na memória e contar para quem se interesse em parar para ouvi-la.
A Lagoa da Tatajuba é o momento mais esperado do passeio – suas águas calmas são o descanso perfeito do sol e do cansaço da jornada. É possível saborear bons pratos à base de peixes e frutos do mar.
A Nova Tatajuba, construída na beira da Lagoa homônima, é abraçada por uma zona de dunas mescladas por diversas piscinas e pequenas lagoas naturais – a região foi apelidada pelos nativos de ‘Fronhas Cearenses’ pela similaridade com os Lençóis Maranhenses.
A melhor época para curtir qualquer passeio no Parque Nacional das Dunas de Jericoacoara é julho. Além das férias, este mês geralmente marca o final do período de chuvas intensas em Jeri. É quando as águas das lagoas, sejam do lado leste ou oeste, ficam ainda mais claras e as dunas mais brancas.
As fronhas da Tatajuba, por exemplo, são pontuadas de pequenos oásis para o deleite dos visitantes. O passeio todo pelo litoral oeste dura um dia inteiro. Os mais dispostos costumam esticar a viagem até o município vizinho, Camocim, e aproveitar para conhecer este outro grande destino turístico cearense, antes de voltar para Jeri.
Caminho para Tatajuba
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SOBRE JERI Jericoacoara é uma vila que surpreende para muito além de sua beleza. Em suas ruas de areia, línguas de todas as partes do mundo se misturam. A noite tem forró ao luar e xote arrasta-pé para não deixar ninguém parado. Tem música ao vivo, bares descolados, restaurantes maravilhosos e hotéis de muito charme. Entre os passeios, os de buggies ou quadriciclos são os mais procurados. Também é possível passear a cavalo, de carroça, bicicleta ou a pé. Conheça a Lagoa de Tatajuba, experimente descansar nas redes armadas na água doce e sinta a brisa e o cenário ao seu redor. Você também poderá fazer aulas de kitesurfe, windsurfe, stand up paddle, surfe, sandboard e até capoeira. No Essenza Hotel você pode agendar aulas com instrutores profissionais. www.vemtambem.com - REVISTA VEMTAMBÉM
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Texto: Editoria Fotos: Mateus Monteiro / Stock Xchange
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FORTALEZA FORTALEZA A CAPITAL DO SOL A CAPITAL DO SOL EE DOS AFETOS DOS AFETOS Encantadora e iluminada, cosmopolita e nordestina. Fortaleza é a capital brasileira mais desejada por turistas do resto do Encantadora e iluminada, cosmopolita e nordestina. Fortaleza país e abriga uma orla linda e um patrimônio histórico de valor é a capital brasileira mais desejada por turistas do resto do incalculável. A Revista VemTambém traça, nesta edição, um país e abriga uma orla linda um patrimônio histórico de valor especial sobre os amores, asecores e os aspectos da metrópole incalculável. A Revista VemTambém do Ceará. traça, nesta edição, um especial sobre os amores, as cores e os aspectos da metrópole do Ceará.
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A Catedral da Sé, no centro histórico de Fortaleza, é um dos exemplos da riqueza arquitetônica da capital cearense
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FORTALEZA dos afetos
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capital do Ceará é uma cidade cercada de amores. Amor do fortalezense, que ama sua cidade, ocupa seus espaços e convive lado a lado com os visitantes mesmo nos pontos mais turísticos. Amor do turista, que frequenta a ‘Capital do Sol’ e faz com que Fortaleza seja considerada a metrópole que o brasileiro mais deseja conhecer. A cidade é o segundo destino mais procurado do Brasil, atrás do arquipélago de Fernando de Noronha, e à frente de outras
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cidades da região Nordeste, como Salvador, Recife e Natal. Fortaleza é um destino turístico tão cobiçado que, depois de conhecer a variedade de atrativos que ela oferece, fica fácil entender o porquê desse sucesso. Com o poder de agradar pessoas de todas as idades, a capital cearense mistura muitas coisas de que o brasileiro gosta: belezas naturais, cultura, música, diversão e uma culinária de tirar o chapéu.
O mar está completamente integrado ao dia a dia desta cidade de mais de 2,5 milhões de habitantes. O litoral é um dos destaques da capital, seja para se bronzear durante o dia ou para caminhar à noite. Fortaleza oferece sol e calor o ano inteiro. Os preços costumam ser um pouco maiores de dezembro a março, durante a alta temporada. Junho e julho é a época das lagoas cheias, após as chuvas de verão, e a agitação extra das festas juninas e do carnaval fora de época: o Fortal.
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A capital do Ceará não chega a estar entre as cidades mais antigas do Brasil, mas, ainda assim, a metrópole de 290 anos é cheia de histórias. Quem visita Fortaleza, muito além das praias, deve aproveitar todas as opções culturais oferecidas, inclusive um bom passeio pelas ruas do centro, que exibem uma arquitetura portuguesa centenária. Na aparência, a capital cearense tem ares cosmopolitas. Os prédios vistosos, a vida noturna agitada e a infraestrutura de Primeiro Mundo fazem de Fortaleza a capital do Nordeste. A orla é impressionante, com seus prédios vistosos, coqueiros bem arranjados, calçadões cheios de praticantes de jogging, avenidas grandes lotadas de carros importados e com acesso a ciclistas, além dos inúmeros restaurantes muito bem frequentados. A infraestrutura também impressiona: uma centena de hotéis, seguidos de dezenas de apart-hotéis e pousadas
na cidade. A programação noturna é animadíssima de segunda a segunda e os shopping centers fazem parte do dia a dia de todos, moradores e turistas. No entanto, apesar de tanta modernidade, Fortaleza não perdeu a ‘nordestinidade’. Na Praia do Mucuripe, por exemplo, ainda se encontra a paisagem bucólica pontuada por jangadeiros, que cumprem idas e vindas naquelas águas verdes, exatamente como faziam há mais de 50 anos atrás. Nas feirinhas da beira-mar, o turista se diverte comprando roupas de cambraia e artesanato de renda, marcas registradas da cidade, sem falar nas cachaças e nas castanhas de caju. O forró é o ritmo oficial que embala as rádios, os salões de dança e as ruas. E no sotaque, Fortaleza é a cara de todo o Ceará, de todo o Nordeste.
Cada vez mais os Governos Estadual e Municipal levam o turismo a sério na região, investindo no segmento e tratando o turismo como atividade econômica de extraordinária importância e movimentando um ciclo de profissionalização total. E nem é preciso tanto esforço para agradar porque Fortaleza já ganhou fama internacional. Fortaleza é um cenário lindo e de grandes atrações turísticas. Há o Theatro José de Alencar, com sua monumental arquitetura; a Catedral; a Praça Portugal; o Farol do Mucuripe; a confusa e ao mesmo tempo deslumbrante variedade de artigos do Mercado Central, que precisa ser visitado de qualquer jeito porque o lugar é único no mundo.
A Arena Castelão, reconstruída para a Copa do Mundo de 2016 (a primeira a ser entregue para o evento), impressiona pela magnitude e serve de palco para shows nacionais e internacionais que tornam Fortaleza um destino procurado pelo turista de entretenimento
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FORTALEZA
No Mucuripe, apesar das estruturas modernas, o espetáculo colorido da volta dos jangadeiros do mar ainda deixa a orla com o mesmo aspecto bucólico de 50 anos atrás
O
mar é, sem dúvida, o principal
Iracema Guardiã, é obra do cearense
A orla urbana de Fortaleza é muito
motivo que leva o turista a
Zenon Barreto. A segunda, é criação do
bonita, arborizada, cheias de atrativos
Fortaleza. Com a brisa que
pernambucano Corbiano Lins.
interessantes para os turistas. No
ameniza
o
calor
e
temperaturas
propícias ao banho durante todo o ano, a capital cearense se destaca pelos ‘verdes mares’. Esta expressão, aliás, foi eternizada por um dos cearenses mais famosos, José de Alencar, em seu romance mais conhecido, Iracema – a história da Índia que se apaixona por um dos fundadores da cidade e descansa, todas as tardes, melancólica, à beira da praia em Fortaleza, esperando a volta do amado. É Iracema que aponta seu arco para o horizonte e cuida do filho, Moacir, nas duas estátuas que pontuam os extremos da principal zona turística de Fortaleza. A primeira, chamada de
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do sol
entanto, para muita gente, as praias da No entanto, a praia que mais faz sucesso na cidade é a Praia do Futuro. Essa é a praia das megabarracas, com vários quilômetros de extensão e um mar com ondas mais agitadas. “Barraca de praia” ganha um significado especial em Fortaleza e passa longe daquela estrutura simples que se vê em muitas cidades litorâneas. Na Praia do Futuro, você verá barracas com piscina, wi-fi, restaurante,
playground,
segurança
Beira Mar servem mais para admirar do que para mergulhar. As praias de Iracema, Mucuripe e Meireles, na região do Clube Náutico, são movimentadas tanto durante o dia quanto à noite, têm um calçadão ótimo para caminhadas e mar calminho. Essas praias têm boa estrutura, com barracas e restaurantes próximos, além de muitos hotéis em suas
proximidades;
caminhar
pela
região é um programa imperdível.
e uma enorme variedade de outros serviços que só vendo ao vivo para entender.
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FORTALEZA
DA HISTÓRIA E DA CULTURA
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Protegida Protegida dada rua rua por por uma uma tradicional tradicional fachada fachada neoclássica, neoclássica, aa estrutura estrutura art-nouveau do do Teatro Theatro José Alencar veio Escócia forma um art-nouveau José dede Alencar veio dada Escócia ee forma um conjunto que enche olhos qualquer visitante conjunto que enche osos olhos dede qualquer visitante
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Eternizada em uma estátua de bronze, logo ao lado da Academia Cearense de Letras, a escritora Raquel de Queiroz observa a tranquilidade da Praça dos Leões
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ma cidade de 290 anos não tem sua riqueza cultural e histórica concentrada em uma só região. Bairros famosos por seu circuito ‘cult’ como o Benfica, com a região no entorno do antigo casarão dos Gentil (hoje transformado em Reitoria da Universidade Federal do Ceará) são famosos tanto por abrigar artistas e pensadores, como por servir de abrigo à boemia universitária da UFC. Mas é inegável que o coração da cidade, o berço das histórias e da arquitetura alencarinas, é o centro histórico de Fortaleza. A região há muito tempo deixou de ser o centro de negócios da capital, ela, hoje, funciona como o centro das compras e serviços mais populares. Mas suas atrações valem a visita – sobretudo num dia nublado. Por isso, sugerimos nesta seção um passeio delicioso pelas maravilhas que compõem a Fortaleza Antiga. A maior joia, o Theatro José de Alencar está justamente na região mais cheia, cercado por camelódromos. O ideal é visitar o local de táxi, estacionar é encrenca. O charme do José de Alencar é que sua estrutura metálica em estilo
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art-nouveau – que faz dele um dos teatros mais originais do Brasil – fica escondida da praça por uma fachada neoclássica convencional. As peças de ferro que compõe a fachada interna vieram da Escócia, no final do séc. XIX, de navio e foram montadas aqui. Logo perto, fica nossa próxima parada. Não hesite em pegar outro táxi pra se movimentar pelo centro – é mais seguro e confortável. Depois de três quadras de muito movimento popular e comércio informal, você chega à Praça do Ferreira, um dos pontos focais do Centro. Por volta de 1945, a praça foi batizada de “Coração da Cidade”. Denominação que persiste até hoje, sendo bastante conhecida como a imagem que melhor representa Fortaleza. Em 2001, a Praça do Ferreira é escolhida ícone da cidade. Na quadra de baixo, está a Praça dos Leões, a mais bonita do pedaço, com sua charmosa estátua da escritora cearense Raquel de Queiroz sentada em um de seus banquinhos. Em torno da Praça, você vai ver a Igreja do Rosário (uma das últimas igrejinhas de arquitetura barroca colonial originais
da cidade), a Academia Cearense de Letras e, se quiser, você pode conferir o Museu do Ceará, que fica ao seu lado e tem no acervo móveis, objetos históricos, artefatos indígenas e uma curiosa coleção de literatura de cordel – além de um bode empalhado, o Bode IoIô, que, por incrível que pareça, chegou a ser candidato a vereador na cidade. Prossiga pela Rua Floriano Peixoto em direção ao mar, e em mais três quadras você vai dar na quina do gostosíssimo Passeio Público, a praça mais antiga da cidade e um oásis na região central. No centro do jardim, um restaurante com uma comida deliciosa e de preços honestos ajuda a pausa a ser mais refrescante; aos sábados, eles servem uma feijoada concorridíssima embalada por um grupo de chorinho. Ali, você estará perto de dois points de compras de artesanato: duas quadras para a direita está o Mercado Central; caminhando uma quadra para a esquerda você chega à Emcetur. A vantagem do Mercado, instalado num galpão niemeyeriano, é ser mais misturado: como funciona também
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para o público fortalezense, o preço do artesanato, rendas e lembrancinhas costuma ser o mais em conta da cidade. Já a Emcetur é um turistódromo clássico: funciona numa antiga cadeia cujas celas hoje são lojinhas de artesanato.
A Revista VemTambém sugere um trajeto para passear pelo centro histórico de Fortaleza e conhecer as pérolas da história e da cultura da cidade, todas ao alcance de uma caminhada
A próxima atração da lista, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, está bastante próxima do trio Emcetur-Passeio PúblicoMercado Central. Mas transitar a pé nessa área é meio embaçado, com ruas ermas e a autopista que leva à saída oeste da cidade no meio do caminho. Um dos cartões-postais da cidade, o Dragão é melhor visitado depois que o sol baixa, no meio da tarde. É quando os barzinhos da praça abrem e o povo começa a aparecer. Antes disso, vale a parte cultural. Compõem o centro o Museu da Cultura Cearense, o Museu de Arte Contemporânea, a Multigaleria, o Planetário e o Cinema Fundação Joaquim Nabuco, com programação de filmes de arte e alternativos. Tem também uma loja da CEART, com uma seleção não tão top quanto a da Av. Santos Dumont, mas sempre mais original do que se encontra na Emcetur. Batendo vontade de uma tapioca ou um bolo, a cafeteria do local é uma ótima parada. À luz do dia, vá do Dragão até a Praia de Iracema, onde é bacana apreciar o pôr do sol da Ponte dos Ingleses, também conhecida como Ponte Metálica – apesar de não ser uma ponte, mas um píer. Esta região passa por uma revitalização, na expectativa da abertura do Acquario Ceará, que está em construção e tem previsão de abertura para 2017. Nas noites de sexta e sábado, uma garotada alternativa invade a Rua dos Tabajaras, que fica com um quê de Lapa carioca ou Baixo Augusta paulistano. Outro programa noturno imperdível na região central é uma ida sexta ou domingo ao Mercado dos Pinhões. O elegante mercado de estrutura metálica francesa passou recentemente por uma renovação. A praça tem botequins rústicos e ótimos restaurantes nos arredores.
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O Centro Cultural Dragão do Mar é o coração das sete artes na capital cearense. Durante o dia, é cenário de exposições e performances, além de contar com um planetário muito interessante. À noite, transforma-se em local de boemia e entretenimento
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O Fortal é um dos carnavais fora de época mais conhecidos do Brasil
FORTALEZA das festas
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á quem pense que o movimento de Fortaleza é somente durante o dia. Ledo engano! A cidade oferece aos seus visitantes uma grande variedade de opções para a noite, para adeptos de programação mais light ou mais intensa e tem vida noturna animada em qualquer dia da semana. O forró, muito apreciado na capital cearense, e os shows de humor de artistas regionais são pedidas excelentes para a noite.
Depois das 18h, a Feirinha de Artesanato da Av. Beira Mar é muito procurada pelos turistas. No lugar,
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você pode comprar castanhas frescas, encontrar um presente para os amigos ou fazer uma compra para casa. Nesse horário, o calçadão também está a pleno vapor e, para quem gosta de caminhar e ver o movimento, passear pela orla é uma ótima ideia.
Se a ideia é assistir a um show de humor, você encontrará diversos deles na cidade. Quinta-feira, inclusive, é dia de rir e comer caranguejo e você não pode sair de Fortaleza sem curtir a noite em um bom restaurante; nossa dica para a quinta é ir a alguma das barracas da Praia do Futuro, que
também têm programação noturna. Com a chegada do fim de semana, Fortaleza ganha ainda mais opções de entretenimento. O imperdível Centro Dragão do Mar é um programa cultural e também lugar para curtir um bom barzinho. Ir ao Dragão à noite é tiro e queda para quem busca diversão.
Opções na noite de Fortaleza não faltam, basta encontrar a que se encaixa melhor no seu perfil.
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FORTALEZA dos sabores
F A caranguejada das quintas-feiras em Fortaleza é uma verdadeira instituição gastronômica da cidade. Diversos restaurantes e barracas de praia oferecem opções variadas para apreciar este fruto do mar.
ortaleza é uma cidade onde é possível comer muito bem. A capital cearense tem restaurantes para gostos e bolsos variados. Peixes e frutos do mar fazem parte de grande parte dos cardápios nos restaurantes da cidade, mas a famosa carne de sol e as tapiocas também têm seu espaço. O caranguejo é uma pedida clássica, principalmente às quintas-feiras, conhecidas como dia de caranguejo. Se houver dúvida de onde comer, aposte no bairro da Varjota, que reúne restaurantes ótimos. Aproveitar a proximidade de Fortaleza com o mar é perfeito para quem gosta de comer pratos frescos. Para comer peixe ou lagosta em um ambiente mais informal, com precinho camarada, não deixe de visitar o Mercado do Peixe, no Mucuripe, onde você pode comprar um pescado fresco e mandar preparar no calçadão mesmo. A cozinha regional da carne de sol, do baião de dois e da peixada cearense
você pode conhecer em alguns restaurantes mais regionais, locais sem muitas firulas, mas com boa comida cardápios cheios de opções. Para comer uma tapioca, saia um pouco da área turística da cidade e vá ao Centro das Tapioqueiras, onde você encontrará diversos locais em que poderá comer uma boa tapioca – recomendamos ir de manhã e tomar um café caprichado no lugar. Como faz muito calor em Fortaleza, conhecer uma sorveteria precisa fazer parte da sua programação. Além de sorveterias tradicionais, com sabores de frutas da terra, as gelaterias italianas tem invadido a gastronomia local e diversas opções já são pontos de encontro de fortalezenses e turistas. Ao final desta edição, a VemTambém indica uma lista de alguns dos restaurantes tradicionalmente frequentados por fortalezenses. Não deixe de conferir!
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iajar e conhecer outra cidade é sempre um bom motivo para fazer algumas compras e, ao conhecer Fortaleza, a situação não poderia ser diferente. Muitos turistas aproveitam que estão passeando pelo Nordeste para comprar produtos mais difíceis de serem encontrados onde vivem.
A Feira de Artesanato da Av. Beira Mar é, conhecidamente, um dos melhores lugares na capital cearense para fazer compras. Lá, você encontrará uma grande variedade de produtos e poderá garantir suas compras por bons preços, especialmente se negociar os valores.
Tecidos bordados, peças feitas com algodão cru, artesanato com areia colorida, bolsas e sandálias de couro, redes de descanso, castanhas, rapadura... a lista de produtos vendidos em Fortaleza é enorme. Muito do artesanato comercializado na cidade é produzido no próprio Estado e, em alguns casos, você poderá até ver o artista produzindo suas obras.
No Mercado Central, a variedade de produtos é ainda maior. Esse mercado tem centenas de boxes e uma infinidade de produtos. É o local ideal para quem está à cata de um objeto específico ou quer se valer da concorrência para conseguir um preço bacana. Vale a pena ir ao mercado com calma e conferir tudo que ele pode oferecer.
FORTALEZA das compras
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Além destas opções mais tradicionais de compras, Fortaleza entrou, recentemente, para a Rota dos Outlets brasileiros. O Off Outlet é o primeiro Outlet do Estado do Ceará e a maior referência na região Norte/ Nordeste. Um amplo e agradável centro de compras bem pertinho da cidade. Com uma distância de apenas 15 km da capital cearense, ele conta com produtos nacionais e internacionais, oferecendo ao consumidor ofertas com até 80% de desconto o ano inteiro. São 90 marcas de moda, acessórios, cama, mesa e banho, óticas, artigos esportivos e alimentação.
As passarelas sinuosas do Mercado Central interligam corredores cheios do mais puro artesanato local, além de pratos típicos da terra
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dunorte.com
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Não tem jeito, castanha gostosa de verdade vem do Ceará. E esse sabor autêntico você encontra na Dunorte, que oferece amêndoas selecionadas através de rigorosos processos. Tudo para garantir as características naturais do fruto pra você. E o melhor: a linha Nuts Club está presente nas maiores redes varejistas do Brasil. Prove e sinta o gostinho de saborear a qualidade natural da castanha genuinamente cearense.
