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Algarve Assistants - "Apoiamos quem escolhe Portugal para viver"
A Algarve Assistants foi criada por Célia Vences em 2006, numa altura em que os estrangeiros começaram a olhar para Portugal como um bom país para residir. Os serviços de apoio a quem queria fazer de Portugal a sua casa foram surgindo à medida das necessidades dos clientes. Com presença no Algarve e em Lisboa, o objetivo futuro é criar um escritório no Porto e conseguir ajudar clientes de todo o país.
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Célia Vences (ao centro) Diretora
AAlgarve Assistants está no mercado há cerca de 16 anos. O que a levou a criar este negócio?
Este serviço surgiu no mercado p o r q u e e u f a z i a m u i t a r e p r e s e n t a ç ã o fi s c a l p a r a estrangeiros, através do gabinete de contabilidade que possuía. Foi quando o mercado estrangeiro começou a querer vir morar para Portugal, e eu percebi essa mudança porque alguns dos meus clientes da Contabilidade pediamme ajuda por causa da autorização de residência e para encontrar casa. Percebi que existia uma nova possibilidade de negócio e, como adoro comunicar com pessoas, sobretudo estrangeiros, decidi investir na ideia. Conseguia aliar-me muito bem às necessidades dos clientes e acredito que, ainda hoje, esse é o segredo da Algarve Assistants.
Como evoluiu o mercado dos estrangeiros residentes em Portugal?
Os estrangeiros têm vindo a fixar-se em Portugal desde que surgiu a lei do residente não habitual. Quando iniciei este negócio, o mercado era constituído essencialmente por irlandeses, holandeses e ingleses. Depois, com o surgimento desta lei do residente não habitual, c o m e ç a r a m a a p a r e c e r nacionalidades como suecos, italianos, franceses e belgas. Mais recentemente, os norte-americanos também começaram a apostar em Portugal para viver, sobretudo durante a presidência de Donald Trump. Os canadianos também estão a começar a fixar-se aqui.
Como surgiram todos os serviços que prestam?
Os serviços foram surgindo pelas necessidades dos clientes. O primeiro serviço que surgiu foi o da residência – como fazer para residir em Portugal. Como na altura eram todos cidadãos da União Europeia, era extremamente fácil. Aalteração fiscal foi o serviço que se seguiu. Depois, tornava-se importante conseguir importar o carro da família e nós também disponibilizámos este serviço, logo seguido do apoio à mudança da carta de condução. Estes serviços são prestados, muitas vezes, através de parcerias. Mais recentemente, alargámos o leque de serviços à intermediação de crédito, mas o objetivo é continuar a aumentar os serviços prestados.
Porquê a aposta no serviço de intermediação de crédito?
Porque, até há pouco tempo, o dinheiro estava muito barato, o que significava que era mais fácil contrair um empréstimo, para pessoas com grande capacidade financeira, do que estar a retirar dinheiro das suas poupanças. Além disso, os estrangeiros têm uma coisa que difere dos portugueses – eles preferem a taxa fixa, para saber com o que contam. Os portugueses ainda preferem a variável, mas considerando a imprevisibilidade dos tempos, seria bom se começassem a repensar os seus créditos.
Isso não se deverá, também, à baixa literacia financeira dos portugueses?
Eu sou da opinião que, em Portugal, deveriam mudar duas coisas: aos jovens, deveriam ser ensinados, desde cedo, conceitos relacionados com Finanças. É importante explicar como funciona o dinheiro. Outra coisa que faz muita falta é um curso para quem quer ser empresário. Quem abre uma empresa deveria estar sujeito a uma formação para saber quais as obrigações legais e fiscais a que estará sujeito. A verdade é que as pessoas não têm noção da importância das Finanças Pessoais. Muitas vezes acontece, por exemplo, jovens comprarem casa a 40 anos, com uma taxa variável, e quando eu começo a explicar a variação que a taxa pode ter, eles percebem que há momentos em que podem não conseguir pagar a prestação…e nem sequer tinham noção disso. É importante que as pessoas saibam aquilo que assinam com os bancos e a maioria não faz ideia.
R e l a t i v a m e n t e à A l g a r v e Assistants, como se desenha o futuro?
Atualmente, já temos presença na Avenida da República, em Lisboa. Este é um mercado diferente do do Algarve, com população mais jovem, com filhos, cuja empresa vai abrir uma sucursal em Lisboa e eles decidem vir viver para Portugal, ou de pessoas que trabalham remotamente e escolhem vir para Portugal. São clientes diferentes e desafiadores para mim, sobretudo para efeitos fiscais. Futuramente avançaremos para o Porto, primeiro através de parcerias e depois com um escritório próprio.
