
3 minute read
Fábrica do Sorriso - "Portugal tem uma Medicina Dentária de excelência"
A Fábrica do Sorriso nasceu há seis anos, em Almada, com a abertura da primeira clínica do grupo, dedicada à Medicina Dentária. Três anos depois, o médico dentista Luís Poeiras junta-se ao projeto, enquanto diretor de duas novas clínicas – uma dentária, na Baixa da Banheira, e uma policlínica, em Fernão Ferro. Atualmente, enquanto diretor-geral do grupo Fábrica do Sorriso, relembra as dificuldades que 2020 trouxe e a reestruturação da empresa, fundamental para a sua sobrevivência e crescimento.
Advertisement
Luís Poeiras
Médico Dentista
Como surgiu e como se desenvolveu o projeto Fábrica do Sorriso? A marca Fábrica do Sorriso nasceu em 2015, com a implementação de uma clínica dentária em Almada, prestando serviços nas diferentes áreas da Medicina Dentária. Em 2017, comecei a colaborar com a Fábrica do Sorriso, embora a tempo parcial, e enquanto estava em contínua formação pós-graduada, em Cuba, Coreia do Sul, Espanha e Portugal, que tem uma Medicina Dentária de excelência. Em 2018, o grupo Fábrica do Sorriso convida-me para a direção clínica de duas novas unidades, na Baixa da Banheira e Fernão Ferro, projetos aos quais me dediquei de forma plena desde então. Em 2019/2020 inicia-se o processo de inovação dos meios complementares de diagnóstico, com a aquisição de um equipamento de radiografias 3D, CBCT.
Com o início da pandemia, as clínicas Fábrica do Sorriso entraram numa fase complicada, do ponto de vista financeiro. Por isso, em janeiro de 2021, a Fábrica do Sorriso foi comprada pela empresa Iron – Serviços e Consultoria, Lda – que, para além do reforço de capital, viabilizou a empresa e colocou-me como diretor-geral da mesma. Desde então, foi necessário começar a crescer de forma sustentada, mas sempre com uma equipa focada em prestar um cuidado de excelência e proximidade.
Quando surgiu a policlínica em Fernão Ferro? Porquê apostar numa clínica diferenciada e com outras especialidades além da Medicina Dentária? A policlínica surge em 2019, porque Fernão Ferro era uma zona geográfica onde já trabalhávamos a Medicina Dentária e, muitas vezes, os pacientes perguntavam porque não tínhamos outras especialidades. Percebemos que seria uma mais-valia para os nossos pacientes terem, na mesma clínica, as diferentes especialidades.
A implantologia e a ortodontia são especialidades muito procuradas atualmente. É notório uma maior procura dos vossos serviços, tendo por base problemas de autoestima e de imagem? É verdade que a imagem é um fator motivacional muito presente, contudo os tempos estão a mudar e, cada vez mais, os pacientes procuram saúde, qualidade de vida e, claro, melhorar a sua imagem. Considero mesmo que a consciencialização para os problemas dentários e da cavidade oral tem vindo a crescer, sendo também verdade que em Portugal há ainda muito para fazer, quer na consciencialização, quer na prevenção.
Qual foi a influência que a pandemia teve na procura e continuação de tratamentos por parte das pessoas que frequentavam a Fábrica do Sorriso? Desastrosa, se não mesmo catastrófica, pois existiu um claro descontrolo das consultas de rotina. O paciente que ia à consulta de higiene oral regularmente deixou de vir. Pacientes que já há anos só faziam consultas de rotina tiveram necessidade de voltar a uma fase anterior, como tratamento de cáries e doenças gengivais. A análise grosseira que a nossa equipa faz deste facto prende-se com três fatores principais: o negligenciar dos cuidados de saúde oral durante a permanência em casa, laxismo para com a boca pelo uso de máscara e, claro, o adiamento das consultas de rotina.
Que avaliação faz do facto de a Medicina Dentária ainda não ser uma área que integra o Serviço Nacional de Saúde? Os cuidados de Saúde Oral do Sistema Nacional de Saúde ficam ainda muito aquém das expectativas, mas a verdade é que existem, como os chequesdentista. Não me parece de todo possível no curto prazo de tempo ter a Medicina Dentária totalmente integrada no Sistema Nacional de Saúde e a funcionar em pleno nos hospitais públicos. No entanto, penso que facilmente se poderia integrar parte ou em parte a rede de clínicas privadas, com parcerias públicoprivadas.
Qual o futuro, a médio e longo prazo, das clínicas Fábrica do Sorriso? O futuro é sólido, isso é certo. Há espaço para crescer, há projetos em curso e o mais importante de tudo é que temos uma equipa forte, de excelência e que continuará a desenvolver o seu trabalho sempre com os princípios-base bem vincados: inovação, qualidade, rigor e proximidade.