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ortaleza é uma cidade que por suas belezas naturais e a riqueza na hospitalidade de sua gente é, cada vez mais e melhor, o destino de milhares de turistas de todo o País e do mundo. Para atender bem aos turistas que nos visitam todos os anos, temos investido, de forma contínua e sistêmica, na infraestrutura turística de nossa Capital, aliando a melhoria de nossa rede e de nossos serviços às belezas de nossa Fortaleza. Em nossa gestão, nesses últimos três anos, temos trabalhado para revitalizar áreas como o Morro Santa Terezinha, que possui uma das mais belas vistas de Fortaleza, a Praia do Futuro, onde fizemos uma completa requalificação de suas vias com pavimentação e iluminação, a nova Praça da Paz Dom Hélder Câmara e a Praia de Iracema onde inauguramos um novo parque de iluminação e estamos recuperando diversos equipamentos, sempre em sintonia com as demandas do trade.
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Também inauguramos o novo Mercado dos Peixes, na Avenida Beira-Mar, onde turistas e fortalezenses podem apreciar um pôr-dosol inesquecível e aproveitar as delícias dos nossos mares, como peixes, camarão e lagosta. Em parceria com o Governo do Estado e com a ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), também instalamos uma Central de Monitoramento que dá mais segurança em toda a orla. Estamos prosseguindo com a urbanização do calçadão da Beira Mar e, para concluir toda a obra, já captamos financiamento junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). O novo desenho da avenida vai priorizar a reforma dos espaços dedicados à circulação de pessoas e beneficiar os fortalezenses e os turistas que visitam a cidade. Temos a certeza de que Fortaleza, com a evolução que experimenta, deve consolidar-se ainda mais como destino turístico em sintonia com uma vocação econômica natural da nossa terra.
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A Praça A Praça dos Mártires dos Mártires - ou Passeio – ou Passeio Público, Público, como como é maisé mais conhecida conhecida - é a mais – é a antiga mais antiga praça praça da cidade da cidade de Fortaleza. de Fortaleza. Além da bela vista Além para da o bela mar, vista a praça parapossui o mar,como a praça atrativos possui como naturais atrativos diversasnaturais árvores centenárias, diversas árvores e é um centenárias, verdadeiroe é um reduto de verdadeiro tranquilidade reduto em demeio tranquilidade à agitaçãoem domeio centro à agitação da do centro capital. da capital.
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SOBRAL
LINDA E COSMOPOLITA Conhecida como Princesa do Norte, Sobral é uma cidade que se orgulha do título de município mais cosmopolita do Ceará. Dona do Índice de Desenvolvimento Humano mais alto do estado depois da capital, o lugar preserva um patrimônio histórico de valor incalculável e o título de cidade onde foi comprovada a Teoria da Relatividade, de Albert Einstein. Esta história e muito mais você confere no especial de capa desta edição da Revista VemTambém. Acompanhe!
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Marco da visita da imagem portuguesa à cidade, nos anos 50, o Arco de Nossa Senhora de Fátima é um dos mais conhecidos cartões postais de Sobral
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cidade mais cosmopolita do Ceará está apenas a 238km de Fortaleza e foi fundada em 1773. A carência de terras e mão-de-obra para produzir carne, couro e bens de consumo para a zona açucareira do Nordeste causou o nascimento de várias pequenas vilas, entre elas a de Sobral, às margens do Rio Acaraú, prático para escoamento de produtos para o mar. Hoje, esse rio corta e embeleza não mais a pequena vila, mas a cidade de 200 mil habitantes que Sobral se tornou. O quinto maior município do Ceará em número de habitantes tem orgulho de viver com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do
estado, atrás apenas da capital e ser famosa pela cultura e pela preservação de construções históricas. Talvez pelo mosaico de estilos que o patrimônio histórico da cidade guarda, ou pela visão futurista de seus habitantes e gestores, Sobral é carinhosamente apelidada pelos humoristas cearenses de ‘The United States of Sobral’. O título de fantasia, que para alguns pode soar como galhofa, para o sobralense é um orgulho. Em uma passagem rápida pela cidade, já dá para perceber o espírito empreendedor e visionário que sempre movimentou aquele lugar.
SOBRAL
Cidade que mistura desenvolvmento e forte tradição cultural, Sobral consegue manter um equilíbrio entre a preservação de seu patrimônio e uma disposição para o desenvolvimento industrial
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição é a Sé de Sobral e um dos edifícios mais lindos e simbólicos do centro antigo da cidade
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VEMTAMBÉM NORDESTE
Quando se trata de prioridade, a sua saúde está no topo da lista. Assim, quando falamos de situações de emergência e risco, o melhor é poder contar com uma empresa especializada em remoção segura de pacientes para hospitais de alta complexidade. Nascida em Fortaleza e já estabelecida no mercado desde 2012, a Easy Air Táxi Aéreo é pioneira em seu segmento no Ceará porque conta
com profissionais e equipamentos sempre atualizados e preparados para cumprir seu principal objetivo: o bemestar e a saúde dos pacientes. Tendo o Aeroporto Internacional Pinto Martins como sua base de operações, a Easy Air oferece no local instalações confortáveis, com sala VIP, sala de reuniões e hangar para apoiar os pacientes no embarque e desembarque. A equipe conta com pilotos, médicos, enfermeiros
e paramédicos, todos capacitados para atender a diversos casos, desde estados graves a certas patologias. Outro diferencial é a parceria de ambulâncias com UTI completa, trazendo mais segurança em seu atendimento. A sua vida tem prioridade e a sua escolha faz a diferença. Easy Air, 24h salvando vidas.
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VISÕES DE FUTURO CIDADE DE NOTÁVEIS A
lém de já ter sido conhecida como “a cidade para todo mundo ver e investir”, Sobral é a única no Nordeste e uma das poucas no Brasil a ser aclamada por duas vezes consecutivas, pelo jornal britânico Financial Times, como uma das cidades do futuro na América. Ela está entre as 10 melhores na categoria custo/benefício para cidades de pequeno porte (com população entre 100 mil e 350 mil habitantes). Ou seja: parece que investir em Sobral no presente é garantir o futuro. São mais de 150 indústrias, com destaque para o setor de calçados, mineração e cimento, já instaladas na região.
espetáculos mais antiga do Ceará e, junto com o Teatro José de Alencar, na cidade de Fortaleza, e o Teatro da Ribeira dos Icós, em Icó, forma a tríade dos teatros-monumentos existentes no estado. Em estilo arquitetônico neoclássico, com palco italiano, plateia em formato de ferradura e balcões, o teatro foi construído acompanhando a tendência europeia que era adotada em vários teatros do Brasil, tornandose importante referência histórica, cultural e artística na cidade. Sua fachada foi inspirada na igrejinha de Santa Maria dei Miracoli em Veneza e a praça do teatro São João é um dos espaços de convivência mais agradáveis de Sobral.
Sobral é também a terra natal de grandes nomes da cultura brasileira como o humorista Renato Aragão, o cantor Belchior, o cineasta Luiz Carlos Barreto e o escritor Domingos Olímpio. Na política, os irmãos Ferreira Gomes, Cid e Ciro, ambos governadores do estado do Ceará e ministros da república em diferentes governos federais nos últimos anos, são nomes de destaque no cenário nacional.
Assim como muitas cidades mineiras e nordestinas, Sobral dispõe de muitas igrejas e de belos casarões preservados. A antiga matriz de Nossa Senhora da Conceição Catedral da Sé -, construída em 1700 e completamente reconstruída em 1777, tem uma das fachadas mais lindas do Ceará com seu pórtico feito de pedraria lavrada em Lioz, Portugal.
Um dos principais cartões postais da cidade é o Teatro São João, que integra o patrimônio cultural local, e foi construído entre 1877 e 1880, fruto da iniciativa privada integrante da Sociedade Cultural de Sobral. O prédio é a segunda casa de
Devido à reconstrução total da Sé, a Igreja do Rosário é que hoje detém o título de mais antiga da cidade. Ela foi erguida em 1767 pela irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Sobral, em substituição à construção de taipa
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que havia no local. Era ali que se celebrava, anos atrás, no período da festa de N. Sra. do Rosário, a coroação dos reis do Congo, nome dado aos festejos. Em janeiro de 1889, após a Abolição da Escravatura no Brasil, esta festa foi realizada pela última vez em Sobral. O italiano Balmes Odísio e o bispo Dom José Tupinambá da Frota foram responsáveis pelas reformas que deram à construção o seu piso hidráulico característico e o imponente altar-mor que ela guarda. Dom José, inclusive, é um dos nomes mais conhecidos da história sobralense. Foi ele quem fundou, oficialmente, em 29 de março de 1951, o Museu Diocesano (hoje, Museu Dom José) que possui um valioso acervo de artefatos adquiridos entre os anos de 1916 e 1959. No museu, existem peças produzidas em Sobral e outras regiões do Ceará e trazidas do Maranhão, Pará e Amazonas. O acervo conta com mais de 30 mil artigos, além de uma coleção numismática, com cerca de 20 mil moedas. A instituição é um verdadeiro painel da história social de Sobral e dos municípios norte-cearenses e a sua construção, em estilo império, é integrante da segunda fase dos sobrados da cidade.
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SOBRAL O Teatro São João é a segunda casa de espetáculos mais antiga do Ceará e, junto com o Theatro José de Alencar, na cidade de Fortaleza, e o Teatro da Ribeira dos Icós, em Icó, formam a tríade dos teatrosmonumentos existentes no estado
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UM OLHAR PARA AS estrelas A
lém da impressão de estar em Lisboa ou Roma ao se deparar com os casarões e as igrejas barrocas de Sobral, outros pontos podem nos conectar à diversas cidades do globo. Afinal, Sobral também possui sua rive gauche e seu Arco do Triunfo. Inaugurada em maio de 2004, a urbanização da margem esquerda do rio Acaraú é o ponto de encontro que contribui com a harmonia e a boa convivência entre a população local e visitantes. Espaço para caminhadas, quadras de esportes, campo de futebol e um anfiteatro tornam o local
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um dos principais pontos de diversão do município, além de propiciar uma visão espetacular emoldurada pelas igrejas da Sé e das Dores. O Arco do Triunfo de Sobral, na verdade, não tem esse nome oficialmente. O principal cartão postal da cidade chama-se Arco de Nossa Senhora de Fátima e foi construído em 1953 por ocasião da visita da imagem da santa pela cidade cearense. O monumento está situado em uma via traçada à formato parisiense: o Boulevard do Arco.
Foi em Sobral também que uma expedição científica internacional, em 1919, chegou com a missão de comprovar a Teoria da Relatividade formulada pelo físico alemão Albert Einstein. No dia 29 de maio daquele ano, a cidade viveu um dos dias mais importantes de sua história. Naquela manhã, a população foi às ruas para conferir um fenômeno nos céus. Para uns, o “fim do mundo”, para outros, “um milagre”. Os mais esclarecidos sabiam que se tratava apenas de um eclipse total do Sol. Os galos, cantaram como se fosse noite quando o dia escureceu. A equipe de cientistas, rodeada de uma parafernália de equipamentos
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montada na frente da Igreja do Patrocínio, comprovava, depois de muitos anos sem sucesso, a Teoria da Relatividade. O funcionamento do Universo poderia, enfim, ser explicado à humanidade graças a um evento observado a partir do solo sobralense. O Museu do Eclipse foi construído em comemoração aos 80 anos da visita do grupo de cientistas, no mesmo local em que ele aconteceu. O ambiente possui um simulador elétrico de eclipses e réplicas movimentadas do Sistema Solar que traduzem, de modo virtual, as experiências das expedições astronômicas. Também se pode conferir fotos de galáxias e planetas, o primeiro mapa lunar do Brasil e a edição do jornal The New York Times que noticiou a comprovação da Teoria da Relatividade em Sobral. Totalmente climatizado, o museu possui um moderno observatório, filiado à Associação Mundial de Astronomia. Entre os equipamentos que utilizam tecnologia de ponta, destaca-se o telescópio mais potente e avançado das regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Ainda falando sobre os museus, como Paris, Sobral também tem um museu de arte famoso. E além: um museu Madi Internacional – um espaço inaugurado por ocasião do aniversário da cidade, e que estava situado, originalmente, no espaço do anfiteatro à margem esquerda do rio Acaraú, integrado à Escola de Cultura Comunicação Ofícios e Artes (ECOA). O Movimento MADI, criado pelo artista plástico uruguaio Arden Quin, em meados de 1940, pode ser entendido pelo significado das letras M (Movimento), A (Abstração), D (Dimensão) e I (Imaginação) e tem no seu conceito a ruptura dos ângulos tradicionais de um quadro. Com a enchente do Rio Acaraú, ocasionada por fortes chuvas em 2008, as obras do MADI passaram a ser expostas no andar superior da Casa da Cultura, onde permanecerá até a reforma do espaço original, com a elevação da edificação. Com a criação do Museu, a cultura sobralense ganhou visibilidade internacional. Ele é o primeiro do gênero construído no Brasil. Ao todo, cerca de 100 obras
doadas por artistas integrantes do movimento no mundo inteiro fazem parte do acervo. São esculturas, pinturas e desenhos de valor artístico inestimável. A Casa da Cultura, onde encontramse as obras do Madi, inclusive, é um prédio que fala por si só. Principal ponto de encontro dos artistas de Sobral e de toda a região, é dotada de uma dinâmica infraestrutura e moderno acervo de arte e cultura. Ela se sobressai entre os demais projetos já implantados na cidade, pelo seu papel revitalizador do patrimônio histórico-cultural. Sobre os escombros do tradicional “Solar dos Figueiredo”, a casa abriga a Secretaria de Cultura e Turismo de Sobral e dispõe de galerias, sala de cinema, atelier e espaço de convivência.
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SOBRAL O Becco do Cotovelo é um dos locais mais pitorescos de Sobral
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o beco do BURBURINHO
Becco do Cotovelo, nome que se deve a uma pequena curvatura em seu centro, é o coração da cidade e um dos seus locais mais famosos. É para lá que vão os que querem se atualizar das últimas notícias e fofocas da cidade, em rodas de conversa tipicamente masculinas, e tomar um cafezinho.
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Ponto de encontro de aposentados, o Becco do Cotovelo (sim, os sobralenses escrevem assim, com dois C) está para Sobral como a Praça do Ferreira está para Fortaleza. Ele é considerado um dos lugares mais pitorescos da cidade em virtude da comunicação fácil e variada dos cidadãos que circulam por ali. Para aqueles que quiserem conhecer, o Becco localiza-se próximo à Praça da Coluna da Hora, uma das mais lindas da cidade.
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A SOBRAL AMERICANA E
, por fim, cabe falar que há muito feeling americano dando o tom na vida do sobralense. A cidade, onde alguns alunos vão para a escola em tradicionais school bus importados dos Estados Unidos, possui até seu próprio time de beisebol, numa versão sobralense do esporte.
Contando com sua própria versão do beisebol americano e com campeonatos de esportes radicais aéreos, a vida do sobralente conta com muito ‘feeling’ americano envolvido
No início, os jogadores eram escoteiros entre sete e 15 anos. O grupo de 40 pessoas formava quatro equipes. Cada time precisaria de R$ 8 mil para investir em material. Como não tinham dinheiro, resolveram improvisar. Compraram apenas um taco americano que serviu de modelo para os outros que foram produzidos na própria cidade. São os tacos de beisebol made in Sobral.
futebol, mas o esporte é bem diferente. Enquanto um ataca, o outro só defende. Cada partida tem nove tempos e pode durar até duas horas. É preciso ser rápido para fazer ponto. Além do futebol e do ‘beisebol improvisado’, Sobral é palco de importantes campeonatos como o de parapente, que é uma atividade muito praticada na região. O parapente ou paragliding é um excitante esporte aéreo. O equipamento só decola se estiver aberto e a grande sensação desse esporte é subir e voar a maior distância possível. O parapente permite que o piloto voe por várias horas, sem o uso de motor, e percorra grandes distâncias. O recorde mundial já passa dos 330km. Sobral dispõe de ótimos pontos para essa prática de voo livre.
O campo usado no momento da formação dos primeiros times era o mesmo do
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SIMPLICIDADE colonial P
ara fechar nossa matéria principal, vale fazer uma volta às raízes que falamos no início e dizer que, apesar dos estrangeirismos, brincadeiras e modernidades, Sobral é sim uma cidade brasileira na raiz. Prova disso é a maneira carinhosa como seus habitantes cuidam do passado caboclo e simples que formou a cidade.
SOBRAL
A Casa do Capitão Mor encontra-se no núcleo que deu origem a Sobral e é uma das mais antigas casas da cidade, que pertenceu ao Capitão Mor José de Xerez Furna Uchoa, provavelmente construída em 1772. José de Xerez foi vereador da primeira Câmara da Vila Distinta e Real de Sobral e juiz de órfãos. Ao
visitar a França, recebeu do Duque de Choiseul as mudas de café que trouxe e plantou em seu sítio. Maria Thomazia, bisneta, recebeu grande destaque em todo o Ceará ao tornarse a presidente da Sociedade das Senhoras Libertadoras do Ceará, instituição que lutou pela abolição da escravatura no estado. A equipe da VemTambém ficou encantada na visita que fez ao local. A maneira como a história é mantida e repassada em projetos culturais para crianças e adultos é prova do carinho e do valor que Sobral dedica ao seu patrimônio. A visita à construção simples e de valor afetivo inestimável para o sobralense é um dos pontos altos por qualquer incursão pela cidade.
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A Casa do Capitão Mor é um tesouro de simplicidade que vale a visita
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Sobral é minha cidade amada. É um mergulho no rio de recordações de infância, de muito riso, muita estripulia... é voltar num sonho de menino. É ter novamente a coragem do moleque que desafiava a vida pulando da ponte do Rio Acaraú, que jogava uma pelada na pracinha... Cada esquina de Sobral traz a memória o gosto da minha infância, gosto de caju colhido no pé, o cheiro de comida fresquinha, o aconchego do abraço de mãe... Cada lugar tem seu espaço reservado em minha mente e coração. Sobral é o local da descoberta, das primeiras letras – da escola atrás de casa, da primeira professora, minha mãe Dinorah, da paixão pelo riso, pela molecagem de criança que tem o mundo inteiro no coração. Sobral traz à memória a curiosidade de criança olhando entorpecida o bailar apaixonado dos jovens, homens e mulheres, rodopiando em volta da pracinha, nas tardes quentes do constante verão nordestino.
É lembrar do filme em preto e branco no Teatro São João que se transformava num mundo colorido em minha mente inquieta de menino. Andar por suas ruas é reviver os ensinamentos de meu pai, Paulo Aragão. Seu busto imponente jamais permitirá que eu esqueça as lições de vida que ele me ensinou. O mundo mudou. Eu mudei. Sobral mudou. Sobral ganhou cor e lugar no cenário nacional, especialmente com seu projeto de educação infantil, o sonho e o trabalho de minha mãe durante a sua vida dedicada de professora. É emocionante ver que as crianças de Sobral estão sendo valorizadas e que o nome de alguém tão especial pra mim, batize uma das maiores escolas de Educação Infantil de Sobral – CEI Dinorah Aragão. Sobral é a certeza de que vale a pena sonhar colorido, pois com trabalho e dedicação, os sonhos se tornam realidade.”
Renato Aragão
Humorista, Filho de Sobral
Depoimento especial para a Revista VemTambém
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PELE SAUDÁVEL NA VIAGEM
TRUQUES E DICAS SUPER FÁCEIS PARA MANTER A SAÚDE E A BELEZA DA SUA PELE NAS VIAGENS DE AVIÃO, CARRO E NAVIO!
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ocês já pararam pra pensar que os cuidados com a beleza na viagem começam bem antes de chegarmos ao destino final? De avião, carro ou navio, nossa pele tem necessidades específicas de hidratação e cuidado, e o Blog Blashion traz em nossa nova colaboração com a VemTambém um guia prático sobre isso. Dá uma olhada! VIAGEM DE AVIÃO No avião, o clima costuma ser bem mais seco do que o ambiente em que vivemos por causa da pressurização e do ar condicionado. Isso tudo afeta a pele e os cabelos, que acabam perdendo água e ressecando com mais facilidade. Por isso, devemos dar início aos cuidados antes mesmo da decolagem, com uma boa camada de hidratante no rosto e nas mãos, além de creme para a região dos olhos, a fim de evitar o ressecamento. Se a viagem for longa, de mais de seis horas, tenha sempre uma água termal à mão para borrifar no rosto ao longo da viagem. Quando o assunto é a maquiagem, cuidados também são necessários. Antes de dormir no voo, retire a maquiagem e descanse o máximo possível para evitar a cara de jet lag.
VIAGEM DE CARRO Passar muitas horas no carro também pode interferir na saúde da sua pele, sabia? O ar-condicionado, de modo geral, reduz a umidade do ar deixando a pele e os cabelos mais ressecados e expostos. Para evitar o desgaste, o segredo é se aliar a cremes antioxidantes e Vitaminas C e E. Esses nutrientes agem profundamente na pele e neutralizam os radicais livres. VIAGEM DE NAVIO Durante as viagens de navio, o cuidado é redobrado! Na maquiagem, opte por produtos que garantem a proteção contra os raios solares. O protetor deve ter FPS acima de 60, além de cor para maior proteção contra a luz visível.
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E aí, curtiram as dicas? Acompanhe também as novidades de moda e beleza no blashion.com.br! Até a próxima VemTambém! Beijos <3.
À noite, antes de dormir, assim como na rotina em casa, a maquiagem deve ser removida, principalmente devido a maresia. O ideal, para quem usa maquiagem diariamente, é ter sempre uma solução ou leite demaquilante que seja o mais delicado possível para a pele. Aposte em tônicos ou adstringentes com extratos de romã ou malva. Água termal e hidratantes são sempre coringas para manter a pele viçosa e com saúde!
Lembre-se de beber muita água: segundo os médicos, o ideal é tomar uma garrafinha (500ml) por hora no avião.
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Texto: Odara Fernandes (Especial para a Revista VemTambém) Instagram: @blogblashion Fotos: Stock Xchange
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LIBERE SUAS EMOÇÕES
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A Rota das Emoções, um projeto do Ministério do Turismo em conjunto com o Sebrae, une três belezas naturais do nordeste brasileiro em uma única experiência: Lençóis Maranhenses, Delta do Parnaíba e o Parque Nacional de Jericoacoara. O resultado são as inúmeras sensações experimentadas por quem embarca nesse misto de ecossistemas
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A Rota das Emoções é um roteiro de viagem pelo Nordeste que reúne alguns dos mais incríveis santuários ecológicos brasileiros.
O desejo de experimentar diferentes emoções pode até já considerado um clichê entre aqueles que querem embarcar numa viagem. Mas, é por isso que buscam milhares de turistas que exploram o litoral nordestino todos os anos querendo enfrentar uma estrada de terra em um veículo 4x4, se arriscar no windsurf, encarar o sobe e desce das dunas, mergulhar em um rio com cavalos marinhos, experimentar peixes e sabores típicos da região e, por fim, quando pensam em deitar numa rede para descansar, contar com uma praia deslumbrante para curtir a vista.
população local), jipes, barcos, jangadas e até cavalos são utilizados como meios de transporte durante o trajeto pelas cidades deste itinerário. Nessa Rota, o modo “com emoção” está sempre ligado!
E, para você que adoraria unir essas e outras experiências, a VemTambém traz em sua “primeira edição Nordeste” uma irrecusável proposta: um roteiro turístico que une os três dos estados do Nordeste Brasileiro – Ceará, Piauí e Maranhão – num percurso que contempla vários ecossistemas e que oferece ao turista um contato único com as diversas formações naturais: a chamada Rota das Emoções.
Você pode fazer a viagem em dois sentidos: ou partindo de São Luís, no Maranhão, ou de Fortaleza, no Ceará – há passeios e transportes indo nos dois sentidos. Inclusive, as cidades que ficam nos extremos da Rota – Barreirinhas, no Maranhão, e Cruz, no Ceará, já contam com aeroportos com obras bastante avançadas, o que permitirá a chegada aérea às proximidades de Jericoacoara e dos Lençóis Maranhenses. Boa parte dos passeios são oferecidos por agências. E, se a sua vibe for rústica, é possível contratar possantes jipes 4×4 que dão conforto ao trajeto e são preparados para qualquer estrada. Com o desenvolvimento da região, a
O nome “emoções” não é falácia para atrair turistas. Muito pelo contrário: ela tem como diferencial o fato de que boa parte do seu percurso possa ser feito off road. Buggys, jardineiras (ou “paus-de-arara”, como são chamados pela
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Percorrer a Rota das Emoções é o tipo de viagem cujas recordações a gente leva para a vida. Embora os atrativos naturais mais famosos e esperados sejam lugares como a Praia de Jericoacoara, os Lençóis Maranhenses e o Delta do Parnaíba propriamente ditos, há uma série de pequenas cidadezinhas e praias escondidas que são uma grata surpresa.
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hospedagem não é mais um problema e, para o viajante, fica só a “difícil” tarefa de escolher o melhor fator para proteção solar. Viajar com transportes nativos pode tornar a viagem ainda mais realista e reduzir custos. A experiência pode ser riquíssima, já que o mais interessante da Rota das Emoções é mesmo conhecer de perto a realidade do
hospedagem, a região oferece certa variedade: há desde pousadas mais econômicas até resorts de luxo. A Rota das Emoções é um roteiro de viagem pelo Nordeste que reúne alguns dos mais incríveis santuários ecológicos brasileiros. E é por englobar três importantes Áreas de Proteção Ambiental, que o roteiro deve ser explorado com um mínimo de cuidado
O trajeto oficial reconhecido pelo Ministério do Turismo lista quatorze municípios
povo de cidadezinhas tão pequenas e provar das sensações oferecidas pelos costumes de cada lugar. O trajeto oficial reconhecido pelo Ministério do Turismo lista 14 municípios (Araióses, Barreirinhas, Paulino Neves, Santo Amaro e Tutóia, no Maranhão; Barroquinha, Camocim, Chaval, Cruz e Jijoca de Jericoacoara, no Ceará; e Cajueiro da Praia, Ilha Grande, Luis Correia e Parnaíba, no Piauí), mas nada nessa viagem é inflexível. Afinal de contas, moldar o roteiro ao seu próprio gosto e dispor de inúmeras possibilidades dá ao viajante uma maior sensação de relaxamento num período de férias.
com a preservação do meio ambiente. Além disso, toda a programação gira em torno do contato com a natureza e com as comunidades. Quando o trajeto foi pensado, foi chamado inicialmente de “Roteiro Integrado Jericoacoara – Delta do Parnaíba – Lençóis Maranhenses: uma proposta de sustentabilidade”, e a intenção é promover as formações naturais atentando as pessoas para sua preservação. Sabendo de tudo isso, a missão do turista ao percorrer a Rota é aproveitar cada paisagem, apreciar todos os sabores e se deixar envolver com as histórias e a simplicidade do povo local.
O tempo disponível, interesses específicos, perfil dos turistas e, claro, o valor destinado à viagem é que vão determinar como você vai explorar a região. O trajeto pode ser feito em até sete dias, mas isso dependerá de quanto tempo o turista dispõe. Para a
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O TEMPO PERFEITO PARA CURTIR A ROTA De janeiro a junho, a época de chuvas nessa região, então o recomendável é entre julho e dezembro. Para os que têm a intenção de praticar esportes que dependem do vento – como kite e windsurfe -, outubro e novembro são
a melhor época. O período ideal para ver as lagoas dos Lençóis Maranhenses cheias e poder desfrutar da formação natural sem ser interrompido pelas chuvas é entre julho e agosto.
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A HISTÓRIA DA ROTA COMO NASCEU A ‘ROTA DAS EMOÇÕES’ A Rota das Emoções, no formato que apresentamos aqui, é um projeto do Ministério do Turismo, em conjunto com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e as Secretarias de Turismo dos Estados do Ceará, Maranhão e Piauí, apresentado oficialmente em 2007 como roteiro integrado resultado da 1ª edição do Projeto Rede de Cooperação Técnica para Roteirização. Já em 2009, a Rota das Emoções foi eleita no 4º Salão do Turismo como sendo o Melhor Roteiro Turístico do Brasil. Esse é um evento de porte internacional e considerado o maior evento de turismo de toda a América Latina. Não demorou muito tempo para que o destino ganhasse fama dentro e fora do país. Entre os anos de 2013
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e 2015 houve edições especiais do evento Salão do Turismo para promover o destino. O evento “Salão do Turismo da Rota das Emoções” aconteceu em cidades integradas ao roteiro em cada um dos três estados. Atualmente, há uma Frente Parlamentar no Senado Federal Brasileiro que trata sobre a oficialização da Rota das Emoções perante a União. Mas, antes disso, o consórcio entre Ceará, Piauí e Maranhão deu origem à Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável (ADRS), que é responsável pela manutenção e difusão desse projeto, juntamente com o Sebrae. Cada um importantes
já são atrativos naturais que dispensam explicações. Mas o trajeto que mescla esses cenários com cidades que você jamais imaginou e que oferecem experiências incríveis realmente é bastante convidativo e empolgante. A intenção na elaboração e promoção da Rota das Emoções é transforma-la num destino sustentável de referencia nacional e internacional pelos seus produtos únicos, diferenciados, que integra natureza, aventura, esportes relacionados com vento e água, e cultura, num cenário de sol e praia. Além disso, quer-se despertar no visitante um compromisso com a preservação desses espaços naturais inalterados e com o desenvolvimento sustentável, além da melhoria da qualidade de vida e economia das comunidades envolvidas.
dos três mais pontos da rota
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AS CIDADES DA ROTA
CEARÁ CRUZ Se antes Cruz “pegava carona” na popularidade de Jericoacoara – mesmo sendo parte oficial do parque natural de Jijoca -, hoje garantiu status de atração própria, graças sobretudo aos ventos e ondas altas que o fizeram ser considerado um dos melhores lugares do mundo para a prática do kitesurfe! Além disso, o Aeroporto que está sendo construído para permitir o acesso aéreo ao Parque Nacional de Jericoacoara e que já começa a operar a partir de abril com voos semanais, fica na cidade de Cruz. O que dá ainda mais importância
para a localidade e para sua integração na rota. A Lagoa Azul e a Praia do Preá, a única do município, são paradas obrigatórias para que está de passagem e de visuais que já enchem os olhos de quem está só no início da aventura. O município de Cruz está a cerca de 200km de distância da capital cearense e o início da jornada pode ser por lá! De Fortaleza, o acesso ao município, pode ser feito por via terrestre através da rodovia BR-222, que liga Fortaleza ao município de Sobral.
JIJOCA DE JERICOACOARA Depois de Cruz, sinta-se convidado ao encontro com águas cristalinas, redes, água de coco… Bem-vindo a Jericoacoara! A cidade, que já teve sua praia eleita como uma das mais lindas do mundo, dispensa muitas apresentações. Jericoacoara, a praia, é a principal atração de Jijoca de Jericoacoara, o município. Afinal, quem não conhece a imagem das redes montadas dentro da água? Mas, além das praias propriamente ditas, Jijoca tem muito a oferecer: a Pedra Furada e seu arco rochoso resultado da ação das águas; a
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Duna Por do Sol, melhor mirante da região construído pela ação dos ventos; além de ótimos hotéis e restaurantes. A vila de “Jeri”, como é conhecida, especialmente pela população local, é mundialmente famosa e bastante requisitada. Recomendase pelo menos três dias inteiros para conhecer o mínimo da sensação de tranquilidade que Jeri oferece. Mas, se a sua intenção é a prática do windsurf, prepare malas grandes. Não deixe de visitar a Lagoa do Paraíso (e deixe-se impressionar e dar razão a quem nomeou o lugar de paraíso) para desfrutar da vida mansa experimentada ao simples deleite das redes à beira-mar.
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CAMOCIM A 87km de Jericoacoara, Camocim é a junção de cenários que justificam qualquer esforço para chegar lá: manguezais, falésias, coqueiros, lagos e brancas dunas… Camocim é famosa por seus 62 quilômetros de praias de águas calmas e rasas, e também pelo vento forte que sopra por lá, tornando o ambiente ideal para praticar esportes como kitesurf e
windsurf. O tempo parece ser mais lento por lá, perfeito para relaxar apreciando o horizonte tomado pelas canoas coloridas de pesca artesanal ou caminhando por entre o casario colonial do século XIX. As águas de um turquesa refrescante e os barcos coloridos são a marca registrada de Camocim, que dispõe de praias deliciosas. Se puder, estique dois
dias e se hospede por lá, pelo menos, para poder conhecer a Praia de Tatajuba, onde a areia engoliu a casa dos pescadores, mas deixou espaço para a prática de kite-surf, feito em águas verdinhas, verdinhas! Uma dica de praia inesquecível é a Barra dos Remédios, onde as águas do rio encontram as do mar com dunas branquíssimas de testemunha. Um remédio para curar qualquer desejo de praia!
BARROQUINHA Na divisa com o Piauí, Barroquinha é a última praia do extremo oeste do Ceará. São 25 quilômetros de praias selvagens e de beleza única. Não faltam locais para relaxar ou
incríveis praticar
CHAVAL Banhado pelos rios Timonha e Ubatuba, Chaval fica no extremo norte do Ceará, e compõe as Áreas de Preservação Ambiental do Delta do Parnaíba e da Serra da Ibiapaba.
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esportes radicais, como a badalada Bitupitá, a Praia Nova, o Pontal das Almas e a Barra dos Remédios. E com uma economia baseada na pesca de lagosta e camarão, basicamente qualquer refeição na cidade será um banquete.
Suas belezas e atrativos naturais são muitos: de um banho gostoso na Barragem do Caldeirão a uma subida no alto da Pedra das Carnaúbas, com seus 100 metros de altura, passando por passeios de barco pelas salinas.
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Praia da Tatajuba - Camocim/CE
Cidade de povo acolhedor e natureza exuberante, Camocim se destaca cada vez mais no cenário do Turismo nacional. Suas praias paradisíacas, belíssimas dunas e lagoas de água doce, áreas de mangue quase intocadas, uma fauna rara diversificada e uma culinária deliciosa, tem atraído visitantes do Brasil e do mundo todo.
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PIAUÍ
CAJUEIRO DA PRAIA Um dos quatros únicos municípios litorâneos do Piauí, Cajueiro da Praia é constituído por irresistíveis paisagens que nos proporcionam o sossego procurado numa viagem de férias. A natureza por lá parece intocada, com praias primitivas, mangues, rios. Zero poluição. Em cajueiro da Praia, um lugar bacana que vale a visita é o Centro Peixe-Boi de Pesquisa Biológica Marinha, onde monitora-se as populações de peixes-boi, cavalosmarinhos e tartarugas-marinhas. Outra rota indispensável é a trilha do cavalo-marinho, passeio realizado com canoa pelo rio
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Camurupim, entre mangues, até a própria Ilha do Cavalo-Marinho. Uma de suas mais conhecidas praias é a Barra Grande, considerada como uma espécie de point dos kitesurfistas, devido aos ventos propícios para a prática que ocorrem o ano inteiro. O lugarejo não perdeu o aspecto de vila de pescadores, mas oferece o requinte necessário, em hotéis e restaurantes, aos visitantes mais exigentes. As ruas de areia, o conjunto de belezas naturais e a tranquilidade do lugar mesclados a bares e restaurantes que oferecem uma ótima experiência de Cajueiro da Praia tornam o município um
destino romântico. Ideal para o pernoite e estadia mais estendida de quem está fazendo o roteiro a dois. Em Cajueiro da Praia, recomendamos ainda uma ida à pequena e rústica vila de Barra Grande, ponto de encontro de estrangeiros do mundo todo. Um dos principais motivos da visita também é o kitesurf: os ventos que sopram no litoral de Barra Grande são famosos em toda a América do Sul. Por causa do esporte, o aporte turístico local só tem crescido. Barra Grande é bastante famosa: seu réveillon já foi eleito pela revista Vogue como um dos melhores do país.
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ILHA GRANDE Zona de proteção ambiental, Ilha Grande é considerada um dos mais belos recantos naturais escondidos e pouco conhecidos do Brasil. Portal para o Delta do Parnaíba do lado do Piauí, o município é cercado por igarapés que ligam os rios Igaraçu e Parnaíba. A paisagem é tomada por lindas dunas e uma natureza praticamente intocada. Uma dica preciosa é fazer os
famosos passeios de barco que saem do Porto dos Tatus e rodam o Delta. Não deixe de provar um prato à base de caranguejo, a cidade orgulha-se de exportar a iguaria para uma boa parte do litoral Piauí e do Ceará. Como se pode perceber, a Rota das Emoções é uma experiência com a natureza, em sua grande parte, inalterada. A proposta é fazer o viajante experimentar de belezas naturais e fugir do urbano. Ilha
Grande, a maior ilha do Delta do Parnaíba, por exemplo, é um lugar de praias com águas transparentes e calmas, rodeada por montes com mata silvestre. Ao passar por Ilha Grande, não deixe de ir ao mirante onde está situada a estátua de Nossa Senhora dos Pobres. Lá, é possível ter uma vista esplendida da cidade. Para uma estadia com mais conforto, recomendamos o pernoite em Parnaíba que já fica pertinho.
LUÍS CORREIA Popularmente conhecida como Vila da Amarração, Luís Correia é um dos destinos mais procurados pelos visitantes que escolhem o estado do Piauí para passar o Réveillon ou Carnaval. Sede do único porto marítimo do estado, Luís Correia possui praias imperdíveis, como Atalaia, onde está o farol-símbolo do município; a paradisíaca Maramar, adorada pelos kitesurfistas; e a Praia do Coqueiro, uma simpática vila de pescadores. A praia de Carnaubinhas, uma das praias de Luís Correia, é um destino pouco conhecido e recomendável para quem quer seguir o roteiro de lugares encantadores e de natureza ainda preservada.amor,
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PARNAÍBA Segunda maior cidade do Piauí, a 320 km da capital Teresina, Parnaíba é conhecida como a capital do Delta. Apesar dos títulos importantes, o clima por lá é quase bucólico, com paisagens naturais deslumbrantes e um imenso valor histórico para o Estado, ilustrado no casario da região do Porto das Barcas. Esse aspecto é assegurado pelo fato de Parnaíba fazer parte das cidades protegidas por lei como zona de proteção ambiental do Delta do Parnaíba. Um dos cartões-postais do município (e de todo o Piauí) é a Lagoa do Portinho, com suas dunas e águas azuis que voltae-meia ficam verdes, conforme a luz do sol.
O Delta é um composto de ilhas e igarapés que chamam a atenção pela diversidades de espécies da fauna e da flora.
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Uma curiosidade: há três rios no mundo com foz em delta em mar aberto: o Nilo, no Egito; o Mekong, no Sudeste Asiático; e o Parnaíba, nosso rio brasileiro e 100% nordestino. Por isso, fazer uma parada – de alguns dias - na cidade piauiense de Parnaíba é quase obrigatório na sua viagem. O Delta é um composto de ilhas e igarapés que chamam a atenção pela diversidades de espécies da fauna e da flora. Considere se hospedar em Parnaíba por duas noites, e fazer o passeio de barco pelo delta: a vegetação é lindíssima, e você tem a oportunidade de ver de perto os manguezais – e, consequentemente, os catadores de caranguejos do mangue, uma das principais atividades econômicas na região.
Se você for fazer o passeio de barco, deixe para ir na parte da tarde, quando é possível ver a revoada de guarás, sempre ao pôr do sol: são pássaros vermelhos típicos da região que, sempre ao final do dia, voam até se recolher, todos, pousados em uma mesma árvore. É um dos espetáculos naturais mais belos do rio. Recomendamos a ida à Lagoa do Portinho que, margeada por dunas de areias brancas, é um dos mais conhecidos pontos turísticos da região norte do país. Segundo a tradição popular, a Lagoa do Portinho surgiu a partir das lágrimas da índia Macyrajara, que teria chorado durante dias, a morte do seu grande amor, índio Ubitã guerreiro pertencente a uma tribo inimiga da sua, que foi morto pai da índia, o chefe Botocó da tribo dos Tremembés. Outros pontos que valem a visitação são o Porto das Barcas – ponto de origem do município e maior cartão postal do local tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) – e a Praia da Pedra do Sal, a única praia localizada no município, que fica a 16km do Centro da cidade. Formado pelo Rio Parnaíba e seus afluentes, o Delta é um verdadeiro santuário ecológico, com dunas, manguezais, rios e dezenas de ilhas. Não deixe de fazer um passeio de barco para observar a riquíssima fauna e a flora da região, ou praticar outras modalidades de ecoturismo.
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MARANHÃO ARAIOSES Começou com uma aldeia indígena nos idos de 1767 e é um dos berços do Polo Delta das Américas. A 462 km da capital São Luís, Araioses esbanja paisagens naturais exuberantes, com seu mix de dunas e lagoas rodeadas de palmeiras. Os rios Santa Rosa e Magu
PAULINO NEVES Apelidada de “Pequenos Lençóis”, Paulino Neves é outro dos principais municípios do Polo turístico do Delta do Parnaíba. Não estranhe, porém, se ouvir os moradores referindo-se ao município como “Rio Novo”, por conta do rio que banha a cidade, formado há cerca de 100 anos. A formação dos Pequenos
Um dos motivos que atraem muitos turistas à Araioses é a Ilha das Canárias, uma área de proteção ambiental no extremo leste do Maranhão coberta por uma floresta de raízes suspensas que brotam no mar emolduradas por inúmeras dunas.
Lençóis é bastante propícia para a prática do ecoturismo, pois é possível encontrar em um só lugar dunas, lagoas de águas cristalinas, praias, manguezais, rios, lagos e ilhas com fauna e flora diversa. Dos outros passeios que podem ser feitos em Paulino Neves estão a ida à Paia do Amor e o morro da Mendanha, um excelente lugar para apreciar o por do sol.
TUTÓIA Uma mistura de praias, mangues, dunas, lagos e rios, o pequeno município de Tutóia também é uma joia da Rota da Emoções. O sol brilha o ano inteiro por lá e a gastronomia especializada em frutos do mar é irresistível. Entre tantos atrativos naturais perfeitos, destaque para
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deram origem a diversas ilhas e balneários que atraem fãs de esportes como a canoagem e caiaque.
os bancos de areia que se transformam em praias bem no meio do mar. Recomenda-se em Tutóia um passeio motorizado pelas praias para a apreciação das paisagens naturais, comunidades de pescadores e muitas dunas de areia, que crescem em número e frequência à medida que nos aproximamos dos Lençóis propriamente ditos.
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BARREIRINHAS Conhecida como a “porta de entrada” da região dos Lençóis Maranhenses, Barreirinhas é um verdadeiro deserto recheado de oásis. São dunas e mais dunas de areia branquinha, ornadas por lagoas e lagos de água morna, que pedem ao visitante um ritmo lento e preguiçoso. Com status de Parque Nacional, os
Lençóis Maranhenses estão entre os destinos turísticos mais visitados do Brasil. E é de Barreirinhas que se pode começar a aventura para explorar esse cenário deslumbrante. Se puder, vá entre junho e setembro, quando as lagoas estão certamente cheias. É de Barreirinhas também que saem os passeios de barco pelo rio Preguiças, com acesso aos pequenos Lençóis, ao Farol do
Mandacaru, às desertas de Atins.
praias
quase
Bem como Cruz, cidade do Ceará ao lado de Jericoacoara, Barreirinhas se prepara para receber um aeroporto que vai facilitar bastante a visita aos Lençóis Maranhenses e belezas dessa região, bem como melhorar o acesso à Rota das Emoções (poderia ser conferida diretamente com a prefeitura de lá essa informação).
SANTO AMARO Outro município integrante Parque dos Lençóis, Santo Amaro tem como marca, além das lindas paisagens naturais típicas desse roteiro, a rusticidade. A começar pelo acesso difícil – é preciso atravessar um trecho de 33 quilômetros de areia até chegar à entrada da cidade. A infraestrutura turística pode também não ser das mais avançadas. Porém, tanta beleza intocada vai compensar qualquer esforço ou limitação. Lá estão lagoas lindas e perenes dos Lençóis Maranhenses. Recomendamos uma ida à Lagoa da Gaivota.
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VIVA VOCÊ TAMBÉM ESSA EMOÇÃO Como se pode perceber ao longo das descrições das cidades da rota, o vento típico que rola por essa parte da costa do Nordeste atrai muitos praticantes de kite e windsurf, mas, mesmo quem não pratica esportes radicais, não vai ficar sem ter o que fazer. Quase todas as “paradas” da Rota das Emoções têm alguma atividade aquática envolvida – nem que seja a de simplesmente se espreguiçar numa praia de rio ou de mar, ou fazer passeio de barco. Aliás, a travessia de rios é uma atividade constante para quem faz o percurso, e existe para todos os tipos de velocidades: desde as jangadas movidas a remo quanto as “voadeiras”, barcos rápidos a motor que atravessam o rio.
A Rota das Emoções é o contato com a natureza e com as comunidades locais e, talvez, esta seja a parte mais enriquecedora da viagem. Esse roteiro proporciona desde vale experiências com a natureza, como conhecer o encontro de rios e lagoas, onde podemos ver de perto cavalos-marinhos (manejados de uma forma que não afeta o equilíbrio natural desse ecossistema) até visitas culturais, como em Parnaíba, a Associação de Rendeiras Nordestinas, responsáveis por trabalhos manuais únicos – e que dependem muito do turista!
é vento no rosto e belíssimas praias, para todos os gostos e estilos. Nosso principal conselho para o viajante que resolver se aventurar é: não viaje com pressa. Dez dias é o mínimo para fazer a viagem de uma ponta a outra. A Rota das Emoções é mais uma das indescritíveis sensações que o Nordeste pode oferecer. Não deixe de considerar a possibilidade de se jogar nessa aventura na primeira oportunidade. São muitas experiências esperando por você!
E, principalmente, o que a Rota das Emoções mais tem
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VIVA O SÁO JOÁO Anarriê! Todo meio de ano, as festas juninas se espalham pelo Nordeste do Brasil! Santo Antônio prepara suas bênçãos casamenteiras regadas a fogos de artifício; São Pedro abre o céu para presentear a celebração; e São João, que batiza a festividade, recebe as homenagens. Seguimos uma parte do roteiro junino do Nordeste, em três cidades dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, onde os festejos são uma grande tradição anual e movimentam milhares de turistas ávidos pela cultura do evento mais tipicamente nordestino que existe
TEXTO: DA REDAÇÃO FOTOS: STOCKPHOTO | ANDRÉA RÊGO BARROS (PCR)
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VEMTAMBÉM NORDESTE
UMA FESTA NORDESTINA CARUARU
CAMPINA GRANDE
MOSSORÓ
Antes de destacar essas tradições das festas juninas na região Nordeste do Brasil, vamos entender um pouco da origem desses festejos. São duas explicações para o termo festa junina. A primeira é atribuída às festas que ocorrem no mês de junho, a outra é que esta festa se origina em países católicos da Europa e, por causa das homenagens a São João, eram chamadas de festas joaninas. Essas festas foram trazidas para o nosso país pelos portugueses, ainda no período colonial. Na época, havia uma influência muito grande de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França, por exemplo, veio a dança dos nobres, com raiz nas coreografias de bailes de valsa e polca das cortes européias séc. XVII, que acabou influenciando muito as típicas quadrilhas juninas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha, e os enfeites característicos dos pátios das igrejas, adornadas para as celebrações do período. Todos
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esses
elementos
culturais foram, com o passar do tempo, se misturando aos aspectos culturais das diversas regiões do Brasil, tomando características particulares em cada uma delas, especialmente no Nordeste. Embora as festas juninas sejam comemoradas em todas as regiões do país, é no Nordeste que elas se destacam ganhando expressividade. No mês de junho os cristãos católicos aproveitam para comemorar e homenagear três santos: Santo Antônio, casamenteiro, São João, o Batista, e São Pedro, detentor das chaves do céu. Além das comemorações, o nordestino, de modo particular os sertanejos, aproveitam para agradecer a todos eles pela chuva que cai neste período, amenizando o sofrimento do homem do campo. Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, milho cozido, canjica, cuscuz, pipoca e bolo de milho são apenas alguns exemplos. É época de fartura na mesa do nordestino e as festas são deliciosamente temperadas pelo melhor que a roça do sertanejo deu no período. Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta
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FOTO: ANDRÉA RÊGO BARROS (PCR)
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Embora as festas juninas sejam comemoradas em todas as regióes do país, é no Nordeste que elas se destacam ganhando expressividade época: arroz doce, bolo de amendoim, mugunzá, cocada, pé de moleque, vinho, batata doce e muito mais. Desde as comemorações de Santo Antônio, no centro de todos os acontecimentos juninos, está a fogueira, que é um símbolo e uma tradição mantida até os dias atuais, quando as famílias, nas portas das casas, se reúnem para comemorar consumindo as comidas típicas, ao som das sanfonas, zabumba e triângulo. Na festa de São João e São Pedro tudo isso se repete. Uma cultura mantida que empolga os nordestinos são os concursos de quadrilhas realizados em quase todas as cidades da região. Elas apresentam muitas danças, como xote, xaxado e baião. Os trajes chamam atenção – os homens se vestem com camisas quadriculadas, calças remendadas com pano colorido e usam chapéu de palha ou de couro para parecer um matuto, um tabaréu como são chamados na região. Já as mulheres, a saia rodada com várias camadas e babados. O fato é que, com as festas juninas, o Nordeste ganha cores, ritmo e sabores. Em nossa região, o destaque dos festejos ficam por conta de Caruaru, no Pernambuco, Campina Grande, na Paraíba, e Mossoró, no Rio Grande do Norte, além dos passeios que aguardam os turistas que procuram aproveitar muito mais da região durante o mês de junho. Em nosso site, o leitor pode conferir uma edição com matéria de capa sobre as festas de São João, onde nossa equipe percorreu estas três cidades em busca da alegria do período. Leia mais em vemtambem.com.
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pelos caminhos do
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O rio tem nome de santo. E não é à toa. Assim como São Francisco, que abandonou os confortos de uma vida rica no seio de sua família em nome de uma jornada simples entre os mais necessitados, o Rio São Francisco nasce entre as riquezas naturais do Sudeste e corre para o sertão nordestino, nutrindo o semiárido de esperanças com suas águas verdes e se tornando fonte de divisas econômicas e belezas naturais em todo o seu percurso. Em uma matéria especial, feita à beira de suas águas, a equipe da Revista VemTambém explorou os encantos da região do Velho Chico e apresenta, nesta edição, uma reportagem especial cobrindo os pontos mais bonitos da passagem do rio pelos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe.
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VEMTAMBÉM NORDESTE
Sob as bênçãos do Velho chico Esplêndido em sua própria natureza, o São Francisco é o maior rio exclusivamente brasileiro. Correndo em território nacional, este gigante possui uma extensão de 2,8 mil quilômetros em uma área de aproximadamente 641 mil quilômetros quadrados. O Velho Chico, como é carinhosamente conhecido pelos ribeirinhos, integra cinco estados com esperança e raízes culturais. Depois que sua transposição estiver concluída, suas águas vão banhar oito dos nove estados nordestinos na maior obra hídrica já efetuada pelo homem em nosso país,
e um dos maiores esforços de redistribuição de águas da humanidade. Prestes a completar 516 anos de sua descoberta pelo português Américo Vespúcio (de quem deriva o nome de nosso continente), a história do São Francisco é marcada pela batalha de sobrevivência de um rio que gera, há mais de 500 anos, riqueza e vida para o sertanejo – como conta o escritor Guimarães Rosa. O desenho do seu percurso desce de um fio d’água na Serra da Canastra, no município
mineiro de Medeiros, e transcorre o sentido sul-norte da Bahia, quando altera o curso para o sudeste e parte para o mar em meio a Pernambuco, Sergipe e Alagoas. É da rota deste percurso que nascem suas subdivisões: o Alto – situado totalmente no estado de Minas Gerais; o Médio – percorre Pirapora (MG) até Remanso, na Bahia; o Submédio – que começa na Bahia e deságua em Pernambuco; e o Baixo – que abrange os estados de Alagoas e Sergipe até encontrar-se com o Oceano Atlântico. Sua importância vai muito além
Foram mais de três mil quilômetros percorridos pela nossa equipe. No mapa ao lado, apresentamos apenas o trecho feito entre os estados de Pernambuco, Alagoas, Bahia e Sergipe
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VEMTAMBÉM NORDESTE dos territórios físicos. Por cruzar a Mata Atlântica e o Cerrado até chegar à região semiárida da Caatinga, o Velho Chico contribui com a história, com a economia de populações ribeirinhas e com a criação de cidades ao longo de seu vale. E, mesmo assim, seu potencial hídrico continua no topo de relevância para todos que dele usufruem. Parte deste potencial nasce de três grandes hidrelétricas - duas entre as dez maiores no Brasil: a de Xingó, que se divide entre Alagoas e Sergipe, é responsável por gerar uma capacidade energética de 3.162 MegaWatts (MW); a de Paulo Afonso, em sua cidade homônima na Bahia, produz 2.462 MW; e a de Sobradinho, no mesmo estado da anterior, é capaz de gerar 1.050 MW, levando energia e gerando economia para a região.
a todos que por ele passam. Foi com este acolhimento, em meio às bênçãos e afetos do Velho Chico, que nesta edição a equipe da revista VemTambém percorreu uma rota que segue o rio. Cortamos Alagoas, Bahia, Sergipe e Pernambuco em uma aventura de mais de três mil quilômetros, desde Fortaleza (onde está nossa editoria). Passamos por algumas de suas cidades mais importantes, além de trechos que consagram este verdadeiro colosso da natureza. Ao longo de nossa rota, nos deparamos com histórias e causos peculiares, risadas e desabafos, cenas pitorescas e muita força de vida da população que nasceu e cresceu nutrida pelas águas milagrosas do Rio São Francisco.
Deitado no meio do Nordeste, o São Francisco reforça e une as tradições de seus estados. Estes universos se transformam em um só, que se configura na alegria e no orgulho dos sertanejos. Quem navega pelo seu leito não encontra diferenças e tampouco desavenças. Suas águas confortam e não deixam faltar animação, fé e compaixão a seus nativos. Quem mora por ali faz questão de oferecer sempre “um pedacinho” do rio
deitado no meio do Nordeste, o São Francisco reforça e une as tradições de seus estados
Lagoa Grande (PE)
Sobradinho (BA) As águas do Rio São Francisco levam alegria e prosperidade a toda a região Nordeste. Acima, pôr do sol em Lagoa Grande (PE); ao centro, o cair da tarde em Sobradinho (BA) e abaixo o encanto da cidade de Piranhas (AL)
Piranhas (AL)
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VEMTAMBEM NORDESTE
Passeio de barco entre o vermelho das pedras e o verde do rio, em meio ao Cânion
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VEMTAMBÉM NORDESTE
Navegar pelos Cânions do Xingó O ponto de partida para quem deseja conhecer o Complexo Turístico do Xingó - a paisagem que deságua no imaginário mais popular do Velho Chico - parte no município de Canindé de São Francisco, a 213 quilômetros de Aracaju (SE). No porto, agregado ao Restaurante Karrancas, o encantamento acontece logo no início com a riqueza natural e a cultura das populações que vivem na área. A temperatura média, que varia entre 26 e 35°C, pode até parecer severa, mas é amenizada pelos ventos frescos que sopram pelos paredões de pedra e refrescam o ponto de partida do passeio pelos cânions – o principal atrativo turístico de lá. A empresa MRF Tour é responsável pela maioria dos passeios nesta área do rio. Cerca de 2 mil turistas por mês, vindos dos mais variados lugares do Brasil, fazem deste cartão de visita da região uma das mais famosas faces do Rio São Francisco. A maioria deles se arrisca em um bate-e-volta a partir das capitais Aracaju (SE) ou Maceió (AL). Embalados pela música regional – Luiz Gonzaga, Alceu Valença, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Fagner e outros cantores nordestinos consagrados – todos entram no ritmo do Velho Chico antes mesmo da navegação. Com a
capacidade de levar até 250 pessoas a cada passeio, os catamarãs da empresa são bem seguros e organizados. Eles são uma atração à parte no percurso, desde a represa formada pela água acumulada do Xingó, até os colossos monumentais do cânion. O trajeto por si só já é um espetáculo de encher os olhos e o coração. Tirar o celular do bolso e fazer uma selfie é quase um reflexo. No barco, alguns nativos vestidos de cangaceiro se oferecem para tirar fotos com os turistas. Na partida, informações de segurança e indicações de serviços e benefícios são passados pela tripulação. O passeio vislumbra obras monumentais esculpidas pela erosão do rio como a Pedra do Gavião, o Morro dos Macacos e o Paraíso do Telhado. A voz de Rose Gonçalves, uma das instrutoras dos catamarãs, relatou as curiosidades durante os 45 quilômetros de viagem do píer de embarque até a parada para o banho no porto fluvial de Brogodó, no meio do cânion. Baiana, criada em Alagoas e que hoje vive em Sergipe, Rose explica os detalhes que tornam boa a viagem: tempo de percurso do roteiro, explicação dos locais por onde se encontram as rochas
Catamarãs do Xingó
Imagem de S. Francisco na pedra
Cânions do Xingó
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e muita atenção aos coletes salva-vidas.
A empresária Ieda Maria Chamse Dine, acompanhada da mãe, Aldira de Medeiros, ambas paranaenses de Maringá, contam que vieram de tão longe procurando os encantos do rio que conheceram pela TV.
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“Mesmo fazendo esse caminho todo dia, é sempre uma sensação mágica e delicada receber as pessoas aqui. Eu me emociono. Os turistas aproveitam o passeio para comemorar aniversários, noivados e é sempre uma alegria. O que mais me marcou foi quando um grupo de idosos estava no catamarã. Eles ficaram maravilhados e nostálgicos pela beleza da religiosidade. Eles estavam tão envolvidos com o Cânion e com as bênçãos do Velho Chico, que eu não aguentei e desaguei junto com eles”, lembra a instrutora, com um nó na garganta pronta para revelar novas lágrimas de alegria. Neste vai-e-vem de informações, ela mostra, ao som da Oração de São Francisco, o ponto onde uma imagem do Santo dá as boas-vindas aos visitantes do
local. Cravada no meio das rochas avermelhadas, sob um sol que acolhe e esquenta os corações, este é o momento de pura e verdadeira emoção aos turistas. Muitos aproveitam para fazer pedidos, orações, fotos e agradecimentos ao protetor do meio ambiente. A empresária Ieda Maria Chamse Dine, acompanhada da mãe, Aldira de Medeiros, ambas paranaenses de Maringá, contam que vieram de tão longe procurando isso. A história que aflui do vale, com essa recepção tão calorosa, foi apontada como ponto positivo para a realização da viagem. Contudo, dona Aldira confessa que a novela Velho Chico (Rede Globo, 2016), foi um pontapé. “Ai, eu adorava! Achava lindo e, pessoalmente, é ainda mais maravilhoso”, exclama.
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BANHO E REFÚGIO Após 45 minutos de viagem, a embarcação atraca no porto fluvial de Brogodó, no município alagoano de Delmiro Gouveia, o local principal do passeio. Por lá, o visitante encontra uma piscina natural, reforçada com cabos, bóias e toda a segurança necessária para os turistas que querem se banhar no rio. Pequenos barcos se aproximam do local e oferecem um ‘passeio dentro do passeio’: desta vez mais próximo das rochas, em uma ‘gruta’ natural milenar. É possível tocar nas rochas e lavar-se no rio. A imensidão daquele lugar é suficiente para surpreender qualquer pessoa. O contraste de cor entre as pequenas plantas nativas e as pedras tornam o espaço mais harmonioso. Toda a gruta é um verdadeiro santuário. O barulho manso da água batendo nas cavidades da rocha forma uma sinfonia que hipnotiza e reforça o misticismo do Rio São Francisco.
São sorrisos e elogios infinitos, como comentou o casal de empresários de Mato Grosso do Sul, Carol Ayako e André Luiz. Viajantes de carteirinha apaixonados pelo Nordeste, eles já haviam feito viagens inesquecíveis à Salvador, Porto de Galinhas e Natal, por exemplo. O desejo de conhecer o Velho Chico nasceu por acaso - a partir de uma recomendação da agência de turismo - e cresceu com a certeza da recomendação para a família e amigos. “Já conhecíamos por reportagens de turismo, assim como outros lugares da região, mas é impossível não se encantar. É muito diferente quando você está aqui, mais intenso, emocionante. É uma viagem que a gente vai levar para a vida toda”, contou Carol.
O Cânion de Xingó abraça Sergipe e Alagoas. Ele traz vida e energia para turistas e, principalmente, para nativos. Depois de uma hora atracados, todos voltam ao catamarã e se preparam para o retorno ao restaurante Karrancas com sorrisos no rosto e vários registros a serem compartilhados. E o ânimo não diminui. O monumento natural, com seus 65 quilômetros de extensão, 170 metros de profundidade e largura de até 300 metros, agarra a atenção e motiva suspiros nas três horas de viagem, encerrada com uma refeição regional - muito bem preparada - no fim.
Enquanto isso, as irmãs paulistas, Diva Caruso e Angela Bressali, faziam o roteiro pela segunda vez, partindo de Maceió, para reviverem as belezas do cânion e do rio. Sentadas, tomando sol, aproveitavam e se atentavam para cada nova informação.
O barulho manso da água batendo nas cavidades da rocha forma uma sinfonia que hipnotiza e reforça o misticismo do Rio São Francisco. www.vemtambem.com - REVISTA VEMTAMBÉM
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O Porto de Brogodó, na cidade de Delmiro Gouveia, é o ponto principal de parada do passeio pelos cânions. O Porto de Brogodó, na cidade de Delmiro Gouveia, é o ponto principal de parada do passeio pelos cânions.
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Piranhas e o
Velho Chico do Cangaço
Seu Raimundo, morador de Piranhas
Igreja de Nosso Senhor do Bonfim
Quem passeia e se encanta pelos Cânions do Xingó pode ainda conhecer mais da cultura local em uma cidadezinha, de aproximadamente 20 mil habitantes, também banhada pelo Velho Chico: Piranhas, em Alagoas. Ao lado de Canindé de São Francisco, o local vai muito além da preservação de memórias. A cidade recebeu o título de Patrimônio Histórico Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2004. Recanto onde ficaram expostas as cabeças dos cangaceiros Lampião e Maria Bonita, em 1938, o local reúne curiosos, que se encantam pela simplicidade da população em meio às fachadas coloridas das pequenas casas. O lugar já foi cenário de diversas obras cinematográficas brasileiras como Bye Bye Brasil (1980) de Cacá Diegues e Baile Perfumado (1996) de Lírio Ferreira e Paulo Caldas. Saudosamente dividida entre “Cidade de Cima” e “Cidade de Baixo”, o preservado município desperta os olhares. O casario colonial disposto por entre sinuosas ruas é bucólico, e você sempre encontra alguém na porta; olhando o tempo, contando causos, falando sobre o rio e os nativos mais famosos que por ali passaram. E seu Raimundo da Silva que
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o diga! Aos 83 anos de vida, ele comenta que era bem pequeno quando viu um tumulto na porta da Prefeitura. “Eram as cabecinhas do Lampião e da Maria bonita junto com outros”, conta devagarzinho soletrando bem as palavras, para que ninguém fique sem entender nada. Esposo de dona Maria da Silva, que também se acomoda na porta de casa para enfatizar os detalhes dos causos, seu Raimundo revela que as coisas têm mudado muito por ali e arregala os olhos para deixar o clima mais entusiasmado, enquanto solta uma risada larga que contagia quem quer que passe. No pitoresco centro de Piranhas, em qualquer lugar que seja, é possível encontrar uma paisagem incrível e elementos de arquitetura que te deixam com saudade a partir do momento que se desviam os olhos. O mirante, em um dos pontos mais altos de Piranhas, funcionava para guiar e orientar viajantes que navegavam pelo Rio São Francisco por volta dos séculos XIX e XX. Hoje, é cartão postal da cidade e motivo de orgulho para quem vive por lá. O monumento que, de longe, lembra o formato de uma pirâmide não é o único dos grandes morros. A Igreja do
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Nosso Senhor do Bonfim está muito bem preservada e foi um dos motivos para o tombamento do Iphan. De acordo com o instituto, além da conservação paisagística, o Velho Chico ajudou no tombamento da cidade por ser um importante meio de comunicação e integração entre os núcleos urbanos nordestinos. O perímetro que inclui mil casas pode até parecer pequeno, mas vai te deixar com vontade de não se despedir. Mas, atenção: em Piranhas, especificamente, o banho não é recomendado. “Quem conhece o rio sabe se defender… Quem não, que nem se aventure”, alerta seu Raimundo. “Vá com Deus meu amigo. E volte aqui depois para a gente conversar mais” – são as palavras de despedida de Seu Raimundo e de Dona Maria. E, assim, nossa equipe sentiu, no pôr do sol em Piranhas, renascer, com o acender das primeiras luzes, o encanto da cidade alagoana.
DE MOTORHOME PELO… RIO SÃO FRANCISCO Devido à calmaria da pequena Piranhas, qualquer movimento incomum gera olhares curiosos: não seria diferente com a presença de quatro -motorhomes estacionados em seu pequeno centro. Assim como no relato do diretor da Revista, Valdir Fernandes, na edição passada de VemTambém, quatro famílias decidiram se aventurar nas estradas em casas sobre rodas. Não pelo Leste Europeu, mas pelos caminhos do Rio São Francisco.
em Piranhas, o casario colonial disposto por entre sinuosas ruas é bucólico, e você sempre encontra alguém na porta
Amigos de muitos anos, eles decidiram se encontrar em Porto Seguro, na Bahia, e estavam ali para realizar o percurso. Os empresários André Luís Cortes e Cristiane Bacha, que moram em Lambari (Minas Gerais), contaram que conheceram a nascente do Velho Chico quando o rio ainda tinha a forma de “uma linha d’água”, e agora desbravam os cânions. Já se completavam 20 dias na estrada e nada de cansaço ou chororô. O espírito aventureiro moveu todos ali para conhecer a história do cangaço e as belezas naturais do rio. Além dos empresários de Minas Gerais, duas famílias eram do Interior de São Paulo e a quarta de Niterói, no Rio de
Trem Maria Fumaça, modelo 1929
Janeiro.
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AS PORTAS DA ROTA DO CANGAÇO
Nas fotos abaixo, o Palacete Dom Pedro II, onde foram expostas as cabeças de Lampião e seu bando; abaixo, o visual da cidade de Piranhas ao cair da tarde e seu Mirante
No cenário clássico cultural nordestino, onde Lampião e Maria Bonita cursaram a última rota de suas vidas, fica a Rota do Cangaço. Com início no município de Piranhas, o destino é uma combinação de aventura, história e emoção nas águas do Velho Chico por dentro da caatinga brasileira. A devoção ao Rei do Cangaço e à sua Maria Bonita é um dos principais motivos que movem tantos turistas para a Terra dos Marechais. O local é o ponto da última partida da expedição militar que atocaiou os cangaceiros, no ano de 1938, na Grota do Angico, já no estado de Sergipe.
Prefeitura de Piranhas
Durante sua vida, Virgulino Ferreira da Silva, conhecido como Lampião, saqueou diversas cidades do Nordeste. O apelido veio pela coloração de seu rifle,
que após vários tiros, ganhava uma cor alaranjada de brasa, se igualando a um lampião. No passeio que faz a Rota do Cangaço, um catamarã é o primeiro veículo que narra as belezas do local, descendo o São Francisco. E é nesta primeira etapa que florescem encantos embalados em forrós pé-de-serra e contos, quase declamados, pelos guias turísticos. Após o desembarque, o turista anda cerca de 700 metros em uma trilha preservada e chega a Angicos, o local do confronto final entre o exército e o bando de Cangaceiros. Em meio a paradas e histórias que envolvem os personagens e o Velho Chico, o visitante tem a oportunidade de se deliciar no Restaurante O Lampião que está no fim do trajeto. Comida regional de “lamber os beiços” e agradecer ao santo!
O Mirante de Piranhas
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Quando Bahia e Alagoas se amam sob as bênçãos do Velho Chico Unidas pela Ponte Dom Pedro II, Bahia e Alagoas se abraçam em um relacionamento eterno aos cuidados do Rio São Francisco. Braço direito na construção da Hidrelétrica de Angiquinho, iniciada por Delmiro Gouveia, Paulo Afonso é outra cidade com aspectos históricos provenientes de conquistas que geram fluxos turísticos a partir de contextos relevantes na história dos dois estados. Sertanista, Paulo Viveiros Afonso recebeu um pedaço de terra no local que foi expandindo inconformado com seu tamanho. À época, a região funcionava como pouso
para boiadas e com o tempo foi exigindo desenvolvimento comercial que atendessem às solicitações devido a um grande fluxo. Quando a Chesf finiciou suas atividades, em 1948, a companhia buscou o aproveitamento da Cachoeira de Paulo Afonso e assim cresceu uma cidade. Rodeada pelas águas do Velho Chico. Atualmente o Complexo Hidrelétrico da região, somado com as usinas de Sergipe e Alagoas, é responsável por 83,4% de energia elétrica gerada no local. Fazem parte desta estrutura: a Usina Apolônio Sales (divisa entre a cidade baiana e Delmiro
Gouveia); Usinas Paulo Afonso I, II, III e IV, Usina Luiz Gonzaga (em Petrolândia); e Xingó (Sergipe e Alagoas). E mesmo com a paisagem de universos rochosos que circulam a cidade, lá se encontra a doçura das flores que insistem em se alocar nos recantos mais improváveis das pedras. São detalhes que enchem os olhos e criam reflexões de vida em meio à vegetação nativa da caatinga. Também é da cidade que partem as expedições para conhecer a casa onde nasceu Maria Gomes de Oliveira, famosa por ser a rainha do cangaço,
A Ponte Dom Pedro II, que une os estados da Bahia e Alagoas na altura do município de Paulo Afonso
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mulher de Lampião, conhecida comumente por Maria Bonita. Situado no Povoado Malhada da Caiçara, cerca de 40 quilômetros do centro do município, o Museu Casa de Maria Bonita guarda a memória da rainha do cangaço em objetos preservados. O espaço é aberto ao público. Você também vai se encantar com a reserva ecológica do Raso da Catarina, com a flora predominada pelos tão famosos xique-xiques, mandacarus, coroas-de-frade, palmatórias, bromeliáceas e toda a fauna que cria o arquétipo imaginário do sertão. A fauna se compõe de uma variedade de aves coloridas e pequenos animais. Contudo, os passeios pelo local devem ser agendados com antecedência, de acordo com as normas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Cachoeira desaguando no cânion, próximo à Hidrelétrica de Paulo Afonso (BA)
E mesmo com a paisagem de universos rochosos que circulam a cidade, você encontra a doçura das flores que insistem em se alocar nos recantos mais improváveis das pedras
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Pôr do sol no Lago de Sobradinho, abaixo Vinícula Miolo
O sertão virando mar em
Sobradinho
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“O medo de que algum dia o mar também vire sertão”, da composição dos baianos Sá e Guarabyra, foi a poesia da nossa passagem por Sobradinho, no interior da Bahia. A cidade é famosa pelo maior lago artificial em espelho d’água da América Latina, que sacia e dá vida às populações sertanejas. Com um total de 4,2 mil quilômetros quadrados e capacidade de armazenamento de 34 bilhões de metros cúbicos, você vai observar a beleza fluida do lago no contraste da pequena cidade. É também por lá que os caminhos do enoturismo – atividade turística motivada pelo sabor e aroma de vinhos - do Vale de São Francisco começam.
Turismo do grupo, Rafael Loura, o roteiro é realizado geralmente nos fins de semana e feriados, que inclui a navegação pelo rio São Francisco até a localidade de Santana do Sobrado, no município de Casa Nova.
Chamado de Vapor do Vinho, o passeio realizado na Fazenda Ouro Verde/Vinícola Terra Nova, pertencente ao Grupo Miolo, mostra diversos processos de fabricação de vinho, espumante e brandy. De acordo com o supervisor de
Rafael conta que os 200 hectares plantados na fazenda geram até 2,5 milhões de garrafas por ano de vários tipos de vinho. “Isso acontece porque nossa safra rende entre quatro a cinco colheitas, a cada dois anos. Um quilo da
Além deste itinerário fluvial, existem outros dois momentos que fazem o turista se encantar e não querer sair mais da vinícola. O primeiro é o conhecimento dos processos do vinho, tratamentos da uva como plantio, colheita, seleção dos insumos, destilagem e outros processos afins -, até chegar nas garrafas prontas para chegarem nas casas especiais de bebidas e supermercados.
fruta gera cerca de um litro de vinho e nosso sistema é todo pensado para render trabalho o ano inteiro”, informa. São aproximadamente 120 dias para a colheita e 45 a 90 dias para a finalização, dependendo do rótulo. O segundo momento que marca o fim do passeio e te faz rezar a São Francisco por mais é a degustação das bebidas. São sete rótulos produzidos pela vinícola: quatro espumantes, um vinho jovem, um vinho envelhecido e o destilado. De volta à cidade, idealizada pela potência da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, o pôr do sol à beira do lago reconforta e cria um clima de afetos e agradecimentos. Aproveite o fim do dia para deleitar seus olhos entre as águas e o sol e apreciar este fenômeno da natureza.
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eu gosto de
Juazeiro..
IIrrigada pelas águas do Velho Chico, Juazeiro da Bahia traz em sua essência a simplicidade e o bom humor o dia inteiro. Paz e calmaria fazem parte dos sentimentos que envolvem sua orla, repleta de barzinhos e quiosques com culinária e música regional. Além disso, leva uma fama que divide com Petrolina, em Pernambuco: é o berço da cultura mais característica da população ribeirinha. O contraste com os solos áridos de sua microrregião, junto com o carinho que os nativos têm em receber os turistas, fazem automaticamente as meninas de seus olhos brilharem. Os 139 anos de emancipação política da cidade são refletidos no orgulho baiano de se afirmar ‘juazeirense, baiano sim senhor’! Com o nome originário a partir das árvores de Juá, planta sertaneja que não perde as folhas durante a estação seca, Juazeiro traduz os benefícios do São Francisco em sua rotina, em sua alma. Foi concebida ainda como uma cidade de pouso, de acordo com a diretora e curadora da Fundação Museu Regional de São Francisco, Rosy Costa. Nas terras de Juazeiro, antes habitadas por tribos de Cariris, bandeirantes e passageiros foram ficando,
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e ali, estabelecendo um território. Sua história tem sido preservada no Museu de São Francisco. “Aqui contamos a jornada cronológica da cidade com estas peças expostas em nosso prédio. O estilo arquitetônico Art Nouveau, também preservado, vem da adaptação dos baianos enriquecidos pelo comércio”, conta Rosy, com muita propriedade enquanto apresenta as grandes salas do local, que foi finalizado em 1919. Costumes e tradições dos nativos são expostos no térreo do prédio, onde é possível imaginar o estilo de vida que se levava àquela época. As curiosidades, como as negociações serem fechadas entregando um fio de bigode e a construção da ponte que liga o outro estado Pernambuco - são diluídas em uma conversa informal com a curadora, que tem tanto apreço e carinho pelo local que parece sua própria casa.
Arquitetura bucólica em Juazeiro
Catedral de N. Sra. das Grotas
Também se encontram por lá elementos arqueológicos e de navegação, no piso superior, e utilitários domésticos já manuseados por escravos, no subsolo reformado. E, mesmo com a cidade fervendo, em sua média de 35°C, todo o ambiente é arejado, corre vento. “Tudo planejado”, conta.
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Além disso tudo, é com entusiasmo que se fala de Nossa Senhora das Grotas, padroeira da cidade, que abençoou a igreja central com seu nome. “Conta a história que um índio encontrou a imagem da santa nas grotas (pequenos riachos) próximas ao Rio São Francisco e entregou a um vaqueiro, em 1706. Franciscanos explicaram aquela aparição e a população, pequena naquela época, a batizou com o nome que leva hoje”, diz.
Outra história interessante que tomamos conhecimento em Juazeiro é a ligação com a cidade pernambucana, Petrolina. A Ponte Presidente Eurico Gaspar Dutra, que une os destinos teve suas construções iniciadas em 1949, com o primeiro pedestre passando por ela em 1954. Anteriormente, parte da ponte se levantava para o tráfego de embarcações, conhecidas como ‘vapores’. Depois de uma reforma iniciada em 2002, em virtude de duplicação para gerar tráfegos
mais fluentes, não é mais possível esta ação estrutural. Nem por isso as cidades perderam seus encantos e peculiaridades. O rio que abraça os lugares não possibilita tempos ruins. Tudo se tornou “instrumento de vossa paz”.
irrigada pelas águas do Velho Chico, Juazeiro da Bahia traz em sua essência a simplicidade e o bomhumor no dia inteiro.
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. .e adoro
Petrolina
“Na margem do São Francisco nasceu a beleza e a natureza ela conservou”. O compositor pernambucano Jorge de Altinho eternizou, no ano 2000, a cidade de Petrolina (e Juazeiro) em sua canção que fala sobre a união das cidades de Pernambuco e da Bahia. Às margens do rio que se deita pelo Nordeste, Petrolina se impõe como uma cidade de potenciais turísticos, econômicos e sociais.
E os embalos poéticos que compõem Petrolina vão muito além de música. A cidade atrai fiéis e conforta os nativos em seu Centro, na imponência da Catedral Coração de Jesus, idealizada por Dom Malan, importante cardeal na construção do povoado pernambucano. E é com tanta alegria que os pernambucanos recebem os turistas.
Ciço, quando eles se encontraram”, disse dona Idelita Alencar, toda cheia de entusiasmo. Junto das amigas Dorinha Lima e Lurdinha Bezerra, todas moradoras de Recife, tiraram cinco minutos de prosa para falar de suas devoções religiosas à equipe da VemTambém, enquanto observávamos o monumento “Presente de Padre Cícero a Dom Malam”, de 1929.
“Aqui é Dom Malan e ali é o Padim
E assim Petrolina revela pequenos
A ‘Catedral de Pedra’ é um símbolo da religiosidade e fé do povo sertanejo que povoa a cidade de Petrolina
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detalhes que chamam a atenção em cada esquina que se dobra. A Antiga Estação Ferroviária da Leste Brasileira, em sua imponência arquitetônica, embora usada para fins privados, impressiona e te faz viajar no tempo. Já o Centro de Artes Ana das Carrancas, um pouco afastado do Centro, cria toda a magia do artesanato local. Este ateliê de arte, por sua vez, conta ainda a história de Ana. Pernambucana de Santa Filomena, distrito de Ouricuri, que migrou para Petrolina, local onde tinha água, o bem mais essencial para a vida humana. A emoção acontece do início ao fim, capaz de comover. Outra vez o São Francisco ganha seu protagonismo em todos os detalhes no decorrer do dia. Anoitece e quem passa pela cidade precisa conhecer o Bodódromo, maior complexo gastronômico da região ao ar livre que homenageia um dos animais mais populares do sertão. De lá saem os mais diversos pratos feitos a partir da carne de carneiro e, se você se arriscar, a carne de bode com seus sabores peculiares. É uma experiência que vale a pena, principalmente pelo preparo que traz muito zelo em sua receita. “É faz no de
saboroso, vitaminado, não mal a ninguém, cozido amor com uma pitadinha carinho. Você não sabe o
quanto é gostoso”, adverte a cozinheira-chefe de um dos estabelecimentos, Cida Silva. A frente da cozinha há 14 anos, Cida traz ressalvas interessantes à culinária: o tempero é o mesmo desde que entrou e o sucesso é garantido. Totalmente aprovado! Além disso as bênçãos de tudo que provém do Velho Chico criaram no meio do sertão a oportunidade de gerar economia e dignidade humana aos sertanejos em um negócio voltado para o Enoturismo, explorado em uma matéria especial logo a seguir nesta edição da VemTambém Nordeste. A água arrepiada pelo vento, o Velho Chico que conta muitos segredos, que os guarda, refaz os desenhos, traz e leva os medos. E abençoa.
Antiga Estação Ferroviária
Dorinha Lima, Lurdinha Bezerra e Idelita Alencar visitando Petrolina
O Bodódromo de Petrolina
O compositor pernambucano Jorge de Altinho eternizou, no ano 2000, a cidade de Petrolina (e Juazeiro) em sua canção que fala sobre a união das cidades de Pernambuco e da Bahia. www.vemtambem.com - REVISTA VEMTAMBÉM
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ARACATI RIQUEZA LAPIDADA PELA HISTÓRIA TEXTO: RENATO FERREIRA THALLES WALKER
FOTOS: THIAGO BRITTO CARLÃO FOTOGRAFIA
Porta de entrada para a famosa praia de Canoa Quebrada, a cidade é muito mais que isso; entre cultura e tradição, o destino narra sua trajetória e a do estado em vielas seculares e praias paradisíacas no litoral cearense
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HISTÓRIA, CARNAVAL E CULTURA
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ica culturalmente, Aracati é uma cidade que vai muito além de um espaço territorial no Ceará e revela um espírito acolhedor, histórico e exuberante. Principal porta de entrada para a praia de Canoa Quebrada, a cidade - a aproximadamente 150 quilômetros de Fortaleza - é um dos destinos mais procurados do Brasil em diferentes contextos turísticos por suas diversas belezas. Berço de pessoas ilustres, como o escritor Adolfo Caminha, o pianista Jacques Klein, o Barão de Aracati e o abolicionista Francisco José do Nascimento (conhecido popularmente como Dragão do Mar), a cidade dispõe de três atrações indispensáveis
a qualquer visitante: o Centro Histórico, as praias e o rio Jaguaribe. Dos bons ventos e tempo agradável veio o nome, de origem indígena, que o destino recebe. As brisas vespertinas que emergiam de seu litoral e refrescavam o sítio urbanizado, por volta de 1700, existem até hoje e criam a atmosfera tropical que repõe energias e impulsiona a alegria de estar em meio a tantos patrimônios históricos e culturais de Aracati. Com cerca de 200 construções seculares, em um desenho setecentista no seu traçado urbano, tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a cidade preserva suas
origens e se orgulha de suas tradições, como o Seu Fernando Ponciano em sua bodega, a Casa Ponciano, que há mais de 50 anos oferece um famoso suco de tamarindo, bastante conhecido no destino, que alivia o calor e conquista qualquer visita junto à prosa e às risadas. E não para por aí. Suas mais de 2.500 edificações decoradas com azulejos portugueses - entre sobrados, igrejas e prédios diversos fizeram a Assembleia Geral do Ceará, por volta dos anos 1800, cogitar a proposta de transferência da capital cearense para a Vila de Aracati, como se chamava antigamente. Proposta essa que acabou sendo rejeitada.
Centro Histórico de Aracati
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A vila foi elevada à condição de cidade em 1842. Na época, sua economia era baseada na carne de charque e algodão distribuídos pelo Ceará em navegações que partiam do famoso Rio Jaguaribe. Com isso, o Centro Histórico foi ganhando vida e narrativas de acolhimento. O roteiro envolve aspectos mágicos envoltos em arquitetura portuguesa. É o caso da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, em sua imponência barroca do século XVIII que, embora simples, contribui para a tradição de fé e orgulho aracatiense. Já o Museu Jaguaribano, fundado em 1968, conta os relatos desta população ao decorrer dos tempos por meio das renovações artísticas e homenagens aos artistas locais. Situado na Rua Grande, uma das mais turísticas de Aracati. Outro destaque é a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, rica em peças talhadas no estilo barroco e fundada em 1745. O cenário é encantador de ponta a ponta. Por fora, um grande cruzeiro simboliza o sofrimento de Jesus Cristo e aguça a fé de visitantes e nativos. O interior do local é abundante em detalhes, rico em peças talhadas no estilo barroco, onde a apreciação é imediata. A Casa de Câmara e Cadeia, também enche os olhos no primeiro instante. Em um tom de vinho avermelhado, o edifício, comum no Brasil Colonial, abrigou em seu compartimento superior uma prisão até o ano de 1988. O
Carnaval
de
Aracati
é,
definitivamente, um dos mais famosos e mais agitados do Ceará. E isso não é de hoje. Desde os anos 40 a cidade mantinha a tradição dos festejos 15 dias antes da data oficial. Antigamente, nos anos 1930, homens se vestiam em trajes femininos no Bloco das Baianas e, ultimamente, a festa só cresce e se diversifica. Atualmente, o mela-mela, com trios elétricos passeando pelas principais vias, é um dos responsáveis por mover muitas pessoas ao destino. Os foliões costumam curtir também na praia de Majorlândia, onde é feito um palco para que as bandas toquem e agitem ainda mais a cidade.
Detalhe da Fachada da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim
Os preparativos para o próximo carnaval já começaram em Aracati e há um intenso movimento no sentido de reviver os grandes carnavais de outrora! O patrimônico histórico e cultural de Aracati tem sido objeto de atenção da atual administração municipal, segundo nos conta o atual prefeito, Bismark Maia. Entre outras ações, a visita de nossa equipe à cidade para formular esta matéria se encantou com o embelezamento que vem sendo feito na Rua Grande (especialmente os vasos neoclássicos, idéia da primeira dama, Gláucia Maia) e a reforma do tradicional Teatro Francisca Clotilde.
Azulejo português característico da Rua Grande
Interior da Casa Ponciano, mostrando um típico ambiente de bodega do interior cearense
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FATOS INTERESSANTES SOBRE A HISTÓRIA DE ARACATI O historiador Antero Filho (o ‘Anterinnho’, como é carinhosamente chamado pela população local), contou, em uma conversa muito animada com a nossa equipe, algumas curiosidades sobre a história de Aracati. Antero Pereira Filho é historiador e escritor. A história e a memória da cidade e do povo aracatiense constituem objetos de seus estudos amplamente divulgados em crônicas e artigos publicados na imprensa local em que colabora desde 1975. Recentemente, lançou um ótimo livro chamado ‘Histórias de Assombração de Aracati’, que nossa equipe recomenda!
Grande parte da história de Aracati se deu pelo funcionamento das charqueadas no Ceará. Estas foram responsáveis por impulsionar a competitividade da pecuária e, então, já por volta de 1740, foi consagrada como uma grande produtora de carne seca, tendo o rio Jaguaribe como principal porto de exportação. Uma das maiores riquezas de Aracati é a diversidade de seu casario, geralmente coberto por azulejos autenticamente portugueses. Estes, durante a época de enriquecimento da cidade, possuiam um alto valor e, hoje, constituem muito da expressividade cultural e arquitetônica do local. É também uma das belezas que levam tantas pessoas interessadas na história do Estado a conhecer o ambiente aracatiense. Aracati foi a última capital da República do Equador, durante a revolta que ficou conhecida na história brasileira como
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‘Confederação do Equador’. O revolucionário Tristâo Gonçalves transferiu a capital de Fortaleza para a Vila de Aracati, logo após sua tomada pelo exército imperialista. Ao lado da Igreja Matriz encontrase o túmulo do Médico Cristóvão Mallet um inglês que prestou grandes serviços à comunidade de Aracati. O fato de ser protestante impediu seu sepultamento no interior da igreja católica, porém, em reconhecimento ao seu trabalho, a população resolveu enterrá-lo ali, próximo dos túmulos de pessoas influentes da época. Dona Francisca Clotilde é uma mulher de destaque na história de Aracati. Apesar de não ser natural da cidade, a escritora e educadora movimentou a sociedade aracatiense durante o início do séc. XX com a publicação da revista ‘A Estrela’ e do romance A Divorciada (controverso pelo tema, considerado antifamiliar na época). Era uma mulher muito a frente de seu tempo.
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OS BONS VENTOS DE PRAIAS PARADISÍACAS
Céu e mar de tons azulados ganham cores incríveis o ano inteiro em Canoa Quebrada.
Mesmo repleto de cultura e história que brotam em cada rua e viela de Aracati, o município é um verdadeiro oásis rodeado por praias paradisíacas que te convidam a tirar uma tarde para tomar sol e apreciar as maravilhas da natureza. Uma linha tênue entre a vida tranquila e cosmopolita ao mesmo tempo move turistas de todas as regiões do mundo para conhecer esta maravilha de cidade que deixa memórias e afetos para toda a vida. O artesanato feito com palha na
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comunidade de Cabreiro, é outra riqueza delicada e elegante de Aracati. Canoa Quebrada é uma das pérolas de Aracati. A Broadway brasileira é um dos cartões postais que revelam os semblantes mais icônicos do Ceará e do país. A vermelhidão das falésias contrastando com o azul do céu e o verde do mar geram emoção até nos nativos da região. Badalado, o ambiente começou a se popularizar há cerca de 30 anos, quando hippies e naturalistas o frequentavam.
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Até hoje é possível notar estes traços na preservação do local e na hospitalidade ao visitante de Canoa. Isso sem contar a gastronomia, com base nos frutos do mar. Canoa Quebrada também é um ambiente perfeito para a prática de esportes ao ar livre, como parapente, tirolesa e passeios de buggy. O destino é convidativo até para aqueles que não tem nenhuma intimidade com estas atividades. E pode ficar tranquilo: existem instrutores capacitados para fazer você viver alguns momentos de adrenalina com uma vista impecável da natureza. A Praia de Majorlândia, vizinha de Canoa, é um recanto de paz e tranquilidade para quem quer se afastar dos estresses cotidianos e viver uma experiência singular. Quase deserta, o ambiente nasceu
de uma vila de pescadores e se tornou ideal para famílias, casais apaixonados ou para quem quer simplesmente ficar sozinho, ler um livro e apreciar uma comida boa. É também neste destino que você vai encontrar alguns desenhos e esculturas de areia feitas por artesãos na beira do mar. Famílias também ganham seu sustento com o artesanato feito com areias coloridas em vidrinhos, eternizando as paisagens imagéticas em souvenires lapidados à mão. Há ainda as praias de Quixaba, Lagoa do Mato e Retirinho. O caminho é surpreendente e a chegada é triunfal. Você vai se sentir em casa e perceber que o universo ao redor é inteiramente seu para aproveitar e viver momentos que só Aracati consegue proporcionar.
O famoso símbolo de lua e estrela esculpido nas falésias de Canoa virou símbolo tradicional da praia www.vemtambem.com - REVISTA VEMTAMBÉM
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IGUARIAS PORTUGUESAS NO
SÃO JOÃO DO PORTO Nosso colunista de gastronomia, Fábio Santana, destrincha a raiz da tradição das festas juninas em um artigo especial sobre o autêntico feriado de São João comemorado à beira do Rio Douro.
V
oltar à cidade do Porto é sempre um prazer. Rever a bela paisagem das duas cidades vizinhas, debruçadas sobre o rio Douro, Porto e Vila Nova de Gaia, separadas pelas águas e unidas pela formosa ponte Luís I. Saborear as tradicionalíssimas sardinhas portuguesas na brasa, tendo ao fundo os painéis azulejados e degustar vinhos, seja o doce vinho do Porto ou os tão afamados vinhos do Douro, justificam o retorno a esta histórica cidade portuguesa. Aliei tudo isso, em uma visita ensejada em um tradicional festejo anual, simplesmente a festa mais empolgante da cidade, o São João do Porto. Esta festa popular teve sua origem no século XIV, por ocasião do Solstício de Verão, em comemoração às colheitas e à abundância, sendo mais tarde inserida no calendário católico como celebração
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do natalício de São João Batista. A festa tem como ápice a noite de 23 de junho, véspera do aniversário do Santo. Muitos confundem, mas a padroeira da cidade é Nossa Senhora de Vandoma. O burburinho se inicia alguns dias antes, com a ornamentação da cidade. Bandeirinhas, palcos, além de barracas de comida e bebida. Os participantes se preparam para os festejos com a aquisição de martelinhos de plásticos. Infelizmente, substituíram os tradicionais alhos-poró, que trariam sorte, usados para “martelar” os passantes. Outra tradição da festa é ofertar ramos de manjericão, chamados manjericos, com ensejos de saúde, sorte e fortuna, ou em outra intenção, a paquera! Soltar balões, pular fogueiras, “êta São João danado de bão”! São tradições que
foram mantidas ao longo dos séculos. A respeito dos balões, conta-se que serviam para avisar do início da festa, ou para cultuar o sol, e das fogueiras, a purificação e a proteção contra os maus espíritos. As simbologias se mantiveram e são vivenciadas até hoje em nossos “arraiás”. Marquei encontro com alguns familiares, que para cá vieram, na Praça da Liberdade, onde os festejos já estavam bem animados. Esta praça, considerada o coração da cidade, é onde está a Câmara Municipal, além da estátua equestre de D. Pedro IV. Seguimos para a Estação São Bento. Aqui não deixamos de apreciar a Sala dos Passos Perdidos, com seus belíssimos painéis de azulejos. Descemos pela Rua Mouzinho da Silveira em direção à Ribeira, viramos à esquerda na concorrida Rua de São João e seguimos até alcançarmos o
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Cais da Ribeira. Proporcionando um belo visual, tendo ao fundo Vila Nova de Gaia e a Ponte Luís I sobre o rio Douro, é aqui o local de maior concentração. Ficamos na Praça da Ribeira, com sua intrigante fonte, em que um imenso cubo parece ser sustentado por jatos d’água. Sempre recebendo algumas “marteladas”, parávamos para saborear as irresistíveis sardinhas e pimentões na brasa, além de outras comidas típicas portuguesas, ou para vermos e ouvirmos, danças e músicas, numa alegria espontânea e contagiante. Durante os festejos são contratadas bandas para apresentações ao ar livre e organizados bailes em alguns clubes privados. O cheiro de sardinha assada domina o ar. No céu, centenas
de balões são como estrelas que descem juntas, para mais de pertinho, participarem dos festejos. O ápice da festa é o espetáculo, à meia noite, de fogos de artifício, às margens do rio Douro. Mas a festa não acaba aí, os jovens permanecem nas praças, onde são apresentados shows musicais ou caminham até a foz do rio para apreciar o nascer do sol na praia. Junto aos manjericos encontramos versos:
Grande noite de folia Neste dia tudo fica torto É sempre com muita alegria Que festejo o São João do Porto. A noite começa com alegria Vinho tinto e sardinha assada Caldo verde com chouriço E termina com orvalhada. Quando surges debruçada No peitoril da janela Diz toda a gente, espantada! Não há cascata mais bela. Na noite de São João É enorme a confusão Rapazes novos e velhos Aproveitam e passam a mão.
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Pratos típicos do Porto Durante o São João do Porto, as barraquinhas dispostas ao longo das ruas oferecem o que há de mais típico da culinária local. Encontramos com facilidade a tradicional Francesinha, um calórico sanduíche, composto de vários tipos de carne e embutidos, cobertos por uma generosa porção de queijo derretido, e, por vezes, acompanhado de ovo e batatas fritas, além de um molho picante. Foi uma invenção do senhor Daniel Silva que, após ter residido em Paris, fez uma versão do croque-monsieur, e batizou o prato em homenagem às “mulheres picantes da França”. Outra receita do Norte de Portugal, cantada até no fado, é o Caldo Verde, que, verdinho e a fumegar na tigela, é uma tradição que remonta ao século XVI, quando os trabalhadores utilizavam os ingredientes mais facilmente encontrados na região. O caldo verde é uma sopa espessa e saborosa, composta de couve, batata e linguiça portuguesa.
fresquinhas e assadas na brasa, possuem um incrível sabor e, além de saudáveis, compõem os cardápios de bares e restaurantes. A receita do Bacalhau à Gomes de Sá foi idealizada por José Luís Gomes de Sá Júnior, natural da cidade do Porto, no final do século XIX, e tem sua receita original registrada. Um prato saboroso que tem como ingredientes: postas de bacalhau, batatas, alho, cebola, ovos cozidos, azeitonas, salsinha e azeite de boa qualidade. Em sua elaboração, as postas de bacalhau, já demolhadas, são cobertas com leite quente durante cerca de duas horas. O alho e a cebola são dourados no azeite. As batatas, já cozidas, são cortadas em rodelas e misturadas com as lascas de bacalhau que foram retiradas da imersão no leite e, junto com o alho e a cebola, transferidas para uma travessa. Leva-se ao forno por cerca de quinze minutos. Antes de servir, acrescentam-se azeitonas pretas, salsinha picada e rodelas de ovos cozidos. Uma importante orientação do autor da receita: o prato deve ser servido quente, bem quente!
As tradicionais sardinhas portuguesas,
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José Fábio Bastos Santana é autor do livro intitulado, DEGUSTANDO OS PRAZERES DO BEM VIVER. Como bem define o título, este livro procura agregar alguns prazeres da vida, aliando noções de enogastronomia, história e roteiros turísticos. Não é simplesmente um relato de viagem, mas sim um roteiro que facilita as andanças do turista pelas cidades e centros históricos, identificando os pontos de interesse e explicitando o significado de monumentos e construções. Também traz, de maneira simples e objetiva, dados históricos que auxiliam no conhecimento e no entendimento da evolução das sociedades e na caracterização da tipicidade cultural. Este trabalho foi idealizado para facilitar as escolhas dos lugares a serem visitados, e ser levado junto ao viajante na expectativa de promover novas experiências e interesses turísticos, enfim, ser um inseparável companheiro de viagem.
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Sua estadia em Paris com mu em dois dos melhores en
UMA NOVA PROPRIEDADE PARISIENSE Localizado a apenas 10 minutos de metrô da Avenida Champs-Elysées, na entrada do bairro de La Défense e a dois passos do rio Sena e de seus barcos, o hotel 5* Fraser Suites Harmonie Paris la Défense oferece 134 Apartamentos de 35 a 70m² que declinam espaços de alto padrão e conforto refle�ndo a modernidade e a âncora ar�s�ca dos arredores. A decoração dos apartamentos e dos espaços comuns se desenha em referência a arquitetura das torres vizinhas. Os tons de areia, aprimorados de ocre e verde absinto u�lizados para a concepção da mobília e do interior, são inspirados pela “Lareira”. Funcionais e inteiramente mobiliados, os espaços de convívio são concebidos, em cada apartamento, para aliar conforto e tecnologia. Couro, linho, seda, materiais nobres e linhas puras se alinham a uma cozinha moderna inteiramente equipada. Um verdadeiro escritório high-tech vem completar perfeitamente a experiência, seja qual for a duração da estadia, bem como o conforto de um smartphone colocado à disposição de cada suíte durante toda a estadia, permi�ndo que os hóspedes se mantenham conectados sem nenhum custo adicional. facebook.com/FraserSuitesHarmonieParisLaDefense
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O CHARME REFINADO DA AVENIDA EMBLEMÁTICA Situado na Avenida Champs-Elysées, entre o Arco do Triunfo e a Praça de Concorde, Fraser Suites Le Claridge Champs-Elysées é um dos seletos estabelecimentos cinco estrelas parisienses que possui uma localização excepcional. O Museu do Louvre, a Torre Eiffel, o Grand Palais e ainda Montmatre e a Ile de la Cité tem fácil acesso a pé ou de metrô. O Claridge é um local emblemá�co da capital. Desde 1914, a lista de seus hóspedes famosos inclui nomes como Édith Piaf, Ray Charles, Santos Dumont, Marléne Dietrich. O Claridge Champs-Elysées oferece 114 Suites que vão de 35m2 à 170m2, inteiramente renovados sob o tema da Alta Costura, com um es�lo contemporâneo e com toda elegância parisiense. Todas as suítes oferecem vistas encantadoras, seja para “mais bela avenida do mundo” ou para o pá�o do Claridge.
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HOTÉIS PARA FAMOSOS Sete dos hotéis mais frequentados pelas celebridades e milionários que estampas as capas de revistas e jornais ao redor do mundo
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á pensou em se hospedar no mesmo hotel onde seu ídolo preferido ficou? Desfrutar dos mesmos serviços que eles? Dormir na mesma cama que um rei ou rainha dormiu? Sentar para o café da manhã na mesa onde celebridades fizeram a mesma coisa? Pois é! Na minha coluna desta edição você vai viajar por 7 hotéis incríveis e conhecer um pouquinho desses lugares que já receberam celebridades do mundo inteiro. E como eles já foram. Agora é sua vez de conhecer. Vem também!
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The Carlyle
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TEXTO: FRANCISCO CAMPELO FOTOS: DIVULGAÇÃO
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Hermitage
Nova York
Monte Carlo
O Carlyle de Nova York é talvez o hotel que recebeu mais celebridades e poderosos em todos os tempos. Entre eles vários presidentes americanos - o que até lhe rendeu o codinome de “Casa Branca de New York”. Construído em estilo “art deco”, o complexo tem 188 quartos e suítes, que fazem parte do hotel propriamente dito e 60 unidades no formato de apartamentos, que pertencem a milionários de várias partes do mundo. Aliás, dizem que depois de cantar o famoso “Happy Birthday to You” no aniversário presidente John Kennedy no Madison Square Garden, Marlyn Monroe se encontrou com ele passando por uma entrada secreta para o apartamento que ele mantinha no 34º andar do Carlyle. Entre os hóspedes famosos do hotel também estão nomes como Frank Sinatra, Wood Allen, Victoria e David Beckham, Mick Jagger, Tom Cruise, Steve Jobs, princesa Diana, Nicolas Sarkozy, príncipe William e princesa Kate, George Clooney e Lino Villaventura. A Suíte Empire é a mais luxuosas, ocupa dois andares, tem três quartos e custa U$15 mil a diária. Quem quiser comprar um apartamento no Carlyle deve estar disposto a desembolsar um pouco mais. Entre 1,5 a 15,5 milhões de dólares.
O Hotel Hermitage de Monte-Carlo é considerado uma obra-prima da “belle époque” e foi construído em 1890. No seu interior o grande destaque é um domo de vidro que cobre o jardim interno projetado por ninguém menos que Gustave Eiffel. Sim, o mesmo que criou a famosa torre de Paris que leva seu sobrenome. Como um dos principais atrativos de Mônaco, o Hermitage faz parte do grupo “Leading Hotels of The World” e é frequentado por hóspedes famosos, aristocratas, celebridades e bilionários do mundo inteiro. No total tem 278 quartos, sendo 22 suítes, 54 suítes junior e 12 suites Diamante - entre elas a “Priceless Diamond Suíte”, com 330m² e diária de €29,5 mil. Especializado em frutos do mar e pescados, o restaurante “Le Vistamar, tem estrela Michelan e oferece uma vista panorâmica deslumbrante do terraço. O Crystal Bar oferece uma variedade incrível de champagnes e vinhos, além de menu super eclético, indo de mini hamburguers a caviar Beluga. O brasileiro Ayrton Senna, os atores Will Smith, Leonardo diCaprio, Robert De Niro e Arnold Schwarzenegger, além de Kim Kardashian e até a família real de Mônaco, estão entre os hóspedes famoso do Hermitage.
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Danieli Veneza
Mais famoso hotel de luxo de Veneza, o Hotel Danieli, foi construído no século XIV por um ilustre governador, o doge Dandolo, para hospedar convidados oficiais, reis e rainhas em visita ao império italiano. O pé direito do majestoso hall de entrada tem a altura dos cinco andares do palácio e é decorado por incríveis lustres de cristal de Murano com 15 braços coloridos, além de legítimas telas do período Barroco italiano, moveis clássicos e lindos vitrais que filtram a luz forte que vem do Grande Canal criando um espetáculo de luzes sensacional. Fica a poucos passos da Praça de São Marco, epicentro de Veneza, e entre sues hospedes históricos estão ninguém menos do que Honoré de Balzac, Marcel Proust, Wagner e Debussy, Federico Felini, Nelson Madela, David Bowie, Júlio Iglesias e mais recentemente Johnny Deep e Angelina Jolie, que gravaram grande parte das cenas do filme O Turista no Danieli. Tem 225 quartos e sua principal suíte é a Real, que custa €5mil a diária. Os hospedes dessa suíte passam a figurar na cobiçada lista do “Golden Book” do hotel, ao lado de muitas celebridades e milionários.
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Copacabana Palace Rio de Janeiro
Símbolo máximo da hotelaria de luxo do Rio de Janeiro o Belmond Copacabana Palace (ou simplesmente Copa, como é chamado pelo mais íntimos) é sem dúvida o hotel mais famoso do Brasil. Construído em 1923 pela família Guinle foi projetado pelo arquiteto francês Joseph Gire que se inspirou em dois hotéis da “côte d’azur” igualmente famosos, o Negresco (em Nice) e Carlton (em Cannes). Ocupa uma área de mais de 12 mil m² na parte mais nobre do bairro de Copacabana e possui 243 apartamentos e suítes, dos quais 147 ficam no prédio principal e 96 no prédio anexo, incorporado ao hotel em 1948. Sua piscina é ponto de encontro dos hospedes e cariocas de famílias tradicionais, que costumam frequentar também os restaurantes do hotel. No seu guest book estão hóspedes como Fred Astaire, Elizabeth Taylor, Marlyn Monroe, Brigitte Bardot, Madonna, Elton John, a princesa Diana, Luciano Pavarotti, Tom Cruise, Beyonce e os Rolling Stones, só pra citar alguns. As suítes Penthouse são as mais cobiçadas. Tem 100 m², decoração francesa, banheiro todo revestido em mármore, serviço de mordomo, terraço privativo com vista deslumbrante para o mar de Copacabana e diária por volta de R$15 mil.
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Emirates Palace
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Pestana Palace
Abu Dhabi
Lisboa
Erguido suntuoso numa praia de areia branca e o mar azul turquesa do golfo árabe, o Emirates Palace de Abu Dhabi custou a bagatela de US$ 3 bilhões e é classificado como hotel 7 estrelas. Todo revestido com mármores especiais importados de vários países, inclui na decoração mais de 1000 lustres de cristal Swarovski, 114 domos (o da recepção chega a ser maior que o da Basílica de Pedro em Roma) e mais de 200 fontes de mármore e bronze espalhadas pelo complexo. O Emirates Palace tem 302 quartos emais 92 suítes (todas com tv de no mínimo 61 polegadas), mordomos 24 horas, restaurantes estrelados (incluindo uma unidade do fantástico Hakkasan de Londres), bares para todos os gostos, um SPA com produtos Forlle’d e até uma marina privativa. Os lenções do hotel são de cetim e o menu de travesseiros oferece mais de 10 tipos diferentes. Já hospedou famoso como Bill Clinton, Tony Blair, Michael Jackson, Justin Timberlake, Paris Hilton, Andrea Boccelli, Elton John e a família Obama, só pra citar alguns. A maior suíte e preferido dos famosos, é a Palace, com 680m², três quartos e diária de U$ 15 mil.
O Pestana Palace é um hotel de 5 estrelas instalado num prédio neo-clássico lindo, construído no final do século XIX como residência do Marquês de Valle Flor, e convertido em hotel em 2001 após 12 anos de restauração e a construção de dois anexos seguindo o mesmo estilo palaciano do prédio principal. Membro dos “The Leading Hotels of the World”, está cravado no meio de um jardim de 15 mil/m² classificado como “Monumento Nacional” de Portugal. Atualmente tem 177 quartos e 17 suítes, entre essas quatro que eram usadas pelo marquês e foram nomeadas em homenagem à última família real portuguesa como: D. Amélia, D. Luiz Felipe, D. Manuel II e Dom Carlos – essa última a maior suíte do hotel, com diária de €2.250. Entre seus hóspedes famosos estão Madonna, Diana Krall, Bill Clinton, Prince, Laura Pausini, Tony Blair, Ivete Sangalo e Lula. Por falar em brasileiros, Jô Soares, Fafá de Belém, Marcos Palmeira, Juliana Paes e Malu Mader são alguns dos nomes que também já se hospedaram no Pestana Palace nos últimos anos. Já ganhou vários prêmios internacionais, como o de melhor “Leading Business Hotel” e “Melhor World Luxury Spa”.e, com 680m², três quartos e diária de U$ 15 mil.
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Ciragan Palace
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Istambul Construído em 1719 todo com pedras nobres e decoração barroca com influência árabe, o famoso Ciragan Palace Kempinski fica em Istambul. Mais precisamente no lado europeu do famoso Estreito de Bósforo (que separa a Europa da Ásia). Ocupa um palácio incrível que foi a residência dos últimos sultões do poderoso império otomano, depois abrigou a sede do parlamento turco e que em 1990 ganhou anexos e foi transformado em hotel. O complexo inteiro tem hoje 284 quartos e 32 suítes, sendo 12 delas dentro do prédio principal do palácio e com destaque para a Suíte do Sultão - a maior da Europa, com nada menos do que 458m² e diária de €15.000. Já teve como hóspedes o prince Charles, Liz Hurley, Giorgio Armani,
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Madonna, Oprah Winfrey, Jennifer Lopez, Rainha Rania e os reis Juan Carlos e Sophia da Espanha. Na área social, o destaque vai para a piscina deslumbrante com vista para o mar, além dos vários restaurantes de especialidades turcas e internacionais, bares, uma piscina interior aquecida, saunas e um hammans (o famoso banho turco) todo em mármore, além de SPA, cabeleireiro e várias lojas de grifes internacionais.
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“Portugal é uma porta de entrada para os brasileiros e outros americanos que vem à Europa, que buscam cada vez mais saúde e bem-estar em zonas mais calmas, longe do stress. E nós conseguimos dar essa resposta. Aqui no Aqua Village Health, desde a massagem nas gotas suspensas junto ao rio, passando pelos tratamentos com água termal e o restaurante, há uma vasta oferta de serviços diferentes do tradicional”
Francisco Cruz
Diretor geral do Aqua Village Health Resort & SPA, eleito em 2018 como o Melhor Hotel de Luxo da Europa para Famílias, pelo Luxury Travel Guide Awards. Além desse título já conquistado, o resort ainda concorre em três categorias ao World Luxury Hotel Awards.
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O hotel fica em um lugar muito próximo a destinos de maior incidência de turistas, como a Serra da Estrela e Coimbra. Situado na margem do Rio Alva, o Aqua Village dispõe de apartamentos isolados em blocos distintos, nas versões Deluxe e Premium, com banheira de hidromassagem na varanda. Os quartos estão equipados com cozinha e são especialmente indicados para famílias com crianças. Nas copas das árvores do bosque que está dentro da propriedade do hotel, existem estruturas suspensas em forma de gota, ideais para todos aqueles que buscam experimentar uma massagem surpreendente em plena comunhão com a natureza. Esses casulos ficam à beira rio e foram criados para simular o flutuar na água. A experiência é extremmente relaxante. Dentro de cada uma há acomodações para que o cliente possa se deitar e apreciar a sensação que cada “gota” oferece durante os 90 minutos de massagem.
Endereço: Caldas de São Paulo 3400-521, Portugal Telefone: +351 238 249 040 AQUAVillage.HealthResort aqua_village_resort
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Região do Douro
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GOSTAMOS TANTO QUE VOLTAMOS!
ALTO DOURO A região do Douro é uma das mais emblemáticas de Portugal e uma queridinha da VemTambém. Em nossa última passagem por lá, exploramos a cidade que é a porta de entrada para esse vale de onde saem os tradicionais vinhos do Porto e rótulos aclamados mundialmente. Venha conhecer Vila Real!
TEXTO: GUSTAVO FREITAS FOTOS: THIAGO BRITO
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Vila Real é a porta de entrada para o Alto Douro. É por lá que devemos começar a desbravar essa região, considerada patrimônio mundial pela Unesco por ser a mais antiga em produção de vinhos. Inclusive, é do vale do Douro que saem os vinhos do Porto e vários rótulos reconhecidos internacionalmente.
Entrada da Quinta Seara D’Ordens
Valdir e Samara Fernandes ao lado de José Ricardo durante passeio de barco pelo Douro
Prato típico da região, as Tripas aos Molhos são feitas à base de dobrada de vitela
Mesmo já tendo passado por esse paraíso montanhoso, a experiência foi completamente nova quando seguimos o roteiro sugerido pelo José Ricardo, da Douro First Tours. Foi esse passeio que nos deu a certeza da imensidão que é esse rio e das facetas que ele pode ter, ditando a dinâmica da maioria das atividades desenvolvidas por lá. A Douro First Tours atende turistas que decidem se hospedar em Vila Real e conta também com serviço de transfer a partir do Porto, cidade portuguesa onde há um aeroporto internacional. Uma intensa programação de um dia inteiro com direito a almoço em uma casa tradicional portuguesa e passeio de barco pelo Douro está à sua espera. E, então, vem também? Vila Real fica atrás dos montes Alvão e Marão e faz fronteira com Braga, Porto, Viseu e Bragança. É como um tesouro do norte português resguardado por essas cidades. Ela tem cerca de 30 mil habitantes em zona urbana e é moderna em estrutura, mas sem perder seu aspecto mais peculiar: a tranquilidade. Tem sua história iniciada no século XIII, quando foi fundada, e é uma porta aberta para todas as localidades vizinhas que, junto a ela, fazem parte da história da região movimentada pelo rio Douro. A ideia da criação de uma “Vila Real” é do Conde Dom Henrique e sua intenção era povoar a região onde está localizada a cidade hoje. Isso já em 1096. Mas apenas em 1289, com D. Diniz, é que a Vila Real de Panóias é fundada efetivamente, se desenvolvendo até os dias atuais sem perder sua essência. A equipe VemTambém chegou à Vila Real no início da primavera e o céu ainda cinza, contrastando
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com o rosa das flores que começavam a brotar nas árvores, criava um espetáculo bastante peculiar que só se vê neste início de estação. Passamos um dia todo conhecendo o centro de Vila Real. Dos itens cuja visita é necessária, apontamos a Sé (Igreja de São Domingos) que data do século XV e é considerada como referência do estilo gótico na região de Trás-os-Montes; o largo do pelourinho, onde aconteciam julgamentos; e a Capela Nova ou Igreja de São Pedro, datada do século XVI e tendo como arquiteto o mesmo que projetou a Torre dos Clérigos em Porto, Nicolau Nasoni, a construção é pequena e aconchegante, ótima para aqueles que querem fazer pausa para uma oração durante o dia. Após a passagem pela igreja para um breve descanso, o seu lanche precisa ser na Casa Lapão. Acompanhado de um cappuccino quentinho, o pedido deve ser um tradicional pastel crista de galo, feito à base de gema de ovos e amêndoas e polvilhado com açúcar. A Casa Lapão fica em uma rua bastante central, perto da Capela Nova, e lá a Rosa Maria oferece “doces conventuais” produzidos a partir de receitas centenárias. Esse nome “conventuais” se dá pelo fato das receitas terem sido desenvolvidas no convento de Santa Clara, pelas freiras que as guardavam a sete chaves. Mas, hoje, elas correm de geração em geração pelas mãos de famílias que vivem da atividade doceira. Mas esses doces não sustentam apenas as famílias, não. Eles fazem parte de rituais da cultura local. No dia de Santa Luzia (13 de dezembro), por exemplo, segundo a tradição, as mulheres devem oferecer o doce “pito”, feito à base de abóbora e canela, aos seus companheiros. Já os homens, oferecem às companheiras no dia de São Brás (3 de fevereiro) a “gancha”, um caramelo em forma de bengala, feito puramente de açúcar, como agradecimento aos pitos recebidos. Não há registros históricos de quando começou a tradição e qual seu motivo exato,
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mas as pessoas levam a sério o ritual de origem religiosa e que, atualmente, faz parte da cultura popular. É como se o fato de dar e receber doces seja uma espécie de renovação do compromisso. Mas vale lembrar que famílias e amigos também entram na brincadeira. A dinâmica do feitio de doces foi mudada completamente quando passaram a ter o açúcar levado do Brasil para a produção de suas comidas tradicionais. Por falar no Brasil, um fato importante é que o pastel crista de galo é uma comida que se chama de pastel em Portugal e tem forma parecida com o pastel brasileiro, apesar de doce. Tanto o pastel de nata, quanto o pastel de bacalhau não se associam com o que, aqui no Brasil, conhecemos por pastel. A Vila Real tem, à margem do trecho do Douro que passa pela cidade, a rodovia considerada como a melhor estrada do mundo para dirigir, a N222. Ela é plana e reta e, o fato de estar à beira do rio, dá ainda uma sensação de estar
flutuando nele. A N222 interliga Peso da Régua, em Vila Real, a Pinhão, ao sul de Viseu. O título foi concedido após um estudo promovido pela Avis rent a car. Para além da qualidade da estrada, a união do rio Douro, das oliveiras, das vinhas, das paredes de xisto e de tantos outros elementos constroem uma paisagem indescritível. Não é só o Alto Douro Vinhateiro que é reconhecido pela Unesco. Em Vila Real, a olaria negra de Bisalhães foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial. A atividade com barro produz espécies de panelas, com formato bastante peculiar que, segundo os cidadãos do local, fazem a melhor comida já experimentada. São bacias de cor preta ou cinza que são encontradas em vários pontos da cidade em diversos tamanhos. Passe no quiosque do Cesário, perto do Mercado Municipal, e não deixe de trazer um desses artigos e contar pra gente se acertou o ponto do famoso arroz de Bisalhães... Esta é uma arte secular e merece o reconhecimento dos turistas, especialmente para motivar a
continuação da atividade. A parada para o almoço foi no restaurante Chaxoila, que fica também na região central de Vila Real. Lá, é imprescindível pedir as Tripas aos Molhos. Prato típico da região feito à base de “dobrada de vitela (a pele do estômago, popularmente chamada de bucho, no Brasil)” e presunto. O preparo e o aspecto são parecidos com a “buchada” ou a “panelada”, pratos popularmente brasileiros. A diferença é que, em vez de cortado em pequenos pedaços, o “bucho” do animal é enrolado num grosso pedaço de presunto e amarrado. Nem pense duas vezes para pedir como acompanhamento um bom vinho do Douro, de preferência de Denominação de Origem Controlada (DOC), o que dá garantias quanto à qualidade da bebida. E por falar em vinhos, não deixe de visitar quintas familiares, que produzem a bebida em pequenas quantidades e em processos mais humanizados e tradicionais. No Douro, as videiras fincam raízes nas
Acima: Cesário, à frente de seu quiosque, mostrando sua arte: uma autêntica Bisalhães Ao lado: Samara Fernandes e o Vale do Douro
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pedras de xisto que chegam a 40 metros de profundidade, e essa é uma das principais características que dá peculiaridade ao sabor do vinho, que é bom por que as uvas são fortes, frutos de videiras que sofrem para sobreviver nos terrenos de cascalho. Visitamos em uma tarde a Quinta Seara D’Ordens, pertencente a uma família que há várias gerações vive na região. Lá, fizemos a degustação de alguns tipos, dos do Porto aos convencionais, numa conversa bastante animada sobre o plantio, cultivo, produção e características de cada tipo. Tiramos muitas dúvidas sobre a enocultura com as primas Paula e Lúcia Moreira, que nos receberam. É uma aula necessária para quem gosta de Portugal e, especialmente, da região do Douro. Nessas quintas familiares, especialmente, é possível conhecer os espaços onde os líquidos repousam e entender sobre a fabricação de cada tipo. Quais barris podem ser reutilizados após a retirada dos líquidos, quais não podem,
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como é feita a mistura que origina o vinho do Porto, além da trajetória de cada quinta nessa atividade. Uma curiosidade para você que irá pela primeira vez em uma quinta: as roseiras presentes nas entradas das vinhas funcionam como guardiãs e sinal de alerta, caso alguma praga venha a aparecer. Estas plantas, mais sensíveis, são atingidas primeiro, o que se constitui num aviso de perigo para que não deixem as videiras perecerem. Em meio aos parreirais, estão presentes também as oliveiras, servindo para demarcar os territórios de cada propriedade. Há fileiras e mais fileiras de oliveiras que podem ser vistas de longe, e aí já se sabe que ali é o limite da propriedade. Uma bebida que aprendemos a preparar nessa visita à Quinta Seara D’Ordens foi o Porto Tônico, uma mistura de vinho do Porto branco com água tônica. Ideal para servir de entrada durante uma refeição especial. Vila Real fica em meio a muitos
montes. E você não pode deixar de ir até algum dos inúmeros mirantes da região (miradouros, em português de Portugal) para presentear seus olhos com a imagem pictórica que é o Douro de cima. Recomendamos um mais exclusivo, o de São Leonardo de Galafura, mais popular entre os cidadãos e de onde a vista é deslumbrante, mas que o acesso é preferível na companhia de um guia que conheça bem o caminho até lá; e outro, bastante popular, é o Miradouro Casal de Loivos, que já foi aclamado pela emissora de rádio e televisão britânica BBC como um dos melhores do mundo. O cenário é romântico e uma outra vista estonteante do Douro é possível. Aconselhamos apreciar os dois. Em nosso último dia pelo Douro, fizemos um passeio de barco com a empresa Magnífico Douro, com direito a café da manhã com doces locais e vinho do Porto. A embarcação é própria para transporte de pessoas e leva grupos de até 15 pessoas de forma segura e confortável. Por entre o rio, é possível observar
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de outro ângulo as quintas, as propriedades, as pontes de metal armado, o trem passando ao fundo e, de dentro da embarcação, fazer fotografias ótimas, que ficarão para recordação. Essa é mais uma oportunidade de contemplação do resultado harmônico da soma dos trabalhos da natureza e do homem. Em seguida, fomos a mais uma quinta, a Quinta dos Tourais. A Manuela e a Liliana Coelho nos receberam em sua casa tipicamente portuguesa que já tem mais de 300 anos de construção. A família Coelho, além de oferecer refeições tipicamente portuguesas para grupos, para que experimentem da culinária da região num ambiente histórico, também hospeda e recebe turistas para atividades durante o cultivo das uvas entre setembro e outubro. No nosso almoço, feito na clássica sala de refeições do casarão centenário, foram servidos vinhos produzidos na quinta, salada de legumes para abrir o paladar, pequenas entradas como pastéis de bacalhau e, para o prato principal, pernil temperado apenas com sal – para que se sinta o real sabor da carne – acompanhado de batatas rústicas. Na sobremesa, degustamos uma mistura de nata com açúcar queimado a ferro que tinha um sabor inigualável. Ao final da refeição
É o rio Douro que dita a dinâmica de muitas atividades desenvolvidas nas regiões por onde ele passa
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Vila Real
Nas quintas familiares é possível conhecer os espaços onde os líquidos repousam e entender sobre a produção dos vinhos.
nos foi oferecida uma taça de vinho do Porto de uma reserva especial da família. A Liliana está no meio de sua formação como somelier, para quem se interessa pelo assunto dos vinhos, uma conversa com ela e com o enólogo Fernando Coelho será bastante rica também. Peça para visitar o terraço da casa onde está localizada a piscina. A vista do Douro, de lá, é fantástica. Após a visita à Quinta dos Tourais, pegamos nossas malas e seguimos viagem. Vila Real é um lugar em que se lamenta ao ter de partir. Especialmente se aproveitares dos melhores serviços que a cidade oferece.
ser diferente. Optamos pelo Vila Galé Douro, cuja vista possível da janela dos quartos já pela manhã, ao nascer do sol, é um grande presente. Deixe a vida começar a fluir de acordo com o ritmo do rio.
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Douro First Tours – dourofirst@ gmail.com - http://www.douro-first. pt/
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Vila Galé Collection Douro - Lugar dos Varais - Cambres - 5100426 - Lamego – Portugal - douro. reservas@vilagale.com
E, assim, mais uma cidade do Douro foi desbravada. E, por falar nele, por acaso você sabe a origem do nome desse rio? Então, há muita discussão em torno disso! Mas as versões mais aceitas são a herança do latim duris, que quer dizer dureza e representaria a força desse gigante; ou a cor que o rio ganha quando o sol bate em sua superfície: o dourado. Não conseguimos decidir ainda a nossa preferida! Até a próxima aventura por Portugal! Fernando Coelho e Valdir Fernandes com um vinho produzido na Quinta dos Tourais
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Nossa visita foi toda pautada pelo Douro. A hospedagem não poderia
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O SAL DE
CABO VERDE
O arquipélago que está entre a capital cearense, ponto mais estratégico a leste do Brasil, e os continentes africano e europeu, é um mix de formações naturais ainda pouco alteradas pelo homem. A convite da TACV Cabo Verde AirLines, a VemTambém desbravou a Ilha do Sal, capital turística de Cabo Verde famosa pelas atrações ligadas ao sol e ao mar, e traz nesta edição uma matéria inédita sobre esse paraíso banhado pelo Atlântico
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O sal pode servir tanto para dar mais gosto à comida como povoar terras inabitadas. E Cabo Verde pode provar isso. A capital turística do país, a Ilha do Sal, começou a receber a presença humana em 1800 por conta das atividades nas salinas, que abasteceram com o produto países como o Brasil durante bastante tempo. O nome da ilha não poderia ser diferente, tendo em vista que muitas das atividades turísticas desenvolvidas ainda hoje estão relacionadas ao sal e às antigas salinas. Cabo Verde, um arquipélago formado por 10 ilhas e outras tantas ilhotas, tem mais cidadãos cabo-verdianos morando mundo afora, que dentro do próprio país (estimase que a população local chegue ao número de 500 mil habitantes, enquanto
que mais de um milhão mora fora de Cabo Verde). A capital federal é Praia, que fica na Ilha de Santiago. Mas a Ilha do Sal é um dos destinos turísticos mais procurados e que mais tem recebido investimentos. A nação foi descoberta pelos Portugueses 40 anos antes que o Brasil, e uma de suas heranças é a língua oficial do arquipélago, o português. Ao contrário do nosso país, o destino só conseguiu a independência no século passado, mais precisamente em 1975. Os aspectos culturais variam em cada ilha, mas, em essência, a alegria e a espontaneidade dos africanos predominam. Em cada contato com o povo cabo-verdiano, é possível se apaixonar ainda mais por eles.
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Em cada contato com o povo caboverdiano, é possível se apaixonar ainda mais por eles.
Entrada da salina da Pedra de Lume
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O sal pode servir tanto para dar mais gosto à comida como povoar terras inabitadas. E Cabo Verde é a prova disso. A capital turística do país, a Ilha do Sal, começou a receber a presença humana em 1800 por conta das atividades nas salinas, que abasteceram com o produto países como o Brasil durante bastante tempo. O nome da ilha não poderia ser diferente, tendo em vista que muitas das atividades turísticas desenvolvidas ainda hoje estão relacionadas ao sal e às antigas salinas. Cabo Verde, um arquipélago formado por 10 ilhas e outras tantas ilhotas, tem mais cidadãos cabo-verdianos morando mundo afora, que dentro do próprio país (estima- se que a população local chegue ao número de 500 mil habitantes, enquanto que mais de um milhão mora fora de Cabo Verde). A capital federal é Praia, que fica na Ilha de Santiago. Mas a Ilha do Sal é um dos destinos turísticos mais procurados e que mais tem recebido investimentos. A nação foi descoberta pelos Portugueses 40 anos antes que o Brasil, e uma de suas heranças é sua língua oficial, o português. Ao contrário do nosso país, Cabo Verde só conseguiu a independência no século passado, mais precisamente em 1975. Os aspectos culturais variam em cada ilha, mas, em essência, a alegria e a espontaneidade dos africanos predominam. Em cada contato com o povo cabo-verdiano, é inevitável se apaixonar ainda mais por eles. O clima local é árido e pode ser percebido na vegetação seca e escassa, mas fica verdinha nas épocas em que chove na ilha. Quando os europeus chegaram em Cabo Verde, não havia nem vida humana nem a presença de animais selvagens (essa última se aplica até hoje). A água utilizada na ilha é obtida por processos de dessalinização, já que a única fonte é o mar. A energia é obtida por motores à combustão de óleo diesel (gasóleo, em português de Portugal e cabo-verdiano), pelo sol (termoelétrica) ou vento (eólica). A ilha tem 30 quilômetros de comprimento, 12 quilômetros em
sua maior largura e 216km2 de área total. A moeda é o escudo caboverdiano, mas o euro também é utilizado. Tanto faz se você pagar com escudo ou com euro. Um fato interessante é que os trocos podem vir em duas moedas diferentes, já pensou? A equivalência é de cerca de 100 escudos para cada € 1. A ligação com Cabo Verde, a partir do nordeste brasileiro (Fortaleza, Recife e, em breve, Salvador), pode ser feita pela TACV Cabo Verde AirLines, que usa o moderno Boeing B757 de 182 lugares, sendo 22 destes na categoria conforto, com acomodação e espaço melhores que os oferecidos em algumas classes executivas europeias; e tem as melhores tarifas do mercado. Para você que pretende ir a Lisboa, Milão ou Paris, também é possível escolher a TACV a partir das capitais nordestinas. E caso queira fazer um StopOver na Ilha do Sal de até sete dias e só depois seguir para seu destino, não há custos adicionais. Já imaginou iniciar uma viagem mergulhando em águas cristalinas na Ilha do Sal e terminar em Lisboa comendo um pastel de Belém ou posando em frente à Torre Eiffel? Nós não pensamos duas vezes quando fomos convidados pela TACV para experimentar dessa sensação. Nesta matéria inédita, compartilhamos com nossos leitores o melhor da capital turística de Cabo Verde e o que não pode ficar de fora do seu roteiro. E você, vem também? O StopOver é uma ótima opção para quem deseja conhecer um país africano sem perder tempo com deslocamentos, tendo em vista a posição estratégica em que está localizado o país. O destino é muito procurado por kitesurfistas, por exemplo. Além de contar com a escola de kitesurf do campeão mundial cabo-verdiano Mitu Monteiro, a ilha oferece excelentes condições climáticas para a prática, com sol quase o ano inteiro. O colorido que ganha o céu com a quantidade de velas juntas também é uma atração para quem vai ficar apenas na praia tomando um ponche ou uma cerveja Strela, bebidas típicas do local.
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Mitu Monteiro vê a Ilha do Sal como um paraíso para os esportistas. “Em cinco minutos, enquanto se atravessa de um lado para o outro, se encontram todas as condições necessárias para atividades náuticas em um pequeno espaço. Para treinar é perfeito. Em um lado parece Havaí, do outro Brasil, em outro ponto Maurícia...”, destaca o campeão mundial. Ao desembarcar no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na Ilha do Sal, pegue um táxi até seu hotel. Esses carros caboverdianos são azuis e amarelos, em mais uma referência à cor do sol e do mar. A distância entre o aeroporto e o centro de Santa Maria (parte sul da ilha e principal povoado) é de cerca de 15 quilômetros; é lá onde estão localizados os hotéis e toda a principal estrutura de recepção turística. Para seu conforto e melhor experiência, indicamos o Hotel Dunas de Sal, que dispõe de restaurante, spa, yoga gratuita para os hóspedes, internet wireless, bar e piscina. Caso opte por sair de Fortaleza numa quarta-feira às 0h40,
você chegará em Cabo Verde por volta das 6h. O tempo de voo é de um pouco mais de três horas. E vale lembrar que o fuso horário cabo-verdiano é de duas horas a mais que Brasília. Utilize as primeiras horas para se acomodar e fazer um breve descanso, afinal, a regra em Cabo Verde é “No Stress”. Comece sua aventura fazendo um passeio pelo centro de Santa Maria, conversando com os africanos (que adoram bater um papo), comprando os produtos de artesanato, conhecendo a região. Sua primeira refeição já pode ser no restaurante Américo’s e a pedida deve ser uma deliciosa cachupa – comida típica à base de milho e feijão temperada com legumes, carne de porco e diversos tipos de linguiça, com aspecto parecido com o da feijoada. Após o almoço, continue o passeio. É importante passar pelo Museu do Sal, já que lá é contada toda a história da ilha. Ele está aberto sempre de 8h às 13h e de 14h às 20h. Lá existem exposições permanentes e temporárias, como as
descobertas arqueológicas e artefatos utilizados para a exploração do sal ou durante a povoação do local. Você precisa conhecer a trajetória deste povo que começou com esta atividade e, hoje, se sustenta basicamente do turismo. A entrada custa € 2 ou 200 escudos. Se você for um daqueles turistas que adoram imergir na cultura local, não deixe de fazer umas tranças afro no seu cabelo. O penteado pode ser feito pela maioria dos nativos. Só basta perguntar! Ao explorar a região, cruzando uma rua, não deixe de correr com os olhos até o fim dela: você irá se deparar com um mar de cor comparável a do Caribe. Para o fim das tardes, uma boa pedida é o píer de Santa Maria. Lá, grupos de africanos se aglomeram e dançam ao pôr do sol. Se envolva, se solte. Eles são muito receptivos e essa é uma das experiências que você precisa ter para dizer que viveu Cabo Verde. Durante a noite, alguns pontos são bastante movimentados. Prove das iguarias locais e se
Práticas náuticas com a Atlântic Star
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Monte Leste, um dos vulcões parasitas da região, é o segundo ponto mais alto da Ilha com 263 metros de altitude
envolva nos embalos nativos. Uma ótima pedida também, especialmente para os amantes dos jogos, é o Casino Royal. Único na Ilha, é o casino mais próximo a leste do Brasil, que oferece uma estrutura moderna e sofisticada, com 150 máquinas de jogos individuais e 14 mesas para jogos coletivos, além de salas especiais para grupos de jogadores que quiserem um serviço mais exclusivo. Se quiser conhecer um pouco mais da cultura cabo-verdiana, ouça Cesária Évora, uma das vozes mais conhecidas do país. A cantora, já falecida, fez duetos com artistas brasileiros como Marisa Monte. Mesmo tendo cantado diversos ritmos, é conhecida como “Rainha da Morna”, um ritmo tipicamente local. Para os turistas que gostam de uma boa aventura, lá é o lugar certo. Nossa dica para uma das manhãs em Sal é contar com os serviços da Cabo Verde Diving que te leva para mergulhar em águas cristalinas. Quem acompanhou o mergulho da equipe VemTambém foi o brasileiro Leo Saldunbides, hoje formador de instrutores de mergulho. “Eu já trabalho há 17 anos na área e ultrapassei a marca dos 6 mil mergulhos. Hoje já formo instrutores, que formarão mergulhadores. Me
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sinto realizado em Cabo Verde”, explica Léo. Além da capacidade dos profissionais, a empresa é internacionalmente certificada e conta com uma moderna aparelhagem para tornar a prática mais segura. A Cabo Verde Diving oferece diversos tipos de serviço em mergulho e busca os clientes em seus hotéis. Um curso básico dura cerca de seis dias e tem um custo médio de € 400. Para aqueles interessados apenas no batismo, que é basicamente ter uma primeira experiência no fundo do mar, o custo é de cerca de € 100 e leva um dia inteiro. Para aqueles que não querem enfrentar o fundo do mar, há ainda o Snorkeling, que é o mergulho em águas rasas ou sem distanciamento da superfície, que custa € 25 euros por pessoa, acontece sempre às 14h e dura cerca de 2 horas. Todas essas categorias são excelentes para o relaxamento. É possível escolher seu pacote e agendar sua aventura já pela internet. Para mais experiências aquáticas, vá até a Atlantic Star. Lá é possível alugar equipamentos para diversas atividades como catamarã, jet ski, caiaque, paddle ou wake. Ao encerrar o dia de aventuras, que tal viver uma experiência
bastante especial e típica indo comer uma moreia preparada pela Belina Custódio no bar Fundo de Quintal? É o momento para aproveitar a oportunidade e tomar um ponche produzido pela própria Belina, conhecer sua filha Léa, uma cabo-verdiana apaixonada pelo Brasil e que conhece muito sobre a ilha. Em Cabo Verde, esses programas típicos chamam-se “Terra a Terra”. Conhecer as famílias e a dinâmica local é muito valioso, além de se deliciar com a moreia, um peixe frequente nas refeições desta população. Para o paladar, recomendamos a degustação também do cuscuz feito com farinhas de milho e de mandioca. O preparo é parecido com o brasileiro, mas o gosto é bem peculiar. Boa pedida para o café da manhã. Tire um dos dias e contrate a Morabitur, uma empresa de turismo que vai te dar a melhor impressão dos principais pontos turísticos de Cabo Verde. O Manu, o guia que nos acompanhou no passeio, pode contar tudo o que o turista quiser saber sobre o país. “Nossa ilha já era falada em escritos na biblioteca de Alexandria. As ilhas a Oeste de Senegal. Os ingleses também já haviam registrado conhecerem as ilhas, mas foram os portugueses que começaram a povoar Cabo
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A pérola da Ilha do Sal, o Olho Azul é mais um belo resultado da ação de vários elementos da natureza
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Vista aérea da orla de Santa Maria, região sul da Ilha do Sal
Verde. Há anos estudo sobre as ilhas do arquipélago para oferecer informações precisas no trabalho como guia”, revela. Manu chegou a fazer um estudo para calcular a quantidade de sal presente nos lagos da salina de Pedra de Lume. Muitas pessoas compartilham a informação de que o teor de sal chega a ser quase 30 vezes maior que a média do Oceano Atlântico. Mas, na realidade, só chega a oito vezes mais, o que já é bastante alto. Essa e outras pesquisas foram feitas para aprimorar seu conhecimento enquanto pesquisador e guia turístico na Ilha do Sal. A Morabitur dispõe de pacotes a partir de € 150 que incluem veículos que transportam até 20 pessoas e o acompanhamento do guia turístico. Na companhia do Manu, conhecemos a região da Pedra de Lume, principal lugar de exploração salineira. Foi lá que começou o povoamento da ilha. Lá também está a construção católica mais antiga de Sal, a igrejinha de Nossa Senhora da Assunção. Datada de 1853, a capela tem cores azul e branca e fica ao lado da Casa da Esperança, hoje uma propriedade particular, que já foi a residência do administrador da empresa francesa que fazia a exploração do sal na região. Neste mesmo ambiente, a terra é preta e esse é um dos resquícios da atividade vulcânica. Na Ilha
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do Sal não há mais vulcões em atividades, mas eles ainda continuam presentes. Uma das salinas mais famosas, por exemplo, funciona no olho de um antigo vulcão fora de atividades. Lá, a água do mar ainda se acumula e forma lagos com alto teor de sal (cerca de oito vezes mais que a média do oceano atlântico) o que faz as pessoas flutuarem ao entrar neles, como no Mar Morto. É uma experiência interessante que você deve fazer, especialmente se não souber nadar, já que não vai afundar. Tudo em Cabo Verde contribui para seu relaxamento. “No Stress”, lembra?
mais conhecida como Baía dos Tubarões. Ela é conhecida assim, pois os tubarões costumam nadar pertinho da costa, o que acabou fazendo do lugar uma importante zona turística. O local está numa região de bastante pedregulho, então é imprescindível alugar um sapato de borracha com algum caboverdiano por € 2. Eles também ajudam os turistas a chegarem até um ponto seguro, embora próximo, de observação desses animais. É possível estar até cerca de 10 metros de proximidade deles e ver com clareza as barbatanas características para fora d’água.
Aproveite a visita a esta região para fazer muitos registros. A paisagem é exótica e muito bonita, combinando os tons marrons das paredes do vulcão e do solo com o branco do sal aglomerado. Lá ainda é possível observar máquinas e equipamentos usados na atividade salineira. Hoje, apenas duas salinas funcionam em Cabo Verde e a produção é apenas para abastecimento local.
Saindo de lá, vá até a Buracona, a pérola da Ilha do Sal. No caminho, passe pela Terra Boa (nome dado ao local pelas boas condições para plantio) para ser “enganado” pelas miragens. As condições climáticas te farão ver um enorme oásis quando na verdade só há mais calor, aridez e vegetação seca. É interessante, especialmente, para aqueles que só ouviram falar em miragem nos filmes.
Passeando pelo ambiente é possível ver alguns montes chamados de vulcões parasitas. As formações são resultado da pressão da lava sob a terra. O ponto mais alto de Sal é um desses parasitas e tem 406 metros de altitude.
A parte sul da ilha tem praias com areia branquinha. Já a parte norte tem toda a sua orla com rochas de origem vulcânica. A atividades desses vulcões criaram maravilhas aos olhos. Em Buracona, há imensos paredões rochosos escuros que contrastam com o azul das águas e formam um espetáculo que só pode ser
Ao lado da salina da Pedra de Lume existe a Baía de Parda,
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visto em Cabo Verde. Uma série de grutas e segredos despertam o interesse de qualquer um que passe por lá. O local guarda um dos pontos mais famosos da Ilha do Sal, o Olho Azul. Uma fenda em forma de olho, aberta pela ação da natureza nas rochas, permite a entrada da luz do sol que incide na água cristalina formando a imagem que dá o nome a esta parada. É um espetáculo capaz de te fazer passar horas observando-o. Todo o cenário é inesquecível e jamais igualado. Em Buracona é possível também fazer uma pausa para um lanche e compra de artesanatos cabo-verdianos. A entrada neste complexo custa € 3. Ao fim do dia, passe pelo porto comercial de Palmeira. Lá é possível ver os nativos se divertindo à beira-mar, jogando futebol ou pulando na água com inúmeros barcos parados ao fundo, o que constitui uma bela paisagem para apreciar e fotografar. Enquanto a equipe VemTambém esteve em Cabo Verde, a impressão foi de uma convivência pacata entre o povo. O que traz bastante tranquilidade. Para lembrar da sua viagem, traga como recordação uma camisa da seleção cabo-verdiana da qual os cidadãos têm muito orgulho! E ah, prepare-se para receber um carinho todo especial quando se apresentar como brasileiro. Os cabo-verdianos se interessam muito pela cultura e pelo povo brasileiro e nos recebem com brilho nos olhos. Com amor de
verdade! Isso é potencializado pelas novelas brasileiras que são transmitidas na TV aberta em Cabo Verde e tornam a nossa cultura presente no cotidiano deles. Para além disso, há uma questão de sangue que nos une, já que temos grande parte de nossa origem na miscigenação de povos portugueses e africanos também. Com certeza, Cabo Verde tem muito mais a oferecer. Para os turistas que farão StopOver ou estadia longa e têm interesse em conhecer as outras ilhas, a TACV faz esse deslocamento aéreo. Para as ilhas que não contam com estrutura aeroportuária, é possível o trajeto de barco, que custa uma média de € 60.
Mergulho pela Cabo Verde Diving
A TACV dispõe de um excelente serviço. A paixão pelos caboverdianos já é despertada no contato com sua tripulação bastante educada, espontânea e simpática, que faz suas férias começarem felizes. Temos a certeza de que Cabo Verde já é o destino da sua próxima viagem. Para conhecer ainda mais sobre nossa passagem pelo país africano, acesse: www. vemtambem.com.
Visita à uma das feiras de artesanato
A equipe da revista VemTambém esteve na Ilha do Sal a convite da TACV Cabo Verde AirLines para conhecer a capital turística do país e suas atrações. Fizeram parte do grupo os diretoresgerais Samara e Valdir Fernandes, o jornalista Gustavo Freitas e o fotógrafo Thiago Brito.
Acima e abaixo: Casino Royal
Primeira construção católica da Ilha do Sal, a Igreja de Nossa Senhora da Assunção
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SÃO GONÇALO DO AMARANTE
TAÍBA Um pedaço do paraíso
O
distrito da Taíba é um dos principais pontos turísticos
para a prática do kite
e do surf. A cultura local como artesanato, a renda, o Festival do Scargot e o Assado de Peixe são importantes atrativos para o turismo na região.
www.saogoncalodoamarante.ce.gov.br/portal
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